Ele é catedrático

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o titulo de doutor honoris causa pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Em seu discurso, ele homenageou o Estado da Bahia e lembrou que era chamado de “baiano” em sua época de sindicalista, no interior de São Paulo.

Esta é a sexta vez que ele recebe o mais elevado título concedido pelas universidades a personalidades eminentes, que tenham se destacado pelo notório saber ou pela atuação de destaque em áreas como artes, ciências ou causas humanitárias.

Na sessão solene, Lula disse que a Bahia é o “Estado símbolo da construção da nacionalidade brasileira” e citou a participação do povo baiano em revoltas populares importantes para a construção da democracia no País, a exemplo da Revolta dos Alfaiates, na proclamação da Independência da Bahia, na Revolta dos Malês, na Sabinada, na Abolição da Escravatura, na Guerra de Canudos e na luta contra a ditadura militar.

“Quando eu comecei no sindicalismo, meu apelido era ‘baiano’, e eu tinha muito orgulho dele porque muitos baianos foram protagonistas de causas democráticas e nem por isso a luta e o sangue fizeram da Bahia um lugar triste e o Pelourinho, símbolo de arte e cultura, é um exemplo disso. Admiro a capacidade de luta e superação do povo baiano, por isso, agradeço e me sinto honrado com esta homenagem inesquecível”, disse o ex-presidente.

Emocionado, Lula dedicou o título “a todos aqueles que contribuíram com a educação do Brasil, alicerce para a igualdade social” e, surpreendido por uma multidão de estudantes que invadiram a cerimônia para ovacioná-lo, Lula também dedicou a honraria a eles.

Em um discurso emocionado, o ex-presidente relembrou os oito anos de seu mandato, quando, segundo ele, “o Brasil se voltou para a democratização do ensino superior e o investimento em educação triplicou de R$17 bilhões, em 2003, para R$65 bilhões”, em 2010, atendendo, principalmente, a estudantes de baixa renda. O ex-presidente citou, ainda, outros feitos de seu governo para o desenvolvimento da Educação, como a criação de 14 novas universidades federais, e sinalizou a continuidade de políticas estratégicas de Educação no governo Dilma. “Dilma vai fazer em 4 anos quase o que fizemos em oito”, comparou, em tom de brincadeira. (fonte: Portal Terra)