bruno e fantim

A banalização da frase “Eu te amo” é uma das principais reflexões trazidas pelo espetáculo “Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo”, que estraá em cartaz, em Ilheus, nos dias  15 e 16 de agosto , no Teatro Municipal.

O espetáculo é uma programação sugestiva para celebrar o dia dos namorados. Tem direção e elenco de Priscila Fantin e Bruno Lopes, e texto de Wagner D’Ávila. Além de Priscila e Bruno viverem um casal na trama eles também vivem um relacionamento amoroso fora dos palcos. E para eles  a confiança que existe um no outro faz com que o palco seja uma grande diversão.

” Não existe julgamento, ego ou competição. Nos admiramos mutuamente e cuidarmos de todos os detalhes da peça com muito carinho. Termos um ao outro no palco e isso nos tranquiliza”, diz Bruno Lopes.

A comédia romântica conta a história de dois jovens viúvos, Bento e Pilar, que cansados da solidão decidem se aventurar e conhecer pessoas utilizando o aplicativo virtual “Segunda chance”, que tem a utilidade de promover encontros. Sobre essa temática, os atores dizem que “eu te amo” está cada vez mais banal e,por isso, o título traz a reflexão a respeito de mostrar que o amor está nas ações e nas atitudes

“Certamente. Palavras, o vento leva, se tornam vazias se não houver preenchimento. As atitudes dizem mais do que as palavras. Em tudo, não só no amor, mas na educação de um filho também, por exemplo”, declara Bruno Lopes .

E sobre a principal reflexão do texto, “o primeiro passo para amar alguém, é se amar. Se olhar, se conhecer, reconhecer seus defeitos e evoluir. Assim conseguimos enxergar que todos têm suas dificuldades e inseguranças também. Só se respeita o próximo quando você se respeita”, pontua Fantin.

Bento divide seu tempo entre a criação da filha de cinco anos e a tentativa de uma carreira na internet. Pilar é uma jovem excêntrica e mais racional que o Bento, ela trabalha como guarda de trânsito e está decidida a reiniciar sua vida amorosa após um período de isolamento social.

Eles marcam o encontro, onde há uma grande expectativa para esse primeiro contato, onde mostra a questão da insegurança e medo fora mundo virtual. Por serem indivíduos opostos e impares há uma certa confusão em meio a esse inicio de relacionamento. De acordo com os artistas, é provável que o público se identifique com os personagens, já que mostra essa fragilidade.

Espetáculo carrega peso social.

A primeira leitura do espetáculo ocorreu em julho do ano passado, quando o casal foi para Maputo, em Moçambique. E lá eles se apresentaram por uma causa social, mas se apaixonaram pelo texto e resolveram trazer o trabalho para o Brasil. Wagner D’Ávila escreveu o texto direcionado para a dupla de atores.

O projeto carrega uma motivação social. Bruno Lopes diz que é 50% arte e 50% social e por onde passam com a peça procuram realizar uma ação de solidariedade.
Além de atuar, Bruno dirige, produz, escreve e, ataca na tevê, nos palcos e nos cinemas. Fez sua primeira novela em 2007, com Amigas e rivais. Ele diz que ama todas as formas de contar histórias, seja teatro, cinema ou televisão. Para o artista, cada um tem uma característica que lhe fascina. Ele se diz um cara inquieto, que gosta de ler textos de teatro, gosta de aprender e de se jogar em desafios.

Bruno completa que conhecer um pouco das outras funções lhe deixa mais maduro e mais atento a tudo, até por saber como funciona as outras etapas do trabalho. Ele diz que as oportunidades foram acontecendo e ele foi se propondo aos desafios.

O espetáculo tem duração de 70 minutos e classificação 12 anos e para quem quer se divertir nesse feriado  os atores prometem, “vamos  nos divertir juntos!”.