:: ‘Hospital Materno Infantil’
“Sinto que tudo isso me move”, afirma primeira voluntária do Hospital Materno-Infantil no Programa Bahia.Estado Voluntário
Milene Alves Calazans cursa Direito em uma faculdade privada de Ilhéus. Mas já projeta para o ano que vem iniciar uma nova graduação em Pedagogia. Apaixonada por criança, logo que soube que o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio passou a integrar a plataforma do “Programa Bahia.Estado Voluntário”, ela se inscreveu na iniciativa e será uma das pessoas disponíveis para participar do projeto “Doutores da Alegria” que, em 2025, contará com a presença de grupos de palhaços e bailarinas para animar as crianças internadas na pediatria do HMIJS.
Nesta terça-feira (26) ela conheceu o detalhadamente todos os setores do hospital. Mas foi há três meses, aqui mesmo na unidade, que ela acompanhou a irmã em uma gestação de alto risco e sentiu vontade de ajudar. O sobrinho nasceu no Materno-Infantil. “Acompanhei de perto e fiquei maravilhada com o atendimento”, afirmou. “Não gosto de fazer nada superficial e limitado. Gosto da área de saúde, mas não me vejo como enfermeira ou médica. Aqui vou atuar de uma outra forma integrada a um projeto de voluntariado, fazendo o que realmente gosto”, projeta Milene, mineira de Contagem e que mora em Ilhéus desde o ano passado.
Marcante
Hospital Materno-Infantil faz escuta com representantes da etnia Pataxó hã-hã-hãe
Lideranças indígenas da etnia Pataxó hã-hã-hãe e servidores da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) – Polo Pau Brasil, estiveram reunidos com a diretora-geral do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, para a realização de uma escuta sobre demandas e oferta de serviço de qualidade para a comunidade indígena da região. O encontro aconteceu na Câmara Municipal de Pau Brasil, dez dias após a visita que o coordenador do polo Base do DSEI – Pau Brasil, Iago Santos, e o representante do Conselho Municipal Indigenista do município, Antônio Ribeiro, visitarem a unidade, que é o único hospital na Bahia habilitado pelo Ministério da Saúde para atendimento especializado aos Povos Originários.
No encontro em Pau Brasil, a diretora-geral destacou o fato de que a referência deste serviço começou em Ilhéus, mas já foi ampliado, passando a atender sul e extremo sul da Bahia. Credenciado no ano passado pelo governo federal com apoio da Secretaria Estadual da Saúde e da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS), entidade gestora do hospital, o HMIJS está próximo a receber o segundo monitoramento do Ministério da Saúde e dentre as propostas que constam no Plano de Atenção Especializada aos Povos Originários (IAE-PI) encontra-se a necessidade de estreitar laços com as comunidades indígenas para aproximá-las dos serviços ofertados.
Acolhimento e humanização
Hospital Materno-Infantil de Ilhéus tem aumento superior a 15% no número de internamentos por pneumonia
De 1º de janeiro a 21 de outubro deste ano, o Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, registrou o internamento de 382 pacientes com até 15 anos, 11 meses e 29 dias, com quadro viral respiratório. Se comparado ao mesmo período do ano passado, a unidade teve um aumento de 15,75%. Em 2023 foram 330 casos.
Desde 2023, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do HMIJS passou a receber, via Central Estadual de Regulação (CER), pacientes com quadro de pneumonia, ampliando a assistência para toda a região. O município de Ilhéus é o primeiro do interior e o segundo da Bahia, com mais número de casos de pneumonia. Os pacientes que foram internados no HMIJS registraram um significativo índice de recuperação de 99,72%.
Casos
Este ano, o maior número de diagnóstico nos prontuários do HMIJS tem sido de casos de pneumonia bacteriana não especificada, com 105 registros, seguido de casos de Influenza com Pneumonia, com 100. Em 2023 a Bahia registrou 35.312 casos de internações por pneumonia. De janeiro a outubro deste ano, o número já alcançou a marca de 14.703 em todo o estado.
Dia D de combate ao Câncer de Mama terá ação para colaboradoras e pacientes no Hospital Materno-Infantil
O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, vai realizar na próxima quinta-feira (10), uma série de ações para destacar a importância da prevenção contra o câncer de mama e do autoexame. O Dia D do Outubro Rosa será marcado com pit stops no Alojamento Conjunto, ambiente que abriga puérperas e seus recém-nascidos; nas salas de espera da unidade; na Emergência Obstétrica e no Ambulatório do HMIJS, contemplando pacientes e acompanhantes com informações a respeito de como prevenir da doença que a cada ano atinge aproximadamente 60 mil brasileiras.
As ações também contemplarão as colaboradoras do HMIJS. O hospital vai ofertar exames de Ultrassonografia de mama e, em parceria com a Faculdade de Ilhéus, vai oferecer também exames citopatológicos para as profissionais que atuam na unidade hospitalar. Rodas de conversa sobre a temática também estarão sendo realizadas neste Dia D. Somente no ano passado, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) calcula que o Brasil tenha tido 73.610 novos casos de câncer de mama.
Primeira cirurgia de supraglotoplastia realizada em um hospital público do Sul da Bahia é feita em Ilhéus
A primeira cirurgia de supraglotopastia – procedimento para reparar as estruturas laríngeas – realizada em um hospital público do sul da Bahia aconteceu no último final de semana, no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio (HMIJS), em Ilhéus. O paciente, um menino de apenas um ano, passou por um reparo cirúrgico, após ser diagnosticado com laringomalácia grave, doença que dificulta a respiração e é considerada a principal causa do estridor inspiratório no recém-nascido.
A cirurgia foi possível graças a uma ação integrada do Materno-Infantil com o Hospital Regional Costa do Cacau, ambos pertencentes ao Governo da Bahia, através da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). O Hospital Costa do Cacau cedeu a sua “torre de vídeo”, equipamento indispensável para a intervenção, realizada no moderno Centro Cirúrgico do Materno-Infantil, por uma equipe comandada pela otorrinopediatra Inaê Mattoso Compagnoni.
A médica destaca que, apesar de durar, em média, 60 minutos, esta não é uma cirurgia simples. “Depende muito da parte multidisciplinar, com acompanhamento de equipes de médicos, anestesistas e de enfermagem e precisa ter todo um suporte técnico do hospital”, assegura. A cirurgia é feita por via endoscópica, pela laringe, utilizando um sistema de videomonitoramento. “É uma cirurgia totalmente assistida”, explica.
Voluntariado e cidadania
Musicista francesa faz apresentação inédita com a técnica de canto pré-natal para colaboradores e pacientes do Materno-Infantil de Ilhéus
Com trabalhos de Psicofonia desenvolvidos na Europa, América Latina e cidades brasileiras, como Curitiba, Salvador e Itacaré, a musicista francesa Marie-Laure Potel se apresentou pela primeira vez em Ilhéus especialmente para colaboradores e gestantes do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerido pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS). O, visa oferecer aos profissionais e gestantes da região uma experiência única que une a música à maternidade, promovendo bem-estar físico e emocional, além de fortalecer o vínculo mãe-bebê durante a gestação, parto e pós-parto. “O nosso corpo é, de fato, o nosso maior instrumento musical”, revela.
A prática do canto pré-natal, criada na França em 1960 por Marie-Louise Aucher, é uma técnica vocal baseada na psicofonia. Cantora de ópera e professora de canto, ela se inspirou na maternidade de suas alunas, apresentou à Academia de Ciências de Paris os efeitos das vibrações em diferentes partes do corpo, teoria que deu origem ao canto pré-natal. Em 1976, o renomado obstetra francês Michel Odent a convidou a dirigir um grupo de canto pré-natal na maternidade do Hospital de Pithiviers, na França.
Experiência
Nasce o bebê indígena de número 300 no Hospital Materno-Infantil de Ilhéus
A indígena Emilly Roma, de 19 anos, e Adilson Júnior, 23, também descendente do Povo Tupinambá, moram no Cururupe, localidade do litoral sul de Ilhéus. Eles trazem no sangue uma narrativa histórica de luta e de dor dos povos originários da região. Ali mesmo, em 1559, ocorreu o maior massacre registrado nos livros históricos contra os Tupinambá. A etnia quase foi dizimada. Foi também na mesma região, na primeira metade do século 20, onde um dos seus líderes, o caboclo Marcelino, desapareceu, depois de ter sido preso e torturado. É neste cenário de resistência e de luta onde a pequena Maria Eloá vai viver. Ela nasceu nesta quinta-feira (18) no Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus. É o 300º bebê indígena nascido na unidade, desde que o HMIJS foi inaugurado pelo Governo da Bahia, através da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), ao final de 2021.
“Esta marca histórica é resultado de um olhar do governo voltado à construção de um SUS para todos”, destaca a diretora-geral da instituição, Domilene Borges. O diretor-médico Samuel Branco lembra que desde março, o HMIJS é a única maternidade da Bahia a estar habilitada pelo Ministério da Saúde a prestar atendimento especializado aos Povos Indígenas no Estado. A unidade tem trabalhado permanentemente na implantação das diretrizes gerais que norteiam o programa, que vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; e ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia. A iniciativa conta ainda com o acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos.
Vacinação beira-leito garante proteção aos recém-nascidos do Hospital Materno-Infantil
Nas primeiras horas de hoje, a técnica de enfermagem Vilma Castro já visitava o leito 3 do Centro de Parto Normal (CPN) do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, para administrar as primeiras doses de vacina no pequeno Kaleb, filho de Noemi Pinto, de 22 anos, natural de Tremembé, zona rural de Maraú, litoral sul da Bahia. O bebê nasceu durante a madrugada e já no início da manhã, a técnica fazia o acompanhamento beira-leito para a aplicação obrigatória das vacinas BCG e Hepatite B. A primeira é uma vacina com dose única, que protege o recém-nascido do Bacilo Calmette-Guerin que causa a tuberculose, uma doença altamente infecciosa e transmissível. A da Hepatite B protege contra as infecções do fígado.
No materno-infantil de Ilhéus, essa vacinação acontece todos os dias, ainda durante o período de internação, incluindo sábados e domingos. Este ano, até o dia 30 de junho, já foram aplicadas 3.089 doses. Desde 2022, quando o serviço começou a ser ofertado na unidade, já foram aplicadas aproximadamente 15 mil doses. A enfermeira Iamara Fonseca, do Ambulatório do HMIJS, explica que a vacina contra a Hepatite B deve ser ofertada nas primeiras 24 horas de vida do bebê. Para a aplicação da BCG, é preciso que o recém-nascido tenha, no mínimo, 2 quilos, como o pequeno e saudável Kaleb.
Mais opções
Desde o ano passado, o ambulatório do Hospital Materno-Infantil abriga um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) do estado, cuja finalidade é facilitar o acesso da população aos imunobiológicos especiais, em especial das pessoas com imunodeficiências congênita ou adquirida e de outras condições especiais de morbidade ou exposição a situações de risco. “A implantação deste serviço na unidade é estratégica, já que a maioria dos casos atendidos com este perfil é de bebês e de recém-nascidos”, explica Juliana Lima, enfermeira do Crie.
Investimentos do Governo do Estado impulsionam desenvolvimento em Ilhéus
Cartão postal, cenário de novela e responsável pela melhoria da mobilidade urbana que vem atraindo novos empreendimentos empresariais e residenciais no litoral sul de Ilhéus, a ponte Jorge Amado é uma das obras do Governo do Estado que estão impulsionando o desenvolvimento do município, que completa 490 anos de fundação e 143 anos de elevação a categoria de cidade nesta sexta feira dia 28. Primeira ponte estaiada da Bahia, com 533 metros de extensão e 25 metros de largura, a obra abrange um sistema viário com 2,7 quilômetros e teve investimentos de cerca de 100 milhões de reais, e inclui também a duplicação de um trecho da Rodovia BA 001, sentido Ilhéus-Olivença, impactando positivamente o turismo de todo o Sul da Bahia.
Na área de saúde, destacam-se o Hospital Regional da Costa do Cacau, o Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio, a Policlínica Regional de Saúde, a UPA 24 Horas, e uma Unidade Básica de Saúde ao lado do Hospital Costa do Cacau, que atendem pacientes da região, através do SUS. O Hospital Materno Infantil é o primeiro da Bahia credenciado pelo Ministério da Saúde para o atendimento especializado à saúde de crianças e mulheres indígenas.
Na educação, o Governo do Estado implantou o Colégio em Tempo Integral Arléo Barbosa, que atende estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de ofertar formação técnica em Panificação, Administração e Informática; está concluindo a nova estrutura do Centro Estadual de Educação Profissional Nelson Schaun-CEEP do Chocolate, que mantém uma fábrica-escola que capacita estudantes para o polo chocolateiro e garante o acesso ao ensino superior, através de um convênio com a Universidade Federal do Sul da Bahia. Também está sendo construído um novo Colégio de Tempo Integral na zona sul da cidade.
NOVA RODOVIA ILHÉUS ITABUNA
A construção da nova Rodovia BA 649, ligando Ilhéus a Itabuna, segue em ritmo avançado. Com um investimento de R$ 202 milhões, a rodovia, margeando o Rio Cachoeira, terá pontes de ligação com a Rodovia Jorge Amado, moldará a dinâmica econômica e social da região, impulsionando turismo, comércio, indústria e serviço, além de proporcionar a implantação de um Polo de Logística, que atenderá as demandas do Porto Sul e da Ferrovia Oeste Leste.
Implantado em Ilhéus com a participação do Governo do Estado, o Porto Sul, que prevê uma movimentação de 60 milhões de toneladas de cargas em 10 anos, está sendo construído pela BAMIN e é considerada uma das principais obras de infraestrutura do país. O porto vai interligar a Ferrovia Oeste Leste, que terá no total a extensão de aproximadamente 1.527 km, ligando Ilhéus à região Centro-Oeste. Os investimentos no Complexo Intermodal chegarão a cerca de 30 bilhões de reais.
Comemorações do São João no Hospital Materno-Infantil inspiraram novo projeto sociocultural na unidade
No Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, o São João é festa e tradição nordestina. Mas é, também, estímulo e motivo para a realização de mais um projeto sociocultural na unidade. Nos últimos dias, os colaboradores do hospital realizaram uma série de atividades festivas para angariar recursos: chá de tortas, balaio junino e, por último, ontem (18) à noite, uma festa junina, fechada para os trabalhadores e familiares. Hoje (19) pela manhã, a diretoria do HMIJS anunciou que a arrecadação de todos estes eventos será reaplicada no projeto-piloto “Ler também é cura”. O projeto visa estabelecer um espaço de leitura destinado às crianças internadas e seus acompanhantes na unidade hospitalar, oferecendo obras literárias que estimulem o hábito da leitura durante a permanência no hospital.
Segundo especialistas, a leitura estimula o raciocínio, ativa o cérebro, aumenta a imaginação, melhora o vocabulário, desenvolve o pensamento crítico, combate o estresse e motiva, ampliando criatividade e estimulando a capacidade de concentração. Ter tempo para ler de 15 a 20 minutos diariamente pode melhorar a capacidade de se concentrar e ajudar a ser mais produtivo. “Essa nova ação só será possível graças ao empenho e a dedicação dos colaboradores do hospital, sempre estimulados a oferecer novidades aos pacientes da unidade”, afirma a diretora-geral, Domilene Borges. Além de adquirir os primeiros livros, o hospital pretende estabelecer parcerias com editoras da região no sentido de, além de ofertar a leitura no ambiente da unidade, permitir que, em breve, a criança e o adulto possam, também, levar, de presente, o livro para casa dando sequência ao hábito da leitura.
Ambiente hospitalar