:: ‘Emasa’
A Emasa e a fila (inútil) de lamentações
Seria de bom alvitre que o prefeito de Itabuna, Vane do Renascer, dispendesse meia hora do seu precioso tempo e desse uma olhada, pessoalmente, no que está acontecendo no posto de atendimento da Emasa na rua Adolfo Leite, ao lado da praça Olinto Leone.
Uma interminável fila de consumidores transformou o local numa espéciede muros de lamentações, a reclamar dos valores absurdos na conta de água.
Uma consumidora, que mora num imóvel do Minha Casa Minha Vida recebeu uma conta de R$ 110,00 quase o dobro do que paga de prestação.
E é perda de tempo pedir releitura, porque demora e quando é feita invariavelmente confirma o valor salgado, ainda que o consumidor mostre a sua média de consumo.
Isso pra não falar da política implacável de cortes de fornecimento, obrigando o pagamento de uma taxa de religação de R$ 18,00.
Engordar os combalidos cofres da Emasa às custas do pobre usuário, é fácil.
Mas que isso não contribui em nada pra melhor a imagem da administração, não contribui mesmo.
Como se a direção da Emasa estivesse preocupada com isso.
De grão em grão a galinha enche o papo. E de religação em religação a Emasa enche o cofre
A Emasa, empresa de água e saneamento de Itabuna, deve ter adotado o calendário maia ou qualquer outro calendário que transforma trinta dias em dois dias.
Só isso explica o fato de que, na quarta-feira, dia 20 de março, um consumidor tenha recebido uma correspondência fixando um prazo de 30 dias para normalizar uma conta em atraso e na sexta-feira, dia 22 de março, acordasse com a notificação de corte colocada debaixo da porta e com o fornecimento devidamente cortado.
Deixemos as perorações de lado: não tem nada de calendário maia. É que como a Emasa cobra uma taxa de religação de 18 reais e a julgar pela extensa fila de pessoas na mesma situação que lotam o escritório da empresa, muitas delas pessoas humildes, indignadas pelo fato de pagarem pela religação o mesmo valor da conta, o corte sem piedade é uma política da empresa mesmo.
O presidente da Emasa, Ricardo Campos, pelo jeito decidiu engordar o cambalido caixa da empresa à custa de cortes em série e taxas de religação idem.
É a lei, é a lei, mas um pouco de bom senso não faria mal a ninguém.
Itabuna: situação da Emasa é de caos absoluto
A Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa) foi encontrada, no inicio de dezembro passado, praticamente sem comando por sua diretoria tê-la abandonado, em situação pré-falimentar e com falta de produtos químicos para tratamento d’água. O relato foi apresentado pelo seu presidente Ricardo Campos Pereira, ao lado do prefeito Claudevane Leite.
O prefeito falou de sua preocupação em soerguer a Emasa que é a mais importante empresa de saneamento ambiental das regiões Sul e Extremo – Sul do estado. Vane afirmou que a recuperação da concessionária municipal foi um dos compromissos que assumiu durante a campanha eleitoral. “Dentro de pouco tempo, demos demonstração de que a Emasa é viável. Estamos a apenas 15 dias de gestão e muito do que foi feito pela diretoria da empresa nos dá certeza de nossa decisão”, declarou.
Como medidas saneadoras, o presidente anunciou o fim do turnão, determinando horário comercial, a redução do quadro de pessoal de 462 para 317 colaboradores, o que representa economia de 50 % da folha de pagamentos, que diminuiu para pouco mais de R$ 600 mil ante R$ 1,3 milhão em dezembro. Além disso, reduziu a frota locada de 46 para 32 de veículos, reativou o telefone de serviço 08000-73-1195 e colocará a serviço dos usuários e consumidores nos próximos dias o site da empresa.
Além de desestruturada, a empresa contava mais de 460 funcionários e 140 cargos comissionados, cujos detentores recebiam salários absurdos e muitos dos quais sequer compareciam ao trabalho, o que elevou a folha de pagamentos a R$ 1,3 milhão mensais. A Emasa acumula dívidas de R$ 20 milhões com a Coelba pelo fornecimento de energia às suas estações e também deve cerca de R$ 1,3 milhão à Faelba pelo aluguel do imóvel de sua sede em atraso há oito anos.
Vane anuncia corte de despesas e critica contratos suspeitos
O prefeito Claudevane Moreira Leite, Vane, anunciou cortes de 52% nos gastos públicos para pagamento de cargos comissionados da Prefeitura de Itabuna, Hospital de Base, Fundação Marimbeta e Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) e de 62% na Emasa durante entrevista coletiva no auditório do Tarik Fontes Plaza Hotel, nesta sexta-feira, 14. Para ele, a situação do município “é a pior possível, pior do que imaginávamos”.
Vane disse que o atual prefeito tem colaborado com a equipe de transição por ser homem democrático e pessoa que tem responsabilidade. Mas, criticou o fato de em março, a atual gestão ter assinado contrato no valor de R$ 10,5 milhões com Banco Santander, com vigência até 2016. “Porque não o fizeram antes?”, questionou. O prefeito eleito falou à imprensa apenas de três graves problemas, tendo condenado o contrato de confissão de suposta dívida com a Torre, no valor de R$ 7 milhões, que o município começaria a pagar em janeiro, e ainda a assinatura de contrato com a empresa para a Zona Azul por dez anos.
ARRUMA OUTRA DESCULPA, EMASA
A direção da Coelba desmentiu a justificativa do presidente da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), Geraldo Briglia, para a causa da falta de água em toda a cidade na semana passada.
Briglia afirmou que a suspensão no abastecimento ocorreu por causa de uma “pane elétrica”. De acordo com o gestor local da Coelba, Carlos Morais, não ocorreu a tal pane. A interrupção, disse, foi programada pela Emasa.
“A interrupção no fornecimento de energia registrada na última quarta-feira (21), das 18h07min às 21h, na unidade Rio do Braço, aconteceu por solicitação da própria Emasa para realização de serviços de manutenção em suas instalações”, explica o gestor local da Coelba. (do Pimenta)