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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

novembro 2025
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:: ‘Che Guevara’

O dia em que Che virou dono de uma loja de motos

Daniel Thame

 

No início dos anos 80, jornalista militante que sempre fui e sempre serei, decidi  que era hora de dar uma lustrada ideológica nos alunos do Colégio Eraldo Tinoco, em Itabuna,  onde cursavam o ensino médio adolescentes de bairros como São Caetano, Jardim Primavera, Jaçanã,  Daniel Gomes e Pedro Jerónimo.

Pedi a minha companheira e professora Marilucia Bandeira para me convidar para exibir para os alunos o filme ‘Diários de Motocicleta’, que mostra as aventuras e desventuras de Ernesto Guevara pela América do Sul antes de se tornar o Che.

Sala lotada, coloco a fita (VHS, pra terem idéia de como sou um dinossauro), falo do filme e pergunto se alguém sabe do que se trata.

E não é que um menino responde: “ é sobre o dono de uma loja de motos”.

Isso porque naquele tempo não havia a nobre profissão de motoboy.

O fato e que com vinte minutos de projeção o desinteresse da turma era tão evidente que uma providencial travada na fita foi a senha para encerrar a exibição (ou seria a doutrinação?) antes que o imenso Che Guevara que tenho tatuado no braço rompesse a minha pele e fosse se abrigar em Sierra Maestra.

Hay que endurecer, pero neste dia a ternura foi a ‘la puta madre’ como dizem meus irmãos cubanos.

Havana, a Cidade Paixão

la-habanaDaniel Thame

havana 2      San Cristobal de La Habana. Ou simplesmente La Habana. Capital de Cuba, a maior ilha do Caribe. Dito assim, poderia ser apenas a localização geográfica de uma cidade.

Mas La Habana, Havana, não é apenas uma cidade. Cidades existem em todas as partes do mundo. Metrópoles, grandes, médias e pequenas cidades ou mesmo vilazinhas perdidas no mapa.

Havana é diferente. E nem se peça explicação. Porque explicação não há. Ou há tantas explicações que nem é o caso de se explicar.

Havana é para ser vivida com toda a intensidade que é possível viver numa cidade que tem alma, que pulsa e que se reinventa sem perder a essência. havana 8

Cidade com alma e com coração. E o coração de Havana se chama Habana Vieja. A velha Havana, onde se tromba em cada esquina com a História e com personagens históricos.

Habana Vieja, dos monumentos que havana 17percorrem cinco séculos de um país e de um povo dominados pelos conquistadores e que há meio século decidiu ser dono de seu próprio destino.

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Hasta siempre Comandante

“Médicos cubanos eram guerrilheiros”, diz Bolsonaro

Estaria Ernesto liderando os ´médicos-guerrilheiros´?

Estaria Ernesto liderando os ´médicos-guerrilheiros´?

(Brasil247)-Jair Bolsonaro voltou a atacar os profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos ao afirmar que eles faziam parte de “células de guerrilhas e de doutrinação”, embora não tenha apresentado provas da acusação. Segundo ele, esta foi a razão de Cuba ter deixado o programa logo após ele ter sido eleito. “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”, disse Bolsonaro.

“Precisa ter prova disso daí? Tu acha que está escrito isso aí em algum lugar? Cuba exportava desde a década de 70 mercenários para guerrilha de Angola. Sempre exportou isso daí”, emendou. Segundo Bolsonaro, os cubanos não conectaram nenhum ato de guerrilha, mas estavam se “preparando para isso” nos anos que passaram no Brasil devido ao programa.

“É preparação, é preparação. Você não faz as coisas de uma hora para outra, fazendo a cabeça do povo”, disse.

Nota do Blog: Não demora muito e Bolsonaro vai dizer que a morte de Che Guevara foi uma armação de Fidel Castro e Lula e que o Guerrilheiro Heróico (como é chamado em Cuba), é quem lidera os doutrinadores, enquanto faz fortuna com o royalties da venda de camisetas e bandeiras com sua estampa.

 

A incrível historia de Che Guevara em Ilhéus

Gerson Marques

 gerson marquesO navio da Costeira havia chegado na madrugada, jogou âncora nas proximidades da entrada da barra, esperou o dia amanhecer, soltou cinco apitos longos e graves entrou na baía do Pontal  com a elegância de um cisne negro, ancorou pouco tempo depois no cais da companhia, o movimento frenético do desembarque começou imediatamente, uma multidão logo se formou na balbúrdia do cais, estivadores, marinheiros, passageiros, pessoas que esperavam parentes, vendedores de pastel, picolé e jornal, carregadores de bagagens oferecendo seus serviços em carrinhos de mãos, e toda fauna humana que habita beiras de cais em qualquer lugar do mundo, pescadores, marujos, prostitutas, meliantes amadores e profissionais. O ar estava tomado por um cheiro nauseante de maresia, misturado a peixes, perfumes caros e baratos, suor e charutos, inebriava os mais sensíveis e gerava reclamações dos mal humorados em geral, isso tudo debaixo de uma chuva fina e um calor abafado.

Passou sem ser notado, carregando uma pequena maleta de couro  marrom, vestido em um surrado terno de linho branco, apesar de alto e jovem, caminhou a passos lentos em direção ao Hotel Coelho, duas quadras de distância do porto, lá escreveu na ficha de hospedagem o nome de Ernesto G. de La Serna, natural da Argentina, 30 anos, médico de profissão.

Do mesmo navio, desembarcou com idêntica  discrição, o cidadão americano Porter J. Goss, nome que colocou na ficha de hospedagem do mesmo hotel, preenchida dezessete minutos após o argentino Ernesto.

A Ilhéus de 1956, era uma pequena mas cosmopolitana cidade, com grande presença de estrangeiros, tanto em sua população fixa como de visitantes, muitos deles atraídos pelos milhões gerados no próspero negócio do cacau.

Os hóspedes estrangeiros do Hotel Coelho, juntaram-se a outros tantos que iam e vinham nas ruas próximas ao cais, a cidade fervilhava logo cedo, o movimento dos poucos automóveis disputava o espaços das ruas com as tropas de mulas e burros carregando cacau para o cais, a estudantada passava fazendo algazarras, e as lojas começavam a abrir suas portas, já era quente e abafado o dia, com sol matinal e chuvas eventuais de verão, nesta época os libaneses e sírios dominavam o comércio, algumas firmas exportadoras de cacau eram de suíços e outras pertenciam a grandes empresários de Salvador, os ingleses eram os homens da ferrovia, e os sergipanos vindo de todo nordeste inclusive do sertão baiano, tocavam as bodegas, mercearias, vendas e o negocio de quinquilharias em geral, aos negros cabia o trabalho pesado da estiva e os serviços gerais das roças de cacau nas matas húmidas da região, tudo girava em torno do fruto dourado e do movimento de navios no cais do porto.

DOSSIER MATHIL COMMANDANTE CHE GUEVARA RAOUL CORRALESO argentino Ernesto, sempre muito discreto era por vezes visto em conversas sisudas com alguns conhecidos da cidade, diziam que eles conversavam sobre política e sindicatos, também se falava que o doutor argentino,  eventualmente fazia exames e aviava receitas de remédios manipulados na botica do sergipano Aldaségio. Já o americano Porter ou Mister Porter, como exigia ser chamado era sempre visto em mesas de bares, solitário e beberrão, mas tinha um olhar astuto, sabia observar a paisagem humana e tirar conclusões sociológica do universo em seu arredor, particularmente parecia ter interesse por tudo que o médico argentino fazia, apesar de sua descrição quase invisível.

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Che Guevara para sempre entre seu povo

che cuba 1Santa Clara voltou a encher-se do amor dos moradores de Villa Clara e dos cubanos para Ernesto Che Guevara, quando no domingo, 8 de outubro, mais de 60 mil pessoas se concentraram na praça que leva seu nome, para prestar-lhe homenagem a ele e aos seus companheiros de luta, no 50º aniversário de sua morte em combate.

Na comemoração marcou presença o primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, quem minutos antes de se iniciar o ato político cultural pela efeméride, prestou tributo junto a outros membros do Bureau Político, ao Guerrilheiro Heroico e ao Destacamento de Reforço, no local que perpetua a sua memória.

As palavras de Fidel na velada solene, em outubro de 1967, quando se deu a conhecer ao povo de Cuba a triste notícia da morte de Che Guevara, escutaram-se mais uma vez e fizeram tremer os corações dos presentes: «Se nós queremos um modelo de homem, um modelo de homem que não pertence a este tempo, um modelo de homem que pertence ao futuro, eu digo do coração que esse modelo sem uma única mancha na sua conduta, sem uma única mancha na sua atitude, sem uma única mancha na sua atuação, esse modelo é Che Guevara! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: Queremos que eles sejam como Che Guevara!».

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Che 50 anos, o Mito não morreu

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(Pesquisa e texto de Zédejesusbarreto)

Meio século depois de assassinado no interior da Bolívia, em 9 de outubro de 1967, os ideais revolucionários do guerrilheiro Ernesto Che Guevara continuam pulsantes, sobretudo nessa Latino-América ainda tão desigual, polarizada e injusta.

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Como foi a execução

Quase um ano depois de ter se embrenhado com alguns companheiros de sonhos nas matas bolivianas plantando sementes do que imaginava ser o começo de uma grande revolução no continente sul-americano, isolado, doente, traído por alguns camponeses e cercado por tropas do exército do ditador René Barrientos, o guerrilheiro Che Guevara foi emboscado, ferido e aprisionado na região da Quebrada del Churro, próxima ao vilarejo de La Higuera. Atingido por um tiro na perna foi aprisionado junto com o companheiro Simon ‘Willy’, ambos levados para uma escolinha de chão e paredes de barro, no vilarejo, onde passou a noite no chão com pés e mãos amarradas, esperando o destino.

Não era mais a figura daquele homem bonito, altivo e encantador que conhecemos pela extraordinária fotografia de Alberto Korda, em posters e camisetas mundo afora. Não. Aquele Guevara era um homem envelhecido para os seus quase 40 anos de idade, magérrimo, faminto, desidratado e padecido pelos constantes ataques de asma.

No dia seguinte de sua prisão, por volta do meio dia, chegou a ordem do governo central da Bolívia para se ‘proceder à eliminação do señor Guevara’. Execução sumária. O autor dos tiros de fuzil semiautomático foi o sargento Mário Terán, orientado pelo seu coronel Zenteno Anaya para que preservasse o rosto. Era preciso criar a versão de que ele teria sido morto em combate.

Ainda na tarde de 9 de outubro o corpo de Che, amarrado às ferragens de pouso de um helicóptero, foi levado à cidade próxima de Vallegrande, onde restou colocado sobre uma lavanderia nos fundos do hospital local Nuestro Señor de Malta. As fotos que conhecemos do corpo de Che estendido foram feitas lá, a notícia se espalhando e atraindo muita gente para vê-lo.

Contam, então, que a partir daí os milicos da ditadura boliviana mandaram decepar as mãos do guerrilheiro, colocadas num vaso de vidro com formol e enviadas à perícia em Buenos Aires. No dia 11, o cadáver foi atirado numa vala próxima das cabeceiras de uma pista de pouso local e os restos mortais de Guevara só foram localizados 30 anos depois; daí, por um acordo entre governos, foram transferidos para Santa Clara, em Cuba, os ossos sepultado então com honras de chefe de Estado com a presença do companheiro e comandante Fidel Castro. O comandante Fidel fez um pronunciamento pela TV ao povo cubano no dia 15 de outubro de 1967, anunciando a morte de Che. Comoção.  Um herói, mito e exemplo em Cuba, ainda hoje e sempre.

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O homem que morreu para viver para sempre

Há  exatos 50 anos, num dia 9 de outubro,  Che Guevara era assassinado em La Higuera, na Bolivia, depois de ser caçado por soldados bolivianos com a ajuda de agentes dos EUA.

 Morto, o herói da Revolução Cubana se tornou  um mito, símbolo de gerações de rebeldes em todas as partes do mundo.

 Personagem marcante do século XX, com todas as suas contradições, Che está longe de ser um herói datado.

 Seu espírito libertário e sua fé na causa que acreditava, fosse ela justa ou não, permanecem vivos, necessários num mundo em que a tecnologia, em vez de funcionar como ponte, criou um imenso abismo de desigualdade social. E em que milhões de pessoas ainda morrem de fome, enquanto se gastam bilhões em armas cada vez  mais mortíferas e em guerras cada vez  mais sem sentido.

 Hasta siempre, Comandante.

 

`Quatro Estações em Havana`. Magistral!

conde
Lançado em 2016 pela Netflix, Quatro Estações em Havana é baseado nos livros de Leonardo Padura “Ventos da Quaresma”, “Passado Perfeito”, “Máscaras” e “Paisagem de Outono” . Trata-se de uma série policial sem o ritmo dos filmes policiais.

Os quatro episódios, todos sensacionais, tem ritmo próprio, às a vezes lento, com tomadas longas de uma Havana que passa ao largo dos turistas. As imagens de Habana Vieja e da periferia comum a qualquer bairro latino-americano, as frases que exortam um socialismo que não passam de slogan e uma trilha musical esplendorosa compõem uma trama para ser vista e revista.

‘Quatro Estações em Havana’ se passa nos anos 90, quando Cuba ´beijou a lona` após a dissolução do império soviético e conta a estória de Mario Conde (Jorge Perrugorría), um policial cubano, que bebe muito, é depressivo, mas é muito competente como investigador e deseja ser escritor, mas só consegue produzir literatura quando está apaixonado. O clima do seriado é noir e Havana é também uma protagonista na história.

A série mostra, com sutileza e as vezes com ironia fina, as contradições do regime implantado por Fidel após a epopeia de Sierra Maestra. Imagens de Che, sempre emblemátivas no contexto em que surgem, são uma constante nos quatro episódios, além da presença do cubano simples do submundo habanero que, mais de meio século depois, ainda não conseguiu ser alcançado pelas apregoadas maravilhas do socialismo.

‘Quatro Estações em Havana’ é simplesmente imperdível.

Carta de Fortaleza

carta fortalezaInspirados pelas lutas camponesas cearenses, nós, coordenadoras e coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra nos reunimos em Fortaleza reivindicando a memória e o exemplo de Fidel Castro, do centenário da Revolução Russa e do cinquentenário do martírio de Che Guevara, para estudar a conjuntura política e agrária de nosso país e projetar os desafios e tarefas para o próximo período.

Há uma crise estrutural do capitalismo, acentuada desde 2008, expressa nas crises econômica, política, social e ambiental, representada pelas propostas autoritárias e fascistas, que ameaçam os direitos humanos, trabalhistas e os bens da natureza em todo mundo. Neste contexto, para que o Capital continue se apropriando dos recursos econômicos da sociedade, é necessária a eliminação dos direitos históricos da classe trabalhadora para que estes recursos estejam disponíveis unicamente para o mercado financeiro. O golpe e os atos institucionais do governo ilegítimo no Brasil, como a reforma da previdência, trabalhista, a PEC55 e a entrega do Pré-Sal são exemplares deste movimento. Diante deste cenário:

Reafirmamos a necessidade de reformas estruturais e de uma Reforma Agrária Popular, que garanta a soberania alimentar, a soberania nacional contra a venda das terras para o capital estrangeiro e a defesa dos bens da natureza (a água, em especial o aquífero Guarani, a terra, os minérios, o petróleo e a biodiversidade). Somos contrários e combateremos a Medida Provisória 759 do retrocesso da Reforma Agrária, que privatiza as terras destinadas à reforma agrária, transformando-as em mercadoria, legaliza os grileiros de terras públicas e exclui os as trabalhadoras e trabalhadores acampados do processo de assentamentos.

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