
TV Cabrália, ´Faculdade de Comunicação` e a moça do posto de gasolina
Daniel Thame
Quando a TV Cabrália, primeira televisão do interior do Norte-Nordeste foi implantada em 1987 em Itabuna, no Sul da Bahia, não havia faculdade de comunicação fora de Salvador.
E como gestor que deu vida a essa aventura épica, Nestor Amazonas, a quem essa região desmemoriada ainda deve o merecido reconhecimento, queria trabalhar profissionais de fora, a opção foi contar com mão de obra local.
Que mão de obra local, cara pálida, se a emissora, como se disse, era pioneira.
A primeira loucura-sana de Nestor foi me colocar como Gerente de Jornalismo, responsável entre outras coisas para montar a equipe de repórteres e apresentadores.
Jornalista com boa formação em mídia impressa e rádio, expertise de vida moldada por uma década de mochileiro nas quebradas de nuestra América, mas conhecimento de televisão, zero, zero, zero!
O fato que é, na base da intuição (e também fazendo muita merda, até que um dia Nestor decretou que a cota de merda estava encerrada), ao longo de uns sete a oito anos, acabei formando uma geração talentosa de profissionais de tevê, que se espalharam por Salvador, Feira de Santana, Conquista, Juazeiro, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
As tevês baianas Aratu, Itapoan e Rede Bahia se fartaram de contratar repórteres e apresentadores da Cabrália, sem que a gente pudesse desfrutar esses talentos por mais tempo.
Por esses acasos do destino e porque (como diria de novo el viejo Nestor, o que me faltava de talento sobrava de capacidade de trabalho, algo do tipo ´burrito, pero cumplidor`), acabei me tornando o que hoje a idade permite dizer sem ser cabotino, a primeira ´faculdade de comunicação´ destas Terras do Sem Fim.
Citei Jorge Amado, mas o fato que levou a esse bolodório todo é digno do realismo mágico de Gabriel Garcia Marquez.
Põe no ar:
Estava eu numa das ilhas de edição (um trambolho pré-histórico comparado à tecnologia de hoje) preparando as matérias do Jornal do Meio Dia, quando minha atenção é desviada para a ilha de edição ao lado, em que aparecia a imagem de uma moça gravando o sorteio de vales-gasolina, devidamente paramentada com o uniforme do Posto Universal.
(Antes que me acusem de um merchan descaradinho, eu nem dirijo e o isqueiro pra acender meus Cohibas é a gás).
Volta pra ilha de edição. Esqueci as matérias, fui pra outra ilha, a da moça do posto, e me bastaram três minutos.
Me dirigi ao estúdio com uma única folha do script do jornal, e diante de uma equipe que não entendeu nada, mandei parar a gravação do sorteio, coloquei a folha no teleprompter (uma máquina com umas letras imensas, onde os apresentadores leem as noticias), pedi pra moça (essa sem entender menos ainda) sentar na mesa de apresentação do telejornal e assim que eu desse o comando lá da ilha de edição, lesse a nota.
Leu uma, leu duas e nem precisou ler três vezes.
Voltei ao estúdio e ainda sem saber o nome dela, decretei:
-Moça, avisa o dono do posto pra ele arrumar outra pessoa pra fazer o sorteio de gasolina. Você começa a trabalhar com a gente amanhã.
A Nestor Amazonas eu disse apenas: “acabo de descobrir uma daquelas apresentadoras que vão fazer história”.
Nestor foi menos retórico:
-Contrata.
Com uma semana, a agora ex-moça do posto já estava apresentando o jornal do Meio Dia, depois dividiu comigo e com Eduardo Lins (esse é outra história ´gaboniana´) uma experiência fantástica chamada Jornal da Semana, espécie de precursor e primo pobre do Mosaico Baiano, passou pela TV Santa Cruz e foi brilhar na Rede Globo e na Rede Manchete, depois Rede TV, Jovem Pan , onde, nas idas de uma de minhas filhas, Hannah Thame, para especializações em Medicina Veterinária, não apenas a recebia em sua casa (eu a chamo de Mãe de Adotiva de Hannah em Sunpolo), como quando a apresentava ao pessoal das tevês sempre repetia a mesma história: “essa menina é filha do rapaz que me tirou do sorteio do posto e me transformou em profissional de televisão…
O nome dessa moça, hoje dedicada a viagens esotéricas mundo afora mas sem se afastar das comunicações, atende pelo nome de Cláudia Barthel.
Dona de um talento que não cabe nem na maior das telas e uma virtude rara nessa máquina de egos chamada televisão: gratidão.
No caso aqui, o grato sou eu!
E vamos aos nossos comerciais…
O Google não é Veterinário

Dra. Hannah Thame
Hannah Thame
Por mais inteligente que seja, o tio Google não pode tocar, sentir ou entender o que um pequeno de quatro patas está sentindo.
Além disso, ele não consegue avaliar o histórico e condições do paciente, prescrever os medicamentos na dosagem correta nem receber um lambeijo de agradecimento.
O profissional que cuida de animais (e de gente também) é o Médico Veterinário.
Ah, e isso vale para o moço ou a moça do petshop também.
A Dra. Hannah Thame é Médica Veterinária em Vitória da Conquista e autora do ebook “Guia Prático para Donos Responsáveis-Cuidados Essenciais para a saúde do seu Pet”, disponível na Amazon.
Para eles, eu não sou minha. E ela não é dela
Jéssica Brito
Parece clichê, mas não é. Todos os dias, nós mulheres precisamos reafirmar que somos donas de nós mesmas. Que nosso corpo, nossas escolhas, nosso silêncio ou nossa fala – tudo isso nos pertence. E que ninguém, absolutamente ninguém, tem o direito de atravessar essa linha.
A cada novo dia, os dados mostram o crescimento da violência contra a mulher. Mas é importante lembrar: a violência não começa no tapa. Ela começa no grito, no verbo que fere, na ameaça sussurrada, no olhar que intimida. Antes do corpo ser tocado, muitas vezes já foi violado pelo medo.
Eu tinha 17 anos quando fui encurralada a caminho do cursinho pré-vestibular. Ele me prensou contra a parede com tanta força que deixou marca no meu braço. Por sorte – ou instinto – eu consegui gritar, reagir e me soltar. Mas o que veio depois também doeu: o julgamento. Me perguntaram o tamanho da minha saia. A culpa, mais uma vez, escorregando das mãos do agressor e caindo sobre a vítima.
Passei meses com medo de andar na rua. Passei meses sem coragem de vestir uma saia.
Hoje, eu penso em todas as mulheres que vivem violências muito maiores, silenciosas, domésticas, invisíveis. Penso nas que foram violentadas, nas que ainda vivem com seus agressores, nas que não conseguiram sair a tempo.
Itabuna: 100 dias de Legislatura com escuta ativa e coragem para exigir respeito
Manoel Porfírio
Ao completarmos os primeiros 100 dias da atual legislatura, convido você a uma reflexão importante. Um período ainda curto, mas já carregado de desafios, cobranças e aprendizados.
Esta Casa, a Câmara Municipal de Itabuna, é a porta de entrada das angústias do nosso povo. É aqui que chegam as dores da cidade, os pedidos de ajuda, as reclamações, as críticas — muitas vezes duras, muitas vezes injustas, mas que fazem parte do papel que cada um de nós aceitou exercer.
Os colegas que estão começando agora vão, com o tempo, entender o peso de carregar nas costas um mandato popular. Vão calejar, como já calejaram os que estão aqui há mais tempo. Somos os primeiros a levar a porrada, como um para-choque da cidade. E, mesmo assim, continuamos firmes, porque sabemos o valor do povo que representamos.
Mas é preciso deixar uma coisa muito clara: esta Casa é um Poder. Um Poder independente, legítimo, amparado pela Constituição e sustentado pela vontade popular. E por isso, não aceitaremos desrespeito — de nenhum órgão, de nenhuma autoridade, de nenhuma esfera.
Recentemente, vivemos situações que não podem passar batido, sendo preciso intervenção para que reconhecessem a presença da Câmara. Nos eventos do Estado, a Assembleia Legislativa é respeitada. Nos eventos federais, o Congresso é reverenciado. Em Itabuna, a Câmara precisa se impor para ser vista. Isso está errado.
Onde não houver respeito ao Poder Legislativo, não haverá a presença deste presidente. E oriento os colegas: que também não estejam onde não formos respeitados.
Somos uma Casa plural. Temos recebido em nossos gabinetes professores, comerciantes, feirantes, líderes religiosos de todas as crenças — candomblecistas, evangélicos, espíritas, católicos, umbandistas. Gente do povo.
Somos, na maioria, negros. Somos, na maioria, gente da periferia. E isso também precisa ser dito, porque, por vezes, o preconceito institucional vem disfarçado de formalidade. Não podemos naturalizar isso. Aqui temos histórias que honram esta Casa, trajetórias que são diplomas de luta.
E é por isso que eu afirmo: ter um diploma universitário exige anos de dedicação. Mas conquistar o diploma de vereador em Itabuna talvez seja um dos mais difíceis de se conseguir e colocar na parede. Porque exige rua, exige confiança, exige coragem.
Seguiremos trabalhando, com responsabilidade e firmeza. Seguiremos sendo a Casa do Povo. Mas não aceitaremos ser tratados como algo menor.
Enquanto esta presidência estiver em exercício, a Câmara de Itabuna será tratada como aquilo que é: um Poder.
—
Manoel Porfírio é presidente da Câmara Municipal de Itabuna
O fim do futebol do jeito que o povo gosta
Walmir Rosário
Inacreditável! A desastrada Confederação Brasileira de Futebol, mais conhecida como CBF, tenta acabar de vez com o futebol brasileiro, mas não é deixando de realizar os jogos em todo o Brasil. Não, eles escolheram um jeitinho e pretendem tornar o futebol um jogo amorfo, sem espetáculo, sem jogadas bonitas, um jogo praticado por pernas de pau ou autômatos.
Se hoje os jogos de futebol não merecem mais serem chamados de espetáculos, com raríssimas exceções, as frequentes canetadas oficiais o tornarão uma espécie de filme mudo, mas sem a graças dos grandes artistas. E essas proibições vêm sendo implantadas há anos, sob qualquer pretexto, quem sabe até globalistas. Perdoa, Pai, pois eles não sabem o que fazem.
O buraco é mais em baixo e eles sabem, sim, o que querem, e isto está largamente comprovado. De início, foram proibidos os dribles, os olés, as embaixadinhas, eliminando em campo as habilidades individuais. Agora não podem pisar com os dois pés na bola. Isso não pega bem, pois parece histórias de antigamente, quando quem mandava no jogo era o dono da bola. Ou ele jogava ou levava a bola para casa.
Em reunião com setor produtivo de Jequié, Jerônimo Rodrigues anuncia criação de Comando de Policiamento Regional
Na tarde desta sexta-feira (11), o governador Jerônimo Rodrigues se reuniu com empresários de Jequié em um encontro que buscou fortalecer a parceria entre os setores público e privado. No evento, realizado no Hotel GranTerrara, com a presença do prefeito Zé Cocá, de secretários estaduais e líderes empresariais da região, Jerônimo anunciou que enviará para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), até o final de abril, a proposta de criação do Comando de Policiamento Regional (CPR), na cidade.
Em sua fala, o governador destacou a importância do diálogo para o desenvolvimento econômico local, afirmando que a colaboração entre governo e empresariado é essencial para criar novas oportunidades e promover iniciativas que beneficiem a comunidade. “Essa reunião aqui, ela é balizadora daquilo que nós estamos fazendo, do que a gente precisa aperfeiçoar e daquilo que ainda temos que trazer. Aqui, avalia-se o que fizemos e se planeja quais são os passos seguintes”, explicou o governador Jerônimo Rodrigues.
O evento foi marcado por um clima de otimismo, com a expectativa de que as ações conjuntas resultem em avanços significativos para a economia local. Entre as propostas apresentadas para o desenvolvimento social e econômico está a criação do aeroporto regional e do novo Centro Industrial local.
“Eu quero parabenizar todos os envolvidos. A gente vê aqui a importância dessa união. Quando a gente faz uma reunião, com essa magnitude, com tantos empresários, mostra a força que o município tem para debater políticas públicas que são necessárias. Muito obrigado, governador”, destacou o prefeito Zé Cocá.
Internos do Conjunto Penal de Itabuna produzem Ovos de Páscoa para o Bahia Sem Fome
Internos do Conjunto Penal de Itabuna participaram, nesta quinta-feira (10), de uma oficina especial de produção de Ovos de Páscoa, promovida através do projeto da Padaria Escola da unidade. A atividade integra as ações do Bahia Sem Fome, programa do Governo do Estado, e resultou na produção de centenas de ovos que serão doados a instituições assistenciais e filantrópicas da região, inscritas no programa.
Foram produzidos cerca de mil Ovos de Páscoa, destinados a entidades como Grupo de Apoio à Crianças com Câncer-GACC Sul da Bahia, Abrigo São Francisco de Assis, Albergue Bezerra de Menezes, além das crianças de famílias dos internos.
A oficina contou com a presença do secretário estadual da Administração Penitenciária e Ressocialização, José Castro, que cumpriu uma intensa agenda na unidade.
Entre os compromissos, destacaram-se a inauguração da ampliação da Fábrica de Corte e Costura, a apresentação de uma obra literária produzida pelos reeducandos, e a Oficina de Ovos de Páscoa, que motivou momentos de alegria e reflexões sobre seu significado.
Igreja Batista Teosópolis realiza Cantata de Páscoa “Ressuscitou”
A Igreja Batista Teosópolis, de Itabuna, promoverá no próximo dia 20 de abril, às 18 horas, sua tradicional Cantata de Páscoa “Ressuscitou”. Este ano, o evento será realizado no templo da igreja, na Avenida Felix Mendonça, nº 75, no bairro da Conceição.
A apresentação contará com a participação do Coral Teosópolis, reconhecido como patrimônio imaterial de Itabuna pela Câmara Municipal. O espetáculo incluirá músicas, narrações e mensagens que ressaltam o verdadeiro significado da Páscoa.
De acordo com a médica e regente do coral, Carolina Torquato, a cantata é uma oportunidade para reflexão e comunhão. “Será um espetáculo muito bonito, onde o público poderá apreciar boa música e refletir sobre o verdadeiro sentido da Páscoa”, destacou.
A edição deste ano seria realizada no Teatro Candinha Dórea, foi transferida para o templo da igreja por motivos estruturais. A expectativa é de que o evento reúna um grande público, levando uma mensagem de fé, renovação e esperança para a comunidade.
A gente precisa estar de mãos dadas”, diz Zé Cocá para Jerônimo Rodrigues
Chamou atenção da imprensa local o discurso do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP) direcionado ao governador Jerônimo Rodrigues (PT), nesta sexta-feira (11). Ao agradecer as obras inauguradas e autorizadas na cidade pelo petista, o prefeito afirmou que vai andar “de mãos dadas” com o governador.
“.Tenha certeza, governador, que estarei junto trabalhando e discutindo. Meu vice Flavinho e cada vereador aqui presente, Jequié precisa desenvolver, Jequié precisa crescer, Jequié e nossa região precisam avançar. E pra isso, governador, a gente precisa estar de mãos dadas discutindo todos os pontos”, disse o pepista, durante discurso.
Mesmo sem confirmar o desembarque na base do petista, o prefeito exaltou a recepção e o tratamento dado pelo governador Jerônimo Rodrigues e o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, durante audiência realizada no Centro de Operações e Inteligência (COI).
Itacaré: 100 dias de governo com ações e resultados
por Albert Queiroz
A nova gestão da Prefeitura de Itacaré, liderada pelo prefeito Nego de Saronga, chega aos primeiros 100 dias com um saldo positivo e ações concretas que já fazem a diferença na vida dos itacareenses. Com foco na organização da cidade, transparência e cuidado com as pessoas, o governo municipal vem implementando políticas públicas de forma integrada em todas as áreas.
Nos primeiros três meses a gestão já garantiu o pagamento antecipado dos salários aos servidores efetivos e contratados, garantindo controle e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

Nego de Saronga
A educação está sendo transformada com a informatização da rede, funcionamento de escolas do campo, ampliação da frota escolar, bem como diversos investimentos. E a Saúde com ampliação do atendimento especializado em diversas áreas e informatização das unidades básicas com prontuário eletrônico do cidadão.