WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hanna thame fisioterapia animal

prefeitura itabuna sesab bahia shopping jequitiba livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  


:: ‘Notícias’

O Rio, realmente, é aqui

Há cerca de dois meses, dois adolescentes foram assassinados barbaramente quando soltavam pipas num campinho de futebol.

Menos de um mês atrás, uma criancinha de um ano de idade foi atingida por uma bala perdida e morreu, quando brincava de boneca dentro de casa.

No final de semana, um homem e uma mulher foram mortos a tiros, num intervalo de menos de três horas.

-0-0-0-

Nos tempos áureos do cacau, quando todas as loucuras eram permitidas e quando tudo era possível, costumava-se dizer que o Sul da Bahia, por conta da riqueza gerada pelo cacau, era uma espécie de enclave do Sul/Sudeste do Brasil, acidentalmente encravado no Nordeste seco, pobre e subdesenvolvido.

Éramos uma Ilha de Prosperidade em meio à miséria.

Digamos que essa seja uma imagem meio esteriotipada, mas era assim que muita gente se sentia, nos modismos, nos carros último tipo, nas roupas de grife e até na torcida fanática pelos times cariocas e, em muito menor escala, paulistas.

A vassoura-de-bruxa tratou de nos devolver ao Nordeste e, daqueles anos de faustio e esplendor, só sobrou o fanatismo por Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Até pelo simpático América do Rio.

-0-0-0-0-

Pois bem, vivemos hoje um certo clima de Rio de Janeiro, mas isso não significa que os tais anos de ouro do cacau estão de volta.

Da maneira em que eles um dia existiram, é certo que jamais voltarão.

O que nos iguala ao Rio de Janeiro nada tem de auspicioso.

Muito pelo contrário.

Um leitor menos desavisado ou afeito ao noticiário policial poderia imaginar que os assassinatos dos dois adolescentes, da criança e do casal, da forma como se deram, terem acontecido numa dessas guerras de traficantes, tão comuns no Rio de Janeiro.

Nada disso, elas aconteceram num bairro da periferia de Itabuna, o bairro São Pedro, onde existe igualmente uma guerra em que os bandidos levam nítida vantagem sobre as pessoas de bem.

E matam com uma freqüência e brutalidade que se rivalizam com seus colegas do Rio de Janeiro.

Um bairro que retrata como poucos, os alarmantes índices de criminalidade que impõem o terror e o medo.

Tudo disso diante de uma polícia incapaz de conter a violência e de um sistema que é, literalmente, de insegurança pública.

Uma situação que já passou de todos os limites suportáveis, mas que não dá mostras de arrefecer.

O Rio de Janeiro é aqui, mas de uma maneira que nunca deveria ser.

JESUS, JUDAS E LULA

É de causar estranheza da reação de alguns setores, Igreja Católica à frente, a uma frase bobinha do presidente Lula, acerca de uma hipotética aliança de Jesus com Judas, caso o Redentor retornasse a Terra e, em vez de redimir os homens do pecado, separar os bons dos maus, levar os bons para o Reino dos Céus e encaminhar os maus para o fogo eterno dos infernos; resolvesse exercer algum cargo público de relevância, presidente da República, por exemplo.

Useiro e vezeiro em usar metáforas, geralmente com o futebol, Lula justificou alguns acordos que faz para manter a governabilidade dizendo mais ou menos o seguinte:

-Se Jesus fosse presidente, teria que fazer acordo até com Judas…

Judas Iscariotes, como todos sabem, foi o discípulo que, segundo os Evangelhos, traiu Jesus e, com um singelo beijo, entregou-o aos romanos.

A traição de Judas talvez ficasse em segundo plano na História caso o povo, já naquele tempo com uma vocação inacreditável para votar errado, instado por Pôncio Pilatos a escolher entre Jesus e Barrabás (um ladrão, precursor de uma considerável parcela de políticos), não tivesse optado por Barrabás.

Escolheu o ladrão!

E lá foi Jesus para o sacrifício da crucificação e posterior ressurreição, alçado à condição de principal personagem da Humanidade em todos os tempos, base de uma religião que atravessou dois milênios.

E lá foi Judas, virar sinônimo de traição, malhado e escorraçado ano após ano, vilipendiado como símbolo de tudo o que há de ruim no mundo.

Em sendo Judas o que foi, o que Lula fez foi apenas uma brincadeira sem maiores conseqüências, falando numa linguagem que todo mundo entende.

À pergunta de alguns jornalistas sobre alguns políticos com os quais se aliou para manter a tal governabilidade, certamente se referindo a José Sarney, Renan Calheiro e Fernando Collor de Melo, Lula usou a metáfora de que até Jesus teria que se aliar a Judas para governar o Brasil.

Como se sabe, o Congresso Nacional, sem o qual ninguém consegue governar, não é nenhum colégio de freiras carmelitas ou seminário de monges beneditinos.

Algum incauto que cometesse a imprudência de promover ali uma espécie de Santa Ceia, correria o risco de, na hora de repartir o pão e compartilhar o vinho, não encontrar nem pão nem vinho, devidamente surrupiados por algum dos “Judas” que por lá se proliferam.

Lula não disse nada que não seja senso comum e nem mesmo os “Judas” vestiram a carapuça ou sentiram-se ofendidos, visto que não são dados a essas aleivosias. O negócio deles é acumular o pão e o vinho (aqui, recorreremos à metáfora lulista) e o povaréu que se dane.

Daí que, não faz sentido esse reação de setores da Igreja Católica, como se Lula tivesse cometido um sacrilégio digno da Santa Inquisição.

De mais a mais, caso Jesus realmente voltasse a Terra sem aviso prévio, mais do que com a profusão de Judas na política e em outras áreas, certamente ficaria chocado como o seu Santo Nome é usado em vão.

Inclusive por aqueles que, por dever de fé e oficio, deveriam zelar pela sua imagem e sua verdadeira mensagem.

Amém!

COCA DA SORTE


O português vê uma máquina de Coca Cola e fica maravilhado. Coloca uma
fichinha e cai uma latinha. Coloca 2 fichinhas e caem 2 latinhas. Coloca 10
fichas e caem 10 latinhas. Então ele vai ao caixa e pede 50 fichas. Diz
então o caixa:
– Desse jeito o Sr. vai acabar com as minhas fichas.
– Não adianta, eu não paro enquanto estiver ganhando.

ESQUENTOU, DE NOVO


Voltou a esquentar a disputa entre pequenos produtores e índios tupinambás, que reivindicam a posse de uma área que compreende partes de Olivença, Una e Buerarema. Ontem, foi invadida a Fazenda Santo Antônio, no município de Buerarema, onde além de ocupar a área, os índios expulsaram os trabalhadores e ainda interditaram a estrada que dá acesso à propriedade. Um detalhe é que, segundo os agricultores, essa fazenda invadida não estaria na área de demarcação proposta pela Funai.
Diante do quadro de invasões, a Associação de Pequenos Agricultores de Ilhéus, Una e Buerarema procurou o Ministério Público Federal, mas a promotora pública Rhayssa Castro Sanches teria dito que não seria da sua competência discutir e adotar providências com relação a essas invasões. A promotora, segundo relato da Associação, nem mesmo registrou a ocorrência, recomendando que os agricultores procurassem a Polícia Federal.

Sai da frente, que atrás vêm um irresponsável

Não apenas atrás, mas às vezes no sentido contrário também. Basta circular pelas rodovias brasileiras, o Sul da Bahia incluído, para entender as razões de tantos acidentes com milhares feridos e de vítimas fatais. Tome-se como (mau) exemplo o trecho da rodovia BR 101 entre Itabuna e Eunápolis.

É só começar a circular na rodovia para constatar que a irresponsabilidade não tem limites.

Há sempre um motorista de ônibus ou de caminhão, certamente empolgado com o tamanho do veículo, cometendo algum tipo de imprudência, de ultrapassagens arriscadas ao excesso de velocidade.

O pobre coitado do motorista de carro pequeno que der o azar de ficar atrás de um caminhoneiro ou motorista de ônibus mais apressado que trate de dar passagem, mesmo que isso implique em colocar a própria vida em risco.

Existem nestes quase 220 quilômetros de estrada entre Itabuna e Eunápolis, alguns trechos críticos, onde a repetida ocorrência de acidentes recomenda, no mínimo, prudência. Um desses pontos críticos é uma curva nas proximidades da entrada de Arataca, onde mortes por acidentes se tornaram uma triste rotina.

Em vez da esperada cautela, imprudência e mais imprudência. Motoristas fazem a curva em velocidade absurda e arriscam ultrapassagens que são um convite macabro a uma colisão de conseqüências imprevíseis.

Ou, previsíveis até demais.

No trecho entre o povoado de Paraíso e Itapebi, subidas, descidas e inúmeras curvas, igualmente recomendam prudência por parte dos motoristas.

Perda de tempo. O festival de barbaridades se estende por todo o trecho, como é se imaginar que se estenda por todas as rodovias brasileiras.

O inacreditável é que nada é a feito para coibir a irresponsabilidade, nem campanha educativa e nem a necessária punição para os motoristas que mais se assemelham a assassinos ao volante.

São apenas dois postos policiais e ainda assim raramente alguém é parado. Não existem viaturas circulando pela rodovia, o que em tese poderia reduzir os índices de imprudência.

Sem fiscalização, os maus motoristas sentem-se a vontade para colocar em riscos os condutores que dirigem com responsabilidade, muitas vezes vítimas inocentes dessa máquina de matar em que se transformou o trânsito brasileiro.

Uma situação absurda, que se repete diariamente e que se traduz em estatísticas alarmantes, que infelizmente não alarmam nem provocam a necessária reflexão.

Hoje, chega-se em casa após uma viagem de carro como que chega de uma guerra, na condição de sobrevivente.

Na prática, o que há a mesmo uma guerra insana, em que o veículo se transformou numa máquina mortal.

ESSE RUBIN GANHA


A gente fica reclamando do baixo nível técnico do Campeonato Brasileiro, mas a badalada Copa dos Campeões da Europa não é lá essa cocacola toda.

E não é que o desconhecido Rubin Kazan, lá dos confins da Rússia, acaba de ganhar de 2×1 do badalado Barcelona de Messi & Cia em pleno Camp Nou, num jogo ruim de doer.

Por outro lado, pelo menos temos um Rubim que ganha alguma coisa.

Por que o nosso Rubin Barrichelo…

O CARTAZ OFICIAL DO FILME

Esse é o cartaz oficial do filme “Lula, o Filho do Brasil”, que estréia em janeiro de 2010.

É a história do retirante nordestino Luiz Inácio, que virou Lula e depois virou “o cara”, como diria um tal de Barack.

DONA ENEDINA NO JN

Dona Enedina, a ilheense que aos 100 anos se alfatebizou pelo TOPA, encerrou o Jornal Nacional de quinta-feira, e foi citada como um exemplo de perseverança.

Enfim, boa notícia também é notícia. Veja o vídeo do JN

Adivinhem quem paga o pato?

O Pacto conta a Violência, uma proposta que envolve (ou deveria envolver) todos os segmentos da sociedade civil organizada em Itabuna, é uma dessas ótimas ideias, dignas de apoio e aplausos.

No papel, o pacto tem o objetivo de promover ações conjuntas que envolvem projetos de inclusão social, melhoria da infra-estrutura urbana e combate à criminalidade.

Tudo dentro de uma visão correta de que ninguém nasce bandido e que muitos dos facínoras que matam, estupram e roubam são subprodutos perversos do meio em que vivem; onde o mundo do crime é o único caminho, diante da completa falta de perspectivas de vida.

Em sendo assim, é salutar que todos se mobilizem, já que o combate à violência não passa apenas pela ação dos órgãos públicos, sejam eles municipais, estaduais ou federais.

Trata-se de um trabalho árduo, que exige dedicação, desprendimento e espírito público.

Não se trata de um hobby de alguém entediado e nem de uma maneira fácil de ganhar os holofotes da mídia.

É algo para quem sabe que terá imensos desafios pela frente e está disposto a encará-los.

O Pacto contra a Violência é mais do que necessário, num momento em que a cidade se vê às voltas com uma onda de violência sem precedentes em sua história quase centenária, com assassinatos diários, assaltos e arrombamentos contados às centenas e com o tráfico de drogas impondo o medo e o terror nos bairros mais carentes da periferia.

Uma cidade assustada e que necessita justamente de uma ação desse porte, capaz de a médio e longo prazos trazer um pouco de tranqüilidade a uma população que se tornou refém da bandidagem.

O problema é que, realizadas várias reuniões, o Pacto contra a Violência ainda não conseguiu superar a barreira que separa a boa intenção da ação.

Pior ainda: já começam a surgir acusações mútuas de boicote e desinteresse, partindo justamente daqueles que deveriam conduzir o processo.

Em vez do consenso e da união em torno de um objetivo nobre, o desentendimento e a desunião.

Não é por ai.

É preciso que cada um faça a sua parte e que as partes se tornem um todo, para que a violência seja combatida em todas as suas vertentes.

Para que um dia, quem sabe, o Pacto contra a Violência se torne num Pacto pela Manutenção da Paz.

Se o caminho a ser seguido não for esse, adivinhem quem paga o pato?

-0-0-0-0-0-

Quarta-feira, dia 14, por volta das 16 horas, numa rua próxima à Santa Casa de Misericórdia, bairro Pontalzinho, Itabuna.

Quatro jovens tentam assaltar duas estudantes, exigindo a carteira e os telefones celulares.

Um morador presencia a cena e, sem titubear, saca o revólver e atira.

Poderia ter atingido os bandidos como poderia ter atingido as estudantes ou alguém que passasse pela rua.

Felizmente não atingiu ninguém, mas a cena dá bem uma dimensão do estado a que chegamos diante de insegurança em Itabuna.

Uma triste dimensão.

Ainda é preciso perguntar quem pago o pato caso o pacto fique no blablablá?

Os sem terra, os sem juízo e os sem escrúpulos

As avaliações sobre a depredação de uma fazenda que produzia laranjas no interior de São Paulo, comandada por irresponsáveis travestidos liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras, o MST, estão meio fora de foco.

Tudo bem que algumas lideranças do MST, como João Pedro Stedile e José Rainha, mereciam estar bem trancados numa camisa de força em um hospício, mas jogar a culpa pelos recentes atos de vandalismo no presidente Lula, acusando-o de, no mínimo, ser conivente com os ataques a propriedades rurais, é de um primarismo tolo, uma tentativa nada sutil de provocar estragos na imagem do presidente e, por tabela, afetar a candidatura de Dilma Roussef em 2010.

A associação a que pertencem os lunáticos que destruíram máquinas, casas e laranjais em São Paulo, recebe recursos do Governo Federal assim como centenas de outras ONGs ligadas aos sem-terra recebem.. Não é por isso que todo mundo vai sair por aí destruindo o patrimônio público ou privado.

Os atos de vandalismo cometidos sob a vasta bandeira do MST devem ser condenados com veemência, incluindo punição para os responsáveis, mas não se pode, por conta da eleição que se avizinha, tentar transformar em regra o que é exceção.

Como se toda ONG ligada ao MST que recebe recursos do Governo Federal tivesse como único fim promover a baderna.

A regra são mobilizações pela Reforma Agrária e assentamos em que as famílias tem condições de produzir e levar uma vida digna, mesmo que parte da mídia tente mostrar esses assentamentos como uma espécie de “favelas rurais”.

É a mesma mídia que chega ao absurdo de comparar o MST com as FARCs, as terríveis Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que de movimento guerrilheiro, passou a atuar como bando, promovendo seqüestros e se associando ao narcotráfico.

Não há nenhuma, repita-se aqui, nenhuma evidência de que o MST tenha derivado para esse tipo de atividade. Mais do que isso, embora defenda o socialismo, o movimento não prega nenhuma revolução, até porque isso não teria o menor sentido num país que tem como presidente um ex-operário metalúrgico.

Sair “fabricando” bandidos e quadrilhas com o claro interesse eleitoreiro não é o melhor caminho, nem vai dar o resultado esperado. Lula já apanhou o que tinha de apanhar, com acusações bem mais pesadas do que financiar, por vias indiretas, um ato de vandalismo.

Continua com sua imagem sem arranhões e deve ser um cabo eleitoral decisivo numa eventual candidatura de Dilma, mas parece que a oposição, amparada pela mídia, não aprende.

Nessa história de sem terras, há que se condenar os sem juízo, mas também alertar para os sem escrúpulos, que mudam o filme, mas mantém o mesmo roteiro, como se fantasmas trazidos repetidas vezes à tona tivessem o dom de assustar.

A história recente mostra que não assustam, visto que fantasmas, como as bruxas, não existem, embora haja os que creiam e apostem neles.





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia