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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Notícias’

Indonésia: isenção de imposto aos pequenos produtores de cacau

Do site Cacau TH Consultoria:

O governo da Indonésia prepara um projeto de lei a
ser apresentado ao Congresso, isentando os pequenos
produtores que tiverem receita anual até o equivalente a
116 mil reais do pagamento do
ICMS sobre suas vendas ao mercado interno.

A medida visa permitir que os pequenos produtores
vendam seu cacau no mercado interno às indústrias
processadoras, em vez de encaminhá-lo para a exportação
que já é isenta do imposto, mas supostamente paga preços menos remunerativos.

Os produtores maiores continuarão estar sujeitos à
tributação. A proposta parece contar com a concordância
dos deputados e deverá ser aprovada.

GORILAS, BANANAS, JAULA ABERTA


Durante pelo menos sete décadas do século passado, países da América Central como Honduras, Nicarágua, El Salvador, Panamá e Guatemala eram uma espécie de fazenda multinacional da célebre United Fruit Company.

Foi daí que surgiu a expressão “República de Bananas”. Pejorativa ela classificava os países que tinham governantes fantoches, patrocinados e defensores dos interesses da companhia ianque produtora de frutas. Quando se elegia um presidente com visão socialista e disposto a combater a exploração dos trabalhadores, eram perpetrados golpes de estado, com dinheiro dos americanos e o proverbial apoio logístico da CIA.

Foi assim em praticamente todos os países na América Central, em que governos democraticamente eleitos eram derrubados por golpes militares e passavam a ser controlados com mão de ferro pelos chamados gorilas, expressão igualmente pejorativa para designar o estilo truculento dos fardados.

Os gorilas cuidavam das repúblicas bananeiras, com as bênçãos dos EUA, especialmente no auge da Guerra Fria, quando a ameaça do comunismo foi convenientemente superdimensionada. A instalação de um governo socialista em Cuba, com sucessivas (e fracassadas) tentativas de golpes engendrados pela CIA com o objetivo de eliminar Fidel Castro; fortaleceu a presença dos gorilas na América Central.

Diga-se de passagem, que o “gorilismo” não se restringiu às repúblicas bananeiras da América Central. O golpismo bancado e financiado pelos EUA se espalhou feito praga pela América do Sul: Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru, Equador, Paraguai…

O regime dos gorilas, especialmente no Brasil, Argentina e Chile produziu milhares de assassinatos nos porões da ditadura e a tortura foi institucionalizada. Foram anos de chumbo, terror e a supressão das liberdades democráticas, transformando “nuestra América” numa imensa republiqueta bananeira.

O muro de Berlim desabou, a ameaça do comunismo desapareceu, a Guerra Fria perdeu o sentido e, à custa de lutas e sacrifícios, os ventos da redemocratização varreram o continente, unindo os extremos, do Rio Grande no México ao Rio Prata na Argentina. A maior parte dos gorilas foi mandada de volta aos quartéis e, desse frescor democrático, foram eleitos presidentes forjados na luta incansável contra a ditadura.

Exemplo maior dessa tendência foi a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ex-retirante nordestino e ex-operário metalúrgico, que apesar de mal ter concluído o ensino médio, está promovendo uma revolução social (não necessariamente socialista) no Brasil, permitindo que milhões de pessoas rompam a barreira da exclusão social.

Mas, quando se pensa que os gorilas caíram em desuso ou viraram peça de museu, nos deparamos com esse absurdo e inaceitável golpe militar que derrubou o presidente de Honduras, Manuel Zelaya.

Um verdadeiro atentado à democracia, tirando pela força das armas um presidente eleito pelo voto popular.

Em nível mundial, a importância de Honduras é praticamente nula, um país pobre, perdido em meio a uma América Central exaurida após séculos de exploração de suas riquezas naturais.

É preciso, entretanto, que o mundo não feche os olhos para o que está acontecendo por lá e faça valer todos os meios disponíveis para garantir a volta de Manuel Zelaya e a restauração da democracia.

Não é nada, não é nada, mas de jaula que sai um gorila, sai a macacada toda.

E esse filme não vale a pena ver (nem viver) de novo.

ROUBO DE CACAU

O roubo de cacau voltou a se tornar rotina nas fazendas do Sul da Bahia. A última vítima foi o produtor João Amorim, dono de uma fazenda localizada entre Ilhéus e Itabuna.

Oito bandidos entraram na fazenda na noite do último dia 2, dando tiros para assustar os trabalhadores e levaram dez sacas de cacau, com 40 arrobas.

Além da falta de segurança, os produtores se queixam da facilidade com que o cacau roubado é comercializado.

XICO VAI ÀS URNAS


Além de pintar melhor que muitos artistas plásticos e representar melhor do que muitos atores, o macaco Xico, da novela Caras & Bocas, da Rede Globo, está revelando outros dotes insuspeitos.

Entre um quadro e outro, Xico se especializou em furtar sem que as pessoas percebam. Começou com coxinhas e empadinhas, passou para roupas e perfumes e nos próximos capítulos vai furtar as jóias de Dafne, a heroína sofredora da trama.

Nessa balada, assim que acabar a novela, Xico pode conseguir não apenas bicos como pintor ou ator, como tem grandes possibilidades de fazer carreira política.

Se bem que em alguns quesitos furtatórios, roubatórios e desviatórios (tsc, tsc), Xico vai ter que comer muita banana pra se ombrear a determinados senadores, deputados e prefeitos…

Mas está no bom (perdão, no mau) caminho.

MILHARAL

Nos tempos de antigamente, a cidade de Aurelino Leal, no Sul da Bahia, tinha um prefeito chamado Antonio Freitas.

Certa vez, ele teve um projeto seu rejeitadao por oito votos a zero em primeira votação pela Câmara Municipal.

Procurou um advogado pra saber se poderia entrar na Justiça contra o resultado.

O advogado disse que iria demorar e além disso aquilo era um indicativo de que se os vereadores quisessem, lhe cassariam o mandato. O jeito, portanto, era conversar com os nobres edis.

Na votação seguinte, 8×0.

Só que dessa vez, todos os votos a favor do projeto do prefeito.

Quando perguntou a Antonio Freitas a razão daquele “milagre”, o advogado ouviu a resposta desconcertante:

-Enchi o embornal de milho e saciei a fome daquele galinheiro todo.

Milho, milhão, tudo a ver!

PEDRO E EMANUEL


Brasil. Ano de 2029.

Pedro e Emanuel lideram uma banda que faz sucesso em todo o país e começa a conquistar a Europa e os Estados Unidos. Seus shows a bordo de “discos-voadores elétricos”, versão moderna dos antigos trios elétricos, atraem multidões, com canções que resgatam o melhor da musica baiana, numa releitura dos imortais Caetano Veloso, Gilberto Gil e Dorival Caymmi, passando longe do axé-music, sucesso instantâneo do final do século XX e início do século XXI.

Pedro e Emanuel não esquecem a infância humilde em Itabuna, cidade do Sul da Bahia onde nasceram e despontaram para a música. Sempre que podem, colaboram com campanhas educativas e participam de shows beneficentes no município..

Ou melhor, Pedro e Emanuel formam a dupla de atacantes mais letal e famosa do futebol brasileiro, atuando pelo São Paulo, disparado o melhor time do país, doze vezes campeão nacional e oito vezes campeão da Taça Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA. São nomes certos para a Seleção Brasileira, que em 2030 vai disputar a Copa do Mundo, no centenário da competição. Pedro é cerebral, dono de visão de jogo espetacular e passes precisos. Emanuel é explosão e força, inalcançável pelos zagueiros quando parte em direção ao gol. Ambos, goleadores natos.

Pedro e Emanuel não esquecem a infância humilde em Itabuna, onde despontaram para o futebol jogando em gramados surrados na periferia da cidade. Comemoraram o último título do São Paulo exibindo uma faixa homenageando a cidade. A cena foi mostrada para o mundo todo pela televisão e exibida com orgulho nas edições do Diário da Bahia. Agora e A Região, veteranos órgãos da imprensa grapiúna. Sempre que podem, Pedro e Emanuel vem a Itabuna disputar jogos beneficentes e fazer palestras para crianças e adolescentes.

Melhor ainda, Pedro é médico e Emanuel é advogado. O Dr. Pedro, considerado um dos melhores profissionais de sua área, comanda uma equipe de médicos de vários países, que acaba de descobrir um remédio eficaz na eterna luta contra o câncer. O Dr. Emanuel é um advogado respeitado, defensor dos Direitos Humanos, que alia seu notório saber jurídico a uma postura ética irrepreensível, e deve assumir o Ministério da Justiça.

O Dr. Pedro e o Dr. Emanuel não esquecem a infância humilde em Itabuna, onde estudaram em escolas públicas e subiram na vida à custa de muito esforço. Sempre que podem, vem a Itabuna, onde realizam atendimento gratuito para pessoas carentes e mostram que a perseverança e o talento levam ao êxito profissional.

Ou, digamos que Pedro é prefeito de Itabuna e Emanuel deputado. Pedro realiza uma administração modelo, com os recursos públicos investidos prioritariamente em saúde, educação, saneamento básico e geração de emprego e renda. Sua gestão transformou a periferia, hoje urbanizada e com equipamentos para que crianças, adolescentes e jovens pratiquem atividades que os afastem dos riscos das drogas e da marginalidade. Emanuel tem um mandato pautado na busca de recursos que ajudam Pedro em sua gestão na prefeitura. É de sua autoria o projeto de lei que faz com que as empresas invistam parte de seus lucros em programas sociais e educacionais nas cidades onde estão instaladas.

Pedro e Emanuel não esquecem a infância humilde em Itabuna e fazem da política a ferramenta que está mudando pra melhor a cidade que um dia foi tão maltratada e espoliada. Lideram uma nova geração de políticos e estão cotados para disputarem, juntos, o Governo da Bahia.

Itabuna. Ano de 2009.

Pedro e Emanuel, nos primeiros meses de vida, já lutam pela sobrevivência. Estão alojados num orfanato num bairro paupérrimo da periferia da cidade.

Ambos foram abandonados por suas mães. Pedro, deixado numa caixa de sapatos; Emanuel envolto em páginas amassadas de jornal.

Pra escrever o hipotético e -infelizmente- improvável futuro cheio de possibilidades de Pedro e Emanuel será preciso reescrever o presente de mães, que por absoluta falta de condições de criá-los ou pela desestruturação familiar, são obrigadas a abandonar seus filhos â própria sorte.

Ou, pior, ao próprio azar!

SAÚDE, FERREIRINHA!

Acabo de retornar do Hospital Calixto Midlej, em Itabuna, onde fui visitar José Ferreira Vieira, o Ferreirinha.

Aos 99 anos, ele se recupera bem após um problema pulmonar que lhe valeu alguns dias na CTI e, segundo repete toda hora, não vê a hora de voltar para casa.

No início da década de 90, então no vigor dos seus 80 anos, Ferreirinha ficou mundialmente conhecido após se casar com a estudante Iolanda, então com 15 anos. Foi tema de reportagens em jornais de todo o planeta e concedeu uma entrevista antológica no programa Jô Onze e Meia, no SBT, onde foi triunfalmente apresentado por Jô Soares como o “Garanhão de Itabuna”.

No hospital, Ferreirinha está recebendo a atenção dos parentes e tem o carinho permanente da esposa Iolanda, prova provada de que até os amores improváveis são duradouros quando, perdão pela redundância, permanece acesa a chama do amor.

Saúde, Ferreirinha, que este blogueiro não quer perder a sua festa dos 100 anos, a serem completados, com a graça de Deus, no dia 8 de janeiro de 2010.

Bandido bom é bandido morto?

Para quem já teve o carro roubado, a casa arrombada, o celular levado de assalto, um filho ameaçado por traficantes ou, pior, um parente ou amigo brutalmente assassinado a resposta para a pergunta acima, que deve causar ojeriza aos defensores dos direitos humanos, é: sim!

Não é de se estranhar, portanto, que em meio ao foguetório junino e às comemorações da suada vitória do Brasil sobre os EUA pela Copa das Confederações, em alguns bairros da periferia de Itabuna a pirotecnia somou-se a euforia pela eliminação de alguns bandidos que aterrorizavam moradores, mortos em confronto com a polícia.

Deve ser mesmo um alívio para quem convive com a violência, respeitando a “lei do silêncio”, submetidos a um mal disfarçado toque de recolher e reclusos em suas residências enquanto os bandidos transitam e barbarizam livremente; saber que marginais foram eliminados pela polícia ou mesmo tombaram na guerra sangrenta entre eles próprios.

A periferia de Itabuna vive uma guerra sangrenta, potencializada pelo tráfico e consumo de drogas (uma coisa está atrelada a outra) e ampliada pela ausência dos serviços públicos, que faz da criminalidade o único caminho para dezenas, centenas de jovens.

Uma violência que, até pela necessidade de expansão, rompe os limites periféricos e chega ao centro da cidade, na forma de assaltos, arrombamentos e roubos de veículos. A cadeia produtiva do crime, que é se que pode chamar assim, não obedece a limites sociais ou geográficos.

Está em todas as partes. Aterroriza a todos, sem distinção.
A morte em série de marginais, como ocorreu neste final de semana em Itabuna, com cinco homicídios ligados aparentemente ao mundo do crime, passa a sensação de que a polícia está agindo com o necessário rigor e que tem que ser assim mesmo. Reforça-se aqui a tese do “bandido bom é bandido morto”.

Quando a violência excede todos os níveis do suportável, não se pode esperar mesmo que a policia trate com afagos e salamaleques bandidos que não hesitam em matar.

Mas, a questão não é tão simplória assim, como se matando em larga escala resolvesse o problema da violência. Está mais do que provado que não resolve. Violência gera violência, que gera mais violência, que gera ainda mais violência, num moto continuo banhando em sangue e dor.

Melhor seria se tivéssemos um sistema de segurança pública que efetivamente garantisse a segurança da população, com prevenção no lugar de repressão.

Melhor ainda seria se crianças, adolescentes e jovens tivessem acesso à educação, esporte e trabalho, oferecendo outra oportunidade de vida.

Em suma, matar a violência no gene, para depois não ter que matar gente.

Ninguém nasce bandido. E, é forçoso dizer, que muitos descambam para a criminalidade por conta de bandidos de alto calibre, que saqueiam os cofres públicos e desviam recursos que seriam destinados a quem precisa.

A resposta (ou a ausência dela) para a pergunta que abre esse texto talvez esteja na foto abaixo, de autoria de Oziel Aragão, publicada no Diário da Bahia.

A dor de um pai que chora diante da morte inevitável do filho, algoz e vitima dessa violência insana, fala mais do que mil palavras.

É a dor de todos aqueles que ainda acreditam (ou sonham?) com uma cidade menos violenta e onde não seja necessário chorar tantas e tantas mortes, sejam as vítimas anjos ou demônios.

Gol de placa de Ronaldinho Gaucho

Mesmo sem entrar em campo para disputar uma partida de futebol, Ronaldinho Gaucho marcou um gol de placa no último final de semana no Estádio Pituaçu em Salvador.

O instituto mantido pelo jogador para desenvolver programas de inclusão social através do esporte e da capacitação profissional, assinou um convênio com o Governo da Bahia, que vai atender cerca de duas mil crianças e adolescentes com idade entre 10 e 17 anos.

Trata-se de uma ação importante, que benefcia pessoas em situação de risco social, baixa escolaridade e dificuldades de acesso ao mercado de trabalho.

Ronaldinho Gaucho é o típico brasileiro que conseguiu romper a barreira da exclusão social e fez fama e fortuna graças ao seu talento com a bola.Titular absoluto da Seleção Brasileira durante vários anos, campeão Mundial em 2002, encantou os espanhóis do Barcelona e foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA.

O diferencial em relação a outros craques é que Ronaldinho jamais renegou ou esqueceu seu passado de dificuldades na periferia pobre de Porto Alegre.

E, tornando rico graças ao futebol, voltou suas atenções para crianças e adolescentes carentes, a espera de uma oportunidade para levar uma vida digna, longe das drogas e da marginalidade. Essa é a missão do Instituto Ronaldinho Gaucho, que tem na Bahia sua primeira experiência fora do Rio Grande do Sul.

Mais do que revelar talentos para o futebol, até porque esse não é o objetivo primordial, o convênio vai proporcionar a quase duas centenas de jovens o acesso à educação, prática esportiva e oportunidades de acesso a um mercado de trabalho cada vez mais disputado e exigente.

Os participantes do projeto, que já tinham Ronaldinho Gaucho como um ídolo no futebol, passam agora a apreciar um verdadeiro craque na solidariedade, que os ajudará a dar um drible no destino ingrato e descortinar uma nova vida.

Golaço!

CAMPEÃO, MAS SEM BRILHO


Na contramão do oba oba em torno do titulo da Seleção Brasileira na Copa das Confederações, é bom que se diga que o time de Dunga não jogou esse futebol todo que andam apregoando.

A rigor, o Brasil teve um jogo tranqüilo na primeira fase contra os EUA, um bom primeiro tempo contra a Itália e um bom segundo tempo na decisão contra os EUA. Só.

Brilhar de forma inquestionável e ponto desequilibrar nenhum jogador brilhou, nem mesmo Kaká , eleito o melhor do torneio quase que por exclusão.

Portanto, é bom baixar a bola e evitar o salto alto na Copa do Mundo de 2010, que é realmente o que conta.

Esse negócio de chegar ao Mundial como favorito nunca dá certo, a exemplo do que ocorreu nas Copas de 1998 na França e 2006 na Alemanha.

O título da Copa das Confederações foi conquistado à duras penas em cima dos Estados Unidos, vale lembrar.





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