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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
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:: ‘Notícias’

Acabou e já tem dono


Os que torcem contra, podem preparar os ouvidos e se trancar em casa. Domingo, por volta das 18 horas, Itabuna estará tomada pelas cores e pelo hino rubro negro. Nas praças do Santo Antonio, São Caetano, Califórnia, Conceição, Fátima, Urbis IV, Ferradas e Pontalzinho haverá congestionamentos, festa e cerveja correndo solta.
Embora esteja sendo vendido pela Rede Globo como a mais eletrizante final de campeonato de todos os tempos, com quatro times na disputa pelo título na última rodada, o Brasileirão já acabou na prática e tem um campeão indiscutível: o Flamengo.

A tal “ultima rodada emocionante e decisiva” será mera formalidade, 90 minutos que separam o rubro negro da celebração de sua quinta/sexta conquista (de novo a polêmica da Copa União), um hiato para a festa que já está mais do que pronta.

Matematicamente, Internacional, Palmeiras e São Paulo ainda têm chances de ganhar o título.

Dane-se a matemática.

O Inter precisa ganhar do Santo André e contar com um tropeço do Flamengo.

O Palmeiras precisa ganhar do Botafogo e contar com tropeços do Flamengo e do Inter.

O São Paulo precisa ganhar do Sport e contar com tropeços do Flamengo, Inter e Palmeiras.

O Inter deve ganhar do Santo André, mas sabem quando o Grêmio vai se esforçar para ganhar do Mengo e dar o título de mão beijada para o seu principal rival?

Talvez no dia em que nossos políticos pararem com essa mania de saquear os cofres públicos para, digamos, ‘comprar panetones e cestas de Natal para os pobres´.

Em ambos os casos, lá pelo Dia de São Nunca.

Palmeiras e São Paulo, então, dependem de uma combinação mais improvável do que ganhar na loteria sem jogar.

Está se vendendo, exaustivamente, uma emoção que não existe. E que na tarde/noite de domingo só vai existir para a imensa legião de torcedores do Flamengo.

O Palmeiras teve o título mais ganho de sua vida e deixou escapar. O São Paulo cresceu na hora certa e caiu na hora errada. O Inter alternou altos e baixos.

E o Flamengo, na dele, foi subindo e virou líder na hora mais do que certa, contando com um redivivo Petkovic e esse inacreditável Adriano.

Já é Campeão Brasileiro de 2009.

Domingo, a noite será rubro-negra.

E, pelo fanatismo dos torcedores, a segunda, a terça, a quarta, a quinta, a sexta, o sábado…

Dona Enedina almoça com Wagner


Dona Maria Enedina, que ficou conhecida em toda a Bahia quando, aos 100 anos de idade, resolveu aprender a ler e escrever através do Programa Todos pela Alfabetização, esteve em Salvador para participar da formatura do TOPA. Antes da solenidade, ela foi recebida no Palácio de Ondina, onde participou de um almoço com o governador Jaques Wagner, a primeira dama Fátima Mendonça e o ministro de Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Patrus Ananias.

“Eu procurei estudar quando era moderna, mas nunca tive chance. Com esse programa pude ir pra escola. Estou muito feliz e precisava vir aqui agradecer pessoalmente”, disse dona Enedina. O Topa alfabetizou 460 mil pessoas em todo o estado e já é considerado o maior programa de alfabetização em execução no Brasil.

“Sinto uma emoção muito grande. É um exemplo uma pessoa de 100 anos, do interior do estado, que não teve chance de estudar e agora aprendeu a ler e escrever”, afirmou o governador Jaques Wagner. Segundo ele, o programa também é um exemplo para o Brasil. “A educação é fundamental e começa pela alfabetização. O Topa é um orgulho para a Bahia, o maior programa de alfabetização do país e esperamos que sirva de referência para outros estados”.

PS- Durante o almoço, dona Enedina não recusou a cachacinha honesta que lhe foi oferecida. Fartou-se. Ninguém vive 100 anos com esse astral por acaso…

E dona Maria Antonia virou sem-terra…

Nos últimos dez anos, dona Maria Antonia Conceição, o marido José Antonio Felipe Santos e os oito filhos do casal levaram uma vida sofrida, mas digna, de agricultores na região da Sapucaieira, em Olivença, no Sul da Bahia.

A família cultivava cacau, mandioca, feijão, melancia, cana de açúcar e piaçava numa propriedade de 40 hectares.

Há vinte dias, dona Maria Antonia e sua família foram transformadas, técnica e literalmente, em sem-terras.

Para não ficar na rua, estão morando na casa de parentes.

A família de dona Maria Antonia é um dos muitos exemplos produzidos pelo absurdo perpetrado pelos burocratas da Fundação Nacional do Índio, que sob a justificativa de reparar erros históricos criou um monstrengo jurídico que colocou indígenas e agricultores familiares sob um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento, tamanho o nível de tensão reinante na área em disputa.

A região da Sapucaieira está no olho do furacão de um conflito que se acentuou depois que a FUNAI reconheceu uma área de 47.376 hectares como reserva indígena pertencente aos tupinambás.

Embora seja apenas um estudo que precise ser referendado e ainda passar pelo crivo da Presidência da República, o documento acabou funcionando como um estímulo para que os indígenas começassem a invadir fazendas que julgam deles desde todo o sempre.

No caso de dona Maria Antonia e de tantos outros agricultores, eles não tiveram nem o direito de retirar seus pertences. Alguns denunciam que tiveram os produtos agrícolas saqueados e as casas queimadas.

Mandados de reintegração de posse, conferidos pela Justiça, estariam sendo ignorados pela FUNAI, sob a alegação de não possuir estrutura para isso.

No caso da reserva, que envolve áreas de Ilhéus/Olivença, Una e Buerarema, o que está em jogo não é apenas uma eventual reparação aos tupinambás, mas a sobrevivência de 18 mil pessoas que vivem legalmente em suas fazendas e dali tiram o seu sustento. E que não podem ser riscadas do mapa como simplesmente não existissem.

É legítimo que os indígenas, explorados durante séculos, busquem seus direitos e tenham acesso a uma terra que pertenceu a seus ancestrais.

Mas é legítimo também que milhares de famílias tenham seus direitos garantidos, sob pena de serem confundidas com grileiros ou usurpadores que, efetivamente, não são.

Trata-se de uma situação delicada, em que devem imperar o bom senso e o diálogo, de forma que ninguém saia prejudicado, visto que índios e agricultores familiares compõem a imensa legião de brasileiros que necessitam romper a barreira da exclusão social e levar uma vida digna.

Bom senso que, por sinal, faltou à FUNAI e que agora deve prevalecer entre o Governo Federal, o Governo Estadual, os agricultores e os indígenas.

Porque, tudo o que o Sul da Bahia não precisa neste momento é que alguém acenda o pavio e detone essa bomba, criando um novo e indesejado Pau Brasil, não a madeira que dá o nome ao País, mas a cidade engessada há a décadas por uma disputa sangrenta e ferrenha envolvendo fazendeiros e índios pataxós.

PANETONE ENGORDA


O Ministério da Saúde adverte:

O “panetone” do governador de Brasilia, José Roberto Arruda, engorda.

Ainda mais se for da marca DEM.

Que o diga o senador Heráclito Fortes!!!

Éramos seis


Paulo Sérgio da Silva, o Sergio Gordo, 35 anos.

Erick Silva Santos, o Cabo Erick, 19 anos.

Jadson Correia dos Santos, o Escolta, 22 anos.

Josevaldo Ribeiro Santos, o Tiqueta, 25 anos.

Henrique Santos Moreno, 15 anos.

João Paulo Santos, 26 anos.

Itabuna, bairros Urbis IV, Jaçanã, Fonseca, Califórnia, São Lourenço.

Paulo Sérgio, vendedor de DVDs, assassinado porque negou um real a um viciado em crack.

Erick e Jadson assassinados em função de rixas com grupos rivais.

Josevaldo assassinado possivelmente por engano, confundido que foi com um traficante conhecido como Nem Veio.

Henrique e João Paulo, sem envolvimento com drogas ou com o mundo do crime, assassinados sabe-se lá porque.

Seis assassinatos em Itabuna num intervalo inferior a 48 horas.

Uma carnificina iniciada no sábado e encerrada no domingo, como que para “coroar” a Semana da Vergonha, em que Itabuna foi apontada como a cidade brasileira em que os jovens estão mais expostos a violência e à exclusão social.

Das seis vítimas fatais, apenas uma tinha mais do que 26 anos.

Jovens, com uma vida inteira pela frente, tragados por uma brutalidade sem limites, vítimas de uma guerra urbana de contornos cada vez dramáticos e violentos.

Mata-se por um real, mata-se por uma discussão banal, mata-se por engano.

Na rua, no bar, dentro de casa.

Sangue inocente e sangue de gente que descambou para a marginalidade por falta de opção.

Bairros carentes transformados num barril de pólvora, que explode em assassinatos seriais, em agressões, assaltos, arrombamentos, tráfico de drogas.

Uma violência onipresente, prevalecendo sobre um poder público omisso e/ou ineficaz, um sistema de segurança pública que não garante a segurança de ninguém.

Vivemos numa cidade que conta e chora as suas vítimas aos montes, que está perplexa diante de tanta violência, mas que precisa reagir, cobrar providências das autoridades competentes (sic) e exigir que se dê um basta a tanta violência, que se trate bandido com rigor e preserve a vida e a integridade dos cidadãos de bem.

Uma cidade que não pode ficar de joelhos, como se estivesse diante de uma situação irreversível ou subjugada por um castigo divino, um golpe do destino.

Itabuna, que já deu tantas demonstrações de altivez, precisa, mais uma vez, promover uma ampla mobilização, capaz de chamar a atenção e gerar as necessárias e imediatas providências que dêem um basta a esse banho de sangue.

Paulo, Erick, Jadson, Josevaldo, Henrique e João.

Quem será o próximo?

Quem serão os próximos?

Papai Noel e políticos honestos existem?


Quando a gente pensa que já viu tudo na política, sempre aparece mais alguma coisa para ser vista,

Quando se acha que chegamos ao limite do lamaçal, aparece ainda mais lama.

As cenas do governador de Brasília, José Roberto Arruada, do DEM, recebendo dinheiro desviado dos cofres públicos são uma daquelas coisas que causam asco.

Nas imagens, Arruda recebe um pacote de notas que somam cerca de 100 mil reais. Gato escaldado, diz ao homem que lhe entregara o dinheiro que era melhor que o pacote fosse entregue em outro local.

Sabe como é, alguém poderia estranhar vê-lo saindo com aquele embrulho e…

Depois, escaldado, mas faminto, pede que o assessor arrume uma sacola de compras para colocar o dinheiro.

Gatuno, chega a se afundar no sofá, enquanto espera a sacola providencial, que segundos depois a imagem flagra sendo discretamente levada por outro assessor.

Pronto, ninguém vai estranhar mais nada, afinal trata-se de um assessor anônimo saindo com uma inocente sacola.

O “filme” em questão é apenas a ponta do iceberg do mais recente -e com certeza não o último- escândalo da política brasileira.

O esquema envolve desvio de dinheiro para campanhas eleitorais, pagamento de propina em troca de apoio político e enriquecimento ilícito. Além de, no caso de Brasília, chantagem com as gravações feitas sem que os envolvidos soubessem que estavam sendo filmados.

Embora muitos deles sorriam, com a cara de pau peculiar dos salteadores dos cofres público.

Já tivemos o mensalão do PT, o mensalão do PSDB e agora temos o mensalão do DEM, sinal de que a corrupção que parece entranhada no sistema político não respeita matiz partidária.

É um mal crônico e incurável, que gera como subproduto perverso milhões de pessoas sem acesso aos serviços básicos e projetos de inclusão, porque o dinheiro escorre farto pelo ralo insaciável do propinoduto.

Um mal agravado por outro subproduto, que atende pelo nome de impunidade. Passado o estupor geral, surgido outro escândalo, cessados os holofotes, tudo termina sem que ninguém seja punido.

E a vida segue no país do dinheiro na cueca, do dinheiro nas meias, do dinheiro na caixa de sapatos, do dinheiro na sacola de compras, do dinheiro invisível a engordar contas secretas para gerar mansões, carrões e vidas luxuosas; enquanto o povaréu se equilibra no salário curto e suado para pagar as contas.

Tem mais: na impossibilidade de brigar com as imagens, impera a mais deslavada sem-vergonhice para explicar o inexplicável.

Não é que José Roberto Arruda saiu-se com a explicação de que o dinheiro colocado na sacola seria destinado para a compra de panetones e cestas de Natal para famílias carentes!

Enfim, o sujeito querendo bancar o Papai Noel dos pobres e essa gente maldosa achando que ele é um corrupto.

Que ignomínia!

Blague à parte há de se convir: é mais fácil acreditar em Papai Noel do que em político honesto.

Em nome de Deus, parem!


O padre José Carlos Lima dedicou boa parte de sua vida a um trabalho edificante: recuperar e ressocializar adolescentes que cometeram ato infracional.

Através da Fundação Reconto, semente plantada em Canavieiras e que frutificou em unidades em Ilhéus, Itabuna, Eunápolis, Porto Seguro e Teixeira de Freitas; permitiu que centenas de adolescentes deixassem de ser encaminhados para instituições em Salvador, que em vez de recuperar, funcionavam quase como escolas do crime.

A aplicação das chamadas medidas socioeducativas, determinadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, tiveram no padre José Carlos um entusiasta incansável, a ponto da experiência da Fundação Reconto ser levada a outras regiões do Estado.

São inúmeros os casos de adolescentes que, atendidos pela Fundação Reconto, voltaram aos estudos, aprenderam uma profissão e hoje estão inseridos no convívio social.

O padre José Carlos Lima era também um religioso querido pelos fiéis das paróquias por onde passou: Itabuna, Potiraguá, Canavieiras e Buerarema, onde estava atualmente.

Uma pessoa alegre, com um jeito especial de pregar a palavra de Deus. Um ser humano solidário, na sua fé e no seu compromisso social com as pessoas mais humildes.

Padre José Carlos tinha uma vida inteira pela frente.

Tinha.

Numa manhã de sol de sexta-feira igual a tantas outras sextas-feiras, o destino do padre José Carlos bateu de frente com um caminhão.

Vamos eximir aqui o destino de qualquer culpa.

O carro que o padre José Carlos dirigia bateu de frente com um caminhão que transportava madeira, num trecho da rodovia BR 101 entre Itabuna e Buerarema.

A violência do choque foi tamanha que o caminhão tombou.

O padre morreu na hora.

Mais uma vítima, entre as tantas vítimas diárias, de um trânsito violento, que mata mais do que a mais sangrenta das guerras.

Com a pista em ótimas condições, tudo leva a crer que o acidente foi provocado pela imprudência.

Uma imprudência que mata e espalha feridos aos borbotões, muitos deles incapacitados para sempre.

É inadmissível que, a despeito de tantas vítimas, as pessoas não se conscientizem de que o carro não é uma arma letal, que é preciso dirigir com prudência, respeitando as leis de trânsito e evitando riscos que, em muitos casos, se tornam fatais.

A vida, esse dom precioso e nem sempre valorizado, não pode nem deve esvair-se dessa maneira, gerando dor e tristeza entre familiares e amigos.

Em nome de Deus, parem!

Mais um título de (in)glória


Não bastasse a confirmação do tricampeonato brasileiro de incidência de dengue, Itabuna acaba de conquistar mais um título que nada tem de glorioso, muito pelo contrário, constitui-se numa vergonha.

O Ministério da Justiça e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública acabam de divulgar um relatório que revela o índice de exposição dos jovens à violência.

O estudo foi realizado em 266 cidades brasileiras com população acima de 100 mil habitantes e, a partir de um Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, leva em conta cinco indicadores: homicídios, acidentes de trânsito, emprego ou frequência na escola, pobreza e desigualdade.

Itabuna, cidade que inicia os preparativos para festejar em 2010 seus 100 anos de emancipação, dona de uma história de superação e empreendedorismo, aparece em primeiro lugar no Brasil entre as cidades em que os jovens estão mais expostos à violência.

Itabuna está no topo da lista com 0.577 de Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, à frente de cidades como Marabá, Foz do Iguaçú, Camaçari, Governador Valadares e Cabo de Santo Agostinho.

O índice de homicídios em Itabuna entre os jovens é de 0.637, o de desemprego de 0.456, o de acidentes de trânsito é 0.567, o de pobreza ou frequência escolar é de 0.551, e o de desigualdade é de 0.678.

Não se deve brigar com números, ainda que eles possam ser vistos sob a ótica e o interesse de cada um, nem se pode ignorar a gravidade da situação em que se encontra a juventude itabunense.

Para isso, nem é preciso recorrer à estatística.

Trata-se de uma realidade visível, na violência gerada pelo consumo e tráfico de drogas, na explosão da criminalidade, na ausência de emprego e na falta de acesso a um ensino público de qualidade; em todos os casos, o jovem aparecendo como ator principal.

E, lamentavelmente, como a principal vítima.

Basta uma passada pelas páginas polícias dos jornais, pelas imagens dos casos de violência exibidos na televisão.

É o jovem, em sua maioria, quem aparece cometendo crimes, sendo assassinado, envolvido em acidentes de trânsito ou padecendo com a falta de emprego, até ser empurrado para a criminalidade.

Não é o caso de se caçar bruxas, buscar culpados, fazer exploração política de uma tragédia cuja responsabilidade é de todos, do poder público à sociedade organizada.

É o caso, a exemplo de outras tragédias como e iminente epedemia de dengue que se avizinha, de se promover uma ampla mobilização, de iniciar um trabalho que só trará resultados a médio e longo prazos, mas que precisa ser feito com urgência.

Sempre se disse, em tom de ufanismo, que a juventude é o futuro de uma nação, como é o futuro de uma cidade.

Está na hora, portanto, de definir que tipo de futuro nós queremos para Itabuna.

Uma cidade que deixa a sua juventude exposta à violência a à exclusão social é uma cidade sem futuro.

BOLA DE CRISTAL


Penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.

Bola de cristal à mão: em Goiânia, o São Paulo perde do Goiás; em Campinas, o Flamengo empata com o Corinthians; em Recife, o Internacional ganha do Sport; e em São Paulo, o Palmeiras ganha do Atlético Mineiro.

Nenhum dos resultados chegaria a ser assim tão surpreendente ainda majs num campeonato marcado por altos e baixos.

Com essas quatro combinações, São Paulo, Flamengo, Palmeiras e Inter chegariam à última rodada com 62 pontos ganhos.

Os quatro brigando por um título que pode mudar de mãos num detalhe.

Querem mais emoção do que isso?

E ainda há quem condene a fórmula dos pontos corridos, dizendo que falta justamente emoção.

Ou, para não deixar muito explícito, que no final o São Paulo sempre fica com o título, o que não deixa de ter lá o seu fundo de verdade.

Mas, nessa sua versão 2009, independente de quem levante a taça daqui a duas semanas, sobra emoção para várias torcidas, inclusive as daqueles times que ficaram pelo meio do caminho, como Atlético e Cruzeiro, que talvez pela inexistência de mar em Minas, morreram antes de chegarem à praia.

Dos quatro que disputam o título, o único que depende apenas das próprias forças é o São Paulo, que será campeão se fizer o dever de casa e vencer o Goiás e o Sport. A derrota para o Botafogo entra na cota da gordura que ainda tinha para queimar. Acabou.

O Flamengo, time da mais impressionante reação do Brasileiro (sem contar o Fluminense, mas este luta para não cair para a série B), teve a faca, o queijo, a boca e sua formidável torcida para virar a semana na liderança, mas ficou no 0x0 diante de um Maracanã lotado, que foi da euforia à decepção.

O Inter é o time que vai do céu ao inferno de uma rodada a outra. Quando parece que vai embalar, perde feio; quando dá impressão de estar morto, ressurge. Numa dessas, o título lhe cai no colo.

O Palmeiras foi o time que, umas oito rodadas atrás, tinha o título nas mãos e deixou escorregar. Era a taça mais fácil de sua vida, que agora só vem por um milagre, coisa que no futebol não é tão raro assim. Mas, dos quatro postulantes, é o que anda com os nervos em frangalhos, o que pesa numa reta final.

A emoção rodada a rodada, a oscilação freqüente no grupo dos que freqüentam as primeiras colocações e a luta de sangue pelo rebaixamento mostram o acerto do sistema de pontos corridos, onde ganha o título o time de maior regularidade.

Ah, a próxima roda também pode definir o São Paulo como hepta/tetra campeão brasileiro, desde que o tricolor ganhe e os demais rivais não vençam.

Difícil, mas se ocorrer, o problema não está necessariamente na fórmula, mas na incapacidade dos rivais em disputar um campeonato longo e que exige elenco e planejamento.

Aí, é mandar o São Paulo, com sua frieza de boxeador letal, disputar o Campeonato Alemão.

TROCADILHO DE PESCADOR

-E aí, companheira Dilma, tá pescando muitos votos?

-Sei não, companheiro Lula, vou precisar muito da sua vara…





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