WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia
hanna thame fisioterapia animal

prefeitura itabuna sesab bahia shopping jequitiba livros do thame




Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

maio 2024
D S T Q Q S S
 1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031  


:: ‘Notícias’

Tá lá (mais um) corpo estendido no chão


Cai a noite no São Judas, bairro de classe média alta em Itabuna, onde as mansões lembram os tempos áureos do cacau.

Cai a noite no São Pedro, bairro da periferia de Itabuna, onde casas simples se misturam aos barracos, lembrando que em tempos de apogeu ou em tempos de crise, sempre há um fosso a separar pobres e ricos.

Separar?

Apenas no sentido metafórico, já que na geografia, os bairros São Judas e o São Pedro, feito os santos que lhes emprestam os nomes, estão juntos, colados um no outubro.

O bairro hipoteticamente rico e o bairro comprovadamente pobre estão ali, lado a lado, a explicitar o abismo da desigualdade social.

Mas, deixemos de lado a desigualdade e vamos direto ao que eles têm de iguais, ao que todos os bairros de Itabuna, os ricos, os de classe média, os pobres e os paupérrimos têm em comum.

Melhor dizendo, o que todos sofrem em comum: a violência.

Na quarta feira, quando caiu a noite naquele trecho que une/separa o São Judas e o São Pedro, moradores puderam ouvir o barulho de estampidos. Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez

Poderia ser alguém comemorando, tardiamente, com foguetório a conquista do título brasileiro pelo Flamengo.

Mas na eram fogos, eram tiros.

E a conta não é assim: um, dois, três, quatro, cinco…

Ela é contada na casa da centena: 154, 155, 156, 158…

O número 157 atende pelo nome de Jeferson Pereira Santos, 23 anos.

O número 158 atende pelo nome de Pedro Silva Santos, 24 anos.

Ambos foram assassinados quando estavam conversando, atingidos por uma pessoa não identificada que desferiu 10 tiros.

Jeferson e Pedro são as duas mais recentes -e certamente não as últimas- de uma violência estarrecedora, que atinge principalmente os jovens e que quase sempre tem como pano de fundo o tráfico e o consumo de drogas.

Uma violência que fez de Itabuna a cidade mais perigosa do Brasil para a juventude e que, de forma perversa, parece quer justificar a cada dia esse título desonroso.

Em 2009, e ainda faltam três semanas para virar o ano, foram já foram 158 homicídios em Itabuna.

Um número alarmante, vergonhoso, assustador, mas que não chega a surpreender, em função do absurdo nível de insegurança pública que se abateu sobre a cidade.

Cai a noite, nasce o dia e os assassinatos continuam.

Nos bairros santificados como o São Judas e o São Pedro, nos bairros de nome quase obsceno como o Pau Caído e o Gogó na Ema, nos bairros de nomes genéricos como Pontalzinho e Califórnia; em toda a cidade.

Até quando?

Se nada for feito, a resposta é: até sempre!

Gotas de sabedoria


“O dono de uma loja de calçados mandou um funcionário a uma pequena cidade, para avaliar a possibilidade de abrir uma filial.
No dia seguinte, o funcionário manda um email pro chefe, dizendo:
-Aqui a gente não vai vender nem um par de chinelos. Nessa cidade, todo mundo anda descalço.
Em busca de uma segunda opinião, o chefe manda outro funcionário à mesma cidade.
Um dia depois, recebe o email:
-Chefe, aumente os estoques, a gente vai vender sapatos pra caramba. Nessa cidade só tem gente descalça”.

A historinha acima, bem apropriada aos livros de auto-ajuda, muito em voga atualmente, pode perfeitamente ser adaptada à realidade do Sul da Bahia, região que nas últimas duas décadas vem sofrendo com uma crise sem precedentes, mas que está diante da possibilidade de um novo ciclo desenvolvimento.

Obras importantes como o Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste, a Zona de Processamento de Exportações e o Gasoduto da Petrobras, além da recuperação do setor agrícola através do PAC do Cacau, certamente darão um novo impulso à economia regional, criando oportunidades para uma série de negócios, que surgirão não apenas no eixo Ilhéus-Itabuna, mas também nas demais cidades sulbaianas.

Em vez de ficar achando que as obras não sairão do papel e que se saírem não trarão grandes benefícios, os empreendedores da região -e eles são muitos- devem se preparar para suprir uma demanda por serviços como alimentação, lazer, saúde, educação, turismo, fornecimento de insumos industriais e outros.

Em vez de ficar achando que os melhores empregos serão destinados às pessoas de fora, é preciso que se invista em capacitação profissional, em reciclagem, justamente para pode disputar esses empregos, bem remunerados, em situação de igualdade.

Temos uma capacidade empreendedora e de trabalho que precisa ser ampliada e valorizada.

E o tempo de se preparar para esse mar de oportunidades é agora, visto que o Gasoduto está em fase adiantada e o Porto Sul e a Ferrovia Oeste-Leste terão suas obras iniciadas em 2010, bem como a liberação dos recursos do PAC do Cacau, também previstas para o ano que vem, que está aí, batendo à porta.

É escolher entre os dois vendedores de calçados: o que enxerga, mas não vê e o que vê e enxerga longe.

E caminhar para não ficar para trás, porque esse é um processo em que os primeiros serão os primeiros e os últimos serão os últimos.

TRANSMACONHEIRA

O motoqueiro argentino, de passagem pelo Nepal, ficou doidaço com o que viu: milhares de pés de maconha plantados às margens de uma rodovia.

Maradona quer porque quer que a Seleção Argentina faça um amistoso por lá antes
da Copa da África do Sul.

MIS COMPAÑEROS


A eleição da nova diretoria do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região, realizada ontem (9) teve chapa única, a Consciência Bancária da CTB.

A chapa teve 96,63% dos votos. Não fossem os quatro votos em branco e os dez votos nulos, o índice teria chegado a 100%.

Em Cuba, el viejo comandante Fidel deve ter se regozijado.

Chapa única em eleição, seja ela para presidente de sindicato ou síndico de prédio é tudo com o que sonham os camaradas. E, porque não dizer, os companheiros também.

ÁGUA PARA NINGUEM


O verão vem chegando e Itabuna volta a conviver com o risco de um problema crônico: a falta de água.
Nesta semana, o presidente da Emasa, Alfredo Melo, alertou que se não chover com intensidade e regularidade a cidade corre risco de um novo racionamento.
Caso venha o racionamento, devem se repetir as cenas do ultimo verão: no centro da cidade e na periferia, centenas de pessoas com latas de água na cabeça ou carregando baldes mais lembravam as áreas mais secas do sertão nordestino.
Trata-se de uma época em que o consumo aumenta, mas a captação continua a mesma, já que o sistema chegou ao limite. Como não existe mágica na equação captação x consumo, é preciso que se adotem algumas medidas para evitar que a escassez se transforme numa crise de abastecimento.
O combate ao desperdício deve se tornar uma regra. E como se desperdiça água em Itabuna, notadamente nos bairros de pode aquisitivo, onde o líquido é usado para lavar carros e calçadas como se fosse abundante, inesgotável.
Além disso, existem perdas consideráveis na captação, por conta de um sistema obsoleto, que precisa ser modernizado.
O Governo Federal destinou recursos para melhorar a captação e a distribuição, mas o sistema ainda funciona de forma precária, com demanda superior à oferta.
Sendo assim, a única alternativa é economizar água. Isso para quem recebe o produto com regularidade, porque nos bairros mais distantes a escassez é uma rotina que independente da estação do ano. Nesses locais, onde só cai água em intervalos que podem durar até uma semana, os moradores sofrem com a falta de um produto que é básico, imprescindível.
Para essas famílias, só resta esperar que a ampliação do sistema de captação apresente resultados práticos, coisa que não ocorreu até agora.
O jeito, portanto é economizar água.
E rezar para que, em meio a esse calor infernal, São Pedro seja generoso e mande chuva em abundância para Itabuna e região.
Na falta de projetos efetivos para resolver, definitivamente, o crônico problema do abastecimento de água, que ao menos os céus sejam generosos com a sofrida população itabunense.

0-0-0-0-0-0-

PREVISÃO DO TEMPO

Previsões do Climatempo e do Tempo Agora, dois dos mais respeitados institutos de meteorologia do Brasil, apontam que chuvas em Itabuna só na segunda quinzena de dezembro.
Oremos, pois!
E para quem acredita em Papai Noel, chuva é um presente a ser considerado…

DROGA POR DROGA…


A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (8), o cantor sertanejo Glaucimar Queiroz Machado, de 38 anos, por suspeita de tráfico de drogas. A droga foi encontrada entre os pertences do cantor.

Tradução para esta notícia: pelo tipo de música que eles fazem, deve ser a força do hábito

Desta vez não vai acabar em pizza. (Vai acabar em panetone!)


Tornou-se senso comum no Brasil, e com razão, dizer que escândalos envolvendo políticos e/ou grandes empresários costumam terminar numa imensa pizza, com sabor de impunidade para os envolvidos e com gosto de vergonha para a população.

Tem sido assim nos últimos tempos.

Após mega-operações, com direito a foguetório e todo tipo de pirotecnia, os suspeitos são detidos, exibidos nos jornais, na televisão e na internet, e pouco tempo depois ganham a liberdade.

Há sempre um advogado que conhece as brechas da lei e há sempre um juiz zeloso no cumprimento dessas brechas.

Findo o circo, aos envolvidos, basta confiar na conhecida morosidade da justiça brasileira, respondendo a processos que se arrastam por anos e até décadas.

E tome aumento na produção de pizzas, enquanto o dinheiro público continua sendo sugado vorazmente por essa praga chamada corrupção.

O mais recente escândalo, que tem como ator principal o governador de Brasília José Roberto Arruda, do DEM, e quase uma dezena de coadjuvantes, é certamente um dos mais chocantes que já se viu.

Não porque embuta em si alguma novidade, já que se trata da clássica prática de desvio de dinheiro público para pagamento e propinas, mas porque as cenas de corrupção foram filmadas com a nitidez e o profissionalismo de um premiado diretor de cinema.

Diante das câmeras, circulam com desenvoltura políticos, assessores, empresários e grande elenco, recebendo dinheiro sujo (que eles lavam com uma maestria de dar inveja a mais prendada das donas de casa) e escondendo em sacolas, meias, cuecas, etc.

As imagens, além do desfile de corruptos desavergonhados, captaram ainda uma cena de escárnio, com um grupo se abraçando para agradecer a Deus pela existência do operador do esquema, além de pedir proteção divina ao provedor de suas, digamos, necessidades monetárias.

Enfim, são cenas captadas pelas câmeras com uma nitidez que não deixa dúvidas de quem estava lá e o que estava fazendo.

Num país pouquinha coisa mais séria do que o Brasil no quesito combate à corrupção, essa gente flagrada na gatunagem explicita, além de perder os cargos, passaria uma boa temporada na cadeia.

Por aqui, o mais provável é que um ou outro sofra algum tipo de punição, se é que isso vai acontecer, e que tudo fique como está.

A diferença é que dessa vez não vai terminar em pizza, já que Arruda, na falta de uma desculpa para explicar o que inexplicável, tem dito que o dinheiro recebido numa sacola era para comprar panetone para os pobres.

Vai terminar mesmo é um panetone!

Varia o cardápio, variam os chefs de cozinha, variam os comensais, mas a falta de vergonha e a cara de pau não variam nunca.

RECEITA DE PANETONE BRASILIENSE

-Pegue várias notas de 50 e 100 reais, além de dólares e euros
-Junte alguns políticos e empresários corruptos (não todos, senão vira o maior panetone do mundo)
-Misture bem e coloque, por muito tempo, numa cela de segurança máxima
-Não coma, porque vai dar uma tremenda indigestão

Dois pontos


Qual a distância que separa a glória da tragédia, o êxtase do infortúnio, o momento inesquecível do momento a ser esquecido?

Qual a diferença entre o vencedor e o derrotado?

O recém-encerrado Campeonato Brasileiro de Futebol, vencido pelo Flamengo, demonstrou que essa distância, aparentemente estratosférica, pode ser medida num átimo.

Ou tomada como obra do acaso.

Dois pontos separaram o Flamengo campeão do Internacional vice-campeão e do São Paulo segundo colocado.

Meros dois pontos, que podem perfeitamente serem atribuídos a lances fortuitos.

Dois pontos que o São Paulo deixou de ganhar no empate em 2×2 com o rebaixado Coritiba em pleno Morumbi. Ou no empate em 1×1 com o também rebaixado Santo André. Chances de ouro, daquelas que não se desperdiça, mas que o São Paulo desperdiçou e que no final fizeram a diferença entre o título e a terceira colocação.

Dois pontos que o Inter deixou escapar no empate contra o campeão Flamengo em pleno Beira Rio, ou na derrota para o rebaixado Coritiba.

Dois pontos que o Flamengo ganhou nos dois pênaltis que o goleiro Bruno defendeu contra o Santos ou no pênalti que o mesmo Bruno pegou contra o Botafogo.

Tivesse o Santos convertido um dos dois pênaltis perdidos ou o Botafogo aproveitado a penalidade a seu favor e, a essa hora, estaria a torcida rubro negra, hoje em estado de delírio orgasmático, lamentando aqueles pontos preciosos.

E o que dizer o Palmeiras, o time que mais próximo esteve da glória nesse Brasileirão, líder da competição por 19 rodadas e que chegou a abrir uma vantagem aparentemente inalcançável.

Não fosse a inacreditável derrota para o Santo André, não fosse o gol de Obina equivocadamente anulado pelo juiz Carlos Eugenio Simon contra o Fluminense e os gritos de “Porco, Porco” ainda estariam ecoando pela capital paulista, enquanto o Rio de Janeiro continuaria lindo, mas sem as cores rubro-negras a colorir as ruas.

Como se observa, foram os detalhes, a sorte de um, o azar de outro, o apito infeliz de um arbitro desatento, quem decidiram o destino feliz de um time e o desatino de outros que chegaram a sentir o doce sabor da conquista, tão próximo dela estiveram.

Foi o acaso o fator determinante, mais do que a genialidade outonal de Petkovic e os gols letais de Adriano, a força motriz da glória rubro-negra, já eternizada.

E foi o acaso, o fator determinante para a quase-glória do Inter, do São Paulo e do inglório Palmeiras, brevemente esquecida pela História, que reserva louros aos vencedores e limbo aos derrotados.

Glória e fracasso, tão próximos, tão distantes.

Ao alcance da mão e ao mesmo tempo no limite do infinito.

Mais do que uma caixinha de surpresas, o futebol às vezes é retrato e espelho da vida,

O TIME DOS CEM ANOS


O Itabuna apresentou o elenco que vai buscar em 2010 o inédito título de Campeão Baiano, igualando o feito do Colo Colo. O elenco do azulino é composto por três jogadores que atuavam no futebol europeu, entre eles Joilson Rodrigues da Silva – Tot Football Club (Tailândia) e Adriano de Oliveira Santos – Shonan Bellmare (Japão). A base é composta por atletas do Rio de Janeiro e da Região Sul da Bahia. O técnico Célio Costa vai mesclar juventude e experiência para montar um time competitivo.

Um título baiano viria calhar no ano do Centenário de Itabuna.

Depois, é esperar pela Copa do Brasil, a Libertadores e o Mundial de Clubes, que torcer e sonhar (ainda) não paga imposto.

ACARAJÉ X PÃO DE QUEIJO


Durante a inauguração da mina de níquel em Itagiba, o governador Jaques Wagner referiu-se de forma bem humorada ao fato de que boa parte dos cargos de direção e de áreas técnicas era ocupada por funcionários de Minas Gerais:

-Hoje o que mais deve sair aqui é pão de queijo, mas como eu conheço a criatividade e a capacidade de trabalho do povo baiano, daqui a pouco tempo só vai dar acarajé.

E aproveitou para falar sobre a necessidade da capacitação profissional, diante dos novos empreendimentos que estão surgindo na região, como a Ferrovia Oeste Leste, o Porto Sul e o Gasoduto da Petrobrás…

Uai, haja acarajé Oxe!





WebtivaHOSTING // webtiva.com.br . Webdesign da Bahia