Cleber Isaac Filho

 

Tenho muitas histórias para contar aos leitores e essa dos lixões vai virar documentário que se chamará “Lixões e Lições”. Tudo porque de 2000 até 2022; estava envolvido na resolução da destinação final do lixo de Itacaré, cidade onde desenvolvo projetos turísticos.

O lixão da cidade ficava na nascente de um rio e com mais de 20 famílias vivendo de forma sub-humana como “badameiros” . Foram várias tentativas, com as diversas gestões públicas que estiveram à frente do município, até que em 2021 foi implantado na Estrada Ilhéus / Itabuna um aterro privado com capacidade de atender um raio de 100 km.

Fui na inauguração do aterro e descobri que naquele momento, em 2021, a empresa só tinha um contrato. Especificamente com a Prefeitura de Itabuna, tendo assim capacidade de atender outras cidades. Conheci, na ocasião, o diretor do grupo e posteriormente o sócio principal: Rodrigo Zache e Harley Ribeiro.

Não só os conheci, mas virei entusiasta da empresa deles pela preocupação social além da ambiental. O Grupo Marca começou em Vitória com o sonho de erradicar um lixão que recebia quase dez toneladas de resíduos por mês e destinar os materiais da maneira correta, e hoje tem quase 30 anos de atuação em mais de cinco estados do Brasil.

Mensalmente, gerencia mais de 231 mil toneladas dos mais diversos tipos de resíduos, atendendo mais de 230 clientes e 54 municípios. Consegui sensibilizar os diretores em dar ênfase em Itacaré, e meses depois fizemos no @saojose.beachclub um evento com atores nacionais: ” Encontro Nacional de Saneamento ” .

O evento foi sucesso. Com a presença do então Secretário Nacional de Saneamento do governo Bolsonaro, prefeitos de todas correntes políticas e, em especial o de Itacaré, que abraçou com força a causa de fechamento do lixão.

O lixão de Itacaré foi fechado, pois houve união a favor da sustentabilidade sem pensar em correntes política. Vou detalhar esse processo que se tornou “case” nacional na segunda parte desse texto.