A perícia técnica confirmou que o tiro que matou a líder indígena Maria de Fátima Muniz, a Nega Pataxó, em Itapetinga, foi deflagrado por um jovem de 19 anos, filho de um dos fazendeiros que estava no confronto no último domingo (21). O resultado do laudo de microcomparação balística foi divulgado nesta terça-feira (23).

O jovem, suspeito de ter matado a líder indígena, já estava preso junto com um militar da reserva. Eles foram detidos em flagrante no mesmo dia do confronto e agora vão ser submetidos a uma audiência de custódia na Justiça Federal.

O conflito foi articulado por meio de um grupo no WhatsApp chamado ‘Invasão Zero’, que contava com 200 fazendeiros e ruralistas da região.

A Polícia Civil investiga os crimes de homicídio, tentativa de homicídio e associação criminosa armada. Mais quatro pessoas já receberam intimação para prestar depoimento sobre a organização do grupo e o dia do conflito.

O Ministério Público Federal e defensorias públicas suspeitam de que há envolvimento de milicianos em mortes de indígenas no estado. A tese segue sendo investigada pelos órgãos. (do Ipolítica)