:: 6/jan/2024 . 10:30
Explorando os vínculos históricos entre a cannabis e o câncer: Caso da Princesa de Ukok
Lina Dantas
A Cannabis e o Câncer, coexistem na humanidade há milênios. O primeiro marco histórico da sinergia entre ambos os temas, sem dúvidas é a “Donzela do Gelo” ou Princesa de Ukok. A múmia de uma mulher, provável sacerdotisa do povo nômade Pazyryk no século V a.C., foi encontrada em uma tumba com outros artefatos, em 1993 na Rússia. Em 2014, uma pesquisa sugeriu que um câncer de mama, e ferimentos por queda, foram os responsáveis pelo óbito da jovem, aos seus vinte e poucos anos de idade. Entre os artefatos encontrados na tumba, havia um recipiente de cannabis próximo ao corpo. Será que a Cannabis estava sendo utilizada como tratamento deste câncer, ou para alívio dos sintomas? Possivelmente sim.
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível, podendo também ser rapidamente invasivo e destrutivo a depender da malignidade. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor.
O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas.
No Brasil são esperados 704 mil casos novos de câncer para cada ano de 2024 e 2025, sendo 70% dos casos concentrados nas regiões Sul e Sudeste. O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Simbolismo
Sione Porto
Ah! Quem dera poder dizer
… as coisas que eu desejo
nas trevas deste penar…
Palpita tanta melancolia
… que às vezes, por ironia,
dorme junto comigo… Dorme meu penar!
Zombam sombras estranhas
nos relâmpagos fantasmáticos
vestidos brancos, luzes funestas
… suspiros deléveis embriagados de dor!
Dorme sono insano
… noites vagas… vagas sobre o luar.
Futebol de Itabuna ganha o Campo da Desportiva
Walmir Rosário
Em 19 de agosto de 1930, com a fundação da Liga de Desportos de Itabuna (Lida), o futebol de Itabuna ganha novo fôlego com a organização de torneios e campeonatos. Com isso, surge um movimento incentivando a construção de num novo campo de futebol, abandonando o velho campinho em frente a igreja matriz. E os jogos passaram a ser realizados numa área de pastagens na fazenda de Berilo Guimarães (junto ao atual Jardim do Ó, início da avenida do Cinquentenário, onde funciona o Centro de Cultura).
E o improviso foi se tornando oficial. A primeira mudança foi cercar o campo com cordas e, posteriormente, fixadas as placas de zinco, nada condizente para a pujante Itabuna. Não tardou a vingar uma ideia do cacauicultor e comerciante Nicodemos Barreto, de erguer um muro. E ele mesmo deu o pontapé inicial, doando os tijolos à direção da Lida. Com isso, viabilizou a construção de um campo de futebol. Em seguida, várias campanhas foram feitas pelos dirigentes da Lida, para concluir o campo da Desportiva.
Para a primeira inauguração, em 1937, foi convidado um grande clube de Salvador: o Galícia, tricampeão baiano, conhecido como “O Demolidor de Campeões”, que participou de três jogos em Itabuna. O Galícia deu um passeio, como se diz na gíria: ganhou o primeiro jogo de 6×0, e o segundo de 5×0. Para o terceiro, Itabuna se encheu de brios, reuniu a melhor seleção que pôde e, ainda assim, perdeu de 3 x 2.
E a Desportiva, apesar de ser uma área de esportes precária, era palco de grandes embates futebolísticos. Assistiam-se os jogos em pé, e alguns expectadores traziam de casa bancos e cadeiras para melhor se acomodaram. A arquibancada e a geral somente começaram a ser construídas em 1954, após uma campanha encetada pela Frente Itabunense de Ação Renovadora (Fiar), liderada por José Dantas de Andrade.
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