:: 18/nov/2023 . 11:13
Vive La Vie- um bar inesquecível e para chamar de meu segundo lar!
Silvio Porto
Li o livro do Jaguar, Confesso que Bebi e resolvi escrever uma homenagem ao amigo Tasso dono de um dos melhores bares que já existiu em Itabuna no final da década de 80.
Com um texto engraçado, bem construído e inteligente, Jaguar, que foi um dos fundadores do Pasquim, fez, sim, jornalismo, ao mesmo tempo em que fez humor e literatura. Em tempos em que cada vez mais tenta-se converter o jornalismo em algo isolado do resto, definindo-o em conceitos que excluem outras formas de arte, afirmo que o livro de Jaguar é um exemplo do contrário.
E é jornalismo – e de qualidade – pelo seguinte: o livro conta histórias, das pessoas e dos lugares. Histórias de nomes conhecidos que tomaram seus aperitivos nos botecos da vida, histórias dos donos dos bares, histórias contadas pelos donos dos bares, histórias dos bares. No fim das contas, jornalismo é isso: contar histórias. E parte do bom jornalismo é contar histórias relevantes e interessantes. É o caso.
Os bares também são a cultura de uma cidade, e, ao contrário do que devem achar os mais conservadores, crônicas sobre a boemia não estimulam o abuso de álcool – um problema sério –, mas seu consumo consciente como mais uma forma de diversão, tão normal quanto as outras.
Eu não poderia fazer uma crônica sobre o melhor bar que existiu em Itabuna, sem me inspirar no melhor livro sobre bares que já li do Jaguar: Confesso que bebi.
Abel Silva poeta da MPB , certa feita disse com muita inspiração:” o bar é o descanso do lar”.
Entre tantas músicas de sua autoria( nesta em parceria com Sueli Costa) , Jura Secreta que Simone eternizou :
“Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
Do que por não saber ainda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega é o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri.”
Os grandes clássicos de Pixiguinha, Noel Rosa, Vinicius, Tom Jobim, Chico Buarque, só existiram por causa da mesa de um bar.
Insegurança
Cleide Léria Rodrigues
Você já experimentou a Insegurança em alguma área da sua vida?
Sua Insegurança já te atrapalhou nos seus relacionamentos pessoais sociais e profissionais?
Sua Insegurança te gera medo, incerteza, você se sente incapaz, sem condições de enfrentar obstáculos, de tomar decisões e realizar objetivos e tem sentimentos de instabilidade e insuficiência e ainda tem pensamentos negativos com medo de que algo ruim vai acontecer ou algo pode não dar certo, apontando para suas falhas limitações e você não precisa passar a confiar em seu potencial, ficando no lugar de fracasso.
Se você sente-se assim! Mas você saiba que você não está sozinha (o) , você não precisa ficar com essa sensação desconfortável, de como se estivesse em uma corda bamba tentando equilíbrio.
A expressão artística de Leila Castellan
Luciane Yahweh
Artista por natureza, bióloga, professora, e artesã, radicada em Uberlândia, Minas Gerais, Leila Castellan desde criança esteve envolvida com arte. Uma criança muito sensível e até hoje observava muito a natureza e ficava por horas olhando as nuvens no céu formando os “ bichinhos e pessoas” com seus movimentos.
Abaixo está sua primeira pintura, feita por volta dos 11 anos para um trabalho de escola. Ela pediu para que seu pai torneasse um prato em madeira e nele fez sua pintura.
“Não fiquei satisfeita, pois queria um prato fininho, mais aberto, e o barco não tinha perspectiva, pois não sabia desenhar.”, afirma a artista.
“PRIMEIRA PINTURA”
Essa pintura, remetia ao quão distante Leila Castellan sonhava em ir.
Tudo a encantava e ainda encanta. Os movimentos, as cores, as formas dos vegetais, das flores e tudo ao seu redor naquele olhar que só o artista nato possui.
Ser artista para Leila, é algo que nem todos o são ou podem ser. Mesmo com a aplicação e desenvolvimento das melhores técnicas, tal possibilidade precisa de um algo a mais. Esse “algo a mais”, segundo ela, é o que nos diferencia, que é nato, não adquirido apenas. É o que se expressa através da alma, dos sentimentos e da emoção.
“Cada um possui suas habilidades e competências, essas, mais ou menos desenvolvidas. Não é apenas o querer fazer, é o transmitir.”
“Creio que ser um artista é ter um dom Divino ou talento, é um objetivo de vida, que podemos desenvolvê-lo ou enterrá-lo por diferentes motivos. Que é expresso em nosso modo de vida e expressão.” :: LEIA MAIS »
Gol do São Paulo
O ano era 1985. O São Paulo, treinado por Cilinho, decidia o Campeonato Paulista com a Portuguesa, no estádio do Morumbi.
Sãopaulino até a medula, fazia reportagem de campo para a Equipe Furacão de Esportes comandada por Antonio Julio Baltazar, um gigante na história da comunicação da Região Oeste da Grande São Paulo, que já partiu para a Eternidade, na Radio Difusora Oeste, emissora modesta, mas briosa, de Osasco.
O São Paulo tinha um timaço, com Falcão, Silas, Muller, Careca, Sidney e Cia, mas a Lusa endurecia o jogo.
E eu não sabia se reportava os lances ou se torcia. O São Paulo fez 1×0 no primeiro tempo com Careca e levava um sufoco até a metade do segundo tempo, quando Sidney fez 2×0.
A comemoração dos jogadores aconteceu ao lado do gramado, justamente onde eu estava. Foi quando minhas dúvidas acabaram.
Larguei o microfone no chão e fui comemorar com os jogadores. Quando o narrador pediu a descrição do lance, silêncio total.
De cara, cortaram a linha e passei o resto do jogo apenas assistindo, até invadir o gramado para comemorar, desta vez o título.
Como eram tempos românticos, levei apenas uma suspensão de três dias. Sem direito a filar a primorosa refeição no restaurante que Baltazar mantinha na avenida dos Autonomistas.
E, pior dos castigos, não me escalaram mais para os jogos do São Paulo.
- 1