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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: 26/nov/2022 . 10:09

Tom, o artista sonhador

O assunto dessa semana é TOM – VIDA LIVRE, como assina esse artista de São Paulo que tem em sua mente uma potência criativa surpreendente. Conheci o Tom em uma exposição coletiva que participei em São Paulo. Uma pessoa gentil e pra cima, já enfrentou muitos gigantes como a maioria dos artistas que decidem viver da arte, mas sempre conserva em seu interior a certeza do cuidado de Deus nos mínimos detalhes.

Tom é o criador de um personagem que está em todos os seus trabalhos. Seu personagem está em telas, cadeiras, muros, bonés, sofás, paredes e até mesmo nos metrôs em São Paulo, que ele deixa para quem for o sortudo, encontrar e pegar.

Tom é um artista apaixonado pelo que faz e merece ser destaque da coluna desta semana.

Tom – irreverente, carismático, criativo, artista plástico, muralista e grafiteiro onde iniciou sua trajetória em 2005.Uma das frases muito usadas em seus grafites que me chamou a atenção é: “RESPIRO ART PRA NÃO PERDER O FÔLEGO”.

A arte de Tom tem uma poética em cada trabalho. Muitas vezes deixa bem claro seus sentimentos nos elementos criativos, outras de forma subliminar nos leva a meditar para extrair aquilo que sua mente criativa quer expressar.

Uma frase retirada de suas redes:

“NÃO ME IMPORTO SE A ARTE É BONITA OU FEIA,

 ME IMPORTO SE TEM ALMA E VERDADE”

                                                                    TOM

PERSONAGEM PRESENTE EM TODOS OS SEUS TRABALHOS.  “DOM”

  1. Tom, fale-nos um pouco sobre seu personagem “DOM”.

            O personagem foi criado em 2010, a ideia era criar algo que fosse autêntico, com a minha identidade. Então busquei isso em mim.

            Assim surgiu o personagem que carrega o nome DOM.

  1.  Quais  as mensagens centrais  do “DOM” em suas criações?

O personagem carrega algumas mensagens. Ele tem a mente aberta onde consegue se encaixar em qualquer contexto social e linguagem artística. Dentro da mente do personagem tem um coração que faz referência ao AMOR.

Ele tem os olhos fechados como se estivesse dormindo, referente aos SONHOS (meus sonhos através da Arte)

As vezes carrega um ursinho sobre a cabeça referente algo da INFÂNCIA (INOCÊNCIA)

Também carrega uma lâmpada, fazendo alusão ao ser LUZ por onde passar na vida das pessoas. (amor ao próximo)

  1. Você se identifica com seu personagem?

A intenção era criar algo com as minhas características. Então busquei em mim essas referências.

O personagem “DOM” sou eu mesmo.

Tom também deixa sua marca nos  lugares mais inusitados. Contratado  pelo Shopping Esquina dos Pimentas em Guarulhos/SP

fez um lindo trabalho, trazendo luz e cor ao ambiente que não tem como passar despercebido.

Sonhos, luz, pensamentos, amor, vida e inocência são as matérias-primas para as  criações de Tom. Podemos resumir a Arte de Tom em uma única palavra – COMUNICAÇÃO. Através da arte o artista se comunica com seu público deixando sua mensagem poética.

A obra abaixo é a prova disso.

TÍTULO: “PENSAMENTOS”

DIMENSÕES: 80 X 100

TÉCNICA: MISTA

DESCRIÇÃO:  “Conversando com algumas pessoas, percebi o quanto elas têm vivido o caos da mente, muitas dificuldades, traumas, e surtos psicóticos. Até me identifiquei com elas tempos atrás. Quando fui pintar presenciei tudo isso de maneira muito forte em minha mente e a obra saiu”.

Bem diferente daquilo que sempre fiz, mas por trás de tudo isso, percebo o quanto a Arte me fez bem. Fazer arte me faz buscar o equilíbrio mental e espiritual.

“FAZER ARTE ME TRAZ PAZ”

Termino essa matéria deixando uma mensagem do Tom em forma de arte, através do DOM

PARA CONTRATAR O TRABALHO DO ARTISTA ENTRE EM CONTATO ATRAVÉS DO

INSTAGRAM @tomvidalivre ou pelo whatsapp (011) 959571001

O Flisba e a chama coletiva

Efson Lima

  

O Festival Literário Sul – Bahia (Flisba) nasceu no dia 31 de julho de 2020, por meio de uma mensagem de WhatsApp. Criamos um grupo na bendita rede social e lá foram chegando as pessoas. Fomos juntar às academias de letras do sul da Bahia: Academia de Letras de Ilhéus, Academia de Letras de Itabuna, Academia de Letras e Artes de Canavieiras e, agora, a Academia Grapiúna de Letras, como se tece uma colcha de lindos retalhos coloridos. Jovens, idosos, professores, estudantes, advogados e militar foram se juntando e tecendo um amanhã de artes até formar uma orquestra.

A pandemia era a maior transformação que  parte considerável dos envolvidos do Coletivo enfrentava cara a cara. Fomos e somos corpos frágeis diante de um ser igualmente frágil, mas invisível aos nossos olhares e provocadores de profundas mudanças socioculturais de nosso tempo.  Mesmo assim, o Flisba ocorreu virtualmente, naquela que foi a “Primavera Literária”. As mesas e atividades culturais foram promovidas virtualmente. Pessoas que jamais tinham mantido contato físico  e outras que jamais veremos. “Que vai ficando no caminho” como reverbera a música  cantada por Ney Matogrosso; que saudade bateu de Magnus Vieira.

            Magnus Vieira foi imprescindível no primeiro Flisba e, no segundo, em 2021, já reinava a saudade.  Tomamos emprestado seu nome e sua memória para colocar em pé o Slam Magnus Vieira. O Slam daquele ano foi a nossa segunda experiência presencial do Flisba. A primeira já tinha sido o encerramento do Flisba no Teatro Candinha Dórea. O Flisba já nasceu grande. O Slam é uma batalha de poesia falada.

O Flisba 2021 veio com algumas atividades prévias, mas também sofreu com o cansaço das inúmeras lives, que se proliferaram planeta à fora. Mesmo assim, o Flisba permaneceu latente e provocou inúmeras discussões. O Flisba não é um festival pelo festival, mas um espaço de provocações e reflexões necessárias ao nosso tempo e às questões culturais das cidades sul – baianas. O Coletivo Flisba fez um mapeamento de escritores no sul da Bahia; provocou campanha de leitura… e tem acompanhado atentamente as ações culturais da região.

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Onze contra dois (e o Evo Morales nem jogou…)

Daniel Thame

Rádio Difusora Oeste, Osasco (SP), 1985. Para quem trabalha em radio pequena, cobrir uma partida da Seleção Brasileira é a glória. Assim, até um jogo mulambento entre Brasil e Bolívia no Estádio do Morumbi, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1986, no México, ganhava ares de decisão.

O Brasil, dirigido pelo saudoso Telê Santana, já estava classificado e o time era recheado de jogadores do São Paulo, como Oscar, Silas, Careca, Muller, Sidney e um Falcão já em fase outonal. Enfim, a velha e boa média com a sempre exigente torcida paulista.

Para nós da aguerrida Difusora Oeste, era a chance rara de poder contar (como estou contando aqui) que cobrimos um jogo da Seleção Brasileira. Grande m…, dirão alguns, diante da maneira como o nosso time nacional foi banalizado e transformado em mercadoria para as cbfs da vida. Mas, naquele tempo a Seleção ainda era uma instituição quase sagrada.

 

Hoje com o assalto  que os  bolsominios fizeram à ex-gloriosa amarelinha,  é preciso um esforço hercúleo da Rede Globo e um golaço do engajado Richarlyson para que enfiam o pais comece  a respirar (de novo de máscaras por conta desse insistente virus hijo de puta e de milhões de brasileiros que se recusam a tomar a vacina) o clima de Copa do Mundo.

 

Voltemos a 1985…

A equipe da rádio para o jogo em questão tinha Alceu de Castro na narração, Carlos Roberto nos comentários e eu como repórter de pista. Os “famosos quem?”.

Alceu, como eu já contei neste blog, era um sujeito simplório, vindo do interior, que adorava imitar o Fiori Giglioti. Sem muito estudo, quando cismava com uma palavra bonita usava toda hora, mesmo que ela não fizesse o menor sentido na transmissão.

Ao receber a escalação da Bolívia, com aqueles nomes todos em espanhol, parecia que Alceu havia se deparado com a escalação de um time grego ou polonês, com seus nomes impronunciáveis.

Vendo a dificuldade do narrador, Carlos Roberto passou dica:

-Ô Alceu, pega uns cinco ou seis nomes mais fáceis e toca a transmissão numa boa.

Alceu acatou a sugestão, mas talvez empolgado por estar narrando um jogo da Seleção Brasileira, em vez de cinco ou seis, ele só guardou o nome de dois jogadores da Bolívia: Garcia e Vaca.

E era um tal de “Garcia toca para Vaca”, “Vaca lança para Garcia”, “Vaca faz falta feia em Careca”, recheados pelo “bola com o número 8”, “olha o número 5 avançando pela ponta”. E a gente sem querer ou poder “escalar” mais alguns jogadores da Bolívia, com medo de que Alceu chutasse o pau da bandeira e a transmissão desandasse de vez.

O fato é que, jogando “só” com Garcia e Vaca, a Bolívia encarou o Brasil de igual para igual e arrancou um heróico empate em 2×2. Naquele tempo, empatar com o Brasil merecia o apodo “heróico”.

Encerrada a transmissão, fomos todos tomar nosso fogo paulista (uma mistura de cachaça com groselha, verdadeira bomba, mas era o que o orçamento minguado permitia) em paz.

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Tempos de fogo paulista, pão com mortadela, calça velha azul e desbotada (porque só tinha uma). Não parecia, mas éramos felizes e só viríamos saber bem depois.





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