Moacy Neves

Moacy Neves

Encerraram-se nessa quinta (27/07) as eleições para a escolha das novas diretorias do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Foram mais de 2 mil votos no pleito nacional e 183 votos na Bahia, que indicaram aqueles que deverão cumprir a missão de unir os profissionais do jornalismo brasileiro em torno das organizações sindicais para travar as lutas por dignidade profissional e respeito aos direitos.

Os jornalistas enfrentam um momento de grande precarização das relações de trabalho, com um enorme rebaixamento salarial e desrespeito a normas legais, como a jornada especial de trabalho e a exigência de registro para exercício da profissão, sem falar da violência crescente contra o trabalho da imprensa. Há pautas urgentes da categoria que precisam ser debatidas no Congresso Nacional, como o Piso Salarial, a nova Regulamentação Profissional e a proposta de criação de um fundo de fomento ao jornalismo com a taxação das bigh tecs, que utilizam o trabalho alheio sem remunerar seus autores.

São desafios que as novas diretorias do Sinjorba e da Fenaj precisam enfrentar. “Nunca estivemos com tantas dificuldades, mas vamos convocar a categoria para tirarmos, juntos, desse turbilhão, a força, determinação e unidade necessárias para mudar este quadro”, diz o presidente reeleito do Sinjorba, Moacy Neves. Ele garante aos jornalistas baianos que, nos próximos três anos, sem pandemia de covid-19 e isolamento social, a ação sindical no Estado será completamente diferente do último período.

 

A mesma opinião é compartilhada pela nova presidenta da Fenaj, a cearense Samira de Castro. Para ela, exigir dignidade profissional será uma das prioridades da Federação nos próximos três anos. “Temos imensos desafios nessa gestão que terá início em agosto deste ano e, o maior deles é, sem dúvida, resgatar o respeito ao trabalho das e dos jornalistas profissionais no país, o que só é possível com valorização, condições dignas de trabalho e segurança”, diz ela.