Coordenadores do Grupo Gestores Estaduais  (GGE), do Plano ABC+ do Nordeste, que integra os nove estados da região, estiveram reunidos para apresentar indicadores das consultorias de revisão do ABC dos anos de (2010 a 2020). Este plano visa uma agropecuária sustentável, com a redução das emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor.

O encontro aconteceu em ambiente virtual, possibilitou alinhar novas etapas para publicação dos e grupos gestores, traçou metas de ação estaduais para os anos de 2022 – 2030, e estratégia de gestão e monitoramento junto a Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas e Agropecuária Conservacionista  (CGMCAC)

As metas e ações propostas para o Plano devem ser implementadas até 2030, e contemplam todos os Sistemas, Práticas, Produtos e Processos de Produção Sustentáveis – (SPS), previstos no portfólio do Plano ABC+. A execução do plano ocorrerá em três fases por meio de reuniões regionais e nacionais, oficinas e visitas técnicas programadas.

Para Thiago Guedes, assessor especial da SEAGRI e responsável pelo Plano ABC+ Bahia, o planejamento estratégico para o desenvolvimento agropecuário do Estado da Bahia, perpassa por políticas, como o Plano ABC+ BAHIA, que objetiva a consolidação de uma agropecuária estadual alicerçada sobre sistemas sustentáveis, resilientes e produtivos, capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa  (GEE), provenientes da atividade agropecuária, por meio de práticas agrícolas sustentáveis, tecnologia e inovação no setor agropecuário: “É necessário o Brasil avançar na regulação do mercado de carbono nacional, tendo clareza na governança e metodologia que contemple o mercado internacional”, enfatizou Thiago Guedes, coordenador do Plano ABC+ Bahia.

Como parte da Estratégia de Governança, Monitoramento e Avaliação do Plano ABC+, caberá à Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas e Agropecuária Conservacionista  (CGMCAC) a execução de ações de apoio aos Grupos Gestores Estaduais do ABC+ (GGE) e, nesse sentido, foi elaborado o Plano de Gestão e Monitoramento dos GGE, com o objetivo de promover ações coordenadas para a construção, atualização ou implementação dos Planos de Ações Estaduais (PAE), permitindo o acompanhamento dos Grupos Gestores Estaduais, além de proporcionar a interação entre os grupos, a troca de experiências, valorização de esforços, e motivação.

Guedes destaca que o Estado da Bahia possui três biomas bem definidos, também destaca aptidão para o desenvolvimento das tecnologias propostas para o Plano ABC+ Bahia, como a recuperação de pastagens degradadas, o aumento da adoção de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária- Floresta (iLPF) e de Sistemas Agroflorestais (SAFs), a  ampliação da utilização do Sistema Plantio Direto (SPD), o uso de Bioinsumos, Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), a promoção das ações de reflorestamento e expansão da área com Florestas Plantadas, a ampliação do uso de tecnologias para tratamento de dejetos de animais para geração de energia ou fertilizantes, além das novas estratégias propostas pelo Plano nacional que são os abates em terminação intensiva, a partir de técnicas que reduzem o ciclo de vida do boi, o que pode reduzir a emissão de metano e a utilização de Sistemas Irrigados, com o objeto de dar estabilidade à oferta de alimentos, reduzindo vulnerabilidade a períodos de seca, por exemplo, como a Irrigação que pode aumentar a matéria orgânica do solo e elevar a produtividade.

Na reunião da última semana participaram representantes da região nordeste, reunindo os estados de Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA); Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE).