:: 29/jan/2022 . 15:56
Ajuda humanitária: Governo do Estado recebe embaixador da União Europeia em Ilhéus
Uma comitiva do Governo do Estado liderada pelo vice-governador João Leão irá se reunir com o embaixador da União Europeia, Ignacio Ybáñez, e representantes da Rede Cáritas, nesta segunda-feira (31), às 14h30, no Centro Administrativo da Prefeitura, em Ilhéus, para discutir as ações de resposta emergencial para pessoas vulneráveis afetadas pelas enchentes na Bahia e em Minas Gerais, com recursos dos fundos emergenciais mobilizados pela Comissão Europeia.
Além do vice-governador, a comitiva reúne os secretários estaduais Carlos Martins, da Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e Adelia Pinheiro, da Ciência, Tecnologia e Inovação, o senador Jaques Wagner, o deputado estadual Eduardo Salles e ex-prefeito de Ilhéus Jades Ribeiro. O prefeito de Ilhéus, Marão Alexandre, a gerente de Programas da Cáritas Suiça no
Brasil, Rebekka Reischmann, e o coordenadora Nacional da Cáritas Brasileira, Valquiria Lima, também participam do encontro.
Onde o Brasil encontra o mundo
Anna Lívia Ribeiro
Se tem uma coisa que gosto de fazer é viajar: visitar e revisitar lugares compõe a minha história. Me ajuda a ser uma pessoa melhor. Acredite!
Desta vez escolhi São Paulo, centro financeiro do Brasil, que está entre as cidades mais populosas do mundo com uma diversidade cultural e arquitetônica presentes nas suas ruas, avenidas e becos. E foi por alguns deles que me aventurei durante uma semana.
Como um dos maiores destinos turísticos do Brasil, já saí de Ilhéus com um roteiro pré-definido porque é inimaginável fazer tudo o que eu queria em uma semana. E lá se foi a nordestina explorar os cantos e encantos de São Paulo.
No trajeto do aeroporto de Congonhas até a Bela Vista meus olhos atentos já iam registrando os mais diversos grafites que dão vida aos prédios, fachadas de lojas como uma manifestação da arte genuinamente urbana e que me encanta sobremaneira.
Comecei pelo reduto dos paulistanos, o Ibirapuera que é um parque urbano. É um passeio de um dia inteiro. Por lá, o que não faltam são opções: aluguel de bikes, pista de corrida, descanso em área verdes, prédios públicos, Bienal, Obelisco, Pavilhão Japonês, museus. Aqui destaco o museu de Arte Moderna e o Museu Afro Brasil que, através do seu acervo, nos conta diversos aspectos dos universos culturais africanos e afro-brasileiros, abordando temas como a religião, o trabalho, a arte, a escravidão, entre outros temas, ao registrar a trajetória histórica e as influências africanas na construção da sociedade brasileira.
A emergência de uma nova cacauicultura
A cacauicultura sempre esteve sujeita a “crises” contingentes – climáticas, de preços e produção – mas nunca nenhum destes ciclos foi tão abrangente e persistiu tanto tempo quanto o atual. Precisamos entender ou aventar que a atual crise se reveste de maior complexidade em ralação às anteriores, esbarramos em questões que não estávamos habituados a lidar e que ainda não as tínhamos experimentado antes. Foram muitos os fatores negativos que se impuseram. Melhor então, nos faltou a percepção da exata dimensão – social, ambiental, econômica e histórico-cultural – do nosso tempo, da nossa realidade concreta, frente à ameaça dos novos desafios.
Neste extenso período de anormalidades agravou-se a exclusão social; saímos da mais depressiva cotação dos preços do cacau para níveis considerados ótimos internacionalmente; fomos do congelamento à liberação do câmbio; alcançamos os mais baixos preços da terra; atravessamos instabilidades climáticas; instalaram-se novas pragas e novas doenças; assistimos ao desmonte da estrutura comercial/exportadora do cacau; e ao estrangulamento do fluxo de credito bancário [oficial e privado] ao produtor. E mais, a despeito de todo o aparato – técnico/institucional e político – que fomos capazes de instituir, em mais de 250 anos de história, não conseguimos conjecturar alternativas que nos apontassem uma saída sequer por falta de clareza e entendimento coletivo.
As políticas públicas adotadas como solução para crise do cacau, nos últimos 34 anos, tiveram a característica de acentuar os processos da crise instalada, em função da mínima eficiência técnica, associada a nenhuma participação dos produtores e da sociedade regional nas ações propostas: Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira – PRLCB, diversos Planos de Safra (Procacau), Prodefruta, PAC do Cacau e a criação do Conselho de Desenvolvimento do Agronegócio Cacau [Rios, 2010].
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