:: 6/nov/2021 . 9:27
Horta Urbana Solidária: espaço de cultivo e socialização
Anna Lívia Ribeiro
Avistando o belíssimo visual da enseada do Pontal crescem pitangas, tomates cereja, pimentas, capins santos, cebolinhas, hortelãs, couves, quiabos, entre outros.
Assim é a horta urbana solidária que fica localizada no Outeiro de São Sebastião, local onde a vila de São Jorge dos Ilhéus teve início.
Esse sem-fim de cores, aromas e sabores encanta muitos turistas que chegam ao Marco Zero da nossa cidade, o Mirante do Canhão, e são convidados a conhecer esse espaço para produção de alimentos orgânicos saudáveis, que traz de volta o conceito de vizinhança, sensibiliza e aproxima as pessoas de uma mesma comunidade e do meio ambiente.
As hortas urbanas são realidade em várias cidades do mundo. Muitas são as iniciativas que transformam o entorno do lugar capaz de promover a convivência entre usuários e vizinhos enquanto espaço público ideal para o encontro comunitário, proporcionando benefícios físicos e mentais.
Pergunte a uma pessoa que já mexeu na terra, seja para cuidar de flores, plantas, árvores frutíferas ou até mesmo para produzir hortaliças, se considera essa atividade como terapêutica.
Plantar a semente, ver a planta crescer, estar perto dela aumenta o contato com o ritmo natural do universo, o ritmo natural de vibração do nosso corpo. Essa é uma das maneiras de repensar a vida, o que é essencial para nossa sobrevivência.
É com esse projeto piloto e espírito acolhedor que o coletivo GAP (Grupos de Amigos da Praia) pensa na revitalização de terrenos ociosos onde as pessoas possam interagir, produzir, consumir seu alimento – soberania alimentar – em prol de objetivos comuns, seja o próprio cultivo de alimentos ou fomento à sensibilização ambiental coletiva.
Essa intervenção coletiva no espaço público ou privado urbano é extremamente valioso, pois traz benefícios paisagísticos, ambientais, sustentáveis, educacionais, sociais e culturais.
Se faz necessário incentivar o senso de coletividade. Mas isto não é algo que se constrói do dia para a noite, não é feita com ações pontuais. O pensar coletivo requer mudanças estruturais na sociedade e na educação formal.
Arregaçar as mangas, colocar as mãos na terra e comer alimentos que você mesmo plantou, ajuda de fato a promover o senso de coletividade e de respeito às pessoas e ao planeta.
Então, o que está esperando?
Mãos a horta!
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Anna Lívia Ribeiro é Ilheense, Mãe, Avó, Pedagoga, Especialista em Educação Infantil, Mestra em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Graduanda em Gestão de Turismo, Agente de Viagens.
@viadestinoviagens
A Ganha-Pão, de Nora Twomey
Oscar D’Ambrosio
“Levante suas palavras, não sua voz. É a chuva que faz as flores crescerem, não o trovão”. Essa é a máxima que sintetiza a animação “A Ganha-Pão” (“The Breadwinner”), que pode ser assistido pela Netlix. Indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro em 2018 e premiada em vários festivais, o filme ganha impressionante atualidade perante a situação do Afeganistão.
A diretora, a irlandesa Nora Twomey, leva sua história para 2001, quando o Talibã está no poder. As mulheres não podem fazer compras, estudar ou mostrar o rosto. As consequências incluem desde maus tratos a surras ou prisão. O medo e a violência se espalham em todas as facetas do cotidiano, seja para pegar um balde de água ou comprar arroz.
O filme tem como protagonista Parvana, uma menina de 11 anos que perdeu o irmão em uma mina, viu seu pai, professor, sem uma perna, perdida na guerra, ser preso na própria casa e a mãe ser espancada por andar na rua sem algum home da família. A única maneira que encontra para garantir a sobrevivência da família é trabalhar disfarçado de menino.
Um ponto alto da animação é o relacionamento da menina com o pai. Ele, mesmo nos piores momentos, a alimenta com histórias do orgulho do seu povo, deixando claro que o essencial para enfrentar as dificuldades e manter a esperança é preservar a fantasia. A chuva do pensar e do criar revigoram a natureza, enquanto gritos, tiros e ameaças só geram dor.
Autoestima e Depressão
Cleide de Léria Rodrigues
A autoestima e a depressão possuem um vínculo significativo, apesar da depressão ter origem multifatorial
Estudos indicam que a baixa autoestima favorece esse tipo de condição psicológica, isso ocorre porque , segundo a terapia cognitiva comportamental , as pessoas com depressão possuem crenças de desamor , desvalor e desamparo em relação a si mesmo e ao mundo. Crenças são ideias e pensamentos profundos e enraizados que as pessoas consideram como verdades super generalizadas e absolutas , são sempre disfuncionais e alimentadas por pensamentos automáticos ( pensamentos rápidos que não nos damos conta que tivemos , que são mantidos por erros cognitivos.
Na crença do desamor a pessoa tem certeza de que sofrerá rejeição por parte dos outros , se sente sozinha e não amada.
Na crença de desvalor , a pessoa tem uma visão disfuncional de si , se descreve como incapaz, incompetente , inferior, e inadequado.
Já na crença do desamparo, existe o sentimento de vulnerabilidade, a pessoa se sente insegura , frágil e desamparada .
A psicoterapia ajuda as pessoas aprenderem a identificar e questionar os pensamentos que alimentam essas crenças, pois em pessoas com autoestima elevada , tais crenças dificilmente são alimentadas , o que favorece o tratamento da depressão.
Dessa forma , os erros cognitivos não extintos. Isso permitirá a pessoa com depressão pensar de uma forma muito mais funcional e saudável.
O caminho para uma autoestima saudável está dentro de você, e você a alcançará através do autoconhecimento.
Sendo assim vou te passar 4 dicas para te ajudar .
? Confie em si mesmo
? Aprenda a lidar com frustrações
? Reconheça seus limites
? Faz escolhas conscientes.
Quer saber mais ? Fique ligadinha(o) no Blog do Daniel Thame.
@cleiderodrigues – Instagram.
Um grande abraço!
Cleide Léria Rodrigues
Psicóloga Clínica – CRP03 18383.
Marco Lessa, o Hiperativo do Cacau
Por Cléber Isaac Ferraz
Já a algum tempo sem publicar continuo escrevendo minhas crônicas e o livro está pronto; era pra ser lançado em 2020 nos meus 50 anos (pandemia adiou, porque se não for com aglomeração e furdunço não tem minha cara).
São 50 crônicas que contam meio século de minha história; que carrega em si peculiaridades óbvias já explicitadas no título – são em essência “causos” cujo sujeito é hiperativo (o que gera alta produtividade de eventos) e baiano, o que gera cenários lindos e contexto cultural peculiar; além claro personagens de novela.
A crônica 51; é a mais importante porque leva nome de cachaça ; foca-se no único ser humano mais baiano e mais hiperativo que eu; que mereceria não uma crônica mas um livro inteiro.
Nasceu em junho de 70, ano e mês que Pelé era tricampeão mundial com o mais belo futebol arte da história, ou seja já nasceu com o Brasil vitorioso e em festa.
Marco Lessa não é da Bahia mas “das Bahias “ (são cinco*) e como sabemos que baiano não nasce, estreia, seu primeiro palco foi a “Bahia do Sertão”.
Região catingueira, árida na geografia e verdejante nas pessoas; região que gerou João Gilberto; Glauber Rocha; Ivete Sangalo; Targino Gondim, Elomar e Xangai.
Infância e adolescência padrão; saudável filho de bancário jogando bola e estudando “na marra” mas passando de ano.
Com 20 e poucos anos, se muda para a “Bahia do Cacau”, por uma sincronicidade do cosmos, exatamente quando a rede globo estava produzindo a magnífica novela “Renascer” que tem como pano de fundo a cultura do cacau, com grande elenco (Antônio Fagundes; Marcos Palmeira, Adriana Esteves entre outros ícones) e ele passa a trabalhar na produção com diversas funções operacionais; entre elas de escalar figurantes.
Mal sabia a Globo; que ela estava dando o primeiro palco para uma estrela; o menino baiano Marco.
Participar de uma grande produção global e entrar no universo explicitamente “jorge amadiano” da novela; desbloqueou a criatividade e mostrou para um menino catingueiro o poder da arte em sua manifestação mais impactante naquele momento; uma novela da globo nos anos 90 tinha o poder de um Mark Zuckerberg hoje.
Imagine pegar um menino que passou infância e adolescência em Guanambi** e dar lhe essa vivência, de participar ainda que em função secundária, de uma produção com a força e poder da rede Globo ?
Claro que endoidou a criatura; azar o dele; sorte da região; que na época vivia seu momento mais depressivo por causa da vassoura de bruxa que matou muitos pés de cacau e a criatividade de muitos jovens que aos 20 começavam sua vida profissional ao meio de uma situação triste em seu entorno.
Acredito que muitos “Marco Lessas” tiveram carreiras medíocres apesar de talentosos; por não terem força para superar esse momento.
Mas para nossa sorte, Marco Lessa com 23 anos tinha endoidado e doido tem mais força que gente normal; entrou em delírio; não com droga nem 51, mas com a visão prática que ARTE se materializa com planejamento e CAPITAL.
E CAPITAL por sua vez sua vez, pode vir da ARTE – formando um circulo virtuoso.
Delirava ao entender que o cotidiano da Bahia retratado com técnica e talento encanta plateias do Brasil e do mundo; pois a novela chegou a bater 85% de audiência e foi exportada para 20 países.
Ele participou disso; não é que ele leu sobre isso; ele estava lá.
O coitado se lascou; aos 20 e poucos anos ao ver isso tudo; não se recuperou mais nunca, e o infeliz não foi para as drogas; foi pior…virou publicitário e produtor de eventos.
Ser publicitário/produtor tem muitas semelhanças com ser drogado; gera picos de ansiedade; enxerga o que ninguém está vendo, fica imaginando coisas, e vive correndo atrás de dinheiro para suprir ,seu ciclo vicioso; e como os drogados tem amigos artistas e anda com todo tipo de gente, péssimas companhias como eu.
Entre 1993 (ano da novela) e 2009 o menino perdido já tinha feito os mais icônicos shows e eventos da região cacaueira ( Legião; Paralamas; Elba, Alceu, Djavan etc) atendia as maiores empresas aqui instaladas ( shopping center Shopping Jequitibá ; indústrias de computador).
Na vida pessoal já e era casado com Luana que além de bonita ; gente boa; empreendedora; boa mãe ; era filha do então dono do Vesuvio o que da ainda mais charme a relação, o cara literalmente conquistou “corações e mentes” da região, só para citar a banda Titans – que ele também trouxe para Ilhéus claro.
Mas aí em 2009, com quase 40 ; ele já podia se aquietar para curtir uma de suas melhores criações – João Lessa seu filhote nascido em 2006.
Maduro e tranquilo podia curtir com mais quietude as próximas décadas, até se aposentar com a serenidade exemplar de seu pai; que fez carreira no Banco do Nordeste, e apenas gerenciar a consagrada agência M21, disparado a que mais ganhara prêmios no interior da Bahia até então.
Só que não – SQN como dizem os millenials.
A doença ? da hiperatividade não deixa ; azar dele sorte nossa.
Com quase 40 a alma de Marco Lessa , catingueiro da beira do mar, inventa o Festival Internacional do Chocolate da Bahia porque sua missão não estava cumprida.
A região cacaueira que tanto lhe dera; tinha que ser retribuída com um evento que ajudasse a sua economia a sair da atividade primária da Agricultura, e gerar mais riqueza .
Para explicar em números : 1 kg de cacau vale 10 reais , um kilo de chocolate fino vale 300 reais, chegando a 1000 reais, em 2009 o sul da Bahia não tinha nenhuma fábrica de chocolate fino; apesar de plantar cacau desde 1850.
O Festival Internacional do Chocolate da Bahia e o povo bom dessa terra mudaram essa história; menos de 10 anos depois já eram mais de 70 marcas, e Lessa foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do agronegócio pela imprensa nacional, mas essa parte fica para o capítulo 52; até lá !
* São pelo menos 5 Bahias : Bahia do Cacau, Bahia do Recôncavo; Bahia sertaneja; Bahia soteropolitana e Bahia do extremo sul (território que já foi até questionado e disputado pelo Espírito Santo e Minas )
** Guanambi no sudoeste da Bahia apesar de ser rica pelo agronegócio; tem vivência e ritmo típicos dos polos rurais sem fervilhar cultural e artístico, em especial nos anos 70/80 quando Lessa viveu
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Cléber Isaac Ferraz é empresário/visionário e grapiuna ancorado nas terras mágicas de Itacaré entre o mar, a mata atlântica e, claro, o cacau
Maria José Oliveira e a arte como expressão de sentimentos
Daniel Thame
Desde jovem Maria José Gonçalves Oliveira gostava de se expressar através de todos os tipos de arte. Na infância e pré-adolescência, já se destacava nas disciplinas de artes plásticas e artes cênicas, participando das apresentações de dança, peças de teatro e musicais. Nesse período, estudou, como autodidata, desenho, fazendo ´sketches` sobre suas reflexões da adolescência.
Em 1988, Maria José fez o curso de teatro amador. Em 1991, também como autodidata, produziu várias pinturas abstratas com tinta acrílica, fazendo uso de cores fortes e vibrantes. Em 1995, realizou o primeiro curso sobre pintura a óleo, produzindo quadros com temas florais. Como escritora, elaborou vários ensaios e publicou o livro de poesias “Compartilhar”; e escreveu e publicou na plataforma Kindle os ebooks “ Pingo, uma surpresa”, “ Cristal em letras”, “A morte de Isis”, e “Crime, Inocente?”.
Em 2018, a artista decidiu que voltaria a se expressar através da pintura artística e a partir daí fez curso sobre História da arte e vários cursos sobre técnicas de desenho, pintura a óleo e aquarela.
Confraternização marca os 40 anos do Bar de Ithiel
Walmir Rosário
Mesmo com o dia cinzento e as chuvas esparsas, na tarde de sábado (30-10) ninguém arredou o pé do Alto Beco do Fuxico, um dos mais respeitáveis redutos da boemia de Itabuna, na comemoração dos 40 anos de fundação do Bar de Ithiel. O evento superou todas as expectativas e durante sete horas seguidas quase duas centenas de antigos clientes confraternizaram, beberam, comeram e dançaram à vontade.
À noite, no finalzinho da festa, os “velhinhos” ainda encontravam ânimo para agendar um novo encontro, este para comemorar o cinquentenário do Bar de Ithiel, com todos os requintes necessários para uma festa de arromba, expressão bastante usada em anos passados. Aos clientes antigos se juntaram esposas, filhos, amigos, não importando a classificação de idade.
Aos que imaginam que invento ou aumento os fatos acontecidos, de pronto vou avisando que deverei omitir acontecimentos tantos, tendo em vista o clima de euforia reinante, o que peço as devidas desculpas. Mas garanto que desde os dias 28 e 29 de outubro de 2011 (sexta-feira e sábado), por conta da comemoração dos 30 anos, o Alto Beco do Fuxico não sediou uma festa de tamanha responsabilidade e animação.
Para os que não conhecem os frequentadores do Beco do Fuxico nas suas três identificações geográficas – Baixo Beco, Médio Beco e Alto Beco –, em poucas palavras narrarei sua importância no contexto etílico, festivo e de camaradagem. E começo perguntando que bar forma uma numerosa família, reunindo amigos que moram em cidades diferentes, mesmo não mais existindo fisicamente?
Governador autoriza obras de recuperação de estradas e modernização de colégios em Itamaraju
O governador Rui Costa estará nesta sexta-feira (26), às 9h, em Itamaraju, no extremo sul do estado, onde vai autorizar uma série de obras. No município, Rui assina ordem de serviço para melhoramento e pavimentação da rodovia BA-284, no trecho entre Itamaraju e Jucuruçu. A obra será executada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
O governador também vai autorizar a Secretaria de Educação do Estado (SEC) a dar início à construção de um complexo esportivo incorporado ao Ginásio Municipal Dr. Almir Nobre de Almeida e às obras de modernização do Complexo Integrado de Educação de Itamaraju. As intervenções no colégio envolvem implantação de campo society com grama sintética e arquibancada, piscina semiolímpica, pista de salto e vestiário.
Será assinada ainda ordem de serviço para a modernização do Colégio Estadual Professora Aurivaldina Joazeiro, com reforma e cobertura da quadra poliesportiva e vestiário.
Colégio Batista de Itabuna promove Dia “D da Diversão“ gratuito
O Colégio Batista de Itabuna(CBI),promove hoje sábado(6),das 9h às 11h o Dia D da Diversão. Serão oferecidas oficinas de culinária, pintura facial, escultura de balões e animações com brincadeiras.
Gratuita, atividade é destinada a crianças de 3 a 10 anos e acontece na própria escola na Rua Catucicaba,221, Bairro da Conceição , em Itabuna. “Queremos oferecer um dia especial para os pais e crianças da nossa escola e de todos que queiram participar. Queremos que conheçam nossa escola”, diz o professor Tiago Nascimento vice-diretor do CBI.
“Nosso compromisso como instituição de ensino além de oferecer uma educação de qualidade, acreditamos que as atividades lúdicas são importantes promotoras de aprendizagem” salienta a diretora do Colégio Batista, professora Graça Silva Guimarães Souza.
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