:: 22/fev/2020 . 9:00
Como fazer a inspiração brotar – Trailers emocionais
Basia Piechocinska
No último artigo falamos sobre a diferença entre a motivação e a inspiração. A motivação nasce de um problema, um estado indesejável e traz a energia da realização para conseguir o objetivo, a pesar do processo da realização muitas vezes ser duro. Ela nos mantém no filosofia de fazer para um dia ser feliz. A inspiração brota do bem estar e traz a energia para realizar uma coisa aprazível e ainda melhor. Ela nos mantém no estado de fluxo (flow) e na filosofia de fazer de felicidade.
De fato ela é mais natural do que a motivação. A motivação precisa da força de vontade. Sempre usar a força de vontade acaba sendo desgastante. E a inspiração não requer força de vontade. Em si ela é nutritiva. Quanto mais a pessoa consegue estar nela, mais nutrida se sente.
A inspiração tem vantagens e seria lindo poder viver nela, mas como conseguir isso?
Existem formas de cultivar inspiração e facilitar para ela poder brotar. Vamos começar com um exemplo muito prático. Uns anos atrás pensei que seria bom para mim fazer yoga todos os dia de manhã. Mas como não tinha tempo teria que acordar umas 5:30 para encaixar uma sessão de yoga. A primeira tentativa de fazer isso acontecer foi com motivação e força de vontade. Coloquei meu alarme às 5:30 e fui dormir. Quando acordei com o alarme estava muito cansada mas consegui sair da cama e fazer a minha sessão de yoga. Não foi muito prazeroso mas terminei. Pensei que simplesmente vai ter que virar um habito. No dia seguinte era final de semana e pensei que talvez no final de semana posso descansar. E o que acabou acontecendo foi que não retomei mais o yoga.
Foi então que decidi colocar em prática a inspiração. Todo dia quando chegava em casa sentava numa poltrona e imaginava o quanto prazeroso pode ser fazer yoga cedinho de manhã. Imaginava cada parte, começando por como acordava sozinha e eram as 5:20. Me sentia totalmente repousada e plena de energia. Sentia até os cheiros refrescantes da manhã entrando pela janela. Todo meu corpo sentira vontade de esticar e cada assana, posição do yoga era exactamente o que precisava. Com cada movimento me sentia mais energizada e inspirada. Mais ou menos foi isso que acabei imaginando intensamente e muito sentido por uns poucos minutos ao chegar em casa. Esses minutos na poltrona me deixavam mais feliz.
Passaram quase duas semanas quando, de repente, acordo uma manhã e me sinto muito bem. Olho a hora e vejo que são 5:20. Será que é uma sinal para eu tentar fazer yoga? Realmente seria bom. Começo entrar nas assanas e realmente sinto como cada assana me abre mais. Toda a sessão acaba sendo muito agradável e estou bem disposta a começar meu dia. Por alguma razão esta experiência continua repetindo-se dia traz dia.
Depois de uns dois meses uma amiga pergunta-me se faço exercício. Quando conto que faço uma hora de yoga todos os dias as 5:30 ela exclama “Você deve ter uma super força de vontade!”. Não sabia como explicar que a força de vontade nem entra na equação. O yoga simplesmente flui.
Criar estes trailers das coisas que queremos poder fazer é uma forma de preparar o solo para inspiração brotar. O importante do trailer é que seja uma coisa que conseguimos sentir. Queremos sentir o prazer já antes de fazer a coisa. Quanto mais o repetimos, melhor.
Na vida sempre vão acontecer coisas que não sejam agradáveis, mas quanto melhores somos em mudar o nosso foco do indesejável para o desejável, mais rápido vamos poder entrar na força da inspiração. Cada problem mostra um desejo que no momento ainda não está realizado. Enfocando no desejo, criando trailers emocionais ao redor dele pode ajudar preparar o solo para a inspiração leva-nos no fluxo da realização feliz.
Uma visita ao Pré-assentamento Dois Riachões – uma vivência em economia solidária, uma imersão na cultura do cacau
Uma vivência em economia solidária, uma imersão na cultura do cacau.
O chocolate como perspectiva sustentável
Efson Lima
Estive no dia 17 de fevereiro de 2020 no Pré assentamento Dois Riachões, encravado em uma pequena colina no município de Ibirapitanga. A recomendação de ir visitar foi feita pelo Superintendente de Economia Solidária e Cooperativismo, Milton Barbosa, cuja repartição está vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia.
A visita foi orquestrada pelo jovem Fidel Max, uma das lideranças da Rede de Agroecologia Povos da Mata. Poderia ser mais um dia daqueles em que o gestor publico é amarrado pelas reuniões e sugado pela burocracia interminável, mas não, desta vez, a perspectiva foi outra. Foi alvissareira. Somava-se à tarefa da visita, o Centro Público de Economia Solidária ( Cesol) liderado pelo coordenador geral, Thiago Fernandes e o coordenador de articulação Gilson Araújo, ambos desafiados pelo ver, ouvir e fazer, equipamento mantido por meio de contrato de gestão financiado pela SETRE, no total, são 13 no Estado da Bahia.
Particularmente, sou um jovem que tive a sorte de não morar nas fazendas de cacau, mas tive a oportunidade de ouvir muitos relatos de meus pais e de tantos outros trabalhadores dessas fazendas. Uma coisa é ser dono, outra coisa é entregar sua força de trabalho. Assim sendo, o Pré – assentamento Dois Riachões vai se diferenciando, pois, nele a propriedade tem um sentido coletivo. A terra é meio de sobrevivência e não de acumulação e concentração de riqueza.
A beleza das ações do Pré – assentamento Dois Riachões não está só na ressignificação do conceito de propriedade. Vai muito além, perpassa pelo sempre presente desejo da região sul da Bahia em ser produtora de chocolate. Beneficiar o principal produto da região – o cacau. Nosso cartão postal.
Ceplac, lutando aos 63 anos de existência
Luciano Veiga
Aos seus 63 anos de existência, comemorado hoje, dia 20 de fevereiro, uma velha guerreira que luta para está de pé, contribuindo pelo desenvolvimento sustentável da nossa lavoura cacaueira. Parabéns, Ceplac, pela sua resiliência.
Uma instituição que detém o principal centro de pesquisa do cacau no mundo, sendo maior referência do setor. Tendo com sua Missão promover a competitividade e sustentabilidade dos segmentos agropecuário, agroflorestal e agroindustrial para o desenvolvimento das regiões produtoras de cacau, tendo o cliente como parceiro.
Com todos os desafios que se seguem, o principal, ainda é inerente a sua sobrevivência, as tratativas de encerrar as suas atividades, continua vivo, como também a luta pela sua restruturação e inovação, a exemplo da aprovação na Comissão de Agricultura do Senado o Projeto de Lei (PL 4107/2019), que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade. A proposta é de autoria do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), e teve relatoria e parecer pela aprovação apresentados pelo senador Acir Gurgacz (PDT-RO).
Destaca-se a Audiência Pública realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado no dia 10 de outubro de 2019, para discutir o tema com produtores, pesquisadores e agências de fomento, com a participação dos Técnicos da CEPLAC e de representantes da Associação dos Municípios da Região Cacaueira – AMURC e dos Consórcios Públicos Intermunicipais – CDS Litoral Sul e CIAPRA.
A luta pela defesa da Ceplac perpassa pela defesa de um ambiente de pesquisa e extensão, que ao longo dos anos conseguiu manter vivo princípios hoje tão caros, como sustentabilidade social, econômica e ambiental.
Álcool: solte essa algema da sua vida
Karina Lins

Dr. Gentil Neto
No dia 18 de fevereiro foi o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo e a Santa Casa reforçou a campanha com um card de alerta nas redes sociais. No sentido de esclarecer mais sobre os danos que o álcool pode causar na vida de uma pessoa, o Dr. Gentil Neto, médico atuante na psiquiatria do Plansul, fez uma abordagem sobre o assunto. Vale lembrar que o tema vem de encontro com o período festivo do carnaval, no qual o índice de pessoas que abusam do álcool e dão entrada nos hospitais em coma alcoólico é muito grande. Sem contar no número de acidentes nas estradas por ingestão de bebida alcoólica.
O alcoolismo, cientificamente conhecido como Síndrome de Dependência de Álcool é um grave e popular problema de saúde pública: Quase 15% da população brasileira possui o diagnóstico de dependência alcoólica. “A dependência de álcool vem sendo observada em pessoas com idades cada vez mais precoces, incluindo crianças e adolescentes”, alerta o médico.
O consumo de bebida alcoólica tem aumentado nas últimas décadas, e pesquisas recentes colocaram o álcool como a droga mais associada, direta ou indiretamente a danos de saúde que podem levar à morte, mais até do que o CRACK devido à sua popularidade.
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