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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

janeiro 2009
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:: jan/2009

A praça Manuel Leal e um
jardim chamado Impunidade

Manhã chuvosa de quarta-feira, 14 de janeiro de 2009.
Daqui a pouco virá a tarde e depois virá a noite. Talvez seja uma noite de luar intenso, com estrelas brilhando no céu.
Uma noite iluminada, como aquela noite de 11 anos atrás, quando o sangue de um guerreiro ofuscou o brilho das estrelas e cobriu de vergonha uma cidade inteira.
Aquela noite!
Os anos passam, a vida segue seu curso natural, o tempo transforma o que era dor em saudade. Porque a dor passa, mas a saudade permanece.
E imensa é a saudade de quem conviveu intensamente com Manuel Leal, figura fascinante, gênio indomável, anjo e demônio, capaz de tudo em sua paixão ensandecida pelo jornal A Região, que foi a sua razão de viver. E de morrer.
Uma noite especialmente iluminada, uma rua tranqüila num bairro discreto da periferia de Itabuna, uma Silverado branca, dois homens dispostos a cumprir as ordens que lhes foram dadas, seis tiros certeiros e fatais, um corpo estendido no chão, a fuga sem nenhum policial para importunar, embora o crime tivesse ocorrido no curto espaço entre o Complexo da Polícia Civil e o Batalhão da Polícia Militar. Parece o “trailer” de filme de ação. Mas foi dolorosamente real, naquela distante noite de 14 de janeiro de 1998.
Manuel Leal, um dos mais brilhantes, combativos e controvertidos jornalistas da história da imprensa grapiúna, era vítima de um assassinato brutal, encomendado por aqueles que ele combatia com um destemor que beirava a insanidade.
Seis tiros. Pá, pá, pá, pá, pá. E pá.
O revólver todo descarregado, ainda que uma única bala fosse suficiente para matá-lo. A uma ação de matador profissional, somou-se um ´modus operandi´ mafioso de seus algozes. Não bastava apenas matar Leal, era preciso reforçar a brutalidade da eliminação física para que, naquele que talvez tenha sido o único e grande equívoco dos mandantes do crime, provocasse o fechamento do jornal. A Região (Deus, Marcel Leal, Flávio Monteiro, Davidson Samuel, Ailton Silva e uma turma de batalhadores sabem lá como) sobreviveu à barbárie que vitimou seu idealizador.
Manuel Leal, dos furos de reportagem, das manchetes de antologia, das malhas grossas e finais impagáveis, quando não irresponsáveis.
Manuel Leal, do humor cortante, da fina ironia.
Manuel Leal, dos amigos que não tinham defeito e dos inimigos momentâneos ou permanentes, que quando não tinham defeito ele os inventava.
Manuel Leal, do coração cambaleante, batendo graças ao milagre da cirurgia cardíaca, mas de uma generosidade gigantesca.
Manuel Leal, dos pecadilhos, que o tempo trata de diluir e dar a dimensão de um nada, diante da imensidão de suas virtudes.
Manuel Leal, que apesar da truculência de seus algozes, que tentam lhe infligir uma morte infinita, virou nome de praça, no local onde plantou a sede do seu jornal e onde passou sem saber (será que não sabia?) os derradeiros momentos de sua vida.
A Praça Manuel Leal.
Que, por um desses absurdos que tornam sua morte ainda mais dolorosa, poderia ter um jardim chamado Impunidade, em que, em vez de flores, se cultivassem espinhos.
11 anos depois, mandantes e assassinos continuam soltos. Uns nem foram incomodados, outros passaram por “júris de mentirinha” e/ou foram beneficiados pelas brechas de leis que parecem existir para punir apenas e tão somente a vítima.
Parou de chover. Um sol tímido brilha no céu.
À noite, ao contemplar o infinito, talvez entre os milhões e milhões de astros e estrelas dê pra ver o brilho e a luz do meu “velho Capo”.
O eterno Manuel Leal!

PAMONHA DE VACA

Deu no jornal Agora

Maconha de bosta de vaca? Então foi por isso que numa praia de Itacaré quando um rapaz perguntou pro outro: “e aí, deu barato?”, a resposta foi:

-Muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu…

Lá vem Xoxó no trio elétrico…

O que seria da música popular brasileira se não fosse a Bahia?

Vejam só o primor musical desse que deve ser um dos hits do próximo carnaval baiano.

Quem são Chico Buarque, Pixinguinha, Noel Rosa, Vinicius de Morais e Tom Jobim perto dessa maravilha?

TRÊS EM UM

Não será surpresa se der chapa única na eleição da Associação dos Municípios da Região Cacaueira (Amurc).

Embora de partidos diferentes Lenildo Santana (PT), Moacir Leite (PP) e Jônatas Ventura (PMDB), que postulam a presidência, estão na base aliada do governador Jaques Wagner e do presidente Lula.

Daí que…

MAR E MONTANHA

Até onde vai essa rivalidade entre Ilhéus e Itabuna?

Só porque Ilhéus tem mar, não é que Itabuna cismou de ter montanha, ou melhor montanhas?

Antes que algum turista se aventure a encarar a rodovia Jorge Amado em busca de aventuras, este blog esclarece:

O mar de Ilhéus é legítimo, verdadeira obra da natureza.
Já as montanhas de Itabuna são de lixo, verdadeiras obras do descaso.

É melhor ficar com a rivalidade entre Colo Colo e Itabuna, que de tempos em tempos (não é sempre)jogam alguma coisa parecida com futebol

CLAUDIA QUEM?

DEU NO UOL

“Claudia na reta final para a chegada do filho

Na reta final para a chegada do filho, que deve acontecer dentro desses próximos 10 dias, Claudia Leitte curte cada minuto com ansiedade e expectativa…”

Uma notícia dessa magnitude e a gente aqui preocupado com a crise financeira que devasta os mercados do mundo inteiro e o genocídio cometido por Israel contra
os palestinos da Faixa (não seria melhor escrever Gueto?) de Gaza.

Por falar nisso, quem é Claudia Leitte, de quem este blog nunca ouviu falar?

ALHO, ÓLEO E SÓ

Em Salvador descobri (e degustei) uma porção generosa de camarão alho e óleo, que dá pra duas pessoas, a inacreditáveis R$ 9,90 (isso mesmo: nove reais e noventa centavos!).

Por esse preço, numa barraca de praia em Ilhéus você não leva nem o alho e o óleo,
quanto mais o camarão.

Salvador explora o turismo, Ilhéus (salvo as exceções de praxe) explora o turista.

Uma diferença brutal.

PS- O blog tá parecendo coluna de gastronomia barata, reconheço.
São as prerrogativas de um quase ex-jornalista em atividade.

JABAZINHO GALINÁCEO

Cada vez que vou a Canavieiras, localizada na foz do Rio Pardo, no Sul da Bahia, fico sem entender como uma cidade que concilia mar, rio, mangue, natureza exuberante e um centro histórico bem conservado que nos remete às primeiras décadas do século passado não consegue se firmar como um dos principais pólos turísticos da Bahia.

Mas, deixemos as perorações turístico-filosóficas pra depois e vamos ao que interessa.

Em Canavieiras, descobri um restaurante que mais parece um boteco, no sentido elogioso do termo. Não tem nem nome, mas em compensação serve uma comida primorosa, que pode ser acompanhada de uma cerveja de geladeira que vem implorando pra ser bebida.

A galinha caipira (tão caipira que cacareja “porrrrrta”, “porrrrrque” e “corrrrrta”) é servida em porções generosas, com arroz, feijão tropeiro e pirão, tudo preparado em fogão à lenha.

O restaurante/boteco fica localizado num sítio, em meio a pés de coco, goiaba, mangaba, manga e graviola, que a gente pode “atacar” sem receio de ser mordido por algum cachorro ou de levar tiros de chumbinho.

Quem toca o negócio são os caseiros do sitio, seu Zé e dona Alvaci, duas figuras fantásticas e cativantes, que fazem qualquer cliente se sentir em casa. Dona Ivanice exibe com orgulho fotos em que aparece desfilando na Mangueira (a Escola de Samba propriamente dita, seus maldosos, que ela é uma dama de respeito!) e seu Zé conta piadas impublicáveis até mesmo para um blog que não é dado a recatos.

Pra quem quiser passar momentos agradáveis, que não se resumem à comida de lamber os beiços, o restaurante/boteco fica lá pelos lados da Birindiba, uma vila de pescadores próxima ao aeroporto de Canavieiras. É chegar à Birindiba, achar o sitio, abrir a porteira e adentrar o paraíso.

Em tempo: o preço da refeição é pra lá de camarada, algo que esse quase ex-jornalista, pão duro incorrigível, mas que tem o saudável hábito de pagar a conta dos lugares que frequenta pra poder escrever com isenção, considera um item fundamental.

Tão fundamental como a cachaça de alambique que não tinha, mas que seu Zé ficou de providenciar.

Quem for lá não vai se arrepender, apesar do sacrifício das pobres galináceas.

Faz “parrrrrte”.

MASSACRE EM GAZA

Que “guerra” é essa em que de um lado morrem mais de 500 palestinos (a maioria civis indefesos, entre eles muitas crianças) e as baixas israelenses se contam nos dedos da mão?

Na foto, uma criança chora a morte do irmão, numa expressão de desamparo que a inocência torna aida mais gritante.

A barbárie israelense precisa ser contida, antes que a Faixa de Gaza se transforme
num Mar Vermelho.

Vermelho de sangue, pra ficar bem claro!





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