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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘Walmir Rosário’

“As doces vitórias”, o novo livro de Tasso Castro

Walmir Rosário

“Torcer para o Fluminense é uma maneira de você olhar para o seu vizinho e dizer: “Sou melhor que ele”. Esta é uma das tantas frases famosas escritas e ditas pelo jornalista, escritor e dramaturgo Nélson Rodrigues, sobre o tricolor das Laranjeiras, que se aplica muito bem a Tasso Castro, que lança agora o seu quinto livro sobre futebol: As doces vitórias. Não tenha dúvida, todas do Fluminense.

O livro é uma homenagem simbólica ao eterno tricolor Nélson Rodrigues, com a orelha escrita por Fábio Lopes, o prefácio de Marcos Bandeira, posfácio de Luiz Luna e um artigo de Zé Roberto, ponteiro-esquerdo que brilhou no Fluminense e que hoje desempenha o ofício de escritor. O livro estará à disposição dos aficionados futebolistas de Itabuna – em primeira mão – dentro de poucos dias.

Em “As doces vitórias”, Tasso Castro apresenta 30 conquistas distintas do Fluminense, a partir dos anos 1960, as quais ouviu pelo rádio, viu pela TV ou as assistiu nos estádios, ao lado da torcida tricolor. E nesse trabalho ele apresenta recortes dos jornais da época, com a intenção de dar mais intensidade aos relatos. No final do livro, disponibilizou páginas para que os tricolores divulguem a sua paixão, lembrando vitórias inesquecíveis. :: LEIA MAIS »

João Xavier, até hoje à beira do gramado

Walmir Rosário

Como todo o menino nascido nas décadas de 1940 e 50, João Xavier cresceu jogando babas nos muitos campinhos de Itapetinga, e desde cedo demonstrava sua intimidade com a bola. Àquela época o futebol era visto como uma brincadeira, mas diversas famílias não queriam, em hipótese alguma, que seus filhos seguissem a carreira futebolística, vista como uma coisa sem futuro. Coisa de moleques, embora isso tenha mudado com o passar dos anos.

E o menino João Xavier cresceu ouvindo esse mantra, no qual não acreditava e dava suas escapadas do pai para jogar futebol. Com um físico leve, bom de gingado, se tornou um maestro no meio de campo, sendo um dos primeiros a ser escolhido nos jogos do bairro. Daí para os times de camisa foi natural. Se não poderia se mostrar como jogador de futebol em Itapetinga, foi jogar na vizinha cidade de Macarani.

Mas como as notícias correm, e com muita velocidade, Xavier recebe o ultimato do pai para parar, de uma vez por todas, de jogar futebol. Naqueles velhos tempos não era costume o filho desobedecer ao pai, mas que Xavier aplicou uns dois dribles desconcertantes no velho, não restam dúvidas. Mas nada de grave que alguma religião pudesse recriminar como um pecado. Pelo contrário, todos sabem que esporte é saúde.

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A chocante matéria das urnas funerárias de isopor

Walmir Rosário

Estávamos em setembro de 1999. À época, entre outras atividades, eu exercia o cargo de assessor de comunicação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabuna, uma instituição até hoje bastante ativa no setor econômico e social. Semanalmente, publicávamos um tabloide, de nome Momento Empresarial, com 12 páginas, encartado no jornal Agora, de bastante sucesso, e volta e meia nossa matéria de capa se tornava a principal manchete do Agora.

Na semana de 11 a 17 de setembro de 1999, a bendita capa apresentava a seguinte manchete: “Urnas funerárias fabricadas em isopor”. Celeuma é pouco para o fuzuê criado na cidade. E a confusão se iniciou ainda na elaboração da matéria, o que garantia o sucesso da publicação. Eu era o editor, redator, repórter, editorialista, articulista, produtor e mais que houvesse de necessidade na produção do jornal.

Imaginem, então o sufoco que passei desde a elaboração até a circulação do Momento Empresarial. E fiz tudo dentro da conformidade dos manuais da técnica e ética do jornalismo, com todos os detalhes. Um título decente, uma reportagem que ouviu todos os principais interessados,  matéria principal equilibrada, secundária com sustentação científica e destaques. O grande problema era apresentar o simples isopor para substituir as tradicionais urnas de madeira.

O assunto chegou a meu conhecimento numas das concorridas reuniões de quintas-feiras da CDL, na qual o empresário Mauro Horta apresentou a novidade que prometia transformar Itabuna na primeira sede dessa inusitada indústria. Garantiu que com a tecnologia existente, a urna (caixão) de madeira seria substituída por outra, esta produzida a partir da espuma de poliestireno, conhecido popularmente como isopor.

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Leléu, figura irreverente do Beco do Fuxico

 

Walmir Rosário

Assim era Leléu: irreverente, contagiante, apaixonado pelo futebol e pelo Flamengo, das bebidas, do Carnaval. Esse comportamento não chamaria a atenção, não fosse pelo seu modo extravagante de viver a mil por hora. Menos quando estava sóbrio, ocasião em que se dedicava ao afazeres domésticos e o trabalho, com muita responsabilidade para quem cuidava das contas a pagar de outras pessoas.

De longe era fácil conhecer o seu estado físico e emocional. Se abstêmio, calmo, cumprimentando todos que passavam com muita distinção, conversando em voz baixa e pasta na mão para cumprir sua tarefa profissional. Foi por muito tempo o homem de confiança do ilustre advogado Victor Midlej, responsável pelo recebimento das contas e os pagamentos em banco, mesmo em tempos de internet.

Se chumbado, envernizado, o seu cumprimento era excêntrico, mirabolante. Assim que avistava um conhecido, um amigo, de longe gritava: “Olha aí que ruma de pesos mortos”. Destilava mais alguns impropérios do seu refinado vocabulário e contava a todos os motivos da euforia, que iria desde a vitória do Flamengo, até o mais simples motivo para uma comemoração em alto estilo.

Para tanto não importava a data, bastava não ter compromissos profissionais. E o seu local de chegada era sempre o Beco do Fuxico, nas três dimensões: Baixo, médio e alto, visitando todos os bares, barbearias, alfaiatarias e lojas. Antes de entrar, em alto som se anunciava: “Pesos mortos”. Alguns o convidavam para tomar mais uma cachaça e ele prontamente aceitava e também se servia da cerveja, sem a menor cerimônia.

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Erivaldo de Souza o gentleman da Ceplac

Walmir Rosário

Costumo dizer – constantemente – que as instituições somente sobreviverão se forem maiores do que os homens que a servem – ou dela se servem –, do contrário estão fadadas ao descrédito e ao fechamento. Por outro lado, tenho plena consciência da importância dos homens no desempenho das instituições, desde atue como motores ao impulsionar as ações. Ou sejam as instituições são as próprias pessoas.

Parece muito confuso e por demais burocrático esse pensamento, mas se torna simples desde que partamos do princípio que a instituição deve transcender aos indivíduos pela função social que exerce na sociedade. Como dizia Platão, a virtude de um objeto está no seu bom desempenho, portanto, os homens que fazem parte da instituição devem trabalhar pela razão direta da instituição, sua missão e objetivos.

Uma das instituições que tenho dedicado muita tinta e espaço é a Ceplac, que como tudo na vida tem o seu tempo de utilidade, principalmente as governamentais, sujeitas à ideologia e boa vontade dos governantes da época. Apesar das dificuldades inerentes à administração, dirigentes e funcionários de carreira podem – e até devem – fazer a diferença, como se criassem um ilha às avessas.

Na Ceplac chega a ser difícil nominar esses funcionários abnegados, que se destacam pela dedicação no ambiente de trabalho, mesmo com todas as dificuldades inerentes aos desempenho das atividades. E esse comportamento é próprio da índole de cada um. Existem os que se fingem de “mortos”, ignorando tudo que se passa ao redor; já outros conseguem superar todas as dificuldades para oferecer um trabalho de qualidade.

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Declinei da saideira, mas não me interpretem mal

Walmir Rosário

Bem que esses estudiosos dos comportamento humano afirmam que o homem (no sentido mais amplo) é um ser gregário, que prefere viver em sociedade, bandos, ou outros tipos de agrupamentos. A cada dia esse sentido se torna mais amplo, após o aparecimento das novas tecnologias da telemática, que instituiu os grupos de redes sociais, como no Facebook, Whatsapp, Telegram, dentre outros.

Dizem que se soltarem um homem no meio da floresta ou num lugar distante qualquer, um dia, menos dia, a tendência é que ele se encontre com outros homens e comece a fazer parte desse agrupamento. E digo mais, além desse agrupamento como um todo, fará parte de diversos grupos de interesse, em particular, e, ainda por cima, dos grupos de zap dos mais variados temas.

E não há mal algum nisso, pois além do chamado interesse profissional, financeiro, familiar, cresce bastante as chamadas rodas de amigos por qualquer pretexto, por mais simples e tênue que possa parecer. São os temas de pequena consistência, sutis, débil, para alguns, mas bem representativos para outros, ligados a jogos, religião, fãs de determinados artistas e por aí afora.

São coisas de foro íntimo que determinam esse grau de importância. Eu mesmo participo de alguns grupos de conversa e interesses, desde que não ultrapassem a boa e educada convivência social. E isso não é coisa da modernidade, pois desde que temos notícia em que Adão ainda habitava nesta terra, tinha lá suas pessoas mais chegadas, com as quais convivia de forma mais amiúde.

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As experiências alemãs do fotógrafo Newton Maxwell

Walmir Rosário

Na primeira metade da década de 1960 estudávamos o curso ginasial – com muito orgulho – no Colégio Estadual de Itabuna (CEI), após uma concorrida prova de Admissão ao Ginásio, um verdadeiro “vestibular”, com a realização de provas escritas e orais. Vestir o uniforme do CEI era uma prova de status para qualquer aluno daquela época, notadamente os residentes nos bairros, como eu.

O Estadual, como era chamado, se localizava em frente a antiga feira livre (hoje sede da Justiça Federal e Receita Federal, antes CCPP), e o apito do trem de ferro sempre interrompia nossas aulas para avisar que estaria de partida para Ilhéus, ou, quem sabe, chegando de lá. Fora o trem, nos divertíamos com a parada dos ônibus da Sulba, bem ao lado, e a tela colorida formada pelos toldos das barracas da feira.

A ainda pequena – mas já pujante – Itabuna daquela época fervilhava. Para nós adolescente tudo era festa – fora os estudos – e a cidade nos encantava pela sua dinâmica social, econômica e cultural. Em frente a estação ferroviária, a pictória praça João Pessoa, nos deslumbrava com sua arborização milimetricamente desenhada pelos competentes jardineiros, ou melhor, artistas plásticos da paisagem.

No meio dos pés de ficus que formavam a paisagem, mais de uma dezena de fotógrafos, chamados por nós de retratistas (os que retratam), acompanhado da expressão lambe-lambe, qualificando-os de forma pejorativa. Mas explico aos que não conheceram a revelação do filme fotográfico e cópia das imagens em papel especial, as fotos eram retocadas, às vezes, com o ar assoprado ou a saliva do profissional.

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Vadinho Bombom de Mel, lateral e arbitro de futebol

vadinhoWalmir Rosário

 

Walmir RosárioUm lateral-direito que botava ordem na casa sem precisar apelar para os famosos pontapés nos adversários, embora soubesse entrar firme quando necessário, desarmar e sair jogando. Esse era Vadinho, também conhecido por Vadinho Bombom de Mel, assim chamado por ter vendido esses doces na juventude, jogador dos primeiros a ser escolhido nos babas nos muitos campinhos de futebol do bairro da Conceição, em Itabuna.

Daí para o futebol amador foi um pulo, chamado que foi para integrar a equipe do Botafogo do bairro da Conceição, pelo seu presidente o gráfico Rodrigo Antônio Figueiredo, e por lá ficou por cerca de cinco anos. Seus quase dois metros de altura e corpo atlético lhe garantiam ganhar a maioria das jogadas e passar a bola para o meio de campo ou diretamente para os jogadores do ataque.

Torcedor doente do Flamengo até hoje, Vadinho não podia comemorar as vitórias do time carioca, desde os tempos de menino e já homem feito, por ordens expressas de sua mãe, dona Euflosina, vascaína de quatro costados, que não permitia esses devaneios em sua casa, com a complacência do pai, o seu Júlio, o competente guarda-freios da Estrada de Ferro Ilhéus-Vitória da Conquista.

Para Vadinho pouco importava e suas comemorações pelas vitórias do Flamengo eram festejadas fora de casa, com os muitos amigos, na praça dos Capuchinhos, ou nos inúmeros bares que povoavam o bairro. Naquela época – como até hoje –, o futebol era assunto de interesse nacional e todos sabiam de cor e salteado a escalação de seus times, aprendidas nas resenhas esportivas das grandes rádios do Rio de Janeiro.

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Batida de marido com mulher. Ou, o impossível acontece…

Local onde o fato me foi contado por Tyrone

Local onde o fato me foi contado por Tyrone

Walmir Rosário

 

Walmir RosárioEsses dias, ao remexer um HD externo em busca de fotos antigas, me deparei com um arquivo a mim enviado por saudoso Tyrone Perrucho, sobre um daqueles casos inusitados e que somente acontecem uma vez de 100 em 100 anos. Imediatamente, me veio à memória o fato acontecido com um casal amigo, Edmundo e Marinalva, que teria deixado o jornalista aposentado em polvorosa.

Com voz agoniada, foi logo me avisando: Rosário, aconteceu uma verdadeira tragédia, daquelas que só em Canavieiras acontece. É o fim do mundo, dizia agitado. Enquanto eu tentava acalmá-lo, curioso que também fiquei, Tyrone foi determinante:

– Isso não é assunto para se falar ao telefone, venha imediatamente aqui no Bar Laranjeiras (de Bené), onde me encontro ainda em choque e quero dividir esse assunto sério com você –.

Mais que depressa rumei para o bar e ele passou a me contar o ocorrido, que se encontra narrado aqui em baixo, sem tirar nem por, conforme assinado pelo verdadeiro autor. É certo que Tyrone Perrucho partiu sem se despedir, mas a história contada por ele ficou registrada.

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Colégio contribui para transformar Educação

Escola General Osório

Escola General Osório

Escola General Osório

Escola General Osório

Walmir Rosário

Walmir RosárioNo século passado estudar era uma dificuldade para as famílias menos favorecidas financeiramente lá pelos idos de 1930 até 1970, e poucos se aventuravam a concluir o curso ginasial e médio. O maior tabu era se diplomar nos cursos superiores. E os entraves era tirar um trabalhador da ativa, além conseguir uma boa escola e conseguir pagá-la, já que em sua maioria eram particulares.

 

 

No bairro da Conceição em Itabuna, onde cresci, a história nos mostra os caminhos tortuosos da educação, a começar que o ensino público não era, exatamente, uma prioridade de prefeitura e estado. Embora esses entes colaborassem, uma boa parte da educação ficava aos cuidados dos particulares e instituições religiosas, cujas mensalidades desencorajavam os pais de família com grande prole.

Nas décadas de 1920/30, no bairro da Conceição, o ensino teve início na rua da Palmeira (hoje avenida Félix Mendonça), a céu aberto, tendo como líder a professora Otaciana Pinto, também parteira. E funcionava nos passeios das casas, com mesa, cadeira da professora e quadro-negro, colocadas nas calçadas, enquanto os alunos traziam tamboretes, bancos ou se sentavam nos passeios.

O grande problema eram as constantes chuvas, quando os alunos corriam com os apetrechos e entravam nas casas. De acordo com o Memorial “Bairro da Conceição e os Primórdios”, de autoria das professoras Edith e Jiunice e o engenheiro agrônomo Sandoval Oliveira de Santana, foi uma luta política instalar a primeira escola pública estadual no bairro, o que somente aconteceu em 1941.

Com três filhos pequenos e sem escola pública, um dos moradores mais antigos do bairro,  Antônio Joaquim de Santana (Marinheiro) sentiu a necessidade de uma escola que possibilitasse a educação não somente de seus filhos, como a dos de seus amigos e demais moradores. Junto com o outro morador, Mecenas Oliveira, locaram uma casa para o funcionamento da Escola General Osório.

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