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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Walmir Rosário’

A Arte da Política no Senadinho Itabunense

 

Walmir Rosário

Confesso que me divirto bastante com os meandros da política de Itabuna. Diferente de outras cidades, ela é viva, presente nas esquinas, nos café, bares, becos, escritórios, repartições públicas, enfim, em todos os locais onde se juntam eleitores e pré-candidatos. Nesses locais são discutuidas desde as ruas esburacadas, as constantes falta de água, o cumprimento ou não das promessas dos prefeitos e o comportamento dos vereadores.

 

Um desses lugares é o tradicional Café Pomar, por anos a fio sob o comando da família Mariano, que se aposentou, embora os clientes continuam fiéis aos novos proprietários. À disposição dos clientes, um chá mate especial, doces, salgados e um cafezinho de fazer inveja aos concorrentes. Não só pela qualidade do pó, da água, do modus operandi, ou de quem gentilmente o serve, e sim por uma turma que o bebe pela manhã e à tarde.

 

Na verdade, alguns deles nem mesmo têm o hábito de tomar café, e sim encontrar seus pares da tradicional conversa política. Não é de hoje que o Café Pomar é conhecido como o “Senadinho”. Esse nome foi dado há décadas, quando ainda a Câmara de Vereadores era localizada no centro da cidade (praças Olinto Leone e José Bastos) e frequentado por alguns vereadores e políticos.

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Os cobiçados rapazes do Banco do Brasil

 

Equipes de funcionários do BB de Canavieiras em 1964

Walmir Rosário

O Banco do Brasil sempre foi considerada uma instituição singular, de prestígio em todo o país. Queiram ou não, era bem diferente dos demais estabelecimentos bancários, de acesso mais restrito a correntistas e funcionários. Estes somente ingressavam no corpo de funcionários pelo sistema de meritocracia, por meio de um concurso nacional, após anos de estudo. Valia a pena, por ser um emprego pra vida toda, até a sonhada aposentadoria.

Assinada a carteira e vencido o estágio probatório, o funcionário do BB era considerado um ser diferente, quem sabe superior, na hierarquia social, tanto pelo prestígio que gozava na sociedade. A começar pelo contracheque, apelidado de espelho, recheados de cruzeiros, cruzados ou reais, em comparação aos salários pagos pelos bancos privados, também considerados bons pelos empregados.

E somente ingressavam no quadro de funcionários rapazes e moças cujo desempenho no concurso fosse bem acima da média. Uma prova considerada “pau a pau” com os temidos vestibulares. Língua portuguesa, com questões difíceis de gramática; história, e a mais temida: a matemática. Mas não bastava, quem não fosse ágil e com um pedigree de ouro na datilografia nem se habilitasse, seria reprovado na hora.

Lembro dos meus tempos de menino, em que ficava deslumbrado ao entrar na agência Itabuna do BB e apreciar – com emoção – os lépidos funcionários datilografando contratos ou outros serviços. Mas além de “bater a máquina”, ficávamos embevecidos com o cálculo feitos na máquina Facit manual, com as teclas numéricas e manivelas girando para frente e para trás, era um espetáculo para nós garotos.

Nem precisaria comentar, mas os funcionários do BB chamavam a atenção por serem considerados moços de alto partido pelas donzelas casadoiras, que se postavam nas janelas de suas casas no horário em que eles encerravam o expediente. Era um festival de suspiros quando eles passavam, muitas das vezes marcados por troca de olhares e algumas frases galanteadoras. Melhores partidos não haviam nas cidades.

 

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O Itabuna baixou, saravou e incomodou

 

00Walmir Rosário

Bastou o “Meu time de fé”, agora chamado de “Dragão do Sul”, se soltar dentro das quatro linhas dos campos baianos para incomodar uma legião de personalidades, chamadas, por engano, de desportistas. Foi pinote pra tudo quanto é lado, principalmente pras bandas de Salvador, pois não gostaram do assanhamento dos meninos vestidos de azul e branco pra cima deles, como se fosse proibido dar um chute na hegemonia soteropolitana.

Em 2022, o Itabuna Esporte Clube volta aos campos baianos, dá uns dribles desconcertantes e se sagra campeão baiano da série B. Até a disputa final foi parar na justiça, como se a vitória mais bonita não fosse em campo, com jogadas alegres, algumas delas convertidas em gol para o delírio da torcida vencedora. Contra tudo e contra (quase) todos, venceu e convenceu.

Relembrando 53 anos passados, a modesta equipe do Itabuna, porém compromissada com o bom futebol, tem o desplante de baixar, saravá, e incomodar, vencendo, seguidamente, os adversários. Foi como mexer num vespeiro. Sem quê nem pra quê, a surpresa dos adversários se transformou em ameaça, não de violência dentro e fora de campo, mas da soberania no futebol baiano.

Entra ano e sai ano, o campeonato baiano é aquela mesmice, com Bahia e Vitória disputando as finais, uma ou outra ganhando, às vezes, por anos seguidos, salvo algumas intromissões de pouquíssimos clubes do interior. Acredito, até, que o culpado foi o próprio time do Itabuna, empolgado com a vitória do campeonato da série B, resolveu “meter o ferro na boneca”, como dizia França Teixeira.

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Americano, um craque que não gostava de futebol

Walmir Rosário

O itajuipense Arnaldo Santos de Carvalho detestava futebol. Ele gostava mesmo era de basquetebol e voleibol. O problema era que todos os seus amigos ilheenses viviam o futebol e Arnaldo teve que tomar uma decisão: Ou se isolaria dos amigos ou aderiria ao famoso esporte bretão, que encantou e encanta os brasileiros. Resultado, optou pelo futebol, ao qual se dedicou por longos 30 anos, como jogador e treinador.

Você não se lembra do Arnaldo? Claro que conhece! Arnaldo era quando detestava o esporte querido dos brasileiros. Mas, com certeza, quando falamos de futebol em Ilhéus, Itabuna e até Salvador, todos lembrarão de Americano, zagueiro e meio-campista. Fora das quatro linhas foi treinador do Ilhéus Esporte Clube, já num período conturbado do futebol profissional do Sul da Bahia.

Um craque que reunia todas as boas qualidades técnicas e físicas. Esse era o Americano, que realizava seu trabalho com bastante seriedade, daí ser considerado um líder nato nos clubes pelos quais passou. Desde cedo não gostava muito de treinar, o que passou a fazer com afinco para melhorar seu rendimento dentro de campo e demostrar aos colegas a necessidade de se tornar um profissional exemplar.

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Filosoficamente pensando… isso não vai dar certo

Aniversário do Almirante Nélson

Walmir Rosário

 

Há cerca de um mês (não me lembro bem) me encontrava em casa astuciando uma forma de reunir os velhinhos da Confraria d’O Berimbau e do Clube dos Rolas Cansadas para um vesperal no bar e restaurante Mac Vita, em Canavieiras, quando recebo uma mensagem de Trajano Filho, pelo WhatsApp: “Se preparem, neste sábado, Nélson Barbosa faz questão de comemorar seus 76 anos com uma deliciosa rabada, no Mac Vita”.

De imediato, pensei: Todos os meus problemas acabaram. Mas foi aí que minha cabeça rodou e pensamentos dos mais diversos atordoaram minha mente. Pelos meus cálculos, já participei de pelo menos umas quatro comemorações dos 76 anos de Nélson, ou estaria enganado? Pelo sim, pelo não, achei uma questão irrelevante, por terem as festas dignas do aniversariante, mesmo que repetidas.

Para quem não sabe, o conhecido e nomeado Almirante Nélson, pessoa pacata que voltou a Canavieiras para gozar da sua merecida aposentadoria no Derba, não tem ideia das artes e manhas deste sossegado senhor. Basta uma volta ao tempo, e na história de Arembepe, para conhecermos do que é capaz nosso ínclito personagem. No final da década de 1960 e início dos anos 1970, Nélson Barbosa, ou Nélson Amarelão, como era conhecido, ouviu falar do “paraíso dos hippies” e resolveu mudar-se de mala e cuia para o pedaço, mesmo sem ter qualquer ligação com a dita filosofia.

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João França Santana, um exemplo de político

 

Walmir Rosário

A sabedoria popular diz – com acerto – que a cada legislatura municipal, os eleitores terão saudades da bancada anterior. De minha parte, juro que não encontro base científica para tal assertiva, mas sou obrigado a dar o braço a torcer. Antes que me tomem como ressentido, vou logo avisando que nada tenho contra os senhores edis com assento nas câmaras municipais por este Brasil afora.

Como dizem que a voz do povo é a voz de Deus, sou impelido a aceitar a sabedoria popular, mormente quando as mídias sociais deixam claro e transparente atos e fatos da vida pública de um vereador. E tomo por base os cinco mandatos do vereador itabunense João França Santana, em tempos idos, o que me dá total garantia da tese elaborada por anos pelo povão de Deus, que conhece como ninguém a política e os políticos.

Pra início de conversa, considero uma das eleições mais difíceis do poder legislativo a do vereador, haja vista a ampla e próxima base de eleitores, formada, na essência, por amigos. E aí é que a porca torce o rabo, pois essa base se torna fácil de ser minada, pois os amigos são os mesmos de mais da metade dos candidatos a vereador. E estou dizendo isso levando em consideração a Itabuna dos anos 1950/60 e 70 do século passado.

E são exatamente esses vereadores do passado os eternos lembrados por terem deixado marcas positivas em seus mandatos. Em Itabuna, políticos do naipe de José Soares Pinheiro, Paulo Ribeiro, Raimundo Lima, Pedro Lemos, Mário César, Plínio de Almeida, Titio Brandão, o próprio João França Santana, e mais recente Edmundo Dourado, Orlando Cardoso, José Japiassú, João Xavier, são vistos como referência positiva.

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Os dois anos do sumiço de Tyrone Perrucho

 

Walmir Rosário

Na tarde de ontem (quarta-feira, 11 de janeiro), pasmem os senhores e senhoras, eu me encontrava no bar Mac Vita, como um simples expectador, assistindo a meus amigos Batista e Walter Júnior beberem um litrão de Coca Cola. Confesso que me sentia incomodado, haja vista considerar uma profanação de um dos botecos de memoráveis histórias festivas de Canavieiras, sede ocasional da Confraria d’O Berimbau e da Clube dos Rolas Cansadas.

Eis que de repente um carro dá uma parada e ouço algumas perguntas: Quem foi o melhor ponta-esquerda de Itabuna? E o melhor zagueiro? Respondo que Fernando Riela e Ronaldo Dantas, Piaba, dentre outros. E aí reconheço o autor das perguntas, o engenheiro agrônomo e advogado João Geraldo, que faz nova pergunta: “E quem mais desfrutou das noites e madrugadas de Canavieiras?”. E ele mesmo responde: “Tyrone Perrucho”.

João Geraldo segue caminho e nós continuamos nossa amena conversa tendo como testemunha um litrão de Coca Cola, embora, de antemão, confesso que não bebi. Na manhã desta quinta-feira recebo, via whatsapp, uma foto de Tyrone Perrucho, enviada por Alberto Fiscal. Já Raimundo Ribeiro, direto do Belém do Pará, responde presente na chamada. Foi aí que caiu a ficha: hoje é o segundo aniversário sem Tyrone Perrucho.

Tyrone era uma pessoa que se destacava por suas diferenças. Na foto acima, aparece ele como se estivesse saindo de uma epopeia de natação, após atravessar um braço de mar, cruzar de uma margem a outra de um rio. Que nada, era simplesmente uma foto para a sua gloriosa coleção. O dito cujo sequer sabia nadar; até que tentou, mas o professor gentilmente solicitou que ele buscasse algo mais parecido com suas habilidades.

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Com que roupa eu vou, esse é meu dilema

 

Walmir Rosário

Todo fim de ano me embaraço com o dilema da escolha da roupa que vestirei no Réveillon, seja num evento externo, que merece uma apresentação de razoável para cima, ou em casa, quando não chega a tanto, mas nem por isso tampouco. Pra começo de conversa, não sou daqueles que sabe a combinação ideal das peças de roupas, como os desenhos verticais e horizontais, as cores dissonantes, e por aí afora.

É sempre assim! Por mais que tente, não consigo me conscientizar suficientemente sobre a harmonia de cores e tons, muito menos as mais apropriadas para cada ocasião. É uma lástima! Mas nem me incomodo, embora não posso dizer o mesmo em relação ao que pensa a minha mulher, sempre a dar pitacos sobre o caimento e as disparidades. Não adianta, não consigo fazer essas aulas entrarem em minha cabeça.

Se hoje incorro, constantemente, nos mesmos erros, com um guarda-roupas pra lá de sóbrio, imaginem no século passado, a partir das décadas de 1960/70 e mais um pouco, com as roupas extravagantes que ditavam a moda. Ainda lembro das camisas estampadas, nas quais as cores fortes formavam desenhos de caracóis e outras figuras fractais, bastantes chamativas.

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É Natal, tempo de bondade e esperança

 

Walmir Rosário

O mundo cristão comemora ao final de cada ano o nascimento de Jesus Cristo. Neste período as pessoas se transformam e os corações transbordam felicidade, bondade e esperança, e porque não dizer caridade. Bom, esse é o sentimento interno que sente cada pessoa, cada família, cada grupo, cada sociedade. Mesmo que não sejam católicos, melhor dizendo, cristãos, esse sentimento aflora, desabrocha.

Mas como nem tudo é perfeito – ou, pelo menos, unânime –, alguns grupos sociais não têm esse mesmo sentimento, pois algumas das muitas denominações de religiões cristãs simplesmente desconhecem o calendário, como dizem eles, forjado pela Igreja Católica. Já entre agnósticos e ateus, o Natal é visto por muitos como um tempo de comemoração entre família, apenas por tradição. E as festividades atravessam os anos, milênios.

Seria muito bom que o sentimento natalino se perpetuasse per omnia saecula saeculorum. Bom mesmo seria que se estendesse por todos os dias do ano, propiciando uma sociedade mais justa, mais humana. Sim, pois cada ser humano que vem ao mundo tem direito a ser feliz em sua plenitude. Nada mais justo, embora a felicidade tenha que ser sonhada, buscada por cada um de nós.

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Jurimar, prefeito de Itabuna sem um único voto

 

Walmir Rosário

Nos anos 1986/87/88 eu trabalhava na Divisão de Comunicação da Ceplac, a conceituada Dicom, que passava por uma das suas muitas crises, com o orçamento sempre contingenciado, apesar do descobrimento da vassoura de bruxa no Sul da Bahia. Sem recursos, reduziu o horário de expediente para meio turno, o que facilitou nosso segundo emprego em assessorias e veículos de comunicação de Itabuna.

Eu dividia meu trabalho entre a Ceplac e a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Itabuna, quando fui procurado por um amigo e colega ceplaqueano, o engenheiro agrônomo Jurimar Rebouças Dantas, para uma conversa. É que ele tinha sido convidado pela segunda vez para assumir a secretaria municipal da Agricultura e queria informações para decidir se aceitaria o cargo.

Nossa conversa foi bem positiva e disse que o cargo seria talhado para ele e, se não se acostumasse com o comportamento político, voltaria à função de extensionista, sem qualquer prejuízo. Analisou tudo com serenidade e me respondeu com sinceridade: “É, já fui convidado para o cargo pela segunda vez, e caso não aceite, daqui pra frente não serei convidado nem para participar de enterros”.

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