:: ‘Vaticano’
Fumaça branca no Vaticano: “habemus papam”
Após 13 dias da renúncia de Bento 16, a quinta votação do conclave, realizada na manhã desta quarta-feira (13), terminou com a escolha do novo papa. Às 15h (Brasília), uma fumaça branca saiu da chaminé da capela Sistina, indicando que os cardeais chegaram a um consenso sobre o próximo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Os sinos da basílica de São Pedro confirmaram que o novo pontífice recebeu ao menos dois terços dos votos dos cardeais e já aceitou a missão de comandar a Santa Sé.
O anúncio dos nomes de batismo e pelo qual será conhecido o sucessor de Bento 16 será feito na sacada da basílica de São Pedro, com a famosa frase: “Habemus Papa!”.
Em Itabuna, os sinos da Catedral de São José estão replicando para comemorar a escolha do novo Papa.
Brasileiro está entre os favoritos para a escolha do novo Papa
(Agencia Brasil) Os principais veículos da imprensa italiana, como os jornais Corriere Della Sera e o La Republica, apostam em três candidatos como os mais prováveis entre os 115 cardeais a suceder o papa emérito Bento XVI. Na relação estão o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, de 63 anos; o cardeal canadense Marc Oullet, de 68 anos, e o italiano Angelo Scola, de 69 anos. Mas também são apresentados nomes alternativos.
Tradicionalmente, os principais veículos de imprensa na Itália mantêm vaticanistas – especialistas em temas da Igreja Católica Apostólica Romana – entre seus comentaristas e consultores. No Corriere Della Sera, a reportagem principal faz um perfil dos três cardeais, apontados como prováveis candidatos à sucessão de Bento XVI. O canandense é descrito como o mais aberto.
O brasileiro dom Odilo é definido como o candidato que conta com o apoio de um elevado número de cardeais, principalmente da América do Sul. O arcebispo de Milão, Angelo Scola, é apoiado pelos europeus e, naturalmente, pelos italianos que têm mais votos no conclave, segundo o Corriere Della Sera.
“Estão fumando maconha”, diz candidato a Papa sobre favoritismo no Conclave
O cardeal americano Timothy Dolan (foto), um dos mais cotados para assumir o principal cargo da Igreja Católica, disse que as pessoas que acreditam em seu favoritismo “podem estar bebendo demais ou fumando maconha”. A declaração foi feita à rede de televisão “CNN” na última quinta-feira (28), logo após o fim do pontificado de Bento 16.
“Estou lisonjeado em saber que as pessoas pensam isso. Mas não apostaria a hipoteca de minha casa nessa suposição”, afirmou. Dolan será um dos 115 cardeais que participará do conclave –cuja data ainda não foi definida– para eleger o novo papa. (do Uol)
Bento XVI diz que renuncia exigiu coragem e pede orações para seu sucessor
(Renata Giraldi/Agência Brasil) Na sua última audiência geral como papa, Bento XVI, de 85 anos, justificou hoje (27) a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua decisão foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando será escolhido o próximo pontífice.
“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público de cerca de 200 mil pessoas, segundo o Vaticano. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. O papa deixará o pontificado amanhã (28).
A celebração foi acompanhada por fiéis de vários países, inclusive brasileiros que seguravam bandeiras do Brasil. A Praça São Pedro foi cercada por um forte esquema de segurança. Na primeira parte da cerimônia, houve em uma saudação em vários idiomas, inclusive português de Portugal: “Damos graças a Deus orando continuamente”.
Bento XVI foi aplaudido ao pedir orações durante o conclave, quando será escolhido o próximo papa, e pelo seu sucessor. “Orem pelos cardeais e pelo sucessor de Pedro [aquele que ocupa o pontificado é chamado de papa e sucessor do apóstolo Pedro]”, disse. “Os cardeais [reunidos no conclave] terão uma tarefa relevante.”
Papa Bento 16: “renuncia não significa isolamento”
“Deus me pediu para dedicar-me à oração e à meditação”, afirmou neste domingo o papa Beto 16 para milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro para sua última oração do Angelus como pontífice, mas ele completou que não abandonará a Igreja.
Com a voz marcada pela emoção e interrompido pelos aplausos, o papa declarou: “Neste momento de minha vida, sinto que a palavra de Deus está dirigida a mim. O Senhor me chama a subir ao monte, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação”.
Mas, mesmo fora do comando da Igreja Católica, o papa disse que estará sempre junto e próximo aos fiéis e à Santa Sé em “oração”. “Isso não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é para que eu possa continuar a servi-la do mesmo modo dedicado com que o fiz até agora, mas de acordo com a minha idade e as minhas forças”, disse Bento 16.
O pontífice reforçou o valor da oração, que, segundo ele, dá fôlego a vida espiritual. “Orar não é isolar-se do mundo e de seus problemas, mas tomar o caminho da ação.” Ao fim, agradeceu ainda aos fiéis pelas orações dedicadas a ele e à igreja nesta fase de transição. O agradecimento foi feito em sete diferentes idiomas, entre eles alemão, italiano, polonês, espanhol e português.
“Obrigado pela presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações que estão me acompanhando todos esses dias.” Cerca de 200 mil fiéis, peregrinos e turistas acompanham a cerimônia para se despedir do pontífice alemão. (do UOL}
Papa Bento 16 diz não ter mais forças e renuncia ao Pontificado
O Papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) a renúncia ao pontificado, segundo o Vaticano. Ele deve deixar o posto em 28 de fevereiro. Em comunicado, feito em latim durante uma assembleia de cardeais na qual se discutia um processo de canonização, Bento 16 disse que deixará o cargo devido à idade avançada, por “não ter mais forças” para exercer a função.
“Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino”, disse o papa em um surpreendente anúncio durante o consistório para marcar as datas de canonização de três causas.
O pontífice, que completará 86 anos em abril, afirmou que “no mundo de hoje (…), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado”. “Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro”, acrescentou o papa.
Esta é apenas a segunda vez que um Papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado. O cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. Aos 78 anos, ele foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa.
WAGNER VAI A ROMA E TEM ENCONTRO COM O PAPA
O governador Jaques Wagner está em Roma, na Itália, a convite do Congresso Judaico Latino-Americano, entidade que reúne comunidades judaicas da América Latina, para se reunir com o papa Bento XVI, a fim de estreitar os vínculos entre judeus e católicos da região. O governador Wagner fará parte da reduzida delegação que participará da audiência privada que o Congresso Judaico Latino-Americano manterá com o Papa Bento XVI, na quinta-feira (10), no Vaticano.
O convite à entidade foi feito pelo papa Bento XVI, que reconheceu a importância do diálogo inter-religioso e do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Congresso Mundial Judaico (CMJ), federação internacional que reúne e representa as comunidades judaicas e organizações em todo o mundo.
As comunidades judaicas latino-americanas vivem em um espaço preponderantemente católico, onde a Igreja tem um importante lugar na construção social e onde a relação entre judeus e católicos é um exemplo de convivência. O CMJ foi fundado em Genebra, em 1936, para unir judeus e mobilizar o mundo contra a investida nazista. É formado por mais de 80 comunidades organizadas em cinco estruturas regionais – América do Norte, América Latina, Europa, Euro-Ásia e Israel.