:: ‘vaia’
As vaias a Temer mostraram o quanto o povo despreza quem trai
Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
Mais do que a impopularidade extrema de Temer, o que se destacou ontem na abertura das Olimpíadas foi sua covardia pusilânime.
Temer fugiu, assustado, melhor, aterrado, das vaias — mas mesmo assim foi alcançado por elas num momento sublime da cerimônia.
A primeira medalha de ouro brasileira foram as vaias a Temer diante não apenas do Maracanã lotado, não apenas dos brasileiros — mas do mundo.
As vaias mostraram, melhor que o espetáculo de abertura, o caráter do brasileiro. Somos um povo que despreza quem trai, quem apunhala pelas costas enquanto sorri, quem usurpa, quem toma pela conspiração sórdida algo que não é seu.
O brasileiro despreza, ainda, a paúra. O jornalista Leandro Fortes lembrou, nas redes sociais, que Dilma suportou estoica insultos de imbecis na Copa do Mundo. Temer se portou como um homem sem fibra e sem caráter, um antiexemplo para os brasileiros.
As manobras para livrá-lo do confronto com a realidade começaram cedo no Maracanã. O protocolo foi quebrado logo no início e seu nome não anunciado.
Depois, quando era inevitável que ele declarasse abertos os jogos, uma fala de oito segundos foi o artifício para tentar escapar de ser notado e vaiado. Um falastrão reduzido a oito segundos por medo da reação.
Não adiantou.
As vaias foram a resposta. O mundo viu o tamanho da rejeição a um golpista sem carisma, sem voto, sem sequer ficha limpa. Quase tão rápidos como o estrondo popular, e para dar um tom cômico à cena, foram os aplausos inaudíveis do ministro Meirelles, sentado algumas fileiras atrás do chefe detestado.
Meirelles podia passar sem essa operação abafa pessoal. Na antologia das patacoadas é um flagrante memorável, bem como a cena fugidia de Serra cantando Aquarela do Brasil com requebros de boneco desengonçado.
Com o golpe e com Temer, o Brasil regrediu extraordinariamente na imagem internacional. Apenas 45 presidentes e chefes de estado compareceram à cerimônia. Isto é menos da metade do que aconteceu há quatro anos em Londres.
A mídia estrangeira já está repercutindo as vaias da Temer. Que foram, repito, a primeira medalha de ouro brasileira.
Além de Gisele, vaia a Temer também será roubada na abertura das olimpíadas
(do Blog Sensacionalista)- Não é só a modelo Gisele Bundchen que – dizem – será assaltada na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio nesta sexta-feira, no Maracanã. Uma outra coisa será roubada: a vaia a Michel Temer. Nos bastidores, a informação é de que o Palácio do Planalto pediu à organização do evento que dê um jeito de abafar as vaias ao presidente interino e decorativo depois que ele falar na cerimônia.
Temer falará apenas uma frase, abrindo os jogos. Mas nas redes sociais, a mobilização pela maior vaia do mundo de todos os tempos está de vento em popa. Para abafar a vaia, provavelmente a musica ficará em alto volume. Também há a sugestão de colocar mordaças em todos os presentes, mas isso talvez não pegue bem.
Vaiada após defender Temer, presidente da SBPC renuncia ao cargo
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, renunciou ao cargo publicamente após ser vaiada em ato pela defesa do Ministério da Ciência e Tecnologia. A renúncia ocorreu ao meio dia de hoje (06 de julho), no campus da Universidade Federal do Sul da Bahia, em Porto Seguro, local em que ocorre a 68a Reunião Anual da SBPC.
Durante o ato, que reúne mais de 5 mil pessoas de todo o Brasil (professores, estudantes, pesquisadores e representantes de diferentes instituições das mais diferentes áreas da Ciência e Tecnologia), a presidente da SBPC fez um discurso em que manifestou tolerância ao governo Temer, afirmando que a entidade a que preside está aberta ao diálogo com o presidente interino. As declarações provocaram reações fortes por parte do púbico presente e Helena Nader, bastante exaltada, renunciou à presidência da SBPC publicamente.
No dia da abertura do evento, 3 de julho, o atual Ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab foi vaiado por 10 minutos. Fez um discurso rápido e não circulou entre o público.
Entre os inúmeros stands de exposição dos avanços mais recentes da produção científico/tecnológica no Brasil, circulam pesquisadores, estudantes e cientistas com um adesivo no peito em que se lê “Fora Temer”. (do site Preto no Branco)
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