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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘TV Cabralia’

Memórias de um Dinossauro

dtTV Cabrália, inicio dos anos 90.  Santa Catarina enfrentava uma enchente apocalíptica e o Vale do Itajaí foi arrasado pela fúria das águas. A Rede Manchete, da qual a Cabrália era afiliada, fez uma campanha para arrecadar alimentos, remédios, roupas e cobertores para os flagelados.

A Cabrália entrou na campanha e em poucos dias arrecadou toneladas de donativos, que seriam enviados a Santa Catarina.

Uma noite, por volta das 20 horas, entro no estúdio abarrotado de solidariedade, onde mal havia espaço para as câmeras e a mesa do apresentador. De repente, me deu o estalo.

Naquele mesmo período, moradores da Bananeira e do Gogó da Ema, bairros carentes de Itabuna,  estavam sofrendo com as cheias do Rio Cachoeira. Nada que se comparasse à tragédia de Santa Catarina, mas centenas de famílias perderam seus parcos pertences e muitas estavam desabrigadas.

O raciocínio foi óbvio. Se a gente pedisse donativo pras vítimas das enchentes em Itabuna, é provável que o retorno seria quase nenhum. Já para os catarinenses, em função da comoção nacional que se criou, mal havia espaço para estocar tantas doações.

Não tive dúvidas. Com a cumplicidade do então bispo diocesano Dom Paulo Lopés de Faria, hoje habitando merecidamente o reino dos céus, uma parte dos donativos foi entregue para uma igreja e dali seguiu para as famílias da Bananeira e do Gogó da Ema.

A outra parte, é bom que se diga, foi entregue aos catarinenses, que sem saber e por linhas tortas, haviam proporcionado um gesto de solidariedade aos itabunenses, irmãos de pátria e de infortúnio.

 

Morro dos Canecos, Itabuna,  com as sedes da TV Santa Cruz e TV Cabrália. O Sul da Bahia na tela.  (foto José Nazal)

Morro dos Canecos, Itabuna, com as sedes da TV Santa Cruz e TV Cabrália. O Sul da Bahia na tela. (foto José Nazal)

TV Cabrália, 30 anos, porra!

Todas as cores no ar

Daniel Thame

 “Todas as cores no ar

Para anunciar uma nova estação…

Na vibração da Manchete o espaço

é da gente, uma nova emoção.

Sinta a cor da energia,

que se irradia na nova estação…

Chegou, chegou, chegou… a TV que você queria…

TV Cabrália – a imagem do Sul da Bahia.”

 

daniel thame FlicaTodas as cores estavam mesmo no ar, anunciando uma nova estação. O Sul da Bahia ainda vivia os tempos em que nas duas pontes do arco-íris havia um pote de ouro, em forma de um fruto dourado, capaz de produzir riquezas inimagináveis e até desafiar a geografia, fazendo com que o Sul da Bahia fosse, na prática, uma espécie de enclave Rio/São Paulo, um oásis em meio ao Nordeste empobrecido e atrasado.

Era a Civilização Cacaueira, abençoada por um deus dourado chamado Cacau.

Estávamos no final dos anos 80, 1987 para ser mais preciso, e já havia uma bruxa à espreita e poucos se deram conta disso. E ela viria tão forte e tão intensa que em meros cinco anos o Sul da Bahia se renderia a Geografia e seria recolocado, a  fórceps, no Mapa do Nordeste.

O deus não era tão divino assim, posto que sucumbiu a uma bruxaria que dizimou frutos, fortunas, vidas, empregos. Mas, isso é outro história, embora num certo momento vá se fundir e delinear uma história que começa com um sonoro:

“Porra!!!!!!!!”.

A TV Cabrália, a imagem do Sul da Bahia, estava no ar.

30 anos depois, o grito de Nestor Amazonas, naquele distante e inesquecível 12 de dezembro de 1987, ainda deve ecoar pelos corredores da TV Cabrália.

Certo, nossa história começa antes desse grito, mas ele significa o alivio de enfim, poder dizer que todas as cores estavam no ar.

—-

(trecho de abertura do livro sobre os 30 anos da TV Cabrália,  que comecei a escrever e que só esse trapaceiro chamado de destino, que me deu a chance de ser protagonista nesse história, se se vai ser concluído. Mas, escrito ou não, esse é uma história que ninguém apaga)

Encontros, desencontros. Reencontro.

Pioneiros celebram os 30 anos da TV Cabrália

Pioneiros celebram 30 anos da TV Cabrália

RELEASE-Pioneiros comemoraram 30 anos da Cabralia

Foi uma festa marcada pela emoção,  a confraternização  realizada por funcionários pioneiros da TV Cabrália no último dia 18, na sede da Associação dos Funcionários da Ceplac-AFC, para marcar os 30 anos de implantação da primeira emissora de televisão do interior do Norte/Nordeste.

los 3Mais de cem pessoas vieram de Salvador, Conquista, Itabuna, Ilhéus, Itacimirim, Arraiá d´Ajuda, Feira, Jequié, Eunápolis e as mais distantes de São Paulo e Brasília, para um reencontro histórico, para a maioria de pessoas que não se viam há quase 30 anos atrás.

O evento começou  com uma mensagem do fundador Enrique Marques, homenagem ao primeiro Superintendente Nestor Amazonas e continuou com mensagens em texto e vídeo de várias personalidades que já passaram pela Cabrália como Madalena Braga, diretamente de Feira, de Vilma Medina e Napo Fernandez, de Miami e Sonia Neres, de Roma. A cantora Selma Aguiar, ex-repórter da emissora, deu um show na apresentação musical.

Após o reencontro, parte do grupo assumiu o compromisso de um novo encontro na segunda quinzena de novembro de 2018.

 

selma

 

TV Cabrália, 30 anos – `Seu` Diógenes e Fernando Gomes, um duelo na portaria

 

Daniel Thame

daniel thame FlicaNos primórdios da TV Cabrália, e deve ser assim até hoje,  a ordem era clara: sem se identificar, ninguém tinha acesso à emissora.

`Seu` Diogénes, o porteiro, era alguém para quem ordem não se discutia. Funcionário só entrava com crachá e visitante só com apresentação de documento  de identificação. Ponto final!

Eis que um belo dia, o prefeito de Itabuna,  Fernando Gomes, em seu segundo dos cinco mandatos, chega para conceder uma entrevista ao Repórter Regional , numa tentativa da direção da emissora de estreitar as relações com o alcaide, que não eram necessariamente amistosas, em função do jornalismo demasiadamente independente praticado pela Cabrália naqueles tempos de antanho.

E eis que ao se dirigir à porta de entrada, Fernando Gomes é abordado por `seu` Diógenes:

-Documentos, por favor…

Fernando achou que só poderia ser  uma  brincadeira:

-Mas que documento, rapaz? Sou Fernando Gomes, o prefeito…

Não era uma brincadeira:

-Sem apresentar a identificação o senhor não entra…

Fernando começou a ficar impaciente, aquilo não estava no script.

E foi ai que ´seu` Diógenes perpetrou:

-Como é que o senhor quer entrar sem se identificar? Eu já pedi documento de identificação  até pra Waldir Pires…

(Abre parêntese: Waldir Pires era à época ninguém menos que o governador da Bahia e conta a lenda que, com aquela simplicidade de monge beneditino, se identificou e entrou. Fecha parêntese).

A citação a Waldir Pires, com quem Fernando já estava rompido, foi a gota d´água. O prefeito simplesmente  virou as costas e foi embora sem dar a entrevista.

Fernando Gomes retornou dias depois, após as devidas escusas da direção, que providencialmente escalou um outro porteiro para recebe-lo.

Porque para  ´seu` Diogenes, hoje gozando a merecida aposentadoria,  sem documento não entrava, fosse ele Fernando Gomes, Waldir Pires ou Papa, posto que ainda eram tempos em que um Papa, caso se aventurasse nas terras do cacau, seria recebido de braços abertos na emissora.

Depois de se identificar para  ´seu`  Diógenes, per supuesto.

 

 

TV Cabrália, uma história de 30 anos

RELEASE-Uma historia de 30 anos-Grupo OrganizadorEste ano, a 12 de dezembro, a primeira emissora de televisão do interior nordestino, a TV Cabrália, completa 30 anos de inaugurada. Ubaldo Porto Dantas era o Prefeito de Itabuna, Waldir Pires era o Governador da Bahia e na Presidência da República estava José Sarney.   O então Senador Luiz Viana Filho deu nome ao complexo televisivo, uma iniciativa do filho Luiz Viana Neto, associado a Enrique Marques Barros e outros companheiros que já comandavam a TV Aratu, em Salvador. A obra foi edificada em menos de seis meses, atuou inicialmente como afiliada da Rede Manchete, sendo mais tarde vinculada ao SBT, Rede Família e Record News e, como sendo autorizada a atuar como emissora geradora por pouco tempo atuou como emissora independente.

Hoje fazendo parte da Rede Record, a primeira televisão do interior nordestino é parte integrante da história recente das comunicações nas regiões sul, sudoeste e extremo-sul da Bahia, num ano rico para a imprensa regional onde nasceram também o Jornal A Região, em abril e a Rádio Morena FM, em dezembro.

A saga dos pioneiros

RELEASE-Uma historia de 30 anos-Ilheus Nos seus primeiros seis anos sob o controle da família Viana, tendo como diretor geral o jornalista Nestor Amazonas, a emissora é ainda hoje considerada um marco nessa história, revolucionando as comunicações no sul da Bahia com a iniciativa da criação de novas agências publicitárias e a fomentação de novos profissionais, que mais tarde viriam a sair também do cursos acadêmicos que surgiram.

Em dezembro de 2016 almoçaram no Bataclan, em Ilhéus, o primeiro Superintendente, Nestor Amazonas, o primeiro Chefe de Jornalismo, Daniel Thame, o primeiro Repórter, Maurício Maron, o primeiro Apresentador, Ramiro Aquino e o primeiro Diretor Comercial, Rui Carvalho. Desse encontro de pioneiros saiu a decisão de comemorar os 30 anos da emissora, reunindo em novembro, para não conflitar com os festejos oficiais da emissora, todos aqueles que quisessem o reencontro.

Já está próxima a data escolhida, 18 de novembro, um sábado, na Associação dos Funcionários da Ceplac, a partir das 9 hs, o que os organizadores estão chamando de Grande Encontro. Os contatos, através das redes sociais, e-mails e telefones, confirmaram mais de 100 presenças, que com os familiares, alcançam 130 pessoas.

Brasil e exterior

Vem gente de várias regiões do Brasil e até de outros países. Tem profissionais morando na Alemanha, na Itália, nos Estados Unidos, em Portugal e outros na Bahia, Brasília, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio e São Paulo. A maioria permanece em Itabuna, Ilhéus.

Para a programação, além da feijoada com entrada de acarajé, está prevista música com os artistas da casa, interpretação de textos históricos, exposição de fotos de época e de artigos jornalísticos.

 

Tá demitido!

Daniel Thame

Essa quem me contou foi o insuspeito Nestor Amazonas, “pai” da TV Cabrália, que completa 30 anos (a TV não o Nestor!) neste 2017, e  que freqüentava muito a Rede Manchete, nos tempos em que a Cabrália era afiliada à emissora carioca.

Adolfo Bloch, já em fase outonal e vendo a televisão sugar todos os recursos do Grupo Manchete (que incluía gráfica, emissoras de rádio e uma revista de variedades/reportagens), andava pelos corredores do suntuoso prédio da tevê, implicando com Deus e o mundo.

Certo dia, ao deparar-se com o limpador de vidros com as roupas desalinhadas, não cortou conversa:

-Você está demitido, pode passar no departamento pessoal.

O rapaz foi se lamentar com seu chefe imediato, que foi logo dando um jeitinho:

-Seu Bloch anda meio estressado. Vá para outro andar e continue trabalhando…

Minutos depois, eis que seu Bloch aparece no tal “outro andar” e se depara com o mesmo rapaz limpando os vidros.

A cena que se seguiu é de puro nonsense:

-Ô meu rapaz, veja se arruma melhor suas roupas. Eu acabei de demitir um rapaz no andar de cima justamente porque ele estava mal vestido…

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Nestor Amazonas e os pioneiros da TV Cabrália fazem parte de uma história ainda a ser devidamente contada e reconhecida. O palpite de quem começou essa história é de que não, dado o imobilismo dos nossos cursos de comunicação social e sua propensão em fabricar heróis artificiais. As vezes nem isso… 

A TV Cabrália e a ´fumaça preta´

Daniel Thame

Essa história de fumaça preta e fumaça branca para a escolha do novo Papa me fez lembrar de uma história nos primórdios da TV Cabralia, comandada por Nestor Amazonas, lá pelo final dos anos 80.

Um cinegrafista e seu auxiliar, cujos nomes não vêm ao caso, foram vistos à noite na torre da emissora, em Itabuna, expelindo uma inconfundível fumacinha de aroma igualmente inconfundível.

Nestor não era fiscal do Ibama, mas ao saber que estavam ´queimando mato` no horário de trabalho, chamou os dois à sua sala. Bastava confirmar e o máximo que receberiam era uma bronca.

Mas ambos negaram e ainda se disseram indignados com aquela acusação injusta.

Nestor Amazonas, a quem a comunicação sulbaiana ainda  deve o merecido reconhecimento, não era dado a lero lero. Foi direto ao ponto:

-Se vocês não estavam fumando maconha tarde da noite na torre da tevê, então estavam trocando c…

E perguntou, didaticamente:

-Vocês preferem sair dessa sala como viados ou como maconheiros?

Ambos optaram pela fumaça preta.





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