:: ‘questão indigena’
Barril de pólvora
* Marco Wense
Na edição do último sábado do jornal A Tarde, a senadora Kátia Abreu faz uma análise sobre a problemática demarcação de terras indígenas.
A parlamentar, que presidiu a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, defensora fervorosa do agronegócio, diz que “um país não pode se tornar refém de conflitos intermináveis”.
Defende os produtores rurais, alegando que seus títulos foram outorgados pelo Estado brasileiro: “Se um título do estado não vale, o que é que vale então?”, indaga a futura ministra da Agricultura.
A discussão do pega-pega entre fazendeiros e índios voltou à tona em decorrência da decisão do STF de anular o reconhecimento de uma área reivindicada como indígena no Mato Grosso do Sul.
Como a área conflituosa envolve a família do ministro Gilmar Mendes, Kátia Abreu saiu em sua defesa: “É um dos mais sérios juristas deste país, cuja obra ultrapassa nossas fronteiras. Os que contra ele vociferam são os que não possuem o mínimo respeito pelo Estado Democrático de Direito”.
Perdeu quem apostou que a pasta da Fazenda seria o barril de pólvora do governo Dilma. Joaquim Levy, diante dos ministérios da Agricultura (índios versus fazendeiros e fazendeiros versus MST) e das Comunicações (com a polêmica regulação da mídia), vai pilotar em céu de brigadeiro.
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