:: ‘propina’
Propina de Cunha será revertida em tratamento psiquiátrico a quem o apoiou nas manifestações de domingo
(do Blog Sensacionalista)- O presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha acaba de ser denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo recebimento de propinas no valor de 5 milhões de dólares durante as negociações para a compra de dois navios-sonda da Petrobras.
Cunha agora será julgado pelos ministros do STF. Além da pena, Cunha terá que devolver o dinheiro. Numa decisão inédita, o Supremo ordenou que o dinheiro recuperado seja investido de forma polêmica.
“Todos os 5 milhões deverão ser reinvestidos na saúde pública, mais especificamente no tratamento psiquiátrico de quem foi para as ruas no último domingo protestar contra a corrupção e a favor de Eduardo Cunha ao mesmo tempo”, diz o texto do STF. “São pessoas que claramente apresentam sintomas de bipolaridade.”
Alguns dos manifestantes que apoiaram Cunha de graça no domingo ficaram surpresos com a denúncia de propina. “Então ele também levou dinheiro? Eu vou pedir uma comissão pelo trabalho de domingo, então”, disse o advogado Tadeu Francisco.
As doações “limpas” e as doações “sujas” dependem de quem recebe?
No Jornal Nacional de ontem, duas “delações”.
Na primeira, Paulo Roberto Costa diz que as doações legais de empreiteiras às campanhas eleitorais eram “balela” apenas encobriam o pagamento de propina.
Na segunda, um ex-executivo da Engevix diz que deu, na forma de doações legais, propinas ao PT.
Muito bem, acreditemos que os dois falam a verdade, nada mais que a verdade.
Perguntinha básica que se impõe a investigadores corretos, sejam policiais, promotores ou jornalistas: se as doações legais eram propinas – palavras de Paulo Roberto Costa – , as doações para outros partidos eram o que?
Amor?
Os milhões da OAS, da Odebrecht, da Serveng-Civilsan e da Queiroz Galvão doados ao PSDB, foram doados por espírito cívico?
Fui buscar apenas um exemplo nas eleições de 2010, que está acessível a todos: as doações da empreiteira Camargo Correia: Estão lá Aécio Neves, Antonio Anastasia, o presidente do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Demóstenes Torres, Paulo Skaf, o governador do Paraná Beto Richa, também tucano e Eduardo Cunha, tanto quanto deram a candidatos petistas.
Fora os milhões que deram ao PSDB (Comitê Presidencial e Direção Nacional) e que foram repassados à campanha de José Serra e ou outros milhões que deram à de Geraldo Alckmin para o Governo do Estado. Até o PV, então Partido de Marina Silva, ganhou seu “milhãozinho”.
Todos receberam doações das mesmas empreiteiras, todas de valor significativo.
Mas umas foram propina, as outras “participação legítima da empresa no processo eleitoral”, o que é a situação hipócrita que se sustenta com o engavetamento promovido pelo Ministro Gilmar Mendes da decisão do TSE que proíbe dinheiro de empresas nas campanhas.
A delação premiada do Dr. Sérgio Moro produz uma meia-verdade obtida a partir ao encarceramento de empresários por meses.
Que aceitam dizer que deram a um como propina e silenciam – aliás, nem são perguntados – se aos outros que deram foi por amor.
Qualquer investigador perguntaria porque deram a outros partidos
Aqui, não.
Aqui a moralidade da mídia, bem como a apuração de seus jornalistas, é seletiva.
BACHAREL EM DIREITO É PRESO COBRANDO PROPINA EM CARTÓRIO
O bacharel em direito Edjan Gomes de Freitas (foto), 34 anos, foi preso em flagrante por policiais da Delegacia do Consumidor (Decon), cobrando R$ 1,5 mil de propina para liberar um inventário para um advogado. Edjan vinha agindo há pelo menos um ano num cartório na Boca do Rio e tinha acesso à documentação e uma sala com telefone e computador à sua disposição no local.
O titular da Decon, delegado Oscar Vieira Neto, disse que o advogado procurou a delegacia, que imediatamente encaminhou uma equipe para o local. O bacharel foi preso em flagrante por corrupção e usurpação de função pública, estando custodiado na carceragem da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), no Complexo Policial dos Barris.
Segundo a vítima, Edjan foi indicado pela própria responsável pelo cartório, tabeliã Rita Pimentel, que o identificou como o funcionário que iria atendê-lo. O advogado procurou o cartório para retirar uma escritura do processo de inventário, com o qual vinha trabalhando. Ao ser atendido por Edjan, a surpresa: a exigência de R$ 1,5mil para liberar a documentação.
A tebeliã Rita Pimentel, não estava no cartório no momento da prisão de Edjan, mas apresentou-se na unidade especializada, na manhã desta quinta-feira (11), sendo ouvida e liberada. Rita vai responder pelo crime de corrupção. A polícia busca agora identificar se há outros funcionários do cartório envolvidos no esquema e se houve favorecimento financeiro por parte deles.
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