:: ‘programa Corra pro Abraço’

Pessoas em situação de vulnerabilidade social, e que passam por processos de ressocialização na justiça, têm o auxílio do Programa Corra pro Abraço para ingressar no mercado de trabalho. Situações como a Evandro de Jesus da Silva, 22 anos, que conta com o Núcleo de Prisão em Flagrante do Programa Corra pro Abraço, da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e é estagiário do núcleo.

Evandro conta que conheceu o programa quando estava preso. “O juiz me deu a liberdade provisória com a condição de que eu participasse do Corra pro Abraço. Com o acompanhamento do programa, fui enviado para um centro de recuperação, onde passei nove meses, depois passei para um curso de redução de danos, de mais sete meses, do qual estou na etapa final. E agora comecei a estagiar aqui no órgão. Estou gostando bastante da nova perspectiva que a gente está criando a partir desta oportunidade”.

A coordenadora do Núcleo de Prisão em Flagrante do Corra Pro Abraço, Lucinéia Rocha, conta que 230 pessoas já foram encaminhadas para o programa pela justiça desde outubro de 2016. “Em um primeiro momento, acolhemos essas pessoas e encaminhamos para a rede de serviços a partir das necessidades delas, nas áreas de saúde, obtenção de documentos, assistência social, defensoria pública e para os programas que o Corra pro Abraço já tem. Entre eles, o curso de redução de danos. Já temos hoje três estagiários no núcleo que participaram desse processo”.

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O auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), na Praça da Piedade, em Salvador, reuniu interessados no debate sobre a redução de danos na manhã desta sexta-feira (9). Com o tema ‘Sujeitos, Territórios e Vulnerabilidade’, a mestre em saúde pública e doutora em ciências sociais Lumena Furtado realizou palestra de abertura da capacitação permanente para profissionais do programa Corra pro Abraço. O evento também atraiu psicólogos, assistentes sociais e outros trabalhadores da rede de atenção a pessoas em situação de rua e usuários de álcool e outras drogas.

Segundo a coordenadora do Corra pro Abraço, Jamile Carvalho, a palestra é o início de uma atividade continuada que vai durar um ano e meio. “Hoje são 80 trabalhadores no programa, trabalhando em três municípios diferentes: Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana. Essa formação vai se dar uma vez por mês. Mais do que formação, é um espaço de integração, de troca de conteúdos e entendimentos sobre populações vulneráveis, que vão desde moradores de rua até usuários de álcool e drogas nos bairros”.

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