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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘poema’

Perdão

 

Sione Porto

Nesta noite que abraça
O universo imenso
Aquela mágoa chorosa
Vem invadir o meu peito.

Amargo e triste destino
Que ainda me assombra
Se põe entre o céu e a terra
Com marcas de desespero.

São imagens que persistem
Pelo que te fiz sofrer,
Consumindo os meus dias,
Sem dar trégua ao meu viver.

Diz-me o que devo fazer
Para reverter esse mal
De forma definitiva
E acalmar meu coração.

Errei e sei que fui cega,
Mas hoje, tudo conspira
Para alívio de minha culpa,
Vim pedir o teu perdão!

Reminiscências

Sione Porto 

No meu coração ardente,
Guardei teu amor maduro
Como pérolas de conchas
Que retirei do escuro.
No teu olhar apaixonado
De quimeras e desejos
Depositei meus segredos
Guardados dentro do peito.
Do nosso imenso amor
Frutificou a paixão
E bela noite de inverno
Ficou no meu coração.
Protegida em teus braços
E percorrendo as ruelas
Procuramos belos fados;
Os ouvimos em A SEVERA.
Lembro-me bem, meu amor
Do teu olhar carinhoso
Já repleto de saudade
Sofrendo com meu retorno.
Sob o som de calma música,
Com anjos “esvoaçantes”,
Vivemos prazeres mútuos,
E hoje estamos distantes.

Perdão

Sione Porto

 

Nesta noite que abraça

O universo imenso

Aquela magoa chorosa

Vem invadir meu peito.

 

Amargo e triste destino

Que ainda me assombra

Se põe entre o céu e a terra

Com marcas de desespero.

 

São imagens que persistem

Pelo que te fiz sofrer,

Consumindo os meus dias,

Sem dar trégua ao meu viver.

 

Diz-me o que devo fazer

Para reverter esse mal

De forma definitiva

E acalmar meu coração.

 

Errei e sei que fui cega,

Mas, hoje, tudo conspira.

Para alívio de minha culpa,

Vim pedir o teu perdão!

 

Reencontro

Sione Porto

 

Mágico reencontro no frio aeroporto;

Tu, a esperar-me de anorak vermelho,

Enquanto aflitos, meus olhos te buscavam

Através dos espelhos… desespero.

Teus olhos brilhantes me enxergaram,

Docemente e feliz me aproximei.

Com sorrisos repetidos e surpresos

Meus braços amorosos te apertavam.

Em Fátima, à noite, sinos badalavam,

E eu retraída, no frio que sufocava,

Em teu peito, feliz, me abrigava.

Naquela noite de inverno e silêncios,

Permiti percorrer-me suavemente,

E fiz-me tua sobre rosas e lençóis.

Segredos

Sione Porto

 

Pergunto-me onde deixei a minha vida.

Vão-se os dias, noites, meses e os anos,

As indiferenças perdidas.

E o meu canto perdido, onde deixei?

Como responder sobre a minha vida?

Se tudo é secreto, arredio,

Nada escrito nesta melancolia.

Os dias e as noites nada representam

Cada palavra dita soa apenas com miragens

Não sei onde estou ou onde ficarei,

Se tudo está morto.

Vejo tão somente silêncio,

Eternidade, sonhos, frio e nostalgias.

Não sei onde estou…

 

Simbolismo

Sione Porto

 

Ah! Quem dera poder dizer

… as coisas que eu desejo

nas trevas deste penar…

Palpita tanta melancolia

… que às vezes, por ironia,

dorme junto comigo… Dorme meu penar!

Zombam sombras estranhas

nos relâmpagos fantasmáticos

vestidos brancos, luzes funestas

… suspiros deléveis embriagados de dor!

Dorme sono insano

… noites vagas… vagas sobre o luar.

Pobre Rio Cachoeira

Sione Porto

 

Menina, vi o Rio Cachoeira,

Belo e veloz, descer

Em busca do mar

Com seu verde e ondas vertiginosas,

E brilhar perto das margens,

Nos fazendo encantar!

Então, comigo pensava,

Quão magnífico, ó Rio Cachoeira,

Cheio de vida e amplexos,

Trazendo cardumes nas redes,

Peixes se multiplicando,

Para os pobres, alimentarem.

Menina, vi o Rio Cachoeira

Banhando as lavadeiras,

Que, após lavarem roupas tão alvas

Entoando sonoros cantos ribeirinhos,

Saíam com suas trouxas na cabeça,

Nos fazendo sonhar e sonhar.

Hoje, procuro o Rio Cachoeira,

De tanta beleza de outrora,

Mas apenas vejo sujeira

Dentro e nos seus arredores.

Povoado de garças sorrateiras,

Que triste é o Rio Cachoeira!

Será que ninguém ver o seu penar?

Antes tão absoluto e majestoso,

A deslizar nas ondas fortes,

Na sólida terra grapiúna,

Que hoje geme e sangra,

Querendo se recuperar.

Bravo Rio Cachoeira,

Estrela brilhante

Daqueles que o amam.

Certamente uma voz

Falará mais alto para salvá-lo,

E, como aquele que não foge à luta, sobreviverá!

 

Sione Porto

poema

Sócrates e o cálice de cicuta
Kant e a demência, insana e bruta.
Heráclito pai da dialética, o obscuro desvairado
Aristóteles banido de Atenas, filósofo amaldiçoado.
Giordano Bruno ardendo nas chamas da fogueira
Maquiavel lambendo botas, vida traiçoeira.
Pessoa, morre solitário, garrafas de vinho à mão
Florbela, suicida-se de tanto amor pelo irmão.
Descartes, metódico,escondia-se do mundo
Hobbes vítima de um medo medonho, profundo.
Mayakóvsky não suportou o peso da revolução
Mário de Sá-Carneiro o peso do coração.
Schopenhauer,depressão no grau mais alto
Deleuze joga-se da janela estalando no asfalto.
O desassossego bate à porta
abrir ou não abrir, o que de fato importa?
É preciso força e coragem para entender
a essência desta rápida passagem que é viver.
Ai como é linda a eterna infância
e como vive feliz o ser com a sua ignorância!

—-

Roseli Arrudha

poema

Ao começar
a escrever um poema
o dilema eterno
abertos estão 
o céu e o inferno.

Roseli Arrudha





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