:: ‘Petrobrás’
Deputados discutem situação da Petrobras na Bahia com governador Rui Costa
Os deputados estaduais Joseildo Ramos (PT), Rosemberg Pinto (PT) e Zé Neto (PT) se reuniram nesta terça-feira (21) com o governador Rui Costa para defender a manutenção dos investimentos da Petrobras na Bahia. Representantes do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) participaram da reunião e relataram a preocupação dos trabalhadores com a possível venda de ativos da companhia no estado. A atividade de petróleo e gás em campos terrestres é responsável por 7,5 mil empregos diretos e 16 mil empregos indiretos na Bahia, além de ter um forte impacto na economia do estado e dos municípios com arrecadação do ICMS e de royalties, respectivamente.
Deputados e petroleiros querem a intervenção do governador Rui Costa para evitar a perda de mais postos de trabalho e de recursos. Rui confirmou que vai reunir o presidente da empresa, o ministro de Minas e Energia e a ANP para discutir o assunto. Especialista e ex-diretor da companhia na Bahia, Antônio Rivas, apresentou estudos que indicam a possibilidade de existência de petróleo na camada pós-sal entre a Bahia e Sergipe.
“Foi uma reunião muito positiva. Tenho convicção que teremos um bom resultado a partir deste encontro, que ocorreu fruto de uma audiência pública que realizamos na Assembleia Legislativa, para discutir o assunto com a sociedade civil e entidades sindicais. Muito solícito, nosso Governador Rui Costa ouviu as nossas demandas e irá coordenar essa frente no Nordeste em defesa da Petrobras e da manutenção dos investimentos da empresa na nossa região”, declarou o líder do PT, deputado Rosemberg Pinto.
Senado cria comissão para analisar exploração do pré-sal pela Petrobras
O Plenário do Senado decidiu, na noite desta quarta-feira (8), criar uma comissão especial para analisar o Projeto de Lei do Senado (PLS 131/2015) que trata da exploração do pré-sal pela Petrobras. O projeto revoga a participação obrigatória da Petrobras no modelo de partilha de produção de petróleo da camada pré-sal.
A proposta de criar a comissão especial já havia sido encaminhada através de requerimento do senador Walter Pinheiro (PT/BA), desde a votação da urgência para analisar o projeto. No plenário, Pinheiro voltou a cobrar a retirada da urgência e a instalação da comissão, diante da existência de diferenças de posições sobre a proposta. Ele alertou para o risco de acelerar qualquer decisão sobre um tema que envolve uma empresa do tamanho da Petrobras, um dos principais vetores de desenvolvimento econômico e social do país.
“É preciso discutir a proposta sem o afogadilho com que foi colocado [o PLS], mas com o tamanho que a Petrobras deve ser analisada. O que está em debate não é apenas a Petrobras. O que está em debate é uma questão que envolve toda a nação. É fundamental que o Senado analise todas as matérias que tratam da Petrobras e construa a sua proposta”, lembrou Pinheiro.
A Comissão será formada por 27 senadores, a serem indicados pelos líderes, e funcionará por 45 dias contados a partir de sua instalação.
Dilma isenta Petrobrás: “malfeitos” investigados na Lava Jato foram feitos por funcionários, não empresas
(Reuters) – A presidente Dilma Rousseff procurou nesta sexta-feira isentar as empresas dos “malfeitos” investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, dizendo que foram cometidos por funcionários e que o governo trata dessa questão considerando a necessidade de geração de empregos e renda.
Questionada sobre a possibilidade das empresas envolvidas nas investigações fecharem um acordo de leniência com o governo para manter seus contratos de obras públicas e não serem declaradas inidôneas, Dilma disse que não cabia a ela comentar essa possibilidade.
Um ministro do governo disse à Reuters na quinta-feira, sob condição de anonimato, que já há consultas informais de algumas empresas sobre um possível acordo de leniência.
“O que o governo fará é tudo dentro da legalidade. Nós iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil”, disse a presidente na primeira conversa com jornalistas desde que assumiu o segundo mandato.
“Isso não significa, de maneira alguma ser conivente, ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer”, acrescentou a presidente.
A presidente citou especificamente a Petrobras, que está no centro de um escândalo bilionário de corrupção envolvendo funcionários, empreiteiras e políticos. Para Dilma, a empresa não pode ser tratada como se tivesse cometido irregularidades, que foram praticadas por funcionários seus.
“Os donos das empresas ou os acionistas das empresas serão investigados, porque a empresa não é ente que esteja desvinculado de ser acionistas”, disse.
“Eu não vou, por exemplo, tratar a Petrobras como a Petrobras tendo praticado malfeitos, quem praticou malfeitos foram funcionários da Petrobras que vão ter de pagar por isso”, disse a petista.
Rede Globo ´blinda´ FHC nas denuncias da Lava Jato
(do Brasil247) – O direcionamento no noticiário da Globo, emissora dirigida pelo herdeiro João Roberto Marinho, a fim de prejudicar o atual governo da presidente Dilma Rousseff, e apoiando, assim, a campanha pelo impeachment, está mais do que comprovado. Neste fim de semana, a diretora da Central Globo de Jornalismo, Silvia Faria, enviou o seguinte email a todos os chefes de núcleo da emissora:
“Assunto: Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre Lava a Jato
Atenção para a orientação
Sergio e Mazza: revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
O email foi divulgado pelo jornalista Luís Nassif neste domingo, em seu blog. O recado foi enviado após a veiculação de uma reportagem que procurou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para repercutir as declarações do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco – de que recebia propinas na estatal desde 1997, antes do governo Lula. Barusco prometeu devolver aos cofres públicos uma fortuna de US$ 97 milhões em dinheiro desviado.
No Jornal Nacional, a acusação de Barusco sequer foi divulgada, mas deu-se todo destaque ao comentário de FHC sobre o caso (assista aqui). O tucano assegurou que, no seu governo, as propinas eram fruto de negociação individual entre Barusco e os fornecedores. Já no governo Lula, eram fruto de acertos políticos.
Petrobrás: Graça e cinco diretores renunciam
A presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, e cinco diretores da empresa renunciaram ao cargo hoje (4). O Conselho de Administração da companhia se reúne na próxima sexta-feira para a escolha dos novos executivos que ficarão no comando da companhia.
A informação foi confirmada pela Bovespa em comunicado ao mercado. Na solicitação, a Bovespa pede esclarecimentos à Petrobras sobre notícias publicadas na imprensa sobre o fato de que o Palácio do Planalto já havia informado à presidenta da Petrobras, Graça Foster, de que ela seria substituída no cargo.
“Solicitamos esclarecimentos, o mais breve possível, considerando o comportamento das ações no pregão de hoje, diante das informações do afastamento da cúpula da Petrobras”, diz o pedido da Bovespa.
Diante disso, a Petrobras informou, em nota, à Bolsa de Valores de São Paulo: “Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”. (da agencia Brasil)
Os canalhas que querem destruir a Petrobrás
Por Mauro Santayanna
O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados, que deveria, desde o início do processo, ter afirmado que só faria a baixa contábil dos eventuais prejuízos com a corrupção, depois que eles tivessem, um a um, sua apuração concluída, com o avanço das investigações.
A divulgação do balanço há poucos dias, sem números que não deveriam ter sido prometidos, levou a nova queda no preço das ações.
E, naturalmente, a novas reações iradas e estapafúrdias, com mais especulação sobre qual seria o valor — subjetivo, sujeito a flutuação, como o de toda empresa de capital aberto presente em bolsa — da Petrobras, e o aumento dos ataques por parte dos que pretendem aproveitar o que está ocorrendo para destruir a empresa — incluindo hienas de outros países, vide as últimas idiotices do Financial Times – que adorariam estraçalhar e dividir, entre baba e dentes, os eventuais despojos de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.
O que importa mais na Petrobras?
O valor das ações, espremido também por uma campanha que vai muito além da intenção de sanear a empresa e combater eventuais casos de corrupção e que inclui de apelos, nas redes sociais, para que consumidores deixem de abastecer seus carros nos postos BR; à aberta torcida para que “ela quebre, para acabar com o governo”; ou para que seja privatizada, de preferência, com a entrega de seu controle para estrangeiros, para que se possa — como afirmou um internauta — “pagar um real por litro de gasolina, como nos EUA”?
Petrobrás bate novo recorde na produção de petróleo e gás
(da Agência Brasil)– Petrobras bateu recorde diário, mensal e anual de produção de petróleo e gás natural. O anúncio foi divulgado em nota, na noite de ontem (12), pela companhia. A produção total de petróleo e gás natural, em dezembro de 2014, no Brasil e no exterior, atingiu média de 2,863 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), melhor resultado já alcançado na história da empresa. O volume é 4,4% maior do que o registrado em novembro, que foi de 2,741 milhões de boed.
De acordo com a nota, a companhia bateu em dezembro seu recorde histórico de produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) no Brasil, ao alcançar média mensal de 2,212 milhões de barris de petróleo por dia (bpd). Este volume é 4,8% maior que o produzido em novembro, de 2,111 milhões de bpd.
Ao longo do ano, a produção da empresa no Brasil aumentou 15,4 %, passando da média mensal de 1,917 milhão de bpd, em janeiro, para 2,212 milhões de bpd em dezembro. A produção de óleo e LGN alcançada pela empresa no dia 22 de dezembro, que chegou a 2,3 milhões de barris de petróleo – maior volume em quatro anos – configurou novo recorde diário.
Petrobrás supera Exxon e é a número 1 do mundo
(Reuters) – A Petrobras tornou-se a maior produtora de petróleo entre as empresas de capital aberto no mundo, após superar a norte-americana ExxonMobil no terceiro trimestre de 2014, informou a petroleira estatal nesta quinta-feira.
A ExxonMobil produziu 2,065 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no terceiro trimestre, segundo o balanço da companhia, enquanto a Petrobras produziu 2,209 milhões de barris/dia no mesmo período.
Quando somadas as produções de óleo e gás, a Petrobras ainda ocupa a quarta posição no ranking, ponderou a estatal.
A notícia positiva acontece em um momento em que o preço do petróleo atingiu mínima de diversos anos no mercado internacional, reduzindo a receita com a venda do produto no exterior, enquanto a companhia ainda é alvo de acusações de envolvimento em esquemas de desvio de dinheiro.
Apesar do cenário ruim, que tem feito as ações da Petrobras sofrerem na bolsa, a empresa comemora um bom momento de resultados operacionais, após diversos atrasos na entrada em operação de plataformas.
De acordo com a petroleira, ela também foi a empresa que mais aumentou a sua produção de óleo, tanto em termos percentuais quanto absolutos, em 2014 até setembro.
“Nos nove primeiros meses de 2014, a Petrobras e a ConocoPhillips foram as únicas empresas de capital aberto que registraram aumento de produção de petróleo”, afirmou a estatal. “No caso da Petrobras, esse aumento foi de 3,3 por cento e, da Conoco, de 0,4 por cento.”
A Petrobras destacou ainda que bateu novo recorde de produção, de 2,286 mil bpd de óleo, em 21 de dezembro, e frisou que atingiu no pré-sal do Brasil, junto com outras petroleiras, o recorde de 700 mil bpd em 16 de dezembro.
Segundo a companhia, em 2014 foram adicionados 500 mil bpd de capacidade, com a entrada em operação de quatro novas unidades de produção.
“Esse volume será gradativamente incorporado à produção, garantindo que em 2015 a empresa continue aumentando a produção de óleo e gás”, afirmou.
Entretanto, a P-61, uma das plataformas programadas para o ano passado, que inicialmente entraria em operação em 2013 no campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos, não havia começado a produzir até o final de dezembro.
O crescimento na produção em 2014, após pesados investimentos nos últimos anos, ocorreu depois de dois anos de recuo na extração no Brasil.
Em sua última previsão, a estatal previu elevar a produção de petróleo no país entre 5,5 e 6 por cento em 2014, abaixo da meta de 7,5 por cento traçada inicialmente no ano passado, em meio a atrasos na entrega de equipamentos.
Globo já usou ´empresa de papel`para não falir
(do Brasil247) – O grupo Globo, que neste fim de semana acusou a Petrobras, em mais um escândalo artificial, de usar uma “empresa de papel” na obra do Gasene, o gasoduto do Nordeste, utilizou estrutura semelhante, em 2004, para receber uma injeção de recursos do grupo mexicano Telmex, do bilionário Carlos Slim, para salvar a NET e escapar, ela própria, a Globo, do risco de falência que rondava o grupo naquele ano
Na denúncia do fim de semana, que já alimenta novos pedidos de CPI contra a Petrobras, foi utilizada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), como acontece em parcerias entre grupos privados ou em parcerias público-privadas, as PPPs. No caso do Gasene, a SPE seguiu parâmetros normais de mercado (leia aqui a legislação aplicável a esse tipo de operação e também aqui a resposta da Petrobras).
Curiosamente, foi também por meio de uma SPE que o grupo Globo, dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, recebeu uma injeção de capital do grupo mexicano Telmex para salvar da falência a Net (empresa de TV a cabo do grupo) e a própria Globopar (Globo Participações), em 2004 – naquele ano, altamente endividadas em dólar, as empresas dos Marinho renegociavam suas dívidas com credores num calote técnico.
A operação da SPE utilizada no resgate da Net, no entanto, não foi totalmente regular – como aconteceu no caso do Gasene. A da Globo driblou a legislação sobre o controle acionário de empresas de comunicação no Brasil. A formação da SPE Globo-Telmex foi divulgada pela imprensa em julho e comunicada ao mercado pela NET em “fato relevante” de outubro daquele ano (leia aqui o fato relevante e aqui reportagens do Observatório da Imprensa sobre o drible na lei feito pela Globo e pelos mexicanos).
A denúncia vazia do Globo, neste fim de semana, já atiça parlamentares da oposição, que propõem uma CPI da Petrobras (leia aqui). Não seria o caso de se investigar a ‘empresa de papel’ usada pelos Marinho e pelo bilionário Carlos Slim?