:: ‘Papa Bento 16’
Dilma manda mensagem a Bento 16 e diz que respeita “decisão de renunciar”
No último dia de Bento 16 como papa, a presidente Dilma Rousseff enviou nesta quinta-feira (28) mensagem de respeito à decisão de renúncia e destacou a realização da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro, assim como a visita que ele fez ao Brasil, em 2007. A nota da presidente foi divulgada no começo desta manhã
— Ao findar seu papado, manifesto o meu respeito pela decisão de Vossa Santidade de renunciar à Cátedra de São Pedro. Desejo que essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz.
O texto pode ser lido na íntegra no blog do Palácio do Planalto.
Em seguida, Dilma destaca na mensagem boa relação do Brasil com a Santa Sé.
— Na oportunidade, recordo os gestos de apreço com que o meu país foi distinguido nesses últimos anos. São marcos históricos no relacionamento entre a Santa Sé e o Brasil.
Bento XVI diz que renuncia exigiu coragem e pede orações para seu sucessor
(Renata Giraldi/Agência Brasil) Na sua última audiência geral como papa, Bento XVI, de 85 anos, justificou hoje (27) a decisão de renunciar, alegando que suas “forças tinham diminuído”, nos últimos meses. Também disse que um papa nunca “está sozinho” e agradeceu a cada um que o apoiou, nos oito anos de pontificado. Segundo Bento XVI, sua decisão foi consciente e baseada na coragem de tomar “decisões difíceis”. O papa pediu ainda que sejam feitas orações para seu sucessor e os cardeais que participarão do conclave, quando será escolhido o próximo pontífice.
“Dei esse passo em plena consciência da sua gravidade e novidade”, ressaltou o papa, sendo aplaudido, inclusive de pé, por cardeais e bispos, além do público de cerca de 200 mil pessoas, segundo o Vaticano. “Ter coragem de fazer escolhas difíceis é ter sempre dentro de si o bem da Igreja”, acrescentou. O papa deixará o pontificado amanhã (28).
A celebração foi acompanhada por fiéis de vários países, inclusive brasileiros que seguravam bandeiras do Brasil. A Praça São Pedro foi cercada por um forte esquema de segurança. Na primeira parte da cerimônia, houve em uma saudação em vários idiomas, inclusive português de Portugal: “Damos graças a Deus orando continuamente”.
Bento XVI foi aplaudido ao pedir orações durante o conclave, quando será escolhido o próximo papa, e pelo seu sucessor. “Orem pelos cardeais e pelo sucessor de Pedro [aquele que ocupa o pontificado é chamado de papa e sucessor do apóstolo Pedro]”, disse. “Os cardeais [reunidos no conclave] terão uma tarefa relevante.”
Papa Bento 16: “renuncia não significa isolamento”
“Deus me pediu para dedicar-me à oração e à meditação”, afirmou neste domingo o papa Beto 16 para milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro para sua última oração do Angelus como pontífice, mas ele completou que não abandonará a Igreja.
Com a voz marcada pela emoção e interrompido pelos aplausos, o papa declarou: “Neste momento de minha vida, sinto que a palavra de Deus está dirigida a mim. O Senhor me chama a subir ao monte, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação”.
Mas, mesmo fora do comando da Igreja Católica, o papa disse que estará sempre junto e próximo aos fiéis e à Santa Sé em “oração”. “Isso não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é para que eu possa continuar a servi-la do mesmo modo dedicado com que o fiz até agora, mas de acordo com a minha idade e as minhas forças”, disse Bento 16.
O pontífice reforçou o valor da oração, que, segundo ele, dá fôlego a vida espiritual. “Orar não é isolar-se do mundo e de seus problemas, mas tomar o caminho da ação.” Ao fim, agradeceu ainda aos fiéis pelas orações dedicadas a ele e à igreja nesta fase de transição. O agradecimento foi feito em sete diferentes idiomas, entre eles alemão, italiano, polonês, espanhol e português.
“Obrigado pela presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações que estão me acompanhando todos esses dias.” Cerca de 200 mil fiéis, peregrinos e turistas acompanham a cerimônia para se despedir do pontífice alemão. (do UOL}
A renúncia do Papa
Dom Ceslau Stanula
O mundo foi surpreendido nesta histórica data 11 de fevereiro 2013. Como o raio do céu caiu a notícia vindo do Vaticano, que o Papa Bento XVI renunciou como Bispo de Roma e sucessor de São Pedro.
O mundo católico recebeu esta notícia com surpresa. O Papa renunciou, e nós aceitamos este fato no espírito de fé.
Renúncia de um papa não é o fato isolado na Igreja. Na verdade, alguns papas na História da Igreja renunciaram também: Ponciano, em 235; Celestino V, em 1294; Gregório XII, em 1415. O Bento XVI é o quarto papa que renuncia o papado.
A renúncia está prevista no Código do Direito Canônico tanto da Igreja Romana como Oriental. No cânon 332 §2 lemos: “Se acontecer que o Romano Pontífice renuncie a seu múnos, para a validade se requer que a renúncia seja livremente feita e devidamente manifestada, mas não que seja aceita por alguém.”
Agora o mundo invade uma onda gigante de especulações sobre o motivo que levou o Papa a este ato. Segundo a assessoria da imprensa do Vaticano, apresentada pelo Pe. Lombardi, o peso do pontificado teria levado o Papa a esta decisão. Esta excluída a hipótese de alguma doença grave a não ser a que está com a idade avançada. Para entender melhor os motivos que levaram o Papa a esta decisão escutemos o que ele mesmo fala no documento apresentado aos cardeais. O texto original está em latim, mas publicamos aqui na tradução portuguesa.
Papa Bento 16 diz não ter mais forças e renuncia ao Pontificado
O Papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) a renúncia ao pontificado, segundo o Vaticano. Ele deve deixar o posto em 28 de fevereiro. Em comunicado, feito em latim durante uma assembleia de cardeais na qual se discutia um processo de canonização, Bento 16 disse que deixará o cargo devido à idade avançada, por “não ter mais forças” para exercer a função.
“Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino”, disse o papa em um surpreendente anúncio durante o consistório para marcar as datas de canonização de três causas.
O pontífice, que completará 86 anos em abril, afirmou que “no mundo de hoje (…), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado”. “Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro”, acrescentou o papa.
Esta é apenas a segunda vez que um Papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado. O cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. Aos 78 anos, ele foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa.
WAGNER VAI A ROMA E TEM ENCONTRO COM O PAPA
O governador Jaques Wagner está em Roma, na Itália, a convite do Congresso Judaico Latino-Americano, entidade que reúne comunidades judaicas da América Latina, para se reunir com o papa Bento XVI, a fim de estreitar os vínculos entre judeus e católicos da região. O governador Wagner fará parte da reduzida delegação que participará da audiência privada que o Congresso Judaico Latino-Americano manterá com o Papa Bento XVI, na quinta-feira (10), no Vaticano.
O convite à entidade foi feito pelo papa Bento XVI, que reconheceu a importância do diálogo inter-religioso e do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Congresso Mundial Judaico (CMJ), federação internacional que reúne e representa as comunidades judaicas e organizações em todo o mundo.
As comunidades judaicas latino-americanas vivem em um espaço preponderantemente católico, onde a Igreja tem um importante lugar na construção social e onde a relação entre judeus e católicos é um exemplo de convivência. O CMJ foi fundado em Genebra, em 1936, para unir judeus e mobilizar o mundo contra a investida nazista. É formado por mais de 80 comunidades organizadas em cinco estruturas regionais – América do Norte, América Latina, Europa, Euro-Ásia e Israel.
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