:: ‘Oreste Bonaldi’
Todo dia termina com o mistério da noite, de Oreste Bonaldi
Se existe um recurso que pode resumir a magia da fotografia, é a luz. Há nela uma multiplicidade de possibilidades que permite ao profissional da área manifestar os seus sonhos de múltiplas maneiras. Por meio daquilo que se deseja mostrar e como isso é revelado, as imagens ganham os mais diversos sentidos.
A imagem postada em @oreste.bonaldi com o texto “Todo dia termina com o mistério da noite” transmite justamente o conceito que a luz ocupa também um papel central quando se pensa nos significados do dia e da noite. É quando o sol começa a descer em direção à linha do horizonte que as luzes artificiais são acesas – e o mistério começa a ser instaurado.
Surge, sem a luz natural, uma nova luz, aquela captada pelo cérebro humano, seja a partir de uma fogueira, de uma chama ou da eletricidade. Perante essas novas formas de luz, o mundo adquire novas características. Podem ser inesperadas, inusitadas, poéticas, sombrias – diferentes.
O maior enigma da fotografia, além da composição do olhar do artista visual que a cria, está justamente nas maneiras de lidar e conceber a luz para desvendar novos mundos, sejam eles concretos ou simbólicos, aparentemente claros e visíveis ou sutilmente delicados e invisíveis.
Oscar D’Ambrosio é Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em Artes Visuais, jornalista e crítico de arte.
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