:: ‘negra’
Live discute apoio para mãe, negra, indígena, trans, LGBT empreendedora
Nesta segunda-feira(5), às 19h30min será realizada uma conversa para apresentar e tirar dúvidas de empreendedoras do Sul da Bahia que tenham interesse em participar da Aceleradora e Fundo de Crédito @arretadasuesc e também de mentoras que tenham interesse em atuar como voluntárias do Projeto. A live “Vem com a gente @arretadasuesc” será liderada pela professora Katianny Gomes Santana Estival(DCAC/Uesc). O projeto, Aceleradora de Empreendimentos das Mulheres do Sul da Bahia é voltado para empreendedora mãe, negra, indígena, trans, LGBT, com um negócio ativo há pelo menos um ano, será apoiado pelo Programa 92y Ford Fellowship @fordfellowship @givingtuesday e executado pelo @epec_uesc @uesc.oficial.
A meta é apoiar 20 empreendedoras informais e MEi´s do Sul da Bahia, com assessorias gratuitas para os seus negócios durante os meses de outubro à dezembro e possibilidade de acesso à capital facilitado para investimento responsável, assessorado e sem exploração através de pequenos fundos de crédito para investimento em seus negócios, com juros zero e prazos de carência ampliados para o reinvestimento nas ações sociais da aceleradora.
“A Casa Grande surta”: negra, pobre e de escola pública passa em 1º. lugarno Vestibular de Medicina da USP
Da Revista Fórum – Saímos de uma semana triste e especialmente desoladora para a medicina, quando alguns médicos sujaram profissão tão nobre tripudiando da doença de Dona Marisa chegando até a sugerir a sua morte. Mas hoje voltamos a festejar o futuro: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”. Esta é a frase que abre a conta do Facebook de Bruna Sena, primeira colocada em medicina na USP de Ribeirão Preto, a vaga mais concorrida da Fuvest – 2017, o vestibular mais concorrido do país.
Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.
O apelo da mãe, entre a felicidade e o espanto, é ainda mais dramático: “Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade”. Abandonada pelo marido, Dinália Sena, 50, sustenta a menina Bruna desde que ela tinha 9 anos, com um salário de R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado.
Bruna acredita que será bem recebida pelos colegas e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. “Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas”, diz a caloura.
“Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidades de vida iguais.”
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