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Dilma diz que Golpe é ameaça às conquistas sociais
No mais duro pronunciamento já feito em seu governo, a presidente Dilma Rousseff bateu duro no golpe em curso no País e mandou recados tanto para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como para o vice-presidente Michel Temer.
“Meu nome não está em nenhuma lista de propina”, afirmou Dilma, que disse ser vítima da “maior fraude jurídica e política da história de nossa país”.
Sobre Temer, ela fez um alerta. “Os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será preciso pedir sacrifícios à população brasileira. Com que legitimidade?”.
Ela denunciou ainda a tentativa de entregar a força o pré-sal às empresas estrangeiras e abolir programas sociais, como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida. “Fora do voto, qualquer governo será a tirania. Tirania dos mais fortes, dos mais espertos, dos mais ricos, dos mais corrutos”.
Assista a íntegra:
Frente contra o Golpe tem apoio de 186 deputados
(Brasil 247)-A deputada Luciana Santos, presidente do PCdoB, protocolou nesta quinta-feira 14 uma Frente Parlamentar em Defesa da Democracia – documento contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff que recebe a assinatura de 186 deputados.
O número é maior do que o suficiente (172, contando abstenções) para barrar o impeachment, que será votado no próximo domingo 17 pela Câmara dos Deputados. O documento foi articulado pelo ex-presidente Lula junto aos deputados. Há ainda a assinatura de 30 senadores.
Mais cedo, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o governo continua otimista sobre a votação. “Todos nós sabemos que as bancadas estão muito divididas. Poucos partidos já estão decididos 100%. No mais é jogada para mídia. Temos segurança do trabalho que fizemos esses dias todos. Não tem risco de termos menos de 200 a 216 votos”, afirmou nesta quinta.
Assembleia Legislativa debate reforma agrária e faz “ato contra o golpe”
A Assembleia Legislativa da Bahia realiza nesta quinta-feira (14), às 9 horas, no plenário da Casa, uma sessão especial pela Reforma Agrária que lembra o assassinato de 19 trabalhadores rurais pela Polícia Militar no sudeste do Pará, em 1996. O episódio conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás completa 20 anos no próximo domingo (17), Dia Internacional de Luta pela Terra e Justiça no Campo.
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública, deputado estadual Marcelino Galo (PT), a atividade, que contará coma presença do dirigente da Frente Nacional de Lutas, Zé Rainha, e de movimentos sociais, homenageará o Projeto Integrado de Pesquisa “A Geografia dos Assentamentos na Área Rural” (GeografAR), da UFBA, e terá também “um ato em defesa da democracia e contra o golpe branco em curso no Brasil”.
“O evento, que reunirá assentados da reforma agrária, sem terra, sem teto, povos do campo, comunidades quilombolas, movimentos sociais da pesca e da cidade, reforça nossa luta pela terra, por reforma agrária e justiça no campo. Temos o entendimento de que é preciso avançar com a reforma agrária que, infelizmente, segue parada no Brasil contribuindo, assim, para que as desigualdades e a violência persistam em nossa sociedade.
Com a tentativa de golpe empreendida pela direita, esse quadro pode piorar significativamente no país”, alerta Galo, que criticou a prisão do cacique Babau, em Olivença, no sul da Bahia, o assassinato de dois sem terra e o atentado contra nove pessoas, feridas a bala, por policiais militares do Paraná também na última quinta-feira (7).
“Há uma tentativa evidente de criminalizar os movimentos sociais, de encurralar e amedrontar lideranças sociais que fazem uma luta justa e legítima por direitos que historicamente foram negados a maioria da nossa população pelo Estado brasileiro e pela elite preguiçosa. É preciso, portanto, compreender o momento histórico que estamos vivendo e empreender a luta democrática contra o golpe, por justiça e mais avanços nas conquistas sociais”, endossou Marcelino Galo, que foi superintendente do INCRA entre 2003 e 2005.
Lider do MST anuncia ´acampamento gigante` contra o Golpe
O líder do Movimento dos Sem-terra, João Pedro Stédile, anunciou que, a partir do dia 10 de abril, o MST e diversos movimentos sociais iniciarão um acampamento gigante na Esplanada dos Ministérios em contraponto ao golpe que será votado na Câmara.
Embora acreditem que o impeachment já esteja praticamente enterrado, os movimentos querem ‘abrir caminho’ para que milhares de militantes cheguem em caravanas e se instalem no Congresso.
“Vamos vencer o golpe nas redes, no Parlamento e nas ruas!”, dizem.
Chico Buarque e Wagner Moura convocam para ato contra o Golpe
Em manifesto divulgado nesta terça-feira (5), cinco figuras conhecidas do meio artístico e intelectual brasileiro convocam para uma manifestação em defesa da democracia no próximo dia 11, às 17h, na Lapa, no Rio de Janeiro. No mesmo dia e horário, está prevista a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela comissão especial da Câmara, em Brasília. Para eles, o processo de impeachment é um “golpe de Estado” movido pelos “ressentidos da derrota” e pelos “aventureiros do desastre”. O texto é assinado pelo compositor e cantor Chico Buarque, pelo ator Wagner Moura, pelo teólogo Leonardo Boff e pelos escritores Fernando Morais e Eric Nepomuceno.
Os cinco alegam que, embora tenham opções ideológicas, políticas e eleitorais diversas, estão unidos em defesa de uma causa. “Nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. O respeito à vontade da maioria. O respeito à diversidade de opiniões.”
No texto, eles reconhecem que o impeachment é um mecanismo constitucional, mas criticam o “uso indevido e irresponsável” da Constituição para amparar o afastamento de Dilma. “E é precisamente por isso, pelo respeito à Constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. Quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de Estado.”
Ainda no manifesto, os artistas e intelectuais fazem referência à importância da democracia e aos efeitos nefastos da ditadura militar. “Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo – a este e a qualquer outro.Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada”, afirmam. “Estamos reunidos para defender o presente. Para espantar o passado. Para merecer o futuro. Para construir esse futuro. Para merecer o tempo que nos foi dado para viver”, escrevem.
Leia a íntegra do manifesto:
Rui diz que mundo está assustado com intolerância no Brasil e pede respeito à democracia
“O mundo está assustado”. A declaração é do governador da Bahia, Rui Costa, sobre o momento político que atravessa o Brasil. Neste final de semana, Rui disse que durante a viagem que fez recentemente a China, “as pessoas perguntavam de forma assustada sobre o que estava acontecendo no Brasil”.
“Estamos vivendo um ambiente que já chama a atenção do mundo pela intolerância e pela falta de harmonia”, afirmou. Para Rui, este é o momento dos políticos demonstrarem mais amor pelas pessoas do que pelas siglas partidárias e defendeu a continuidade do governo da presidente Dilma Rousseff. “Numa democracia sólida, o maior valor é o valor do voto e da legalidade da Constituição. Isso tem que ser respeitado”.
“Se toda esta confusão tem um saldo positivo é ter colocado um ponto final no financiamento privado de campanha”, reconheceu Rui. Para ele, esta medida abre uma nova página da democracia para que ela não seja dependente das empresas.
O povo na rua: não vai ter Golpe
Manifestações em defesa da democracia e do mandato da presidente Dilma Rousseff estão acontecendo em várias capitais e cidades do País, como Brasília, São Paulo, Rio, Recife, Fortaleza, Aracaju e outras; em Brasília, multidão se reuniu em frente ao Estádio Mané Garrincha e seguiu para a Esplanada dos Ministérios; em São Paulo, a concentração foi na Praça da Sé; segundo organizadores, já são 500 pessoas nos atos espalhados pelo país; no exterior, brasileiros também se manifestam contra a ruptura da democracia em Amsterdam (Holanda), Barcelona (Espanha), Berlim e Münster (Alemanha), Lisboa e Coimbra (Portugal), Copenhagen (Dinamarca), Londres (Inglaterra), Nova York (EUA); em Paris, cerca de 200 brasileiros se manifestaram.
Torcidas do Vasco e Flamengo se unem: “não vai ter golpe”
Duas torcidas rivais históricas, vascaínos e rubro-negros, se uniram em uma partida no estádio Mané Garrincha, nesta quarta-feira, em Brasília, em defesa do governo Dilma Rousseff. Os torcedores dos dois lados levantaram uma faixa com a mensagem:
‘Não vai ter golpe…vai ter luta! Torcedores unidos pela democracia’.
O jogo terminou 1×1, mas quem venceu mesmo foi a Democracia.