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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Muito discurso e pouca leitura’

Muito discurso e pouca leitura

João Palma

joão palmaNão há o que contestar quando tratamos da importância da leitura no processo de aprendizado e na formação de uma sociedade do conhecimento por meio da informação, condição básica para qualquer Nação tornar-se desenvolvida.

Parece óbvio o texto acima, mas vale repetir o alerta: cresce de maneira assombrosa o número de pessoas, jovens em sua maioria, que não tem qualquer constrangimento ao anunciar que não gostam de ler e, pior, não leem.

Não é possível imaginar candidato a emprego ou aluno disputando vaga na universidade, tendo que preencher formulário ou responder questionário sem conseguir compreender o que nele vai escrito. E estas são realidades de um país que imagina ter acordado o gigante adormecido. Com discursos eloquentes, mas práticas ridículas é que não o acordaremos mesmo.

Ninguém deu a mínima para a observação cruel mas verdadeira de Angel Gurriá sobre o fato de “o Brasil não ser um bom exemplo em educação”. Gurriá era o secretário geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, a OCDE, organismo que realiza um respeitado teste de avaliação de alunos, o PISA, em ciências, matemática e leitura. O Brasil sempre ocupa as últimas posições.

A Unesco, outro organismo das Nações Unidas, define como analfabeto funcional o individuo que sabe ler e escrever o próprio nome, assim como lê e escreve frases simples e efetua cálculos básicos, mas é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades do dia a dia.

Os índices, infelizmente, tendem a piorar anunciando um desastre social de consequências trágicas. Nenhuma Nação se fez grande e desenvolvida sem ter produzido (e continuar produzindo) leitores em larga escala. O Brasil precisa trilhar esse mesmo caminho caso queira alcançar algum estágio satisfatório de desenvolvimento, sem ser aquele arremedo de país rico de povo pobre.

Enquanto as autoridades se contentam em divulgar índices medíocres de desempenho na educação, vamos acreditando que está tudo bem com nossas crianças desde que recebam merenda e estejam em escolas com os muros bem altos. O conhecimento… ora o conhecimento! Educação, infelizmente, não frequenta a lista de preocupações do eleitor na hora de decidir o voto e, curiosamente, educação e saúde são os dois itens mais mencionados pelos candidatos a cargos eletivos. Pode reparar.

A leitura precede o aprender.

 

*João Palma é o idealizador da mobilização nacional pela leitura diadelertododia

 

 

 





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