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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘mudanças climáticas’

Seagri publica portaria do Plano ABC + Bahia para adaptação às mudanças climáticas na agropecuária

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) do Estado da Bahia publicou, no Diário Oficial da última quarta-feira (13), a Portaria nº 013/2024, instituindo o Plano ABC+ Bahia, (veja). A medida visa impulsionar o desenvolvimento sustentável da agropecuária baiana, priorizando a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. O lançamento oficial do Plano ABC+ Bahia está marcado para ocorrer durante a Bahia Farm Show, entre os dias 11 e 15 de junho, na cidade de Luiz Eduardo Magalhães, região Oeste do estado.

 

“Através desta portaria, estabelecemos metas ambiciosas para a recuperação de áreas degradadas, adoção de sistemas sustentáveis de produção e uso de tecnologias inovadoras. O Governo do Estado assume o compromisso com o futuro sustentável da agropecuária baiana, no combate aos efeitos das mudanças climáticas”, enfatizou o Secretário da Agricultura, Wallison Torres.

 

O Plano ABC+, também conhecido como “Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, Plano de Agricultura de Baixo Carbono”, é uma iniciativa estratégica do Governo do Estado da Bahia, em articulação com instituições do setor público e privado, sendo coordenada pela Seagri. Seu objetivo é enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas no setor agropecuário. Vigente no período de 2020 a 2030, busca consolidar práticas agrícolas resilientes, produtivas e ambientalmente responsáveis, fundamentadas em pesquisas científicas.

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Fim do mundo em banho maria

André Maynart

 

Numa manhã de abril, você, leitor, acorda. São 7 horas da manhã de um dia de outono. O clima do dia anterior foi agradável: não passou dos 25 graus, com uma pancada de chuva. Tão agradável que você não ligou o ventilador. Mas hoje não é o despertador que lhe acorda, e sim o suor que encharca suas roupas, a certeza de que suas veias são tubos de vapor, um ar de sauna por toda a casa, um calor impressionante! Você pula o café e toma o que deveria ser um banho gelado, e a água sai tão quente que arde a sua pele. Depois de alguns minutos em que beira o desmaio, você coloca as roupas e vê a previsão do tempo: 50 graus! Às 7 da manhã!

Os portais de notícia anunciam: Aconteceu o aquecimento global. Depois de anos sendo anunciada, a mudança climática realmente veio e, a partir de hoje, os dias serão escaldantes, as solas dos sapatos se derreterão, se poderão fritar ovos na calçada, os animais morrerão e a extinção humana acontecerá. Alguns dizem que ouviram 7 trombetas ao acordar.

Não é um armagedom que os líderes mundiais advertem que vai ocorrer, mas a impressão que dá, ao falar em um evento devastador e irrevogável, é que tudo irá ocorrer num período curto de cataclismo. Não culpo os governos e ONGs por essa impressão, até porque é difícil não apresentar como se apresenta o Juízo Final o maior candidato ao apocalipse. Mas é um prato cheio pros conspiracionistas apontarem a incongruência entre os alertas climáticos e a presença de um mundo vivível – como pode existir um aquecimento global se não estamos nos arrastando, derretidos como gosmas, pelas ruas? Mas olhe só, ainda temos inverno! O clima ainda esfria! A Terra ainda é habitável! O verão ainda acaba!

Por mais que seja necessário transmitir a urgência da crise ambiental, essa abordagem tem uma desvantagem clara: pessoas comuns ouvem, vêem e lêem sobre um tal aquecimento global, que, em toda sua iminência e potencial catastrófico, não chega nunca. Ainda faz frio no inverno, ainda faz um calor aceitável no verão. Ninguém vê, ouve, cheira, consegue tocar num aquecimento global. E, quando elas lêem sobre as mil e uma medidas que devem ser tomadas para evitá-lo – meu Deus, eu tenho que me desfazer do meu carro? Não posso tomar banho por mais de 5 minutos? -, as respostas que elas encontram ou é a ignorância voluntária ou é o conspiracionismo.

É como a fábula do sapo na panela de água fervente: a água vai esquentando, esquentando e não se percebe. A ebulição da água, o dia do cataclisma ainda não chegou. E essa água quentinha continua agradável.

Enquanto ondas de calor vão varrendo o globo, não hesitam em mostrar que, surpreendentemente, já houve outras ondas de calor no passado. Enquanto as secas assolam o mundo, eles falam que secas não são nada novo. Enquanto tragédias acontecem, como as inundações no Paquistão – um terço do país esteve inundado! – e no sul da Bahia ano passado, e as chuvas no litoral norte de São Paulo recentemente, consideram insensíveis e politicamente motivadas qualquer menção à tal mudança climática. Como se pode falar dela em frente a essas tragédias? O que tem a ver a mudança do clima com um fenômeno climático?

O desastre sobre o qual tanto se fala já começou. Não como a vinda de um meteoro seguido de rápida extinção, mas como se o mundo estivesse sendo cozido em banho maria. Passar essa mensagem e apontar os indícios é muito mais difícil que falar em tom profético sobre o fim iminente.
Ah! E, na fábula, o sapo acaba morrendo.

 

 





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