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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘Marco Polo del Nero’

O jogo (sujo) da impunidade

Daniel Thame

 

daniel charge cuba zapA Polícia Federal prendeu  os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda  e Agnelo Queiroz  e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, que ocupava o cargo de assessor do ainda presidente Michel Temer.

Os três são alvo de uma investigação de um esquema de corrupção na reforma do estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, utilizado para a Copa de 2014 e que, a exemplo de outros estádios como os de Cuiabá, Manaus e Natal, se transformou num imenso e dispendioso elefante branco.

Verdadeiros monumentos à corrupção, plantados neste solo tropical, onde a roubalheira parece endêmica, desde que Cabral aqui aportou e Camões avisou ao Rei de Portugal que nesta terra em se plantando tudo dá.

E em seu roubando, dá mais ainda.

O Estádio Nacional (suprema ironia, Mané Garrincha, que lhe dá o nome, morreu bêbado e pobre) deveria custar R$ 600 milhões mas custou R$ 1,575 bilhão. Um ´superfaturamentozinho´ de apenas R$ 975 milhões.

Agnelo, Arruda e Tadeu não uma das pontas de um esquema que transformou a Copa num espetáculo para o torcedor (tirante aquele 7×1 que a Alemanha sapecou no Brasil) e numa maravilha para a ladroagem, que se esbaldou nos bilhões que o poder público investiu no evento.

jogo sujoMas, sabe-se lá porque que mistérios, há uma ponta que parece imune a todas as denuncias, apesar de uma CPI comandada por Romário ter revelado podridão e ladroagem em larga escala.

Trata-se da gloriosa (sic) Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, cujos dirigentes contam com uma espécie de blindagem.

Ricardo Teixeira, ex-presidente, e Marco Polo del Nero, atual presidente, são citados em várias estripulias. Teixeira, inclusive, chegou a devolver à FIFA parte do dinheiro surrupiado.

No Brasil, continuam serelepes, leves e soltos. E daqui não saem, daqui ninguém lhes tira, porque sabem que se saírem do país, correm o risco de serem presos, como aconteceu com o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, encalacrado com a Justiça dos EUA.

Já que o Brasil, ainda que com os excessos de um judiciário cada vez mais fora de controle e com claros atropelos à Constituição, está sendo passado a limpo, a faxina deveria chegar à CBF e a seus próceres agatunados. Moralizar o mundo da bola, que mexe com a paixão de milhões de brasileiros.

Mas, por ora, ainda não chegou.

E nem se sabe se vai chegar…

Um momento, por favor!

 

Daniel Thame

daniel na TVI 3 A decisão da Copa do Brasil entre Palmeiras e Santos mostrou que futebol é momento, embora para alguns o tal momento dure mais e para outros dure menos.

Lembremos que nas semifinais o Santos passou como um bólido de Fórmula 1 pelo São Paulo e seu futebol Fusquinha 66, enquanto que o Palmeiras suou sangue para passar pelo Fluminense na loteria dos pênaltis.

Naquele momento, mesmo com o Corinthians liderando o Brasileiro, que por sinal conquistou com os dois pés nas costas, o Santos jogava o mais vistoso futebol do país, com um meio campo criativo comandado por Lucas Lima e um ataque letal, com o artilheiro Ricardo Oliveira.

Naquele momento, o Palmeiras primava pela irregularidade, a ponto do técnico Marcelo Oliveira ter seu cargo ameaçado.

Foi ai que o Santos, por conta dos jogos da Seleção Brasileira nas Eliminatórias, aceitou adiar a decisão da Copa do Brasil por 30 dias, achando que passar pelo Palmeiras era mera formalidade.

Ou que seu momento mágico não tinha prazo de validade.

Tinha. Um mês foi suficiente para o Palmeiras se tornar um time competitivo, nenhuma maravilha da bola, mas capaz de lutar de igual para igual com o Santos, como se viu nos dois jogos finais.

Na Vila Belmiro, jogo de ida, o Santos teve a chance de matar a decisão, mesmo sem apresentar um grande futebol, porque o Palmeiras parece ter entrado em campo para perder de pouco. Perdeu só de 1×0.

No jogo de volta, numa Alianz Arena ensandecida, o Palmeiras foi muito melhor do que o Santos e merecia ter vencido já no tempo normal. Lucas Lima esteve irreconhecível, Gabriel foi uma sombra e Ricardo Oliveira foi o solitário que levou o jogo para a loteria dos pênaltis.

Ai, nesse imponderável, fez-se justiça e o Palmeiras ficou com o título.

Com um erro só é bobagem, o Santos que tinha a vaga da Libertadores na mão via Brasileirão, abriu mão da competição para focar a Copa do Brasil.

Resultado: dançou.

Então, se futebol é momento, para o Santos o momento é de reflexão.

Para o Palmeiras, o momento é de festa, eterna enquanto dure e infinita até que acaba, como diria um certo Vinicius.

Porque sempre acaba.

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É gol- Neymar está entre os três melhores do mundo, Dessa vez, Messi leva, mas a hora de Neymar está chegando.

E vai chegar, porque esse menino Neymar é um gênio da bola.

É pênalti- O FBI continua desfalcando os quadros da FIFA e reforçando os quadros do time da penitenciária. Treme, Del Nero.

O Pélé que não foi

Daniel Thame

DT tabocas 20“O Fluminense vem a público comunicar o rompimento do contrato com o atleta Ronaldinho Gaúcho de forma amigável e em comum acordo entre as partes. Fluminense e Ronaldinho seguem com os laços mantidos e planejam trabalhar em outros projetos no futuro”

“Obrigado a toda galera Fluminense!! E com muito respeito e agradecimento me despeço deste grande clube!!”

Nota Oficial do Fluminense e postagem no twitter do jogador.

Protocolar. Como um casamento que termina após um completo e mútuo desencanto, mas que se tenta, ao menos, manter as aparências. Como se alguém terminasse, sem que houvesse um motivo de extrema gravidade, algo que estava correndo as mil maravilhas.

adiosCorrendo? Isso soa quase como uma ofensa a Ronaldinho Gaucho, contratado como grande atração do Fluminense e que, sem cumprir nem a metade do seu contrato, deixa o clube carioca pela porta dos fundos, após performances melancólicas nas raras partidas que disputou.

Ou fingiu disputar.

Ronaldinho Gaucho, surgiu como promessa de craque no Grêmio, fez uma escala no Paris Saint German e de lá seguiu para o Barcelona, onde explodiu como gênio da bola.

Sua técnica apurada, com dribles mágicos, arrancadas fulminantes e gols de antologia, fizeram com que se acreditasse que, enfim, tivesse surgido um jogador capaz de se colocar apenas alguns degraus abaixo de Pelé, porque Pelé é inigualável.

Eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaucho fez a curva descendente de forma prematura. Consciente ou não, trocou a magia dos campos pelas loucuras da noite. Milionário antes de completar 25 anos, deixou-se levar pelas delícias da fortuna.

As farras, intermináveis, consumiram seu maravilhoso talento para jogar futebol. A ascensão de Lionel Messii, o avesso do avesso do brasileiro e que enfim se revelaria muito mais craque do que ele, enxotou Gaucho para o Milian, de onde saiu sem deixar saudade.

Sem mercado na Europa, foi para o Flamengo, após um inacreditável leilão promovido por seu irmão empresário Assis. As noites cariocas, sempre tão calientes, foram mais atrativas do que as tardes e noites abafadas do Maracanã.

Foi mandado embora do Flamengo e teve um breve renascimento no Galo Mineiro, onde foi ídolo e Campeão da Libertadores, perdendo a derradeira chance de parar por cima.

Antes da saída decepcionante do Flu, teve uma passagem breve e igualmente decepcionante no Queretaro, do México.

Ronaldinho Gaucho está diante de duas opções. Encerrar a carreira, podre de rico que já está, ou enganar em mercados periféricos como China e Orienta Médio, onde basta que sua lenda entre em campo.

Triste canção do adeus para o Pelé que não foi.

 

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É gol- Futebol sem Messi é como se acostumar com Caetano Veloso e ter que se contentar com Pablo. Ô sofrência.

 

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É pênalti- Marco Polo del Nero é tão apaixonado pelo Brasil que nãi viaja para o exterior nem amarrado. Amarrado? Ops!

(*) coluna publicada na edição semanal de A Região?BA





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