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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘“Literatura’

Mazé Torquato entrevista Marilza de Mello Foucher

Em entrevista a Mazé Torquato, na França, Marilza de Mello Foucher, jornalista e autora, fala sobre Fragmentos de Tempos Vividos de sua trajetória da Boca do Acre, passando por Manaus e Paris onde chegou para fazer um doutorado em economia em 1979. Terminou ficando na capital francesa, trabalhando para uma ONG de Cooperação Internacional para o desenvolvimento.

Na entrevista ela fala ainda de Quase-Poemas,  título sugerido por seu primo, o poeta Thiago de Mello. Também escreveu Contos Inventados da Vovó: Histórias de Janaina e En Jouant Avec La Résonance des Motes.

 

Assista:

 

 

Circulação Profundanças Mulheres em Diálogo: programação gratuita discute mulher, literatura e mercado editorial brasileiro

profundanças“Aos 12 anos, minha patroa rasgou o meu caderno de poemas. Mas continuei escrevendo e publiquei pela primeira vez em Profundanças.” A história de Celeste Barros inspirou a criação do circuito editorial. O projeto vai ganhar site próprio, promover rodas de conversa e oficinas gratuitas.

 

 
A programação da Circulação Profundanças – Mulheres em Diálogo celebra os oito anos do circuito editoral Profundanças que, em três antologias elaboradas de forma completamente colaborativa, já publicou poemas de 51 escritoras, em sua maioria nordestinas e inéditas. Assim, entre maio e agosto, serão realizadas rodas de conversa e oficinas gratuitas que terão como foco a participação de escritoras e fotógrafas que atuam na terceira edição do livro.

 

 

 
As ações promovidas pelo circuito buscam mitigar a desigualdade de gênero que ainda caracteriza o campo editorial e literário brasileiro. Uma pesquisa realizada pela professora da Universidade de Brasília, Regina Dalcastagnè, publicada em 2012 no livro “Literatura brasileira contemporânea: um território contestado”, revela que, entre 1990 e 2004, 72% dos romances brasileiros publicados pelas maiores editoras brasileiras tiveram autoria de homens. É por isso que, buscando consolidar e ampliar cada vez mais escritos de mulheres, Profundanças também ganha site próprio, www.profundancas.com, onde é possível que leitoras/es acessem gratuitamente todas as antologias que compõem o projeto, além de poderem navegar por histórias que permeiam as publicações.

Mulher e literatura na programação

 

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Milton Santos: um intelectual com passagem no Sul da Bahia

Efson Lima

 

efson limaMilton Santos não é ilheense de nascimento. Nem precisaria ser, pois, Ilhéus sendo uma cidade mãe acolhe com carinho. O geógrafo é de Brotas de Macaúbas, interior da Bahia. Milton Santos morou na Princesinha do Sul e alcançou o mundo seja fisicamente seja intelectualmente. Ele possui um vasto currículo, inúmeros livros publicados, entre eles: “Por uma outra Globalização” e recebeu diversas distinções de doctor honoris causa. Gigante para a Geografia e para o mundo das letras. Foi um pesquisador viajante, engajado e comprometido com um mundo melhor, promoveu teoria e vivenciou a prática.

 

O intelectual Milton Santos se tornou bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia em 1948 e se doutorou em Geografia pela Université de Strasbourg na França em 1958. Fez prova viva da interdisciplinaridade, quando essa corrente era pouco conhecida. Milton Santos já doutor se colocava à disposição para fundar a Academia de Letras de Ilhéus, carinhosamente chamada de ALI.  Na Academia de Letras de Ilhéus, Milton Santos ocupou a cadeira n.° 35, cujo patrono é Simões Filho. Atualmente, a cadeira é ocupada pela Senhora Maria Schaun, uma das mentes brilhantes do sul da Bahia. Ela foi responsável por acompanhar diversas produções de livros da nossa gente grapiúna através da Editus e, atualmente, secretaria a formação de diversos jovens via o Prodema/UESC.

 

milton santosAinda em Ilhéus, Milton Santos lecionou no Instituto Municipal de Ensino Eusínio Lavigne, famoso IME, lugar responsável por instrumentalizar a formação de centenas de pessoas da região. Um patrimônio da educação no Estado da Bahia. Milton Santos aproveitou sua incursão na região para vivenciar uma realidade territorial urbana e rural, certamente, pode constatar o cacau como a principal fonte de renda do período na região. E mais que isto, como todo intelectual costuma fazer, foi registrando as vivências e aprendizagens, sintetizando e oportunizando novas reflexões. Não sem razão o primeiro livro de Milton Santos teve por objeto a Bahia, cujo título é “O povoamento da Bahia: suas causas econômicas.” Milton Santos foi correspondente do jornal “A Tarde” na zona cacaueira do Estado da Bahia entre 1949- 1953.

 

Registra-se que Milton Santos chegou a Ilhéus nos fins dos anos quarenta, certamente, após sua formação universitária.  A vocação de Milton Santos estava na área do ensino e após retornar para Salvador, ele foi lecionar na Universidade Católica de Salvador no período de 1956-1960, posteriormente, em 1961 ingressou na Universidade Federal da Bahia.

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Gumercindo Rocha Dórea, o editor ilheense mais importante na história da ficção científica no Brasil

gumeEfson Lima

efsonNas academias de letras, após o ingresso da pessoa para a confraria, a imortalidade é uma palavra – chave. O fenômeno vai se confirmando com a morte de cada um dos participantes, pois, a morte não confere fim a obra dessas pessoas que se imortalizam pela força da escrita, das artes plásticas, música, dança e dos saberes científicos. A imagem do acadêmico se perpetua para além do nosso tempo. A imortalidade física, do corpo, foi objeto de desejo entre diversas civilizações. Ela impulsionou o surgimento da química, desenvolveu técnicas de preservação dos corpos. Se a imortalidade física não pode ser uma constante entre os humanos, a imortalidade simbólica continua a toda prova, ela se confirma com a literatura, a música, o cinema, a arquitetura, a ciência entre tantas outras áreas da produção humana.

Tenho pesquisado sobre a Academia de Letras de Ilhéus (ALI) desde 2016. Alguns membros da ALI se notabilizaram no cenário nacional e internacional, outros de feição menos popular, entretanto, com enorme contribuição, mesmo que não recebam o devido tratamento em suas terras. Os motivos são diversos: alguns destes por estarem afastados da sua pátria regional, outros por não estarem sob nossos olhares. Afinal, reza a lenda que santo de casa não faz milagre.

Entre esses que fogem a nossa cabeça, podemos registrar Gumercindo Dorea, falecido em dia 21 de fevereiro de 2021. Ele era um dos membros mais velhos da Academia de Letras de Ilhéus, tinha 96 anos; ocupava a cadeira de n.º 40. Aparentemente desconhecido em sua terra, foi editor de celebridades nacionais. Talvez, sua postura de viés conservador, como apontou Sérgio Mattos, tenha colocado – o em um patamar de menor prestígio (não somos democráticos): “é um dos mais importantes editores nacionais, apesar de ser relegado e contestado devido às suas ligações com o integralismo”.

O editor Gumercindo Rocha Dorea contribuiu para o lançamento dos primeiros livros de autores consagrados na atualidade a exemplo de Rubem Fonseca, Nélida Piñon, Fausto Cunha, Gerardo Melo Mourão, Astrid Cabral e Marcos Santarrita. Ele foi fundador da GDR, uma editora pioneira na edição de livros de ficção científica no país.

No sul da Bahia, pouco repercutiu sobre a morte de Gumercindo Dorea, mas observei registro na  revista “Isto É”, “Horo do Povo” Publishnews, “Folha de São Paulo”,  Estadão, nos jornais de Minas Gerais e da Paraíba, portal Uol entre outros tantos canais de notícias. A ex – presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, em sua rede social, lembrou do seu editor: “Devo tanto a ele. Apostou em mim sem hesitação, com honradez, elegância moral”.

O escritor Sérgio Mattos exemplifica a importância de Gumercindo Dorea para vários escritores baianos ao lembrar das publicações empreendidas pelo editor, independentemente, de ideologias: Vasconcelos Maia, Castro Alves, Oleone Coelho Fontes, Ildásio Tavares, Ivan Dórea Soares, Sérgio Mattos, Jorge Medauar, Wilson Lins, Maria da Conceição Paranhos, José Haroldo Castro Vieira, Adonias Filho, Fernando Hupsel de Oliveira, Telmo Padilha, Cyro de Matos, Rubem Nogueira, Raymundo Schaun, Euclides Neto, Fernando Sales e Claudio Veiga. Sem dúvida, foram publicados com ele muitos notáveis baianos.

Coube à professora Maria Luiza Heine fazer o discurso da Sessão da Saudade da Academia de Letras de Ilhéus, ele foi seu primeiro editor. Por coincidência da vida, o presente articulista do Diário de Ilhéus vai suceder o editor Gumercindo Dorea, na cadeia n.º 40, na Academia de Letras de Ilhéus, a partir do dia 22 de abril do corrente ano.

As pessoas não morrem, elas permanecem vivas, no mínimo, nas memórias dos familiares e amigos. Outras além de permanecerem vivas no seio familiar, entram para a eternidade pelos feitos que fizeram em favor da coletividade. As letras, a ciência, as artes…agradecem. Gumercindo Dórea foi um dos gigantes da pátria ilheense e o editor mais importante na história da ficção científica no Brasil, conforme aponta a Science Fiction Encyclopedia.

Efson Lima – doutor, mestre e bacharel em direito/UFBA. Escritor. Membro da Academia Grapiúna de Letras (AGRAL) e eleito para Academia de Letras de Ilhéus. Professor universitário e  advogado.

Nação grapiúna – uma síntese da literatura, identidade e povo

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Efson Lima

efson limaFoi pelas mãos da literatura que o termo nação grapiúna ganhou dimensão maior. Jorge Amado, quando da posse de Adonias Filho na Academia Brasileira de Letras, em 1965, ao proferir o discurso de recepção, entabulou por 10 vezes os termos grapiúna(s). Qual razão teria para ser tão enfático? Certamente para colocar a civilização do cacau no patamar que tanto almejou. Tanto o discurso de Jorge Amado quanto o de Adonias Filho foram organizados naquele mesmo ano no livro “A Nação Grapiúna”.
Mas, afinal, o quê possa ser Nação Grapiúna? No passado, recorríamos aos dicionários, enciclopédias, atualmente, recorremos ao Google no momento da dúvida. Eu ainda, em matéria sobre a região do cacau, prefiro voltar ao historiador, que traduz tão bem a História regional, Arléo Barbosa, que em “Notícia Histórica de Ilhéus” sintetiza sobre o termo grapiúna. “Na toponímia do sul da Bahia sempre se sobressaiu a palavra “grapiúna”. Anteriormente o termo abrangia a todos os autóctones da região. :: LEIA MAIS »

Saudade de ontem

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Efson Lima

  

efson limaComeço com um pleonasmo para na sequência fazer uma das perguntas mais óbvias: quem já sentiu saudade? Foi humano, certamente, todos! Os bebês sentem logo, eles exprimem com o choro. Os animais não – humanos também sentem, os cachorros padecem das ausências de seus tutores  A sensação da saudade desafia a nossa caminhada.

 

A saudade mais óbvia pode ser aquela que sentimos das pessoas, mas sentimos saudade também do lugar que deixamos, dos acontecimentos, dos animais, da sombra da árvore. E daqueles brinquedos de nossa infância? E daquela festa? A saudade é reconstituída de acordo com a carga axiológica de cada pessoa diante do vivido e do experimentado.

 

ef 1Quem não sente saudade do programa de TV, daquele jogo bem jogado e da comida da vovó? E de nossas mães? Ouço lentamente as histórias contadas por minha mãe. Ela lentamente vai  destrinchando cada um dos acontecimentos de sua adolescência, da sua fase adulta. Narra pitorescamente os episódios, oferece pitadas. A saudade pode ser uma recordação de um fato positivo, mas também de fatos negativos. A saudade é a forma de reviver o ontem sem filtro. É a possibilidade de desenhar na memória o passado sem precisar de pincel e habilidade artística.

 

No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, editado pela Academia Brasileira de Letras, saudade é uma palavra feminina. No Aurélio,  substantivo de dicionário, registra que é “ Lembrança nostálgica de pessoas ou coisas distantes ou extintas”.

 

E no  campo da literatura , quis um dos maiores poetas de todos os tempos, Fernando Pessoa, eternizar a saudade na sua poética, por meio de seu heterônimo Álvaro de Campos “(…) Só válida à emoção através da saudade futura,/Da saudade, esquecimento que se lembra,/Da saudade, engano que se deslembra da realidade,/Da saudade, remota sensação do incerto/Vago misterioso antepassado que fomos,/Renovação da vida antenatal,[…]/Absurdamente surgindo, estática e constelada/Do vácuo dinâmico do mundo.” Por sua vez, quem não se lembra do poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias?  Um canto à pátria, a saudade do lugar e de tudo que há nele. A súplica ao sagrado na espera de ser correspondido: “Não permita Deus que eu morra,/ Sem que volte para lá; /Sem que desfrute os primores/ Que não encontro por cá;/ Sem qu’inda aviste as palmeiras, /Onde canta o Sabiá.”

 

A saudade é tão forte, que no mundo das academias de letras, faz-se a sessão da saudade, para só então declarar vaga a cadeira ocupada pelo imortal que faleceu. Então, é momento de registrar os feitos, as contribuições do acadêmico e imortalizá-lo em definitivo. Surgem as recordações, comentam-se das obras.

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Habemus, Silmara Oliveira! Uma educadora e estudiosa da literatura sulbaiana

Posse de Silmara, em 19 de abril de 2017, na Presidência da ALITA, em Itajuípe

Posse de Silmara, em 19 de abril de 2017, na Presidência da ALITA, em Itajuípe

Efson Lima

 

efson limaNo dia 12 de junho nascia Silmara Oliveira. Ano? Não é bom anunciar idade de dama. Nasceu itajuipense, mas suas contribuições ultrapassam os limites daquela cidade de lago, alcança todo o sul da Bahia e possui reflexos no Estado. Há pessoas que nascem com brilho, a criatividade é esteio  e  aquilo que o mundo das organizações chama de “iniciativa” é latente em algumas figuras. No ano passado, 2020, perguntei a Celina Santos para saber quem estava na presidência da Academia de Letras de Itabuna ( ALITA) e se poderia construir o Festival Literário Sul-Bahia (FLISBA), na sequência, eu recebia uma ligação da professora Silmara Oliveira. Desde então, a professora Silmara  sempre presente nas reuniões, sugerindo e fazendo proposições. O espírito colaborativo foi norteador dessas ações. O Flisba jamais foi o mesmo.  Ela sempre compondo, juntando e somando. Características raras em uma sociedade cada vez mais incendiária.

silmara (2) Há pessoas que nascem e cumprem com suas missões, desígnios… Outras recebem desafios. São testadas e experimentadas na luta.  Sabemos que nem sempre por mérito aos homens são reservados espaços distintos, cujas circunstâncias sociais conhecemos muito bem. Já as mulheres, “elas que corram, elas que sonhem e lutem para ocupar algum lugar na sociedade”. Não quero aqui legitimar essa prática, pois, dela quero distância. Entretanto, não podemos deixar de situar a construção do fenômeno Silmara Oliveira, visto que, certamente, ela teve que superar esses obstáculos para ser esse farol. Assim, temos a ensaísta, professora, escritora, poeta e gestora cultural, cujo espírito empreendedor a fez liderar um cineclube em Itajuípe, aproximadamente, por 10 anos; prospectou e implementou o Memorial Adonias Filho na cidade. Não obstante, atualmente, exerce a função de Diretora Cultural no Município de Itajuípe e a presidência da Academia de Letras de Itabuna pela terceira vez consecutiva.  Fico aqui para não falar da vida doméstica, assim evito confusão com Ulisses, Júlia e seu companheiro Marcos Luedy, nosso poeta – ambientalista.

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Eleições municipais, literatura e acesso à leitura

Efson Lima

efson limaEstamos em um ano eleitoral atípico, é verdade, mas é 2020. Estamos em novembro mesmo e as eleições serão nesse dia 15 de novembro de 2020. Dia da Proclamação da República. Os candidatos se lançaram aos processos eleitorais e elaboraram seus programas de governo, os quais foram submetidos à apreciação do eleitor. Muito bem! Nas democracias representativas os procedimentos são esses.

Muitos devem estar se perguntando, que diacho tem literatura com eleições, acesso à leitura? Tem muito a ver. Primeiro, as vitórias e as derrotas eleitorais são contadas sob as diferentes óticas.

Eusinio Lavigne

Eusinio Lavigne

Vamos falar muito da pandemia enquanto circunstância que definiu o resultado de muitas eleições em 2020.  Certa vez, em outro pequeno artiguete, tive a oportunidade de defender que a literatura nasce na imaginação e movimenta uma cadeia produtiva de uma sociedade ao possibilitar uma “fábrica criativa de escritores” ao serem publicados, tem – se os vídeos, os áudios. Temos também os diagramadores, os revisores, os designers… que vão aumentando o rol de trabalhadores no mundo da produção literária. Literatura é fator de desenvolvimento econômico em um país. Em uma República de Leitores o exercício da cidadania não será de qualquer jeito.

Mas para além do trabalho, literatura também é lazer. É meio civilizacional de uma sociedade, de um grupo. Portanto, a literatura deve ser compreendida como um processo possibilitador de reflexões sobre ontem, hoje e o amanhã. É meio para a libertação de um povo. É caminho para a afirmação de um Estado Democrático de Direito. É “o sonho acordado da civilização” como afirmou Antonio Candido.

Ariston Cardoso

Ariston Cardoso

Não é possível pensar uma gestão municipal sem colocar o campo da educação, especialmente, de parte do ensino infantil e fundamental na ordem do dia. O município não alcançará uma qualidade no ensino sem a alfabetização das crianças e da juventude. Infelizmente, o jovem e o idoso precisam ser alfabetizados. O “infelizmente” adotado não é porque são jovens e idosos, mas porque a alfabetização deve ocorrer ainda na infância. E no Brasil continuamos a alfabetizar jovens e adultos, pois, não estamos cumprindo com o nosso dever na infância.

Na segunda semana do mês de setembro deste ano, o Instituto Pró-Livro divulgou a pesquisa sobre leitura no Brasil – “5ª. Edição da Retratos da Leitura no Brasil”. Entre as constatações, sabemos que o número de leitores no Brasil diminuiu, a redução foi de 4.6 milhões de pessoas; temos 29% da população sendo considerada analfabeta funcional no país. Entre os que frequentam as bibliotecas, 17% avaliam como bons os serviços e 43% dizem não encontrar os livros pelos quais estão interessados. Triste sina!

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Lançamento de livros, escritores e muita literatura no Sul da Bahia

efs 4Efson Lima

Poderíamos dizer que a bruxa está solta. Dessa vez não é a que colocou fim a cacauicultura sul-baiana, mas a que estimula e apresenta novos traçados criativos, especialmente, o literário. Nos últimos dias, mesmo diante da pandemia, a força criativa dos escritores do sul da Bahia tem nos brindado com publicações de livros, inclusive, ampliando o rol de escritores; o mapa de escritores do sul da Bahia vai crescendo, alcançando outras cidades menores e diversificando sua composição. Os seguintes escritores publicaram ou vão publicar livros: Luh Oliveira, Ruy Póvoas, Aurora Souza, Pawlo Cidade, Roger Ferreira e Sheilla Shew. Alguns deles já consagrados com diversas obras e aceitabilidade do público e outras aceitando o desafio de se colocarem no espectro da crítica e dos leitores. Os dois grupos merecem nossa admiração. Eles vão ficando nossa identidade. Afinal, felicidade da nação que possui escritores. A nação grapiúna tem.

 

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Temos tido também diversas lives com escritores da região. São momentos que se revelam verdadeiros cafés culturais. Os participantes refletem seus processos criativos, mas colocam na ordem do dia às questões do contexto cultural, o acesso à educação de qualidade e à leitura. Leitura de mundo tão necessária para nos tirar da vala comum em que o País se meteu.
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Não é novidade que o sul da Bahia tem uma força criadora enorme. Não temos dúvida de nossos escritores consagrados. Temos escritores que receberam a premiação do Jabuti, cuja premiação é a mais importante do setor literário brasileiro. Temos editoras na região que estimulam o fazer literário, a publicação científica… São articulações necessárias para manterem acessa a chama da literatura. Há um mês pessoas se juntaram e colocaram literalmente no ar o FLISBA – Festival Literário Sul-Bahia.

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Recentemente, a Academia de Letras de Ilhéus prometeu realizar o FLIOS – Festival Literário de Ilhéus, virtualmente. As lives promovidas por Luh Oliveira e Tácio Dê são outras estratégias necessárias para a promoção da literatura, da leitura e da cultura como um todo.

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Literatura, acesso à leitura e gestão municipal

Efson Lima

 

efson limaEstamos em um ano eleitoral atípico, é verdade, mas é 2020. Os candidatos se lançam aos processos eleitorais e elaboram seus programas de governo. Muito bem! Nas democracias representativas os procedimentos são esses. O processo pode ser melhorado quando os candidatos dialogam com a sociedade civil organizada e os cidadãos e vão concretizando a soma dos interesses públicos no citado documento.

Muitos devem estar se perguntando, que diacho tem literatura com eleições, acesso à leitura? Tem muito a ver. Primeiro, as vitórias e as derrotas eleitorais são contadas sob as diferentes óticas.

 

Vamos falar muito da pandemia enquanto circunstância que definiu o resultado de muitas eleições. Anteriormente, em outro pequeno artiguete, tive a oportunidade de defender que a literatura nasce na imaginação e movimenta uma cadeia produtiva de uma sociedade ao possibilitar uma “fábrica criativa de escritores” ao serem publicados, tem -se os vídeos, os áudios. Temos também os diagramadores, os revisores, os designers… que vão aumentando o rol de trabalhadores no mundo da produção literária. Literatura é fator de desenvolvimento econômico em um país.

Mas para além do trabalho, literatura também é lazer. É meio civilizacional de uma sociedade, de um grupo. Portanto, a literatura deve ser compreendida como um processo possibilitador de reflexões sobre ontem, hoje e o amanhã. É meio para a libertação de um povo. É caminho para a afirmação de um Estado Democrático de Direito. É “o sonho acordado da civilização” como afirmou Antonio Candido.

Não é possível pensar uma gestão municipal sem colocar o campo da educação, especialmente, de parte do ensino infantil e fundamental na ordem do dia. Não alcançará uma qualidade no ensino sem a alfabetização das crianças e da juventude. Infelizmente, o jovem e o idoso precisam ser alfabetizados. O “infelizmente” adotado não é porque são jovens e idosos, mas porque a alfabetização deve ocorrer ainda na infância.

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