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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Juvenal Juvencio’

UM TEXTO DE RICARDO KOTSCHO QUE EU ASSINO EMBAIXO

Nós paulistas somos agora todos corintianos
                                                                           por Ricardo Kotsho

Sou paulista, paulistano e são-paulino, como vocês podem ler na apresentação do meu blog aí ao lado. Semanas atrás, quando todos os outros grandes paulistas caíram fora da disputa, escrevi aqui mesmo que só nos restava torcer pelo Corinthians, o único paulista que continuava na luta pelo título do Brasileirão contra um monte de cariocas. Teve muita gente que me xingou, claro.

Pois, pela primeira vez na vida, torci hoje pelo Corinthians, como os corintianos. Sofri quando o time tomou o gol do Atlético e, por algum motivo estranho que não sei explicar, tinha certeza de que o “meu time” iria virar o jogo. Enquanto preparava a canja do jantar para a família, vi o Liedson empatar o jogo e Adriano marcar o gol da vitória.

Logo o Adriano, tão execrado por todos nós da imprensa, inclusive eu. Na sexta-feira, ao final de uma entrevista de mais de duas horas que fiz com o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, junto com meus colegas Nirlando Beirão e Alex Solnik, reportagem que será capa da edição de dezembro da revista “Brasileiros”, perguntei a ele se a contratação do Adriano não tinha sido seu maior erro no comando do Corinthians.

Com aquele seu jeito de quem sabe mais do que os outros sobre os bastidores do futebol,  mesmo sem ter título de doutor nem herança de família, e muito menos sem parecer arrogante, o ex-feirante Andrés não entregou os pontos, não. Deu a entender que, apesar de quase não ter jogado este ano, acusado de ficar gordo por beber demais, Adriano ainda faria a diferença.

 Não deu outra. Na tarde deste domingo, na heróica vitória do Corinthians por 2 a 1 contra o Atlético Mineiro, no Pacaembu, foi Adriano quem marcou o gol da vitória e colocou o Timão na boca do título brasileiro.

“Esse aí é o Lula do futebol”, comentou baixinho comigo, ao final da entrevista, o mineiro Nirlando Beirão, meu colega no “Jornal da Record News”, comandado pelo também corintiano Heródoto Barbeiro.

Matou a pau. Execrado pela imprensa e pelos doutores do futebol, como Juvenal Juvêncio, o coronel que implantou a ditadura quatrocentona no meu São Paulo, Andrés sempre remou contra a maré. Só estudou até o antigo ginásio porque ia trabalhar de madrugada no Ceasa, para ajudar a família, jogou de lateral direito nos times de base do seu time do coração e foi um dos fundadores da “Pavilhão 9”, a mais fanática torcida organizada do Cornithains.

Pegou um clube falido, rebaixado à Segunda Divisão, deu a volta por cima e multiplicou por cinco o faturamento da marca Corinthians, que passou de R$ 60 milhões por ano, em 2007, para mais de R$ 300 milhões, em 2011. Como o tricolor Chico Buarque, agora vou torcer para o time do Andrés Sanchez ser campeão brasileiro para dar uma alegria ao nosso amigo comum Luiz Inácio Lula da Silva neste momento difícil da sua vida.

Confesso que, pelo que eu lia na imprensa, não tinha o menor apreço por este cara. Achava-o apenas um corintiano analfabeto, ladrão e cafajeste, como não se cansa de falar dele o Juvenal Juvêncio, do alto da sua sabedoria que detonou o maior clube do país.

Gostaria muito que o Andrés um dia fosse presidente do meu São Paulo para tirá-lo do buraco em que afundou. E que o Juvenal ficasse no lugar do Andrés na presidência do Corinthians, quando ele passar o cargo em fevereiro do ano que vem, com a faixa _ espero _ de campeão brasileiro no peito, tocando as obras do Itaquerão.





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