:: ‘Itabuna. exposição’
As telas vivas de Nadja Alves, uma artista a ser descoberta
Se é verdade que todo artista deve ir onde o povo está, existem casos em que artista e arte ainda estão por ser descobertos. É o caso da itabunense Nadja Alves, uma artista de raro talento, em busca do merecido reconhecimento.
A expressão artística de Nadja Alves salta das telas e ganha vida nos olhos de quem observa quadros que exprimem a alma baiana em todas as suas cores e nuances. E a Bahia é o universo da artista, embora sua arte tenha todo o potencial para romper fronteiras.
A exposição Coisas da Bahia, que fica aberta até o dia 19 de agosto no Centro Cultural Adonias Filho (segunda a domingo, das 8 às 20 horas) traz 18 obras de Nadja Alves, em que ela revela habilidade de lidar com cores e temas, dando vida a personagens do dia a dia, como baianas do aracajé, pescadores, capoeiristas, trabalhadores rurais, etc. Grapiuna que é, as telas de Nadja também trazem a Gabriela e o cacau, da inesgotável fonte de Jorge Amado.
Nadja Alves pinta desde menina, mas só há quatro anos passou a se dedicar exclusivamente às artes plásticas. Embora tenha trabalhos adquiridos por colecionadores de Salvador, Itacaré, Minas Gerais, São Paulo e Estados Unidos, esta é sua segunda exposição. A primeira também foi no Centro Cultural Adonias Filho.
“Gostaria de apresentar meu trabalho no Shopping Jequitibá, e em Ilhéus, mas o artista regional ainda enfrenta barreiras”, lamenta Nadja Alves, para quem “pintar é uma terapia, a coisa que mais gosto de fazer, porque através dos quadros, posso exprimir meus sentimentos”.
Além das telas, Nadja também faz trabalhos em madeira, com as mesmas cores fortes e marcantes.
A exposição “Coisas da Bahia” é para ver e admirar. Se tiver apoio para expandir sua arte, com o talento que tem, o limite de Nadja Alves é o mundo.
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