:: ‘Itabua’

O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), publicou decreto de emergência com objetivo de firmar contrato especial com empresas que queiram operar o sistema de transporte coletivo do município.  O Decreto 14.104 foi publicado na edição do Diário Oficial do Município desta terça-feira (12).

Entre as justificativas para o decretação de emergência,  o prefeito destaca o pouco tempo que está no cargo, a decisão unilateral da empresa Sorriso da Bahia de romper contrato com o município e o fato da São Miguel se negar a retomar os serviços. De acordo com a Prefeitura de Itabuna, a  São Miguel alega falta de condições técnica e financeiras para operar o sistema.

Itabuna ficou quase todo ano passado sem transporte coletivo. Em novembro, após acordo com a Prefeitura, a São Miguel colocou poucos veículos em circulação. Mas a novidade durou poucos dias, não indo além das eleições de 15 de novembro.

A Secretaria Municipal de Segurança, Transporte e Trânsito, através da Patrulha Guardiã Maria da Penha, vai realizar um pit stop na próxima quinta (19) e sexta-feira (20). As atividades vão acontecer nas praças do Pedro Jerônimo, São Caetano, Califórnia e Santo Antônio. Tem por objetivo ressaltar a importância desse equipamento de defesa às mulheres, e celebrar o primeiro ano da Patrulha Guardiã de Itabuna, que presta atendimento à mulheres vítimas de violência e possuem medidas protetivas.
Pela manhã, as atividades, entre elas, a distribuição de panfletos e brindes, serão realizadas no Pedro Jerônimo. Já pela tarde, as ações irão acontecer no bairro São Caetano. Na sexta-feira, as equipes vão estar no bairro Califórnia e em seguida, Santo Antônio. :: LEIA MAIS »

A chama olímpica passou pela cidade de Itabuna na tarde de sábado, dia 21, com grande sucesso de público, que contagiou os atletas escolhidos pela Prefeitura e os patrocinadores. A comemoração atraiu mais de 15 mil pessoas de acordo com estimativa da Polícia Militar. O comboio foi recebido na Avenida Manoel Chaves, em frente à Vila Olímpica Professor Everaldo Cardoso Silva, no São Caetano, exatamente às 16 horas pela Banda Marcial do Colégio Estadual de Itabuna.

Ao som do tema “Carruagens de Fogo”, o primeiro condutor da chama olímpica na cidade foi o atleta da Associação Itabunense de Atletismo (AIA) e medalhista Pedro Sebastião Filho, o Pedro das Medalhas, que era pura emoção. “Só tenho que agradecer ao prefeito Claudevane Leite por minha indicação para viver esse momento tão forte. Para mim foi um reconhecimento. Afinal são anos de luta e de superação de dificuldades para participar de competições por este Brasil a fora. Mas, carregar a chama olímpica é uma imensa alegria que aquece as nossas forças para continuar na luta pelo esporte e pela valorização de nossa cidade”, comentou.

No trajeto pelas principais vias do centro de Itabuna outros 27 condutores da Tocha Olímpica contaram com o apoio e as manifestações de carinho da comunidade que lotou ruas, avenidas, praças e sacadas de prédios com manifestações de alegria por receber a cidade um dos maiores símbolos das Olimpíadas Rio 2016. A aposentada Maria das Graças Fernandes Costa levou as netas Olivia e Bárbara para vivenciarem o momento único.

“Esta é uma uma oportunidade única. E, com certeza, minhas netinhas guardarão com muito carinho por toda a vida. Afinal, as duas vão poder dizer aos filhos e netos que viram a passagem da Tocha Olímpica com esta festa popular maravilhosa. Itabuna, cidade tão bonita, ganhou visibilidade nacional e se preparou muito bem para esta festa”. Para as duas pequenas o momento era de alegria. “Eu vi os atletas correndo com a Tocha Olímpica e até ganhei um boné. Quando chegar na escola vou mostrar o vídeo que fiz para meus coleguinhas. É muito lindo, muito lindo mesmo”, contou a pequena Barbara Costa, 9 anos.

A Tocha Olímpica percorreu 5km das principais avenidas da cidade, a exemplo da Manoel Chaves e Princesa Isabel, Jardim do Ó, Cinquentenário, Fernando Cordier, Firmino Alves, Aziz Maron e Mario Padre.  O revezamento foi também um momento cheio de cultura para Ana Vitória, que estava na cidade para participar do concurso público da Prefeitura de Itabuna. “É contagiante ver toda essa gente festejando o espírito olímpico. Não acompanho as Olimpíadas, mas nesse ano tive a oportunidade de receber o maior símbolo. Moro em Itajuípe, mas fui prestigiada com um momento histórico, além de assistir lindas apresentações de violino, ballet, capoeira e shows das fanfarras. Agora vou ver os jogos e torcer por nossos atletas”, afirmou

Itabuna foi uma das 300 cidades do Brasil escolhidas para realizar o revezamento da Tocha Olímpica com seus próprios atletas. Foi a 18ª cidade brasileira a receber o comboio. Para realizar a festa, a Prefeitura contou com voluntários, Força Tarefa e instituições como a Policia Rodoviária Federal, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal e Grupo Bandeirantes do Brasil. Além disso, reuniu representantes das secretarias municipais de Governo, Indústria, Comércio e Turismo e de Saúde, que atuou no trabalho educativo e de prevenção contra AIDS e a Dengue; Esporte e Recreação e a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), que coordenou a programa de eventos culturais.

A cena, ocorrida num ponto de ônibus de Itabuna, é banal. Um sujeito de meia idade, bem vestido, se prepara para entrar no coletivo, quando tem sua passagem interrompida por uma mulher negra, de presumíveis 70 anos, que com dificuldade tenta descer pela porta da frente, prerrogativa que a idade lhe garante. A mulher está acompanhada pelo neto, que tenta ajudá-la a descer.

E o que faz o sujeito de meia idade?

Estende a mão para a mulher e a ampara, num gesto de civilidade e cavalheirismo?

Qual nada!

O que ele faz é dirigir, para que todos ouçam, uma série de impropérios contra a mulher, acusando-a de estar atrapalhando sua passagem e de não saber nem andar de ônibus.

A velha apenas sorri, diante de constrangimento de alguns passageiros, desce do ônibus e segue seu caminho, talvez acostumada a dissabores desse tipo.

Dentro do ônibus, o homem de meia idade, jeito de espertalhão e tirado a engraçadinho, ainda completa a grosseria:

-Velho tem mais é que ficar trancado em casa. Essa ai só anda de ônibus porque é de graça…

A cena, como já se disse, é banal, mas não deveria ser.

Ela reflete a falta de respeito para com as pessoas que chegam na idade outonal e precisam ser tratadas com carinho, atenção. Uma falta de respeito que se observa nos pontos de ônibus, nas filas de banco (apesar dos caixas preferenciais), nos hospitais e postos de saúde, na falta de acessibilidade e de espaços adequados.

Reflete também  a tremenda falta de consideração com que pessoas que trabalharam a vida toda e, na velhice, são humilhadas dentro e fora de casa, como se fossem seres imprestáveis, descartáveis.

Não são nem imprestáveis, nem descartáveis.

Ao contrário, são pessoas que podem contribuir com suas experiências de vida ou merecem desfrutar de uma velhice relativamente tranqüila, ao lado dos filhos, netos e amigos.

Uma simples grosseria num ponto de ônibus reflete uma situação inaceitável, porque ela retrata um mundo que valoriza extremamente a beleza e a juventude, como se beleza e juventude fossem eternos.

O imbecil que cometeu a grosseria com a velhinha no ônibus (símbolo de tantos imbecis que maltratam os idosos) talvez não se dê conta que dentro de alguns será ele quem precisará de ajuda até para utilizar transporte coletivo.

Nesse dia, em vez do deboche, espera-se que alguém lhe estenda as mãos, porque é assim que tem que ser.