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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘índios tupinambás’

Tupinambás do Sul da Bahia investem na agroindústria, cacau fino e melhoria do rebanho bovino

mata atlantica
Uma relação de cumplicidade e respeito para com a terra, não de exploração. Esse é uma espécie de mantra que impera na Aldeia Tupinambá Serra do Padeiro, que faz parte de uma reserva indígena de 47 mil e 750 hectares nos municípios de Ilhéus, Buerarema, Una e São José da Vitória. A retomada de terras que os tupinambás consideram historicamente suas não foi e não tem sido uma tarefa fácil. Ao contrário, apesar da aparente ambiente de tranquilidade, paira no ar um indisfarçável  clima e conflito, especialmente em Buerarema, cidade de pouco mais de 18 mil  habitantes que, muito por conta dessa disputada, tornou-se uma espécie de enclave bolsonarista Sul da  Bahia.

Cacique Babau

Cacique Babau

As ameaças tem como alvo principal Rosivaldo Ferreira da Silva , o Cacique Babau, liderança cujo reconhecimento nacional e internacional tem sido uma garantia para que ameaças, feitas as claras não se tornem realidade.

Mas Babau, franzino, fala mansa, mas dono de uma coragem que se tornou lendária, não quer se perder em lamentações. Ameaça a gente sofre todo dia, mas o que a gente precisa é mostrar as transformações que estão ocorrendo na aldeia, dos nossos projetos.  E a Associação Tupinambá  Serra do Padeiro está mostrando que é possível viver da terra se explorar a terra, promover o desenvolvimento sustentável.  As 218 famílias da associação  produzem cerca de 15 mil arrobas de cacau/ano, além banana, abacaxi, graviola,  mandioca, al´m da criação de gado leiteiro e de corte e galinhas.  70% da área da aldeia  é de Mata Atlântica preservada, numa das ultimas áreas remanescentes no litoral brasileiro.

tupis (1)“Nossa próxima meta é criar agroindústrias que vão agregar valor à produção e investir no cacau fino, com maior valor de mercado. Também estamos instalando um novo curral para o gado”, afirma o Cacique Babau, que planeja utilizar a estrutura hoje parcialmente deteriorada da Unacau, um meganegócio tocado por médios e grandes produtores, tragado, entre outras coisas, pela vassoura de bruxa.

“A estrutura para a agroindústria e a produção de cacau de qualidade,, com um processo de fermentação e secagem diferenciados, estão dIsponíveis, só dependemos de recursos para viabilizá-los”, diz o cacique. Recentemente técnicos da Companhia de Ação Regional/CAR e da Bahiater, ligados à Secretaria de  Desenvolvimento Rural do Governo da Bahia, promoveram um encontro com indígenas e agricultores familiares, para detalhar projetos como o Bahia Produtiva, que destinam recursos para investimentos na instalação de agroindústrias, melhoria da produção, aquisição de insumos e equipamentos e capacitação. O projeto atende agricultores familiares, indígenas e quilombolas.

Área do novo curral

Área do novo curral

TRABALHO E DIGNIDADE

Dona Maria da Glória de Jesus

Dona Maria da Glória de Jesus

, 69 anos nove filhos e quinze bisnetos é um exemplo de que esse é um processo que resultará em melhores condições para a comunidade. Ela  participou ativamente da luta pela retomada das terras indígenas. “Nunca foi fácil, sofremos muita perseguição, mas hoje temos uma vida digna. O que me faz feliz é poder colher o que  se planta e viver em harmonia com a natureza. Toda nossa luta valeu e valerá a pena, porque eu penso nas gerações futuras”. Dona Maria é um símbolo na aldeia, respeitada e querida por todos sempre com uma palavra amiga nos momento de dificuldades.

Os tupinambás vem buscando estabelecer uma relação de parceria com os agricultores familiares que possuem pequenas propriedades no entorno da reserva. Um dos exemplos é com o produtor de farinha Ezequias  Barbosa dos Santos. Quando ele pensou em encerrar o negócio  por conta das dificuldades na compra da matéria prima, os indígenas passaram a comercializar com ele a produção da aldeia. São 60 toneladas de mandioca/mês, que geram ua produção de 12 toneladas/mês da conhecida Farinha do  Zequinha, comercializadas em toda a região, incluindo mercados  e feiras livres de Itabuna e Ilheus, “Essa parceria é fundamental pra gente continuar produzindo e gerando empregos”, diz.

tupis (4)

Uma das atividades na aldeia Serra do Padeiro é a criação de galinhas e para abate e produção de ovos.  Coordenado pelas irmãs Michelle e Maikelle Ferreira Nascimento, o aviário produz cerca de 300 ovos/dias, que complementam a alimentação no local e são vendidos  em São José da Vitória, Buerarema e Una. “É gratificante viver do fruto nosso trabalho. A terra nos dá tudo, alimento, dignidade, segurança. Temos que retribuir cuidando bem dela”, afirma Michelle.

Tupinambás lembram mártires do Massacre do Cururupe

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Indios tupinambás do Sul da Bahia participaram ontem da Caminhada em Memória do Massacre do Cururupe. A caminhada saiu da Igreja de Nossa Senhora da Escada, em Olivença/Ilhéus,  e percorreu seis quilômetros até a praia do Cururupe, palco do massacre comandado pelo governador-geral Mem de Sá, no século XVI, contra os ancestrais dos indígenas da região.
A também caminhada resgata a memória do Caboclo Marcelino, que liderou a resistência dos índios contra o avanço dos coronéis do cacau sobre as terras ao sul de Ilhéus, entre as décadas de 1920 e 30.
Além de saudar a memória dos antepassados, a marcha reafirma publicamente a luta pela demarcação do território reivindicado pelos tupinambás de Olivença, da Serra do Padeiro e de outras comunidades da região. A área reivindicada se estende entre os municípios de Ilhéus, de Buerarema e de Una. (do Blog do Gusmão)

Tupinambás lembram Massacre do Cururupe em Ilhéus

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Os índios tupinambás de Olivença realizam a VI Caminhada em Memória dos Mártires do Cururupe. Cerca de 1.200 pessoas participaram da atividade, que teve seu início na Praça de Olivença com o ritual do Porancim em frente à Igreja de Nossa Senhora da Escada, seguida de uma caminhada de oito quilômetros até a Praia do Cururupe.

tupi-3O local, extremo norte da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, foi cenário da sangrenta Batalha dos Nadadores, comandada por Mem de Sá, em 1559. Segundo relato do próprio governador-geral, quando dispostos ao longo da praia, “tomavam os corpos [dos indígenas assassinados] perto de uma légua”.

A caminhada foi marcada por protestos contra o governo Temer, e também  contra a demora na demora da demarcação do território Tupinambá. Mas também houve comemoração pela vitória o corrida no dia 14 de setembro no STJ, quando  foi  julgado o Mandado de Segurança que impedia a continuidade do processo de demarcação impetrado por produtores rurais. O mandado foi derrubado por unanimidade (10 x 0) no STJ.(fotos Ayla Gabrielle  e Valney Magno)

 

Geraldo Simões culpa ministro da Justiça por violência que resultou na morte de líder de assentamento no Sul da Bahia

O deputado federal Geraldo Simões (PT) responsabilizou diretamente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela violência e intranquilidade na região Sul do Estado, em função do conflito de terras. A situação se agravou com a retirada de uma base da Força Nacional de Segurança no Rio Cipó, localizada no centro do conflito.

Sem a presença dos policiais, supostos tupinambás invadiram quatro fazendas que haviam sido devolvidas a seus donos por decisão judicial. Geraldo Simões ficou particularmente revoltado com a morte, nesta madrugada,  do presidente do Assentamento Ipiranga, Juraci José dos Santos Santana. Juraci havia denunciado que o líder dos invasores, conhecido como Cacique Babau, estaria obrigado os assentados a se autodeclarem indígenas, caso contrário teriam suas terras invadidas.

De acordo com Simões, José Eduardo Cardozo está mais preocupado em fazer média com organizações internacionais e, ao retirar os homens da Força de Segurança Nacional da área do conflito, ,”deixou centenas de famílias de pequenos produtores rurais e assentados à mercê da violência cometidos por supostos tupinambás”.]

“Cansamos de alertar o ministro Cardozo para essa situação, pedindo reforço do efetivo da Força Nacional de Segurança e a garantia de que os produtores não teriam suas terras invadidas. Mas ele está preocupado com a suposta imagem no Brasil no Exterior. Nós estamos preocupados é com a segurança de famílias que tiram o sustento de suas propriedades e com o retorno da tranquilidade ao Sul da Bahia”.

A noite todos os gatos (e todos os índios) são pardos

A família da produtora rural Conceição Sá é exemplo do clima de insegurança que impera na zona rural de Buerarema, no Sul da Bahia, com as frequentes invasões de propriedades rurais por supostos índios tupinambás.

Na madrugada do dia 5 de junho, cerca de trinta supostos índios invadiram a fazenda, acordaram um funcionário e exigiram que ele e a esposa deixassem o local, dizendo que a partir daquele momento eles é que eram os donos.

Os supostos índios chegaram a perguntar se haviam armas na fazenda e deixaram claro que os legítimos donos não poderiam mais entrar. Outras quatro fazendas foram invadias na mesma noite.

“Foi um ato criminoso e sem qualquer respaldo legal. A nossa família se encontrar consternada porque não tomamos nada de ninguém; Foi  uma propriedade construída pelo suor dos nossos pais. Ali crescemos, nossos filhos participaram e agora os nossos netos estavam iniciando a mesma trajetória. É a nossa memória afetiva violada sem precedentes”, afirma Conceição Sá.

Funai quer demarcar quase 10 mil hectares para tupinambás em Belmonte. Produtores rurais protestam

Belmonte é o próximo alvo: a Funai vai transformar o Sul da Bahia numa imensa reserva

A Funai acaba de produzir um documento determinando mais uma área de demarcação indígena no Sul da Bahia. Trata-se de uma área de 9.521 hectares em Belmonte, denominada “Terra Indigena tupinambá de Belmonte”.

A área abrange o povoado de Boca do Córrego e entre as fazendas  que podem ser desapropriadas  estão  a  Timiquim, São José do Triunfo, Eldorado, Coroa da Palha, 19 de Junho e Córrego Grande.  Produtores alegam que essas terras são ocupadas legalmente por seus familiares.

O documento da Funai aponta uma população de 65 indígenas para ocupar a área de quase 10 mil hectares.

Associações de produtores estão se mobilizando para evitar que a Funai avance com o processo de desapropriação. “Isso é um absurdo.! A nossa fazenda pertence à família desde 1920 e temos a cadeia sucessória desde 1860. Nesses anos todos nunca foi registrada a presença de índios na região”, afirma o produtor rural  Sérgio Paiva.

 

Cacique Tupinambá manda indios se vestirem de indios para receberem reportagem da Folha de São Paulo

Ocupação a hotel de luxo foi para ‘dar Ibope’, diz cacique na Bahia

NELSON BARROS NETO
ENVIADO ESPECIAL A UNA E A ILHÉUS

O cacique Val diz que indios queriam Ibope (fotos Mario Bittencourt/Folha)

“Excuse me, please”, disse o cacique Val Tupinambá, 35, ao pegar o telefone do escritório da Funai (Fundação Nacional do Índio), no centro antigo de Ilhéus (BA), para fazer ligações a políticos.

Era tarde da ultima quinta feira e ele pedia passar aéreas para viajar a Brasilia.
Apesar dos telefonemas, Val (ou Valdenilson Oliveira dos Santos) ficou sem passagens, já que não prestou contas de uma viagem anterior.Quatro dias antes, havia comandado a invasão de 70 tupinambás a um hotel de luxo na vizinha Una, no sul da Bahia, com praia privativa e diárias acima de R$ 1.000.

boutique teve roupas ´confiscadas´

Candidato derrotado a vereador nas últimas duas eleições (primeiro pelo PC do B e depois pelo PDT), ele vestia calça jeans e camiseta da grife Osklen, marca que mantém uma loja no hotel invadido.

Ainda no escritório da Funai, repetia que precisava checar os e-mails e, pelo celular, pedia aos tupinambás que se preparassem com seus “adereços” para a visita daFolha à tribo naquela noite.

Val brinca: “Está tudo índio”. Ele é professor de uma escola indígena e dono de um restaurante de beira de estrada no qual uma moqueca de peixe sai por R$ 15.

isso sim é programa de índio

Diante da reportagem, os telefonemas continuam. Num deles explica o motivo da invasão ao hotel de luxo.
“A ocupação foi para dar uns Ibope, né, para ver se o ministro [da Justiça] nos recebia”, disse. “Mas não foi aquela farra que ficou parecendo, viu?”, completou.

Os indígenas pedem pressa ao governo federal no processo de demarcação de uma terra indígena na região. A invasão ocorreu justamente para chamar a atenção do Planalto à demanda.

Na região de Ilhéus vivem cerca de 8.000 tupinambás.

“Ainda estamos contabilizando os prejuízos. Houve saques de bebidas alcoólicas, roupas, duas pranchas de surfe e oito TVs, além de danos a estruturas físicas do empreendimento”, diz Arthur Bahia, sócio do hotel.

Hotel ocupado por índios está parcialmente embargado pelo Ibama desde 2005 por destruição de vegetação nativa

Agência Brasil Parte do hotel de luxo do Sul da Bahia ocupado por um grupo de índios tupinambás está embargada pelo Ibama desde 2005. Segundo o  gerente executivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no município baiano de Eunápolis, Antônio Marco do Nascimento, o empreendimento recebeu duas multas e teve o uso de 2 hectares embargado até que a vegetação arrancada para dar espaço a bangalôs seja recuperada.

A área embargada abriga dois dos 14 bangalôs do empreendimento. De acordo com Nascimento, o Ibama multou a Garça Azul Empreendimentos Turísticos e Imobiliários, empresa responsável pelo Hotel Fazenda da Lagoa, em R$ 90 mil: R$ 40 mil por destruir a vegetação nativa de uma área de proteção ambiental e de um trecho de 300 metros de praia pertencente à faixa de marinha; e mais R$ 50 mil por funcionar sem licença ambiental. Um dos sócios do empreendimento é o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga.

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Funai negocia com tupinambás que invadiram hotel de luxo no Sul da Bahia

indios permanecem no hotel enquanto a Funai vem negociar

Técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) se deslocaram na manhã desta segunda-feira (8) para Ilhéus, no sul da Bahia, onde desde a noite deste domingo (7), um grupo de índios tupinambás ocupa um hotel de luxo próximo à cidade, informa a Agência Brasil. Segundo as primeiras informações, a ocupação do Hotel Fazenda da Lagoa foi a forma escolhida pelos índios para cobrar rapidez no reconhecimento e na demarcação de uma área próxima, que dizem ser um território tradicional indígena.

O coordenador regional do órgão indigenista, Edinaldimar Barbosa da Silva, no entanto, só irá se pronunciar sobre o assunto após receber dos técnicos um relato completo sobre a situação. A Polícia Federal (PF) também já encaminhou agentes para o local, onde diz serem frequentes os protestos indígenas pela demarcação da área em litígio. Inaugurado em 2005, em uma antiga fazenda de coco e dendê, o hotel fica na cidade de Una, a cerca de 40 quilômetros de Ilhéus, no litoral sul da Bahia, região turística que concentra vários hotéis de luxo. Entre as regalias oferecidas aos hóspedes, “7 quilômetros de praia privativa”, segundo o site do empreendimento. (do Bahia Noticias)

Indios tupinambás ocupam hotel de luxo no Sul da Bahia

indio não quer só apito

Quase 100 tupinambás ocupam, desde o final da tarde de ontem, 7, o hotel Fazenda da Lagoa, às margens da BA-001, em Una, no sul da Bahia. A polícia federal foi acionada.

A ocupação de um hotel de luxo seria mais uma forma de pressionar autoridades brasileiras pela agilidade na demarcação de áreas indígenas em Ilhéus, Una, Buerarema e São José da Vitória, num total de 34 mil hectares.

A invasão foi noticia ontem no Fantástico, da Rede Globo, dando dimensão nacional a um problema que, enquanto estava restrito a invasões de pequenas propriedades de agricultores familiares, não conseguia romper as fronteiras regionais.





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