:: ‘Festival Internacional do Cacau e do Chocolate’
Rota do Chocolate fortalece turismo e negócios
Além da produção de chocolate na região sul do estado, o turismo rural também se constitui numa alternativa para a economia regional. A preservação ambiental garantida pelo cultivo do cacau, que necessita de sombras, e a exuberância da natureza são atrativos para turistas do Brasil e do Exterior.
Para consolidar o turismo rural, o Governo do Estado está implantado a Rota do Chocolate, o primeiro roteiro turístico temático da Bahia, que abrange os municípios de Ilhéus e Uruçuca e a Rodovia Jorge Amado (Ilheus-Itabuna).
No roteiro, os turistas conhecerão a cultura do cacau e a produção do chocolate, por meio de visitas a fazendas de cacau com acervo histórico-arquitetônico, rios, cachoeiras e áreas de preservação ambiental.
A Fazenda Yrerê, localizada ás margens da rodovia Ilhéus-Itabuna, é um exemplo bem sucedido deste novo processo. A fazenda atrai cerca de 2.500 turistas por ano, que visitam áreas de produção de cacau, do cultivo à colheita, e também degustam o chocolate produzido na fazenda, além de outros produtos regionais, como doces e artesanatos. A Yrerê foi indicada pela Embratur como um dos melhores produtos do segmento turístico no país.
Chocolat Bahia
A valorização do cacau como um produto vital para a economia regional e a produção de chocolate, ganharam visibilidade e impulso com a criação do Festival Internacional do Cacau e do Chocolate, o Chocolat Bahia, que tem o apoio do Governo do Estado e chega à 10ª edição. Em 2017, o evento reuniu 80 expositores e 40 marcas de chocolate, com cerca de 60 mil visitantes e R$ 10 milhões em negócios, números que devem ser superados este ano.
O festival tem desdobramentos durante todo o ano, nos negócios, no surgimento e crescimento de marcas, no estímulo ao empreendedorismo e na divulgação da região cacaueira no Brasil e no exterior. “Essa é uma plataforma de fomento, de geração de emprego e renda, de estímulo à produção, de esperança na retomada do desenvolvimento em bases sustentáveis”, destaca Marco Lessa, que aposta na consolidação de Ilhéus como a Capital Brasileira dos Chocolates Finos, ou Chocolate com Certificado de Origem do Sul da Bahia.
Sul da Bahia se consolida como Capital dos Chocolates Finos
A verticalização da cadeia produtiva do cacau, com a valorização das amêndoas de qualidade, está provocando o surgimento de marcas regionais de chocolates finos, que variam de 50% a 100% de cacau na composição, um mercado que cresce 10% ao ano no Brasil, enquanto o mercado tradicional cresce apenas 2%. Atualmente são cerca de 40 marcas de chocolate do Sul da Bahia, que já estão conquistando mercado no Brasil e no Exterior.
A agricultura familiar também está presente na produção de chocolates. A Bahia Cacau, com uma unidade em Ibicaraí, implantada pelo Governo da Bahia, a primeira fábrica de chocolate da agricultura familiar no Brasil. Gerenciada pela Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado (Coofesba), que reúne 60 produtores rurais, a Bahia Cacau tem uma produção de 600 quilos de chocolate/,mês e está ampliando as instalações, com capacidade para atender outras marcas regionais que produzem as próprias amêndoas. “Estamos passando por um processo de consolidação e expansão, capacitando os cooperados e buscando novos mercados”, afirma Osaná Crisóstomo do Nascimento, diretor da Coofesba.
A Cooperativa de Agricultores Familiares do Sul da Bahia, com 420 associados, produz chocolates finos e achocolatados e está criando uma linha exclusiva para os supermercados. “Com assistência técnica e capacitação vamos melhorar cada vez mais a qualidade e criar novos canais de comercialização”, diz o diretor da Coopesulba, Gildeon Farias.
O presidente da Associação dos Produtores de Chocolate do Sul da Bahia, Gerson Marques, destaca “o modelo antigo, de mero fornecedor de matéria prima, está superado. Hoje o caminho é a verticalização, valorizando principalmente a produção de chocolates fino, de cacau orgânico que tem alto valor agregado”.
Chocolat Bahia
A valorização do cacau como um produto vital para a economia regional e a produção de chocolate, ganharam visibilidade e impulso com a criação do Festival Internacional do Cacau e do Chocolate, o Chocolat Bahia, que tem o apoio do Governo do Estado e chega à 10ª edição. Em 2017, o evento reuniu 80 expositores e 40 marcas de chocolate, com cerca de 60 mil visitantes e R$ 10 milhões em negócios, números que devem ser superados este ano.
O festival tem desdobramentos durante todo o ano, nos negócios, no surgimento e crescimento de marcas, no estímulo ao empreendedorismo e na divulgação da região cacaueira no Brasil e no exterior. “Essa é uma plataforma de fomento, de geração de emprego e renda, de estímulo à produção, de esperança na retomada do desenvolvimento em bases sustentáveis”, destaca Marco Lessa, que aposta na consolidação de Ilhéus como a Capital Brasileira dos Chocolates Finos, ou Chocolate com Certificado de Origem do Sul da Bahia.
Festival transforma Ilhéus na capital brasileira do cacau e do chocolate
Durante quatro dias, Ilhéus se transforma na capital brasileira do chocolate, com a realização do Chocolat Bahia 2017, aberto na noite desta quinta-feira (20) e que segue até domingo (23) no Centro de Convenções. Em sua 9ª edição, o Festival Internacional do Cacau e do Chocolate deve atrair cerca de 60 mil pessoas, que podem se deliciar com as 40 marcas de chocolates de origem produzidos no Sul da Bahia.
Com expectativa de R$ 10 milhões de negócios para os 80 expositores, que apresentam seus produtos do Pavilhão de Feiras, o evento tem o apoio do Governo do Estado da Bahia, através das secretarias da Cultura, do Turismo, de Desenvolvimento Rural, de Agricultura, de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Além da geração de emprego e renda, que é uma das prioridades do governador Rui Costa, o que temos hoje é uma mudança de mentalidade, com a verticalização da lavoura cacaueira, com a produção de chocolate de qualidade, um processo em que o Sul da Bahia é único do mundo, indo da amêndoa ao chocolate”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner.
O Governo do Estado, através do programa Bahia Produtiva, investiu até junho de 2017, R$ 13 milhões em 31 projetos de apoio à agricultura familiar no sul do estado, com recursos para melhorar o cultivo de cacau e a produção de chocolate. De acordo com secretário de Desenvolvimento Rural Jeronimo Rodrigues, é necessário focar na qualidade “e é importante permitir o acesso ao crédito e à assistência técnica, para agregar valor ao principal produto regional”. Para o secretário de Agricultura Vitor Bonfim, o sul da Bahia vive um período marcante. “Estamos vivendo o ciclo da agroindustrialização, gerando amêndoas e chocolates alto valor agregado. O Sul da Bahia deixa de ser apenas a região do cacau, para ser também a região do chocolate”, ressaltou.
O secretário de Ciência e Tecnologia Vivaldo Mendonça destaca que “estamos disponibilizando tecnologias para a qualificação das amêndoas, o processamento e o produto final. O festival é um importante instrumento para essa troca de experiências”.
A programação do Chocolat Bahia inclui workshops gratuitos de receitas à base de chocolate com renomados chefs do país, cursos de capacitação, debates sobre temas do setor, rodadas de negócios e palestras ministradas por especialistas internacionais, visitas a fazendas produtoras de cacau, exposição de esculturas de chocolate e shows musicais com artistas regionais.
Para o secretário do Turismo, José Alves, a associação entre a produção do chocolate e a cadeia produtiva do turismo tem tudo para gerar resultados ainda mais expressivos para ambos os lados. “A Rota do Chocolate será fortalecida com as obras da rodovia Ilhéus-Uruçuca, onde o visitante tem um tour completo”, disse.
Nas fazendas de cacau de Ilhéus é possível caminhar entre os cacaueiros na Mata Atlântica. O visitante percorre desde o cultivo da amêndoa até a produção do chocolate, passando pelo controle de qualidade e embalagem antes da degustação. “Ao roteirizar o ciclo produtivo das fazendas de cacau até as fábricas de chocolate, estamos consolidando um produto turístico único, associado à relevância cultural da região, cenário das obras de Jorge Amado”, enfatizou José Alves.
O coordenador do Chocolat Bahia, Marco Lessa diz que “o evento tem o papel de estimular a verticalização da produção, com o surgimento e novos empreendedores. O cacau pode ser o fruto de ouro, desde que seja transformado em chocolate de qualidade e o Sul da Bahia deve assumir esse protagonismo. Sem o apoio do Governo do Estado, esse evento não teria a dimensão que adquiriu e a cada ano vemos o surgimento de novas marcas, ampliação dos negócios”.
A abertura do Chocolat Bahia contou com as presenças dos secretários estaduais Jaques Wagner (SDE), Jeronimo Rodrigues (SDR), Vitor Bonfim (Seagri), Vivaldo Mendonça (Secti), José Alves (Setur) e do superintendente da Secult, Alexandre Simões.
- 1