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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL)’

Internos do Conjunto Penal de Itabuna fazem prova do Enem 2017

Enem PPL 2017 (2)Uma oportunidade de transformação da realidade. É com esse pensamento que 45 internos que cumprem pena no Conjunto Penal de Itabuna (CPI) encaram, nessas terça e quarta-feiras (12 e 13), a maratona de provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem-PPL). Cerca de 60 internos se inscreveram para as provas, mas alguns deles já ganharam a liberdade. A aplicação das provas foi supervisionada por Heitor de Morais Sobrinho, coordenador local do Enem.

Apesar de ser dirigido ao público do sistema carcerário, as provas do Enem-PPL em nada diferem, em grau de dificuldade ou mesmo em relação às competências exigidas de cada candidato, do exame aplicado a todos os  demais estudantes do país. Por isso mesmo, na semana passada (quinta-feira, 7), a coordenação de Educação do CPI promoveu um aulão preparatório, com apoio pedagógico e até psicológico para os candidatos.

O Conjunto Penal de Itabuna possui escola de Ensino Médio (Colégio Estadual de Itabuna), cujos concluintes foram sensibilizados quanto à necessidade de se fazer o Enem. Além desses, foram inscritos outros internos que já possuíam a formação em nível médio quando entraram no sistema prisional, bem como outros candidatos que já passaram pelo crivo de Enem em anos anteriores, sem sucesso, mas que não desistiram de tentar mais uma vez.

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Internos da Fundac participam de aulões para Enem PPL

Jovens da FUNDAC, têm aulas de revisão para o ENEM 2015.Fotos Mateus Pereira/GOVBA

Jovens da FUNDAC, têm aulas de revisão para o ENEM 2015.Fotos Mateus Pereira/GOVBA

Cinquenta e oito internos da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) participaram na quarta-feira (24) de aulões preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). Os jovens, na faixa etária de 17 a 20 anos, puderam revisar os principais assuntos de sete disciplinas cobradas na prova. Pela manhã, os conteúdos revisados foram de Física, Português e História. No turno vespertino, Sociologia, Filosofia, Matemática e Química.

Nós estamos trabalhando para reforçar a base desses jovens. Muitos, quando chegaram, não conheciam elementos básicos de cada matéria. Eles estão motivados e acreditando que podem alcançar um bom resultado, e eu, como professor, também acredito no sucesso deles”, afirmou o professor de História, Marcelo Mascarenhas.

As ações socioeducativas oferecidas pela Fundac têm devolvido a esperança de quem se arrepende de um início de vida equivocado. “Cometi um grave erro no passado, mas me arrependi. Hoje estudo para mudar a minha vida”, disse o jovem I.S, 19 anos, um dos internos. As provas para as pessoas privadas de liberdade serão aplicadas na terça (1º) e quarta-feira (2) de dezembro próximo, nos centros de atendimento ao jovem infrator.

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A aproximação do dia do exame tem enchido de entusiasmo T.M, 19. O garoto vê na oportunidade de disputar uma vaga em faculdade pelo Enem como a principal chance de futuramente realizar o sonho de ser professor de História. “Tenho estudado bastante para chegar no dia da prova o mais bem preparado possível. Essa é uma porta importante para o futuro. Quero ser respeitado pelas pessoas, ser reintegrado à sociedade e voltar para o aconchego da minha família”.

Para as meninas, a reinserção a uma sociedade machista é ainda mais difícil, e elas sabem disso. “Vou sofrer muito preconceito, mas vou superar tudo isso”, enfatizou G.M, 17. A garota, que foi acusada de cometer latrocínio há quase dois anos e perdeu o irmão assassinado pouco tempo depois da sua internação na Fundac. Segundo ela, a dor e o arrependimento a levou ao sonho de ser enfermeira. “Não me orgulho do que fiz, e machucaram muito o meu irmão. Minha consciência me leva a querer cuidar das pessoas”.
Os aulões na sede da Fundac foram concluídos nesta quarta (25), mas a preparação continua nos centros de atendimento socioeducativos, onde mais de 320 jovens têm acesso à educação, saúde e assistência social. “Temos centros de atendimento em Salvador, Feira de Santana, Simões Filho e Camaçari. Lá, as aulas já acontecem desde 2012, mas a revisão começou no ano passado”, explicou a coordenadora de Educação do órgão, Mercedes Agrícola.

A Fundac atua em parceria com a Defensoria do Estado da Bahia e professores de instituição de ensino públicas e particulares, na reabilitação do jovem para reinserção na sociedade. “Os adolescentes que cometeram infrações contam com todo o suporte e orientações para perceberem seus erros e para resolverem mudar. Na Fundac, eles passam a ter a oportunidade de mudar de vida, e muitos têm aproveitado isso”, afirma a diretora geral de Fundac, Regina Affonso.

 





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