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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

abril 2024
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:: ‘Eulina Lavigne’

O Amor, o Medo e a Raiva

 

Eulina Lavigne

eulina lavigneSe perguntar a maioria das pessoas qual o oposto do amor a primeira resposta que ouvimos, assim no impulso, é que é o ódio.

E se pararmos para pensar um pouco podemos observar que o oposto do amor é o medo. O medo de. O medo de se envolver, o medo de se machucar, o medo de dizer o que sente de fato, o medo do abandono, o medo de amar a si próprio. No fundo temos medo de nos amar como somos e muitas vezes projetamos no outro aquilo que gostaríamos de ser, ou de ter, ou de fazer e por medo, não somos, não temos e não fazemos.

E quando o outro pode ser quem é, fazer e ter, entramos no desamor e sentimos raiva. Do outro? Não. De nós mesmos. Bert Hellinger criador da Constelação familiar se utiliza de uma frase muito interessante que diz: “Que mal lhe fiz para estar tão furioso com você?”. No fundo tenho raiva de mim porque aceitei muitas coisas que não devia ter aceitado. Por que deixei de exigir, tomar ou pedir o que eu poderia ter exigido, tomado ou pedido. Esse tipo de raiva paralisa, pode deixa o sujeito enfraquecido e preso por muitos anos.

Quando desenvolvo o amor por mim e incluo o medo e a raiva como partes de mim e importantes para a minha caminhada, me fortaleço e me sinto mais segura para amar o próximo. Por que o medo, quando reconhecido em momentos que lhe cabe, me protege. Por exemplo, Angela Cavallo foi capaz de levantar e segurar um veículo por quase 5 minutos para salvar o seu filho que ficou preso sob um Chevrolet 964. O medo de perdê-lo foi tão grande que a fortaleceu a tal ponto que fosse capaz de fazer o que fez. O amor que tinha pelo filho, superou qualquer obstáculo. O medo me convida a ficar mais alerta e focado para que algo de pior não aconteça. E isso me faz bem!

A raiva pode ser saudável quando ela me impulsiona para a ação, quando me fortalece para tomar uma atitude e me impor com energia, ou quando ela se expressa como uma força de alerta, centrada para responder a situações de emergência.

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EnvelheSer

Eulina Lavigne

 eulina lavigneOutro dia fui visitar uma amiga que há tempos não via e quando abriu a porta disse ter adorado os meus cabelos curtos exceto os meus cabelos brancos. Sugeriu que eu pintasse e eu de pronto disse a ela que resolvi assumir os meus 57 anos.

A vida é um convite para experimentarmos o que ela nos oferece e perceber a importância de vivermos cada etapa do nosso processo evolutivo. Reproduzimos nesse processo a história da evolução do Homem. E é muito importante que todas as nossas etapas de vida sejam vivenciadas respeitando-se o tempo de cada Ser, pois ele vai se evidenciar na forma como lidamos com os fatos apresentados em nosso caminhar. Em nossas células está o registro de toda essa memória desde o momento da nossa concepção até o dia da nossa passagem para outra dimensão.

Experimentamos viver como uma ameba, como um peixe, como um réptil, como mamífero e como uma junção de todas as espécies. No caminho da concepção somos desejo de forma pois estamos no caminho da formação. Concebidos vivemos em um aquário mantidos pelo líquido amniótico no conforto do útero materno. E seguindo o fluxo natural, no período de 9 meses escorregamos para a vida aqui fora.

E seguimos nos arrastando como um réptil que deseja explorar, sem nenhum tipo de controle sobre os nossos desejos e sem um sentimento ainda compreensível, vivemos no inconsciente de quem de fato somos.

Quando experimentamos o ser mais primitivo que podemos ser, nos arrastando, nesse momento desenvolvemos o nosso cérebro reptiliano e sendo assim vamos experimentar uma nova etapa de vida engatinhando feito um bicho do mato. Nesse momento, exploramos com mais facilidade a vida e desenvolvemos assim o nosso cérebro límbico ou emocional.

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Ah, se fosse meu filho!

Eulina Lavigne

eulina lavigneAi se fosse meu filho agredido por esse marginal! Ia conhecer o inferno por que aqui não ficaria mais! Li essa postagem nas redes sociais sobre a morte estúpida de um rapaz que solitário na madrugada retornava do carnaval e foi agredido com um soco e chutes certeiros por quem também foi agredido no meio dos foliões.

E fiquei a pensar nas mães, tanto do agressor como do agredido e como mãe de três filhos fiquei com o meu coração apertado. Por que ambas perderam um filho para a vida.

E sem jamais fazer apologia ao crime, tinha vontade de conhecer a vida de ambos os jovens, e quero crer que muitos de nós iria se sensibilizar com as diferentes dinâmicas de vida e talvez compreendesse o que nos falta.

Em seu livro as Ordens do Amor, Bert Hellinger conta uma historinha que relatarei aqui um trecho dela, por julgar suficiente para compreendermos essas diferentes dinâmicas.

“Alguém nasce na sua família, na sua pátria, na sua cultura. Desde criança ouve falar de seu modelo, professor e mestre, e sente um desejo profundo de tornar-se e ser como ele.

Junta-se a pessoas que têm o mesmo propósito, disciplina-se por muitos anos e segue seu grande modelo, até que se torna igual a ele – até que pensa, fala, sente e quer como ele.

Entretanto, julga que ainda lhe falta um coisa. Assim, parte para uma longa viagem, buscando transpor talvez uma última fronteira na mais distante solitude.  Passa por velhos jardins, há muito abandonados, onde apenas continuam florescendo rosas silvestres. Grandes  arvores dão frutos todos os anos, mas eles caem esquecidos no chão porque não há quem os queira. Daí para frente, começa o deserto”.

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Não perca aquilo que você não tem: o tempo!

Eulina Lavigne

eulina lavigne“És um senhor tão bonito, quanto a cara do meu filho, Tempo, Tempo, Tempo, Tempo
vou te fazer um pedido”… pare de correr das nossas vidas!

Sinto que a humanidade, com raras exceções, vive correndo atrás de algo que, de fato, não existe: o tempo. E quanto mais corremos atrás de algo que não existe, mais ficamos sem tempo. Já parou para pensar sobre isso?

Conta-se que o tempo foi criado pelos Sumérios, há 2000 a.c que viviam no sul da Mesopotâmia e dividiram o dia em 12 horas para o dia e 12h para a noite, formando assim as 24h. E temo que, em breve, alguém proponha a ampliação do dia para 48h. E me pergunto: onde será que vamos parar?

Alerto que temos um tempo interno que precisa ser respeitado. Essa falta de respeito com o nosso relógio interno, vem causando uma desordem em nosso sistema nervoso, trazendo stress, ansiedade, depressão, apenas para citar alguns desses efeitos. Há aí uma desordem, pois temos tempo para o outro, para o trabalho, mas abrimos mão do nosso tempo interno. Para quê mesmo?

Todos os seres vivos possuem um relógio biológico que vai sofrendo alterações de acordo com a idade  e com o momento de vida em que se encontram. Portanto, há que se respeitar e considerar que devemos  impedir que o tempo criado pelo homem invada o nosso tempo interno, sob pena de piorar a nossas relações e qualidade de vida.

A retina, o hipotálamo e a glândula pineal, são os órgãos responsáveis pela regulação do nosso relógio biológico. A retina é quem informa ao nosso corpo se é dia ou se é noite, e o hipotálamo processa essa informação que estimula ou inibe a produção de melatonina pela glândula pineal. A melatonina é o agente químico que regula o nosso relógio biológico e esse último controla os nossos sistemas a exemplo do sistema digestivo, excretor, o sono e a vigília, sistema hormonal, temperatura do corpo….

Agora, imaginem o quanto esse nosso relógio está desregulado em função da falta de tempo para dormir, se alimentar, deixar o corpo descansar, se divertir, conversar com calma com os familiares e amigos?

As redes sociais, e principalmente o WhatsApp, são os “despachantes” do nosso tempo. São utilizados para agilizar a venda de um imóvel, para dar recados, para enviar relatórios, para arranjar um namorado…. Nossa Senhora nos acuda! Parece que estamos sempre “devendo” uma resposta, uma atenção, uma mensagem… São mesmo necessárias?

Com isso, as pessoas não têm mais tempo para uma boa conversa no telefone e quando desejam conversar perguntam se pode ligar pelo WhatsApp para garantir o seu tempo de conversa. Sim, pois se você liga sem avisar, corre o risco de ter uma conversa de doido, pois o outro pode estar colocando a roupa para lavar na máquina, enquanto faz o seu jantar e bate o suco no liquidificador. Sendo assim, você é obrigado a repetir “centas’ vezes a mesma coisa e aí meu amigo a conversa fica insustentável.

Sem contar com aqueles que aproveitam a espera do trânsito para te ligar acionando o bluetooth e, de repente, grita de  lá: “Depois eu te ligo pois estou estacionando no supermercado!”. E você do outro lado da linha, que parou o seu trabalho para escutar o outro,  fica estressado. Chega! Já avisei: “Só me liguem quando tiverem tempo para uma boa prosa!”

Resultado: há tempos o meu telefone não toca!  Que saudade do telefone de fio curto que pelo menos nos mantinha parados no lugar!

Mas, pensando bem, estou achando que esse artigo é para a geração antiga, pois a nova geração, provavelmente, já  vem chegando com o seu relógio biológico ajustado para a grande revolução tecnológica que nos aguarda. Arrepio-me só de pensar!

Vou ficando aqui  com Alberto Caeiro, heterônomo de Fernando Pessoa, que diz:

Não tenho pressa.

Pressa de quê?

Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.

Eulina Lavigne é mãe de três filhos, terapeuta clínica, Consteladora há 11 anos, Especialista em trauma, Mestra em Reiki Xamânico, Palestrante, Consultora em envolvimento humano e organizacional.

Abra a boca e feche os olhos!

eulina lavigne

 Esta semana me lembrei desse comando que, de vez em quando, ouvia na minha infância e que hoje me traz uma reflexão sobre o confiar. O quanto praticávamos brincadeiras que trabalhavam a nossa confiança, a nossa ligação com o próximo, a união, a resiliência e tantas coisas mais. E sinto um tanto quando percebo o distanciamento do modelo atual de brincadeiras tão solitárias e individuais ligadas ao computador e celular.

Enfim, retomemos a questão da confiança. Lembro que, quando alguém queria me dar algo que julgava gostoso, pedia para abrir a boca e fechar os olhos. E antes de fazer isso lembro que sempre me perguntava o que iria entrar na minha boca sem ter a certeza do que seria, pois, afinal de contas, tinha que fechar os olhos para receber. E isso exigia de mim uma extrema confiança naquele que estava me fazendo a proposta. Eu confiava e sempre recebi coisas boas, e isso foi reforçando em mim o confiar. Confiar na vida.

No entanto, havia crianças muito brincalhonas, que se sentiam livres para praticar a sua maldade e colocavam na boca de outras crianças capim e coisas desagradáveis, o que sinalizava, para quem recebia, que não devia confiar tanto assim. E assim construíam as suas crenças.

Hoje, percebo que, embora construamos crenças de forma distorcida, por exemplo, que não devemos confiar em nada e em ninguém, a vida tem me mostrado que o medo criado por nós nos impede de fazer esse movimento. Confiar está relacionado como movimento da entrega. Em perceber que o que acontecer comigo é para o meu aprendizado, para o meu crescimento e ampliar a percepção da minha Alma sobre a vida. Nada vem para me destruir e sim para me ensinar, me tornar mais resiliente, a buscar soluções e alternativas.

Digo sempre que se há um problema, deve haver uma solução para ele que nem sempre é a que queremos e sim a que é. Talvez a solução seja confiar e deixar como está para ver como é que fica. Digo também, que se o problema veio para mim é por que posso solucionar mesmo que precise pedir ajuda do outro e sou eu quem precisa fazer o movimento.

Experimente abrir a boca e fechar os olhos agora enquanto lê esse texto, e veja a sensação que lhe dá. E imagine que o que quer que entre em sua boca, você terá a opção de por para fora ou de engolir. Esse poder é nosso! E assim é na vida. Podemos confiar e nos entregar para a vida.

Podemos viver o que precisamos viver, e confiar que mesmo que seja sofrido. Precisamos viver e deixar o sofrimento passar, sem adiantarmos o passo. Pois tudo termina no seu tempo.

Abra a boca e feche os olhos, ore e se conecte com a Vida, pois ela é o nosso grande presente, mesmo que acredite  que a sua veio mal embrulhada. Rasque esse papel e embrulhe do jeitinho que quer recebê-la. Só você pode fazer isso! E se achar que não pode fazer sozinho, convide alguém em quem confie para lhe ajudar!

Boa sorte!

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Eulina Lavigne é mãe de três filhos, terapeuta clínica, Consteladora há 11 anos, Especialista em trauma, Mestra em Reiki Xamânico, Palestrante, Consultora em envolvimento humano e organizacional.

Até que a morte nos separe!

Eulina Lavigne

eulina lavigne A cada suspiro meu, eu morro. A cada sorriso meu, eu morro. E até que a morte nos separe eu já morri tantas vezes, infinitamente incontáveis. Como saber que você irá me suportar, e um suportar que estará longe de me aturar, se nem sei se terás suporte para te suportares.

Eu morri tantas vezes ao longo dos meus 57 anos, que foi preciso me separar de mim para poder aprender e novamente conviver comigo. E qual vem ser o real significado do “até que a morte nos separe”?

Para mim, vem da intenção de um homem e uma mulher de constituírem uma família. E quando constituem uma família deixam de ser apenas um homem e uma mulher e passam a ser um pai e uma mãe! E ninguém separa um pai e uma mãe, pois assim sendo assim, sempre serão.

Não sei falar sobre viver uma relação que durou uma vida inteira, pois a minha vida vem sendo feita de tantas partes e são essas partes que fazem de mim inteira.

Quando eu matei aquela que desejavam que fosse eu morri pela primeira vez. Então, a morte me separou de mim mesma e a minha relação de 16 anos se findou. E quando pude novamente renascer, pude compreender que família constituída não se separa nunca! Pois o pai, a mãe e os filhos serão eternos, e nem sei se a morte os separa! Quem garante isso? Quem disse que o amor morre, se é energia? Para mim, ele pode se transformar e até se fingir de ódio e raiva só para não se revelar. Ele sempre permanecerá.

Penso que essa tal promessa de até que a morte nos separe para aqueles que são rígidos e perfeccionistas deve se um peso e tanto. Principalmente para a minha geração, que não tinha a liberdade de conviver mais com o outro, onde muitos casamentos eram objeto de fuga e significavam a tal da (falsa) liberdade. Fico a refletir se o sofrimento e doença fazem parte dessa balança em desequilíbrio.

Penso ser possível viver bem em família, estando junto ou separado. É opção de cada um. Com certeza, se a convivência é prazerosa o melhor é viver junto. E se não for, podemos viver juntos, bem e separados. Será que confundi o meu leitor?

O fato é que quando me casei no religioso, eu de pronto escolhi um padre que não me fizesse essa pergunta, pois não queria iniciar uma relação mentindo. Pois viver a dois é sempre um desafio e quando esse desafio fica de fato por um fio e não tem agulha que costure, não dá para viver uma relação remendada. Ou costura direito ou é melhor seguir fluindo, morrendo e renascendo a cada dia até…..

Que uma nova vida nos separe, ou nos una!

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Eulina Lavigne é mãe de três filhos, terapeuta clínica, Consteladora há 11 anos, Especialista em trauma, Mestra em Reiki Xamânico, Palestrante, Consultora em envolvimento humano e organizacional.

 

 





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