:: ‘Estadão’
Quem merece ´tomar no c…´ é a Midia Pistoleira
O que aconteceu de realmente importante na tarde de ontem, além, é claro, da vitória de 3 a 1 da seleção brasileira contra a Croácia? Em primeiro lugar, a Arena Corinthians, que despertava grande temor, passou bem pelo teste de fogo. Além disso, não houve problemas de deslocamento e os torcedores chegaram e saíram com facilidade, utilizando o transporte público. Para completar, não houve a temida greve dos metroviários e os protestos foram realizados por grupos minoritários. Em resumo, uma grande festa, onde a esperança venceu o medo de um eventual fracasso (leia mais aqui).
No entanto, o que mais foi destacado pelos jornais, na manhã seguinte, ou pelos telejornais de ontem? A vaia que partiu da ala Vip do estádio (leia aqui) e, em alguns momentos, foi dirigida à presidente Dilma, num grosseiro “ei, Dilma, vai tomar no c…”. O que essa vaia significa? Praticamente nada. Expressa apenas a falta de educação e o comportamento de manada típico dos estádios de futebol, quando um pequeno grupo começa a gritar palavras de ordem, que rapidamente se alastram. Além disso, se fossem outros os presidentes, será que o mesmo não teria ocorrido?
A vaia, em si, foi um evento banal. A cobertura dos jornais e telejornais, nem tanto. Significa que Folha, Estado de S. Paulo e Globo, cujos colunistas falavam em “Copa do Medo” e “chuteiras sem pátria”, fazem parte da torcida organizada anti-Dilma. E os torcedores que ali gritavam, gritavam por eles. Os Frias, os Mesquita e os Marinho. (do Brasil 247)
A Mídia Pistoleira e a ´cegueira seletiva´
A revista Istoé dessa semana traz uma revelação bombástica, amparada em documentos: a existência de uma conta bancária na Suiça, por onde circularam o equivalente a R$ 64 milhões entre 1998 e 2002. A conta movimentou recursos ligados ao escândalo das propinas pagas pela Siemens e pela Alstom a governos tucanos de São Paulo.
Apesar da gravidade da denuncia, nada do que foi revelado por Istoé ecoou no Jornal Nacional ou nas edições dominicais da Folha e do Estadão.
Jornalista, uma espécie em extinção?
Por Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana
Reproduzido da Agência Pública
A jornalista, hoje com 65 anos, abraçou a reportagem com a mesma paixão que lutou contra a ditadura, como militante da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), onde foi companheira de Dilma Rousseff. Ficou dois anos na prisão; quando saiu, atuou como repórter de Economia nos então principais jornais do país – O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo.
Manchete da Veja deste final de semana. Que certamente será repercutida pela Rede Globo, Folha, Estadão…
Lula, Zé Dirceu e o PT tentaram acabar com o mundo, mas Joaquim Barbosa impediu
Denuncia altamente confiável de um integrante do PCC revela que Hugo Chavez, Fidel Castro e Cristina Kirchnner se aliaram a Lula e Zé Dirceu para destruir planeta, mas o capitalismo triunfou (seja lá que porra uma coisa tenha a ver com a outra)
O LIVRO QUE NÃO EXISTE É RECORDISTA DE VENDAS
Lançado em 9 de dezembro deste ano, o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., alcançou o topo do ranking de livros mais vendidos do site especializado em mercado editorial PublishNews. O site contabiliza as vendas de 12 livrarias –Argumento, Cultura, Curitiba, Fnac, Laselva, Leitura, Martins Fontes SP, Nobel, Saraiva, Super News, Travessa e da Vila.
A obra aponta irregularidades nas privatizações ocorridas durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). O livro afirma também que amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais e movimentaram milhões de dólares entre 1993 e 2003.
Segundo a Geração Editorial, que publicou o livro, a primeira edição teve uma tiragem de 15 mil exemplares, que se esgotou na editora. Foram reimpressas 60 mil unidades, já que, de acordo com a Geração Editorial, cerca de 50 mil já tinham sido vendidos às livrarias antes de o lote checar à editora.
A Fnac afirmou que os exemplares da primeira edição do livro se esgotaram em três dias, e que o principal canal de vendas foi a internet. Uma nova encomenda foi feita no mesmo dia, mas os livros sumiram das prateleiras em três dias. Quanto à segunda edição, que chegou às lojas no último dia 16, a Fnac informou que 25% dos exemplares já tinham sido comprados por clientes na pré-venda.
A livraria comparou as vendas de “A Privataria…”, nos primeiros dias após o lançamento, às de grandes apostas editoriais do ano, como a biografia de Jobs e o último livro de Jô Soares. Já Saraiva afirmou que, para um período de cinco dias, o livro bateu o recorde histórico de encomendas na Saraiva.com. A empresa aponta que as vendas foram impulsionadas pelo destaque que o título ganhou nas redes sociais. Na Livraria da Folha, a obra foi a mais vendida entre todas as categorias na semana de 19 a 26 de dezembro. (do UOL)
NOTA DO BLOG: Para a Mídia Pistoleira (Veja, Folha, Estadão, Globo, etc) esse é o livro que não existe. Vem sendo solenemente ignorado, mas ainda assim existe fila de leitores para adquiri-lo. É a força dos sites, blogs e das redes sociais, que fazem de internet uma alternativa para o outrora imbatível monopólio da informação.