:: ‘Dodô e Osmar’

“Pra quê corda? Se a pipoca tá com a corda toda”. Literalmente, a música de trabalho da banda Armandinho, Dodô e Osmar virou realidade no circuito Barra-Ondina no início da noite deste domingo (26). A família de músicos com muita tradição e dezenas de carnavais fez a festa do folião pipoca com o trio sem cordas comandado pelos irmãos Macêdo e apoiado pelo Governo do Estado.

Com experiência de mais de cinco décadas de Carnaval ao lado dos irmãos Betinho, Aroldo e André, Armandinho não esconde a alegria de estar mais um ano fazendo a festa de uma forma democrática. “Temos esse conceito desde o tempo de Dodô e Osmar, que começaram com a fubica, numa festa que era para todos. Nós acreditamos nesse Carnaval democrático. O espaço é para todo mundo. Esse é um momento de prestigiar a nossa cultura, a nossa história. Isso é importante e deve permanecer”, disse o mestre da guitarra baiana.

O irmão e também guitarrista Aroldo Macêdo ressalta a importância do apoio do Governo do Estado para manter viva a ideia da folia aberta a todos os públicos. “Se não houver o apoio do Governo do Estado, o apoio público, fica muito difícil tocar para o folião. Há dez anos temos esse incentivo do Governo e isso é fundamental. A cada vez que nosso grupo desfila, mostramos toda a história da criação do trio elétrico, dessa festa baiana, com um repertório desde 1950, passando por Dodô, Osmar, Moraes Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil. Pessoas que ajudaram a construir a música do Carnaval. E o Carnaval é isso. É Pipoca. É para o povo”, disse o músico.

Ainda na concentração, o público já entrou no clima com o clássico “Chame Gente” e a folia continuou com sucessos da banda como “Pombo Correio”, “Chão da praça”, “Zanzibar” e a mais nova “Pra que corda”.

A Banda Armandinho, Dodô e Osmar lança sua mais nova música: “Pra que Corda?”. Com melodia de Armandinho e Aroldo Macêdo e letra de Octácio, a música é um frevo elétrico com a marca registrada da Banda, a guitarra baiana, e é daquelas que fazem qualquer um pular. A pipoca, formada pelos foliões que brincam o Carnaval de graça, fazendo a maior festa do mundo junto com o Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar, mostra que ninguém precisa de corda para ser feliz no Carnaval de Salvador.

Quem acompanha o Fobicão pelas ruas, participa de um espetáculo único, vibrante e democrático. Como dizem os Irmãos Macêdo – Betinho, Armandinho, Aroldo e André, “cordas, só nos instrumentos.”

A pipoca vai pular em 2017, ao som de “Pra que Corda?”

Na Bahia, carnaval sem cordas resgata a magia de uma folia para todos…

“Toda a cidade vai navegar/ No mar azul Badauê/ Fazer tempero, se namorar/ Na massa do massapé” entoou a multidão que assistiu na noite desde sábado, na Praça Adami, no centro de Itabuna, o show da banda Armandinho, Dodô e Osmar, principal atração da festa da Lavagem do Beco do Fuxico. Os irmãos Aroldo e Armandinho Macedo empolgaram o público com seus sucessos cantados a plenos pulmões pelos foliões que se comprimiam em toda a extensão da praça, parte da Avenida do Cinquentenário e transversais, num espetáculo maravilhoso de carnaval fora de época.

O show foi antecipado em meia hora pelos organizadores diante do grande número de pessoas que aguardavam a apresentação das canções trieletrizadas dos músicos da banda, que recebeu uma placa da Prefeitura de Itabuna em homenagem aos 70 anos de criação da guitarra elétrica por Dodô e Osmar. À época a invenção recebeu o nome de “pau elétrico”. Quando a banda puxou o refrão “Sou Adão e você será… Minha pequena Eva (Eva)…”, o público explodiu em contagiante alegria.

A banda também cantou músicas de outros compositores e artistas baianos e interagiu com os foliões que cantavam e dançavam como se a festa estivesse apenas começando não fosse o encerramento de um dia de folia com a Lavagem do Beco do Fuxico, evento tradicional que sempre marca a abertura da festa carnavalesca em Itabuna. Entre as músicas, estão Vida Boa, de Caetano Veloso, Bloco do Prazer e Vassourinha, de Moraes Moreira, e até Esse Cara Sou Eu, de Roberto e Erasmo Carlos.