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Daniel Thame, jornalista no Sul da Bahia, com experiência em radio, tevê, jornal, assessoria de imprensa e marketing político danielthame@gmail.com

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:: ‘ditadura militar’

A tabelinha Wadih Helou e José Maria Marin que empurrou Vladimir Herzog para a morte

Preso pelo FBI e metido até o pescoço em esquemas de corrupção, José Maria Marin, quando deputado estadual em São Paulo, em 1974 protagonizou uma `tabelinha` com seu colega Wadih Helou, denunciando o jornalismo da TV Cultura, dirigido por Vladimir Herzog, como um vespeiro de comunistas, e enaltecendo o delegado Sergio Paranhos Fleury.

Marin e Helou foram cirúrgicos: Herzog era a caça, Fleury o caçador.

Dias depois, Herzog foi preso e assassinado nas dependências do DOPS, o antro do terror e tortura da Ditadura Militar.

O áudio, histórico, é revelador. A história, ainda que por linhas tortas, começa a justiçar José Marin, e vingar Herzog

Emiliano José e Oldack Miranda lançam 17ª. edição de “Lamarca, o Capitão da Guerrilha”

capa lamarcaConsumado o golpe militar de 1964  no Brasil, dominado o Congresso Nacional, através da cassação de mandatos parlamentares, exiladas as principais lideranças do país, reprimido com violência o movimento estudantil, presos políticos abarrotando penitenciárias em todo o país. Eis o cenário imposto pelos militares no poder. Cerceada a oposição legal, através de extinção dos partidos políticos tradicionais e com o bipartidarismo imposto pela força, emergiu a inevitável opção pela luta armada. Organizações revolucionárias surgiram às dezenas.  O capitão Carlos Lamarca se rebela, deserta do Exército e parte para a ação armada contra o regime, até que tomba na Bahia, em 1971.

Essa história é contada no livro “Lamarca, o capitão da guerrilha” (Global Editora) dos jornalistas Emiliano José e Oldack de Miranda. A 17ª edição revista e ampliada, lançada no dia 22 de maio de 2015, às 18h, na Livraria Cultura do Shopping Salvador, representa um ressurgimento da obra que, lançada em 1980, foi desaparecendo das livrarias ao longo dos anos. Parece um novo livro, a começar pela capa, assinada pelo artista gráfico Elifas Andreato, o mesmo que criou a capa da primeira edição. Na primeira, ele trabalhou uma foto do militar, dando um toque de tristeza em seu semblante. Agora, ele inova e pinta um quadro: um homem coberto por um manto vermelho, quepe verde, sem rosto, fuzil na mão ao lado de um ramo verde, acolhendo a bandeira nacional, como se estivesse plantando uma semente de esperança em pleno sertão.

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Morre Inês Etienne, a única sobrevivente da Casa da Morte

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A ex-guerrilheira Inês Etienne Romeu morreu nesta segunda-feira, em Niterói (RJ). Ela foi presa e torturada durante o regime militar e denunciou a existência da Casa da Morte, em Petrópolis

Inês foi presa pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury em São Paulo, no dia 5 de maio de 1971. Depois foi levada à Casa da Morte, onde ficou presa por 96 dias, sendo submetida a torturas e estupros. Ela foi libertada em Belo Horizonte em agosto de 1971. O imóvel, onde funcionou o centro clandestino, existe até hoje na Rua Arthur Barbosa 668, no bairro Caxambu, em Petrópolis. O proprietário atual é Renato Noronha, que comprou a casa em 1978.

Ao chegar na casa de uma pessoa da família, Inês resolveu se entregar na mesma hora às autoridades oficialmente para garantir sua vida. Condenada, ela ficou presa até 1979, e dois anos depois conseguiu localizar a casa onde esteve presa em Petrópolis. Ela foi a última a deixar a prisão após a anistia.

Na Casa da Morte, em Petrópolis, mais de 20 militantes teriam sido mortos. O local funcionava como uma prisão clandestina

Livre, Inês denunciou a existência do centro clandestino em 1981 e a atuação do médico Amilcar Lobo nas torturas.

Lembrar sempre, para não esquecer nunca

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Lembrar sempre, para não esquecer nunca

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Entidades baianas comemoram 30 anos sem Ditadura Militar

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Entidades de defesa dos direitos humanos na Bahia promovem o ato “Viva a Democracia”, em comemoração aos 30 anos sem ditadura militar no Brasil, amanhã (17), a partir das 14:30 horas, no Forte do Barbalho, que foi o principal centro de tortura no Estado.

Os organizadores ressaltam que será um evento político-cultural de memória e resistência para lembrar os momentos marcantes da redemocratização, do papel das instituições, dos movimentos e das pessoas.

 

PROGRAMAÇÃO

O evento “Viva a Democracia” será aberto às 14:30 horas com uma concentração no Teatro do ICEIA, com a Batucada Levante Popular da Juventude animando uma caminhada até o Forte do Barbalho.

Às 15:30 horas os professores José Carlos de Souza e Marcela Mascarenhas ministram uma aula pública sobre “O fim da ditadura a redemocratização do Brasi”, seguindo-se um recital de poesia e performance teatral.

Às 17:30 horas, palestra de Ivan Seixas, jornalista e membro da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos da Lei 9140/95, sobre “Justiça de transição, memória e verdade”. Às 18:30 horas, coffee break e lançamento de livros de Emiliano José/Oldack Miranda, Joviniano Neto, Rui Patterson, Paulo Martins, Roberto Ribeiro Martins e Carlos Pronzato. O ato será encerrado às 19 horas com um show musical de Mariela Santiago e Tato Lemos.

O evento “Viva a Democracia” é promovido pelo Comitê Baiano Pela Verdade, Grupo Tortura Nunca Mais/Bahia, Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), Ação Social Arquidiocesana (Asa), Centro Vitor Meyer e Comissão de Direitos Humanos da OAB/Bahia, com apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Secretaria da Educação e Secretaria de Cultura do Estado.

Galeria F dos presos políticos será transformada em espaço de memória da ditadura

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Atendendo a uma proposta da Comissão Estadual da Verdade – Bahia, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) vai transformar, ainda este ano, a famosa Galeria F, ala dos presos políticos, na Penitenciária Lemos Brito (PLB), em um espaço de memória da ditadura. A decisão foi anunciada pelo titular da Seap, Nestor Duarte Neto,  após visita ao espaço no dia anterior, em companhia de dois integrantes da Comissão Estadual da Verdade (CEV), Carlos Navarro (coordenador) e Joviniano Neto, e do diretor da Penitenciária Lemos Brito,
Everaldo Jesus de Carvalho.

Memória

galeria F 2O coordenador da CEV-BA, Carlos Navarro, explica que a transformação da Galeria F em espaço de memória é um antigo anseio dos presos políticos que por lá passaram, entre eles José Carlos Zanetti e Emiliano José, que fizeram a sugestão à Comissão. Na visita, o secretário Nestor Duarte Neto garantiu todo apoio ao projeto, que inclui restauro que possa possibilitar o retorno à situação anterior em cada uma das 20 celas destinadas aos presos políticos. “É um espaço de preservação para que a população possa conhecer a história das pessoas que passaram por aqui”, afirmou.

A Galeria F, situada no prédio circular com um total de 119 celas, o primeiro da PLB, construído em 1950, encontra-se desativada. Por lá passaram 85 presos políticos, entre eles o jornalista e escritor Emiliano José, que ficou preso por quatro anos (1971-1974). Ele é autor de livros relatando o horror dos anos de chumbo naquela galeria.

A historiadora Cláudia Trindade, que desenvolve um trabalho de pesquisa no Centro de Documentação da Penitenciária, já localizou diversos prontuários de presos políticos até hoje não registrados pela CEV e outras entidades. O diretor da Lemos Brito, Everaldo Jesus de Carvalho, disse que o projeto prevê também transformar o espaço em um Centro Dinâmico de Cultura Prisional, com escolas profissionalizantes e outras atividades.

Ainda durante a visita, o secretário Nestor Duarte Neto visitou os novos prédios da Cadeia Pública para presos provisórios, em fase final de construção, com capacidade para 401 pessoas do sexo masculino e 286 na ala feminina.

 

Wagner recebe da Comissão da Verdade relatório sobre a Ditadura Militar na Bahia

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Com cerca de 300 páginas, o relatório parcial sobre a Ditadura Militar na Bahia foi entregue na manhã desta segunda-feira (29) pelos membros da Comissão Estadual da Verdade ao governador Jaques Wagner, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O documento é parcial e, além de reunir o que foi apurado sobre as violações de direitos entre os anos de 1964 e 1985 na Bahia, recomenda “a reinterpretação ou mudança da Lei de Anistia”, com o objetivo de responsabilizar os agentes públicos que foram autores de torturas e ocultação de cadáveres.
verdade 2O coordenador da comissão explicou que o grupo intensificou os trabalhos para que a apuração pudesse ser entregue em mãos ao governador ainda durante sua gestão. Faltando três dias para entregar o mandato de chefe do Poder Executivo Estadual, o governador disse se sentir orgulhoso em receber o relatório preliminar. “A busca da verdade histórica, sem rancor, é fundamental para a gente saber de onde a gente veio e para aonde a gente vai”.

Wagner, que foi confirmado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o Ministério da Defesa, também disse que o tema já está sendo tratado na pasta e que as consequências do relatório da Comissão Nacional da Verdade irão continuar. “Aqui [na Bahia], com certeza, o governador eleito [Rui Costa] que toma posse no dia primeiro, dará total apoio, total infraestrutura para que a Comissão da Verdade baiana possa concluir seu relatório e incluí-lo no relatório final da Comissão Nacional”.

Vinculada ao gabinete do governador, a Comissão Estadual da Verdade – Bahia, foi criada por meio do decreto nº 14.227, de 10/12/2012. Conforme o coordenador Carlos Navarro Filho, o relatório parcial será encaminhado ainda nesta segunda-feira à Comissão Nacional da Verdade. (fotos: Manu Dias/GOVBA)

Quieto aí!

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Audiência pública ouvirá vítimas da ditadura em Feira de Santana

O Grupo de Trabalho da Comissão Estadual da Verdade em Feira de Santana vai ouvir seis vítimas da ditadura militar, na terceira audiência pública, que será realizada na próxima terça-feira (10), a partir das 9 horas, no auditório do 7º  Módulo da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). A professora Amabília Almeida irá representar a Comissão na audiência, que terá dois turnos.

Segundo o coordenador do Grupo de Trabalho da CEV em Feira, economista Sinval Galeão, as duas audiências públicas anteriores já ouviram 12 vítimas do regime militar. Ele informa ainda que, no município, 80 pessoas foram presas e torturadas na ditadura, registrando-se a morte do estudante feirense Antonio Luiz Santa Bárbara, assassinado em 1971, na mesma operação militar em que foi morto o ex-capitão Carlos Lamarca, que desertou do Exército para aderir ao Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), em Brotas de Macaúbas. Luiz Santa Bárbara foi sepultado sem atestado de óbito.





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