:: ‘Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil’
Itabuna tem programação no Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, em 12 de junho, será lembrado em Itabuna com ações promovidas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Elas serão voltadas para orientar a população sobre a importância da erradicação do trabalho na infância, já que precipuamente o seu lugar é na escola.
Nesta quarta-feira, dia 7, às 13 horas, no Bairro Lomanto, no núcleo do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos haverá mobilização para orientar a população, sensibilizar, informar e dar destaque ao combate a essa violação de direitos de crianças e adolescentes.
A presidente do CMDCA, Maria D’Ajuda Cavalcante Lucas, informou que existem medidas que podem ser adotadas para o fortalecimento no combate ao trabalho infantil com a participação de órgãos públicos e privados e a comunidade. Ela cita, por exemplo, priorizar uma educação de qualidade como a escola formal, mas aliada a outras vertentes como atividades culturais, de desporto, lazer, orientação e a saúde.
O sonho do fim da infância roubada
Davidson Magalhães
O dia 12 de junho é Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, grave e emblemático problema mundial, clara e cruel violação dos direitos humanos. Oportuna data para reflexão sobre o direito de todas as crianças à infância segura e acolhedora, à educação e saúde. Um dia, para reiterarmos e atrairmos mais gente para esta contenda, desde o simples cidadão aos entes públicos.
O sonho é que os meninos e meninas do Brasil fiquem livres dos lixões, libertos da faina braçal e brutal da roça, do não menos atroz trabalho doméstico, da desalmada sobrevivência nas sinaleiras do asfalto, do submundo das drogas e da famigerada exploração sexual.
A humanidade ainda padece da chaga de exploração da mão de obra infantojuvenil. O cenário brasileiro é de estarrecer. As oportunidades desiguais, a má distribuição de renda e a ausência da Educação só aumentam o contingente de famílias necessitadas que, no frigir dos ovos, acabam empurrando as crianças para o dragônico mundo do trabalho, como se adultas fossem.
Dados do IBGE revelam que, em 2016, havia 2,4 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, explorados no trabalho; mais meninos (1,6 milhões) do que meninas (840 mil); mais negros (1,4 milhão) do que brancos (1,1 milhão). O Nordeste (39,5%) e Sudeste (25,1%) apresentam os maiores percentuais de crianças negras exploradas.
A última década na Bahia descortina exemplos alvissareiros de como o poder público pode atuar mais efetivamente. O Governo da Bahia retirou do trabalho infantil cerca de 351 mil crianças e adolescentes entre 2002 e 2014 (IBGE). Mas ainda temos quase 200 mil crianças em risco, sendo 24 mil em Salvador.
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