:: ‘dança da mudança’
A dança da mudança
Eulina Lavigne
Sempre usei esse termo “a dança da mudança” e, coincidentemente, é o título de um dos livros de Peter Senge, com foco nas organizações.
A natureza, com a sua sabedoria, confirma a frase de Heráclito de Éfeso, que diz que nada é permanente exceto a mudança, ensinando que a mudança é uma constante em nossas vidas. E cada mudança que ocorre é um ciclo que se fecha, assim como as estações do ano. E, muitas vezes, torna-se um processo doloroso quando criamos resistência àquilo que precisa ser. Precisamos aprender com a Mãe Natureza a entregar.
Quando o outono se encerra, as folhas caem para dar lugar ao inverno. Sem resistências e, um novo ciclo se inicia para novas folhas surgirem.
A nossa resistência é decorrente do medo. Medo do desconhecido. Medo de abandonar o velho com o qual já estamos acostumados, mesmo que esse velho não nos faça bem. E assim, como numa dança, damos um passinho para frente e outro para traz, resistindo, negando, até que compreendemos e nos libertamos dos velhos padrões.
Ah! Os velhos padrões constituídos de crenças que já não nos servem mais! Precisam ser vistos e revistos em um processo que exige firmeza para fazer diferente do que se acredita. É como se fossemos fazer uma viagem e na bagagem levássemos apenas aquilo que, de fato, faremos uso. Em nossa caminhada seremos convidados a deixar muitas coisas para trás para seguir em frente.
A verdadeira mudança acontece quando conseguimos alinhar o nosso discurso com as nossas ações. Esse é o grande desafio. E é preciso uma conversa séria e sincera com as nossas células para que elas ressignifiquem o seu pensar. Muitos vão achar que eu enlouqueci, conversando com as células. Se você ainda não sabe, temos mais trilhões de células pensantes e inteligentes que agem de acordo com o que aprenderam ao longo da nossa vida e, para quem acredita, ao longo das nossas vidas. Haja memória! Por esta razão, é preciso muita conversa e determinação.
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